07 janeiro, 2012

Desvio Colossal -colossal mentira

Para que conste que a gente deste Governo, mente:

"Segundo o INE, no final do 3º trimestre o défice (em contabilidade nacional) estava em 8.635 milhões de euros, correspondendo a 6,8% do PIB. A meta estabelecida com a troika para o final do ano é, recorde-se, de um défice de 10.068 milhões de euros, correspondente a 5,9% do PIB. Sendo assim, três conclusões ficam agora à vista de todos.
Em primeiro lugar, decorridos nove meses de execução orçamental (incluindo todo o famigerado 1º semestre, do Governo anterior), o défice está apenas 0,9% acima da meta acordada, isto é, o "desvio colossal" está reduzido a 9 décimas. E todos sabemos que a dívida escondida da Madeira contribuiu para isso com quase 5 décimas (mais de metade!), sendo que o restante não resulta de nenhum despesismo mas sim dos encargos financeiros não previstos que o País teve de assumir em consequência directa da rejeição do PEC IV (efeito da descida dos 'ratings' sobre os empréstimos das empresas públicas e comissões pagas pelo pedido de ajuda externa). De qualquer modo, a tentativa de responsabilizar o Governo anterior por um "colossal" desvio na execução orçamental do 1º semestre, justificativo de duríssimas medidas de austeridade adicionais, está definitivamente reduzida a pó. Tudo não passou de um embuste do Governo. Um embuste colossal.
Em segundo lugar, os dados mostram que o Orçamento para 2011 impulsionou, desde o início do ano, uma dinâmica consistente de redução do défice, que se foi acentuando ao longo dos três trimestres. Assim, o que devemos esperar do Governo na execução do 4º trimestre é que esta dinâmica se mantenha e o défice continue a convergir com a meta fixada pela troika, aproximando-se mais dos 5,9%. Aliás, no último trimestre o défice até pode aumentar ainda mais 1.433 milhões de euros sem violar o tecto fixado (para termo de comparação, refira-se que no 3º trimestre o défice cresceu 1.615 milhões, pouco acima do que seria preciso conseguir no 4º trimestre). Trata-se, portanto, de uma tarefa que está longe de ser impossível - embora as desnecessárias medidas adicionais de austeridade tomadas pelo Governo só compliquem.
Em terceiro lugar, tudo isto põe gravemente em xeque a mais recente estimativa do ministro das Finanças, de que o desvio orçamental seria de 3.400 milhões de euros, correspondentes a 2 p.p. do PIB (Relatório OE 2012, pág. 27). Tendo em conta as metas referidas, isto significaria um défice de 13.468 milhões de euros no final do ano, equivalente a 7,9% do PIB. Ora, se o INE garante que no fim do 3º trimestre o défice está em 8.635 milhões de euros e 6,8 % do PIB, para que o ministro das Finanças tenha razão é preciso que no 4º trimestre o défice aumente 4.833 milhões de euros! Isto é, seria preciso que o défice do último trimestre fosse quase metade do previsto para o ano inteiro e três vezes superior ao verificado no 3º trimestre (de 1615 milhões de euros), rompendo com a trajectória de redução registada até aqui.

Em suma, das duas uma: ou o ministro das Finanças errou nas contas, como tudo indica, quantificando um desvio orçamental que os factos não confirmam e levando ao engano o País e o Governo, na imposição de graves medidas de austeridade completamente desnecessárias; ou o ministro das Finanças tem razão e o desvio de que fala aparece no final do ano - mas para isso será ele próprio a falhar no controlo da execução orçamental do 4º trimestre. De qualquer modo, já não haverá embuste que lhe permita disfarçar as suas próprias responsabilidades."
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06 janeiro, 2012

POLVO na política

Como na culinária, polvo para todos os gostos
 
"...É este imenso polvo que escolhe políticos e ajuda a elegê-los, que escolhe governantes ou ajuda a derrubá-los, que torna a justiça ineficaz, que apodrece o país com corrupção e que ajuda a manter um imenso esquema que impede o desenvolvimento do país e mantém uma economia prisioneira de esquemas que matam a concorrência e a competitividade alimentando a desigualdade social.

Foi este imenso polvo que arruinou bancos, que levou o Estado quase à falência, que se aproveitou das vantagens do euro enquanto estas duraram e que agora conspira para que sejam os pobres a pagar uma crise que eles provocaram. Os italianos têm uma máfia a que numa famosa série televisiva chamaram polvo. Nós temos um polvo tão mau ou pior do que as máfias italianas mas sem qualquer designação, é simplesmente um imenso polvo que aprisiona o país do Algarve a Trás-os-Montes, da Madeira aos Açores."  (O Jumento)

PINGO DOCE versus maçonaria

Recebido por email

Governo mente

Vejamos porquê e escreve quem sabe.
 

Agora que entrámos num novo ano, com o país assustado, vale a pena recuar um pouco. O défice orçamental de 2011 aproximou-se dos 4% do PIB.

E Passos Coelho sorriu de orelha a orelha: foram 1,9 pontos abaixo dos 5,9% do PIB que a 'troika' nos impusera como limite. É obra! Sucede que estes números escondem uma mentira: sem os 6.000 milhões de euros dos fundos de pensões da banca, o défice subiria para os 7,5% do PIB. Haverá razões para sorrir?

Vale a pena fazer as contas. Para um PIB estimado de 170.000 milhões de euros, aquele défice de 4% equivale a cerca de 6.800 milhões, o que parece um número excelente. Mas não se pense que existe aqui qualquer mérito. O que de facto devemos atribuir ao Governo é um défice de 12.800 milhões de euros, que correspondem a 7,5% do PIB, já depois dos cortes nos salários e do aumento dos impostos. É um dos piores desempenhos de que há memória em Portugal.

O recurso a fundos de pensões para cobrir os défices sempre foi uma tentação. Começou em MF Leite, passou por Bagão Félix e Teixeira dos Santos e acabou em Vítor Gaspar: 3 a 1 para o PSD. Mas não consta que alguém se tenha preocupado com o outro lado da equação, que é pagar as pensões àqueles que para isso contribuíram. Parafraseando um jovem deputado do PS, este Governo, como os anteriores, está-se "marimbando" para os pensionistas.

Como já tive oportunidade de referir, o PIB nominal de 2012 vai ser inferior ao de 2011, dado que a queda em volume excede o deflator do produto. E, sendo assim, se excluirmos a almofada dos impostos e dos subsídios que o Governo já acautelou, as receitas de 2012 serão inferiores e as despesas no mínimo iguais às de 2011, o que coloca o défice acima dos 7,5% do PIB. Como aquela almofada não chega, nem de longe, para o fazer regredir até aos 4,5%, percebe-se que a festa está estragada.

O cenário é complexo, porque sugere a ideia de que o Governo não nos tem dito a verdade. É um facto que se comprometeu com a 'troika' a um défice não superior a 4,5% do PIB em 2012, sem recurso a medidas extraordinárias. E é óbvio que, sem medias extraordinárias, este objectivo não será exequível. Então, para o Governo, uma de três: ou falha o compromisso; ou recorre ao que não deve; ou ataca uma vez mais os contribuintes, à revelia do que sempre prometeu. Entrou num beco sem saída.

Como é que vai descalçar a bota? Daniel Amaral no  ( economico)

Mota Soares - porque não uma volta de Lambreta?

Vamos lá relembrar ao ministro lambreta o seguinte: Os pensionistas do Banco de Portugal, os Deputados e ex-deputados, os Governantes e ex-governantes, os militares, os juizes e afins.
 
"O ministro da Solidariedade e Segurança Social, Pedro Mota Soares, esclareceu que a redução do complemento aos pensionistas que já têm outra pensão se traduz na aplicação de uma lei que vem do anterior governo."

Governo - recuperação economica?

Portugueses mais pobres que nunca

Muito bem senhor primeiro ministro, assim é fácil governar - o mesmo sistema de sempre
 
""Entre os seis países da UE mais afectados pela crise, Portugal é o único onde as medidas de austeridade exigiram um esforço financeiro aos pobres superior ao que foi pedido aos ricos, revela um estudo recente publicado pela Comissão Europeia".

A notícia vem no "Jornal de Negócios" e suscita uma questão: sendo o empobrecimento do país a estratégia de saída da crise publicamente assumida pelo actual Governo, não se justificaria que a austeridade incidisse fortemente sobre os ricos até fazer deles pobres? Democratizando a pobreza ao mesmo tempo que democratiza a economia, o Governo realizaria o suave e patriótico milagre da multiplicação dos pobres mais eficazmente do que limitando-se a empobrecer ainda mais os pobres que já são pobres.

Imagino até um "slogan" para convencer os ricos, que costumam ser renitentes quando se trata de deixarem de ser tão ricos: "Faça algo pelo seu país: não vá empobrecer para a Holanda"." ( jn )

TROIKA - vai dar argumentos ao Governo

Claro que o Governo agora vai dizer que tinha razão quando nos meteu a mão no bolso.
Esquece-se que é a Troika que está a reconhecer que a política que tem estado a aplicar com os países em dificuldades ´não está a resultar e este é o inicio do caminho para uma mudança de rumo. A Grécia aperta o cinto e de resultados nada, já só pensa em sair do euro e deixar os credores à porta do Banco central da Grego de mão estendida na esperança que dos últimos dracmas ainda lhe possa calhar algum.  A Ungria já começou a duro caminho da pedincha à Tróika e assim por diante. Esperemos o que este governo vai dizer sobre o tema - o Gaspar ou o Relvas? Talvez Passos Coelho? Não que este anda muito atarefado a aprender chinês na companhia do seu amigo Catroga ( o do pentelho) pois arranjou um "part-time" no nova empresa chinesa com sede em Portugal ( enquanto não se transferir para a Holanda, pois claro)

SPORTING exalta à violência

Depois do que se passou no último Benfica-Sporting, já nada é de estranhar na industria do futebol aqui do burgo

Cardeal empresário

Não haverá falta de cardeais, de padres, cremos que sim.  Mas porque não passa a ser só empresário e não deixa de ser cardeal?

Pingo ( Doce) amargo para muitos

Por onde andam estes governantes? Que ao fim de 6 meses de Governo e mais de um ano de preparação, quando diziam que tudo estava estudado, era só chegar ao governo e por a locomotiva a trabalhar?Um blufffff!!!

ANGOLA 1971 - Postais ilustrados

Assim eram os postais ilustrados em 1971

04 janeiro, 2012

Chaminé

Passos Coelho mente


Portugal em leilão

Recebido por email

As Secretas

Anda muita gente a mentir, a escamoterar a esconder.  Mas, na verdade, todos deixaram ficar o rabo de fora.
Vamos lá acreditar nesta gente?
""«As notícias sobre as secretas não deixam de surpreender. Tudo ali parece nubloso, para não dizer mal cheiroso. O ex-espião Silva Carvalho, que resolveu ir espiar para a Ongoing através dos espiõezinhos que foi deixando pelo caminho ou que levou consigo, não é afinal mais do que um dos braços de um imenso polvo que abrange os serviços de segurança, a Maçonaria, o Parlamento, o Governo, os negócios e sabe-se lá que mais….

Depois de há meses o ex-espião Silva Carvalho ter sido ouvido à porta fechada na Comissão parlamentar e de a conversa com os deputados ter tido "transcrição" no Expresso, agora é o Público a escrever que "o PSD apagou do relatório preliminar sobre as audições relativas aos serviços secretos, realizadas na 1.ª comissão parlamentar, as referências que indiciavam ligações de titulares de cargos de chefia e de direcção da intelligence à Maçonaria."

Depois desta notícia, a relatora do relatório,"Teresa Leal Coelho, do PSD, garante não ter apagado "rigorosamente nada" do relatório (…). Sobre as discrepâncias entre o documento redigido pelo PSD e o relatório entregue à 1ª comissão parlamentar, (…) tal deve[-se] ao facto deste "conter apenas o que é comum a todos os relatórios elaborados pelos partidos" que aceitaram tentar a criação de um relatório comum, decisão que não inclui o PS nem o partido Os Verdes. (…)"

Desconstruindo as espantosas declarações da deputada Leal Coelho, temos o seguinte:

- O PSD ficou "lixado" com a "sinceridade" da sua deputada que devia saber que não se verte para relatórios informação sobre membros da Maçonaria;

- A deputada foi "convidada" a fazer o arremedo de desmentido (disse que não foram apagadas mas as menções à Maçonaria desapareceram da versão final);

- A deputada, por sua vez, ficou "lixada" com a fuga de informação que deu a conhecer a versão original do relatório e convidou os jornalistas a investigarem a fuga de informação;

- Os deputados do PSD concordam com a versão inicial do relatório mas "apagaram" as referências à maçonaria, supostamente para agradarem ao CDS e ao PCP (uma vez que o PS e os Verdes ficaram de fora do "acordo");

- As partes apagadas não faziam falta no relatório porque os jornalistas sabem mais sobre a maçonaria do que os próprios membros, entre os quais o líder parlamentar do PSD;

Em suma: o ex-espião maçon foi ouvido na Comissão Parlamentar que teve como relatora uma deputada do PSD que (certamente) não sabia que o seu líder parlamentar e membro da mesma Comissão também é maçon, por sinal da mesma loja do ex-expião cuja audição ela relatou na sua santa ignorância. As palavras seguintes, que constam da versão original do relatório, saíram-lhe fluentes e sem hesitação:

"[os incidentes com o ex-espião] sugerem indícios e lançam suspeitas de ligações do ex-director do SIED [Jorge Silva Carvalho, que, até finais de 2010 dirigiu o Serviço de Informações Estratégicas de Defesa] a "conluios de poder" pretensamente com a ambição de ocupar cargos dirigentes, incluindo nos Serviços de Informações".

Oops……o polvo chega, afinal, ao chefe da deputada relatora!……» "" Surripado de (O Jumento)