28 dezembro, 2011
2011 - Os desaparecidos
2011 - Os desparecidos
O governo de Passos tem sido um autêntico tsunami que deixa atrás de si uma lista imensa de desaparecidos ainda que também haja a realçar os sobreviventes, é o caso desse autêntico "emplastro" da política portuguesa de quem ninguém se lembra de grandes feitos mas que continua armado em polícia económico da Nação, mesmo quando morrer Medina Carreira vai recusar-se a fazer os seus comentários televisivos.
Mas se Medina Carreira é um exemplo de sobrevivência ao tsunami, só lhe falta mesmo aparecer à porta das televisões usando uma camisola da selecção nacional, outros serão exemplos de desaparecimento. O caso mais evidente é o do João Duque, o presidente do ISEG que promoveu o licenciado dos pentelhos a professor catedrático a tempo parcial 0%, ainda se manteve à tona de água e acabou por desaparecer vítima do cação provocado pela RTP.
Outra ilustre desaparecida foi Manuela Ferreira Leite, de início sempre que se ouvia Cavaco Silva tossir ainda a antiga líder do PSD aparecia a espirrar, mas desde há algum tempo parece que Manuela Ferreira Leite desapareceu definitivamente. EM compensação, Paulo Rangel que tinha mergulhado definitivamente nas lides parlamentares bem remuneradas de Estrasburgo reapreceu há poucos dias à superfície para dar graça a Passos Coelho. Parece que o tsunami está a fazer reuir a unidade cavaquista.
Surpreendente foi o desaparecimento de Paulo Portas, aquele que se apresentou inicialmente como o único capaz de surfar nas vagas do tsunami. Agora aparece e desaparece em função do movimento das vagas, quando Passos quer aparece a afirmar a sua falsa lealdade canina ao primeiro-ministro, depois desaparece por mais uns tempos.
Paulo Portas não foi o único membro do governo a sofrer dificuldades, o Álvaro foi uma inesperada vítima do tsunami, depois de ter dado à costa com ares de que era uma Virgem naufragada que viria salvar a Nação tem-se vindo a aforgar, ora vem à superfície, ora se afunda bebendo uns pirolitos.
Até no PS se pode confirmar a ocorrência de alguns danos colaterais, várias personalidades quase desapareceram da cena política, designadamente, os grandes defensores da cidadania e de uma fusão do PS com a extrema-esquerda. Mas o efeito das vagas do extremismo liberal fez uma inesperada vítima, António José Seguro, que durante anos foi um opositor firme ao primeiro-ministro, com Passos Coelho desapareceu e só se sabe que sobreviveu porque de vez em quando aparece agarrado a Passos Coelho.
Mas os prejuízos à esquerda não se ficaram pelo PS, no PCP Jerónimo de Sousa não desapareceu mas ficou tão abalado com a onda gigante que ainda não sabe se é mesmo líder dos comunistas ou se é assessor do Miguel Relvas, desde então que tem um discurso político desconexo, confuso e incoerente, o mesmo mal de que parece sofrer Mário Nogueira, mas neste caso parece estarmos perante uma patologia irrecuperável que poderá levar ao seu internamento. Se no PCP ainda reina a confusão no BE a situação é mais grave, Francisco Louça desapareceu e ainda há muitas dúvidas de que o próprio Bloco sobreviva ao naufrágio. in O Jumento
MADEIRA a arder
Será que Sócrates tambem foi culpado?
madeirenses foram ontem apanhados de surpresa com as medidas de austeridade anunciadas por Alberto João Jardim. A Carta de Intenções com que o presidente do Governo Regional formalizou o pedido de assistência financeira à República prevê uma subida da generalidade dos impostos cuja consequência será a subida dos preços dos bens e serviços e uma redução do rendimento.
Nada escapa: a taxa máxima do IVA sobe oito pontos percentuais de uma assentada, o ISP (imposto sobre os produtos petrolíferos) agrava-se em 15% e as taxas de IRS e IRC passam a alinhar com as do Continente. Tudo isto deverá gerar uma receita extra de 160 milhões de euros." (DN)
2011 - nem tudo foi mau
Há momentos cruciais, na nossa vida, como os há na vida dos países.
Pedro Silva Pereira escreve assim, para se ler, tudo por inteiro
«Nem tudo foi mau. Alguns factos
promissores marcaram a evolução do Mundo no ano que agora termina: as
“primaveras árabes” e a queda dos ditadores; a morte de Bin Laden e a retirada
norte-americana do Iraque.
É cedo, porém, para dizer que futuro corresponderá às novas esperanças que estes factos legitimam.
Tentação maior será eleger como facto do ano o agravamento da crise do euro, que ameaça o projecto europeu e a economia mundial. Mas, pondo as coisas em perspectiva, é mais provável que o ano de 2011 venha a ser recordado, apenas, como mais um ano da Grande Crise. A mesma Grande Crise que se iniciou em 2007, nos Estados Unidos da América, com a crise financeira do ‘subprime', e que, em 2008-2009, se tornou numa crise económico-financeira quase global (de proporções nunca vistas desde 1929), para depois evoluir, em 2010-2011, para uma crise das dívidas soberanas, que atingiu de modo especial a zona euro, gerando a actual "crise sistémica". Em boa verdade, nada disto começou em 2011.
É certo, há uma narrativa que insiste em desligar as coisas, como se a crise internacional de 2008-2009 pertencesse a "outro filme" (já terminado e com final feliz), bem distinto do da crise das dívidas soberanas e do euro, a que agora assistimos. Mas são episódios da mesma série dramática.
De facto, a grande crise começou no sistema financeiro (não na indisciplina orçamental dos Estados) e arrastou a economia para uma recessão global. O aumento generalizado dos défices e das dívidas nos últimos anos foi, no essencial, consequência directa dessa recessão e da resposta que os Estados tiveram de dar para impedir a derrocada dos bancos e uma nova Grande Depressão, análoga à dos anos 30. No caso da zona euro, essa resposta não foi sequer um exercício avulso e muito menos uma manifestação de indisciplina: correspondeu à execução de uma estratégia europeia coordenada para enfrentar a crise.
Que este quadro de excepção tenha atingido mais as economias estruturalmente mais vulneráveis não parece que possa ser motivo de grande surpresa, embora seja sempre mais convidativo fulanizar responsabilidades, como vai sucedendo por essa Europa fora. Facto é que a agitação nos mercados não foi uma simples resposta racional à vulnerabilidade revelada pelos fundamentais das economias mais desequilibradas ou endividadas. Foi, isso sim, um movimento assimétrico e essencialmente especulativo, que se centrou na zona euro. E é preciso perceber porquê.
A ortodoxia dominante tem sobre isto, como sobre tudo o resto, uma posição simples. Continuando a supor, apesar de tudo, a racionalidade intrínseca dos mercados e das suas agências de ‘rating', não consegue ver na crise das dívidas soberanas mais do que a resposta "racional" de credores genuinamente preocupados com a "indisciplina orçamental", agravada pelos "excessos expansionistas" na resposta à recessão. Daí a estratégia de uma nota só, que pretende acalmar os mercados à custa de mais austeridade (foi essa, aliás, a nova orientação europeia adoptada no início de 2010 e que vinculou também Portugal, dando origem aos sucessivos PEC). Uma austeridade agora reforçada por um novo quadro de disciplina orçamental, acompanhado de sanções automáticas. A imperturbável ortodoxia dominante diz saber muito bem o que os mercados querem. O único problema é que os mercados não parecem estar de acordo.
A verdade é que a falha sistémica do euro não se resume aos instrumentos de garantia da disciplina orçamental. Reside, também, na ausência de instituições políticas legitimadas para prosseguir uma governação económica coerente, capaz de gerar crescimento, e, sobretudo, na ausência de instrumentos solidários de defesa das dívidas soberanas contra a especulação, num contexto de crise do crédito. Desde a crise grega - e o momento em que os parceiros do euro resolveram dizer "nós não somos a Grécia" - os especuladores sabem que esta fragilidade da zona euro pode ser perturbadora mas é também uma excelente oportunidade de negócio. Podem traçar-se "linhas vermelhas" e erguer-se "muros". Pode até gritar-se "daqui o contágio não passará" - mas a verdade é que os países atingidos se sucedem uns aos outros. O critério muda, o negócio é sempre o mesmo.
E voltamos ao princípio. Bem vistas as coisas, estamos ainda a assistir ao ajustamento telúrico dos fluxos financeiros colossais postos em movimento descontrolado e desesperadamente especulativo pela crise começada em 2007 e causada por um sistema financeiro complexo, ganancioso e desregulado. É ainda esse dinamismo financeiro especulativo que marca o ritmo e o sentido da crise que enfrentamos - e é a ele que os líderes europeus, em especial a dupla Merkel-Sarkozy, não souberam dar resposta em sucessivas cimeiras, falhando no propósito de superar a crise do euro. É certo, a recusa obstinada das euro-obrigações e da reconfiguração do BCE como credor de último recurso foi acompanhada de pretensos sucedâneos: instituição de fundos de estabilização financeira, intervenções volumosas do BCE no mercado secundário e até inéditos empréstimos massivos ao sistema financeiro. Melhor que nada, dir-se-á. Mas tudo insuficiente. A crise das dívidas soberanas - que é, praticamente desde o início, uma crise do euro - agravou-se seriamente em 2011, a ponto de ameaçar o próprio projecto europeu e de acentuar o preocupante declínio da Europa.
É este o contexto da situação portuguesa, enfrentada por uma economia com óbvias debilidades estruturais - que ninguém nega. Mas foi este contexto crítico que forças políticas de sinal contrário menosprezaram, no mês de Março, ao coligar-se no Parlamento, sob os sinais de incitamento do Presidente da República, para juntar uma crise política à crise financeira. Sucedeu assim em Portugal o que nunca tinha acontecido, nem voltou a acontecer, na zona euro: a rejeição parlamentar de um programa de estabilidade e crescimento (o PEC IV), expressamente apoiado pelas instituições europeias - sem dúvida, o facto do ano, a nível nacional.
As consequências foram imediatas: queda abrupta e sem precedentes do ‘rating' da República, seguida da queda dos ‘ratings' dos bancos e das maiores empresas; subida desmesurada e incomportável dos juros nos mercados financeiros de dívida soberana; ruptura definitiva no acesso ao financiamento por parte do Estado, dos bancos e da economia. Em menos de 15 dias Portugal foi forçado a pedir ajuda externa.
A demagogia triunfante esforçou-se por virar as coisas ao contrário e fazer do alegado "despesismo" do Estado a causa do risco de "não haver dinheiro para pagar salários e pensões". Mas se em 2011 o Estado teve mais receita e menos despesa do que no ano anterior, está bem de ver que o risco de ruptura teve outra origem: a impossibilidade de, em plena crise financeira, continuar a aceder aos mercados para o financiamento corrente da dívida pública, com o apoio prometido do BCE (como sucede hoje com a Itália ou a Espanha) - e essa impossibilidade foi consequência directa da rejeição do PEC IV.
Esta opção teve custos elevados, mesmo para além do próprio pedido de ajuda externa, que levou ao Memorando de Entendimento com a troika. Mas cumpriu o seu objectivo político: proporcionar eleições antecipadas, para uma mudança de Governo.
Se já antes o PEC IV tinha sido rejeitado em nome do argumento, hoje ridículo, de que a direita era "contra o aumento dos impostos", a campanha eleitoral do partido vencedor girou em torno de uma promessa mil vezes repetida: austeridade contra "as gorduras do Estado", não contra as pessoas. Compreende-se bem que os portugueses tenham votado na esperança de melhorar as suas vidas.
Só que a promessa não era para cumprir, como agora se vê. Obtidos os votos, o novo Governo PSD/CDS lançou o mais violento pacote de austeridade "contra as pessoas" de que há memória - sem disfarçar a intenção deliberada de ir "além da troika". Obcecado pela austeridade e disposto a utilizá-la como instrumento de uma agenda ideológica adversa ao Estado Social, do Governo só se ouve uma palavra de ordem: parar. E, de facto, está a parar o Estado e está a parar a economia. Consultam-se as Grandes Opções do Plano para 2011-2015 ou o Orçamento para 2012 e vê-se que o Governo prevê para o próximo ano uma recessão de -2,8%, embora já admita que será pior. Mas quando se procura a previsão para a economia em 2013, não há lá nenhuma. Nem boa, nem má. E talvez isto seja o pior de tudo: esta política não tem nada a dizer sobre o futuro.» [DE]
É cedo, porém, para dizer que futuro corresponderá às novas esperanças que estes factos legitimam.
Tentação maior será eleger como facto do ano o agravamento da crise do euro, que ameaça o projecto europeu e a economia mundial. Mas, pondo as coisas em perspectiva, é mais provável que o ano de 2011 venha a ser recordado, apenas, como mais um ano da Grande Crise. A mesma Grande Crise que se iniciou em 2007, nos Estados Unidos da América, com a crise financeira do ‘subprime', e que, em 2008-2009, se tornou numa crise económico-financeira quase global (de proporções nunca vistas desde 1929), para depois evoluir, em 2010-2011, para uma crise das dívidas soberanas, que atingiu de modo especial a zona euro, gerando a actual "crise sistémica". Em boa verdade, nada disto começou em 2011.
É certo, há uma narrativa que insiste em desligar as coisas, como se a crise internacional de 2008-2009 pertencesse a "outro filme" (já terminado e com final feliz), bem distinto do da crise das dívidas soberanas e do euro, a que agora assistimos. Mas são episódios da mesma série dramática.
De facto, a grande crise começou no sistema financeiro (não na indisciplina orçamental dos Estados) e arrastou a economia para uma recessão global. O aumento generalizado dos défices e das dívidas nos últimos anos foi, no essencial, consequência directa dessa recessão e da resposta que os Estados tiveram de dar para impedir a derrocada dos bancos e uma nova Grande Depressão, análoga à dos anos 30. No caso da zona euro, essa resposta não foi sequer um exercício avulso e muito menos uma manifestação de indisciplina: correspondeu à execução de uma estratégia europeia coordenada para enfrentar a crise.
Que este quadro de excepção tenha atingido mais as economias estruturalmente mais vulneráveis não parece que possa ser motivo de grande surpresa, embora seja sempre mais convidativo fulanizar responsabilidades, como vai sucedendo por essa Europa fora. Facto é que a agitação nos mercados não foi uma simples resposta racional à vulnerabilidade revelada pelos fundamentais das economias mais desequilibradas ou endividadas. Foi, isso sim, um movimento assimétrico e essencialmente especulativo, que se centrou na zona euro. E é preciso perceber porquê.
A ortodoxia dominante tem sobre isto, como sobre tudo o resto, uma posição simples. Continuando a supor, apesar de tudo, a racionalidade intrínseca dos mercados e das suas agências de ‘rating', não consegue ver na crise das dívidas soberanas mais do que a resposta "racional" de credores genuinamente preocupados com a "indisciplina orçamental", agravada pelos "excessos expansionistas" na resposta à recessão. Daí a estratégia de uma nota só, que pretende acalmar os mercados à custa de mais austeridade (foi essa, aliás, a nova orientação europeia adoptada no início de 2010 e que vinculou também Portugal, dando origem aos sucessivos PEC). Uma austeridade agora reforçada por um novo quadro de disciplina orçamental, acompanhado de sanções automáticas. A imperturbável ortodoxia dominante diz saber muito bem o que os mercados querem. O único problema é que os mercados não parecem estar de acordo.
A verdade é que a falha sistémica do euro não se resume aos instrumentos de garantia da disciplina orçamental. Reside, também, na ausência de instituições políticas legitimadas para prosseguir uma governação económica coerente, capaz de gerar crescimento, e, sobretudo, na ausência de instrumentos solidários de defesa das dívidas soberanas contra a especulação, num contexto de crise do crédito. Desde a crise grega - e o momento em que os parceiros do euro resolveram dizer "nós não somos a Grécia" - os especuladores sabem que esta fragilidade da zona euro pode ser perturbadora mas é também uma excelente oportunidade de negócio. Podem traçar-se "linhas vermelhas" e erguer-se "muros". Pode até gritar-se "daqui o contágio não passará" - mas a verdade é que os países atingidos se sucedem uns aos outros. O critério muda, o negócio é sempre o mesmo.
E voltamos ao princípio. Bem vistas as coisas, estamos ainda a assistir ao ajustamento telúrico dos fluxos financeiros colossais postos em movimento descontrolado e desesperadamente especulativo pela crise começada em 2007 e causada por um sistema financeiro complexo, ganancioso e desregulado. É ainda esse dinamismo financeiro especulativo que marca o ritmo e o sentido da crise que enfrentamos - e é a ele que os líderes europeus, em especial a dupla Merkel-Sarkozy, não souberam dar resposta em sucessivas cimeiras, falhando no propósito de superar a crise do euro. É certo, a recusa obstinada das euro-obrigações e da reconfiguração do BCE como credor de último recurso foi acompanhada de pretensos sucedâneos: instituição de fundos de estabilização financeira, intervenções volumosas do BCE no mercado secundário e até inéditos empréstimos massivos ao sistema financeiro. Melhor que nada, dir-se-á. Mas tudo insuficiente. A crise das dívidas soberanas - que é, praticamente desde o início, uma crise do euro - agravou-se seriamente em 2011, a ponto de ameaçar o próprio projecto europeu e de acentuar o preocupante declínio da Europa.
É este o contexto da situação portuguesa, enfrentada por uma economia com óbvias debilidades estruturais - que ninguém nega. Mas foi este contexto crítico que forças políticas de sinal contrário menosprezaram, no mês de Março, ao coligar-se no Parlamento, sob os sinais de incitamento do Presidente da República, para juntar uma crise política à crise financeira. Sucedeu assim em Portugal o que nunca tinha acontecido, nem voltou a acontecer, na zona euro: a rejeição parlamentar de um programa de estabilidade e crescimento (o PEC IV), expressamente apoiado pelas instituições europeias - sem dúvida, o facto do ano, a nível nacional.
As consequências foram imediatas: queda abrupta e sem precedentes do ‘rating' da República, seguida da queda dos ‘ratings' dos bancos e das maiores empresas; subida desmesurada e incomportável dos juros nos mercados financeiros de dívida soberana; ruptura definitiva no acesso ao financiamento por parte do Estado, dos bancos e da economia. Em menos de 15 dias Portugal foi forçado a pedir ajuda externa.
A demagogia triunfante esforçou-se por virar as coisas ao contrário e fazer do alegado "despesismo" do Estado a causa do risco de "não haver dinheiro para pagar salários e pensões". Mas se em 2011 o Estado teve mais receita e menos despesa do que no ano anterior, está bem de ver que o risco de ruptura teve outra origem: a impossibilidade de, em plena crise financeira, continuar a aceder aos mercados para o financiamento corrente da dívida pública, com o apoio prometido do BCE (como sucede hoje com a Itália ou a Espanha) - e essa impossibilidade foi consequência directa da rejeição do PEC IV.
Esta opção teve custos elevados, mesmo para além do próprio pedido de ajuda externa, que levou ao Memorando de Entendimento com a troika. Mas cumpriu o seu objectivo político: proporcionar eleições antecipadas, para uma mudança de Governo.
Se já antes o PEC IV tinha sido rejeitado em nome do argumento, hoje ridículo, de que a direita era "contra o aumento dos impostos", a campanha eleitoral do partido vencedor girou em torno de uma promessa mil vezes repetida: austeridade contra "as gorduras do Estado", não contra as pessoas. Compreende-se bem que os portugueses tenham votado na esperança de melhorar as suas vidas.
Só que a promessa não era para cumprir, como agora se vê. Obtidos os votos, o novo Governo PSD/CDS lançou o mais violento pacote de austeridade "contra as pessoas" de que há memória - sem disfarçar a intenção deliberada de ir "além da troika". Obcecado pela austeridade e disposto a utilizá-la como instrumento de uma agenda ideológica adversa ao Estado Social, do Governo só se ouve uma palavra de ordem: parar. E, de facto, está a parar o Estado e está a parar a economia. Consultam-se as Grandes Opções do Plano para 2011-2015 ou o Orçamento para 2012 e vê-se que o Governo prevê para o próximo ano uma recessão de -2,8%, embora já admita que será pior. Mas quando se procura a previsão para a economia em 2013, não há lá nenhuma. Nem boa, nem má. E talvez isto seja o pior de tudo: esta política não tem nada a dizer sobre o futuro.» [DE]
Maquinistas e médicos, que diferença
Quem passou pelos sindicatos, sabe bem como, com quem e quando se deve negociar com os Governos ou com os patrões. Há excepções, mas há regras.
Os governos andam mesmo atrás da popularidade barata, das sondagens.
Entre a greve dos maquinistas e a greve dos médicos - para uns ZERO, para outros, TUDO.
Do que se passa com a CP e os sindicatos, sabe-se. Do que se passou com os médicos e o Governo, nada.
Nem os próprios médicos sabem, por enquanto.
Este Governo, é giro.
Trabalha para a fotografia no final do ano.
Por estas e por outras é que há por aí, nesses acordos de trabalho, monumentais aberrações que dificilmente vão ser retiradas aos sindicatos. Foram adquiridas mercê da pressão mediática e nas proximidades de eleições ou períodos críticos para os governos.
Os governos andam mesmo atrás da popularidade barata, das sondagens.
Entre a greve dos maquinistas e a greve dos médicos - para uns ZERO, para outros, TUDO.
Do que se passa com a CP e os sindicatos, sabe-se. Do que se passou com os médicos e o Governo, nada.
Nem os próprios médicos sabem, por enquanto.
Este Governo, é giro.
Trabalha para a fotografia no final do ano.
Por estas e por outras é que há por aí, nesses acordos de trabalho, monumentais aberrações que dificilmente vão ser retiradas aos sindicatos. Foram adquiridas mercê da pressão mediática e nas proximidades de eleições ou períodos críticos para os governos.
Banco de Portugal
Crise, só para alguns.
Bem prega Frei Tomás - apertem o cinto que nós gastamos o que queremos
"Quase 100 mil euros para o Hotel da Praia. Parece incrível, mas foi
quanto o Banco de Portugal pagou para realizar um evento junto ao mar. Assim vai
o Banco de Portugal, que tem uma sede gigante na avenida Almirante Reis (Lisboa)
que parece não ter espaço suficiente para realizar eventos. Esta não é a
primeira vez que a instituição aparece no radar da Má Despesa."
Palácio de Belém mais caro que Buckingham
Recordar onde se pode apertar o cinto
Assim não vamos lá
"Presidência da República emprega agora 500 pessoas. Numa recente publicação, é referido que o Palácio de Buckingham emprega 300. Será que Cavaco e a sua Maria necessitam de mais cuidados que a Rainha e o seu consorte? Ou será antes a eterna questão de os serviços públicos em Portugal empregarem muito mais gente do aquela que realmente necessitam, pagos por todos nós? No mesmo trabalho de investigação, referia-se que o orçamento da Casa Real britânica era de 46,6 milhões de euros e o da casa republicana de Portugal era de 16 milhões. Aparentemente, a monarquia é mais dispendiosa. Errado. Se dividirmos 46,6 milhões por cerca de 50 milhões de ingleses, dá bastante menos (0,93 euro) que 16 milhões por dez milhões de portugueses (1,6euro).” "(Fonte: Diário de Notícias) (madespesapublica )
Assim não vamos lá
"Presidência da República emprega agora 500 pessoas. Numa recente publicação, é referido que o Palácio de Buckingham emprega 300. Será que Cavaco e a sua Maria necessitam de mais cuidados que a Rainha e o seu consorte? Ou será antes a eterna questão de os serviços públicos em Portugal empregarem muito mais gente do aquela que realmente necessitam, pagos por todos nós? No mesmo trabalho de investigação, referia-se que o orçamento da Casa Real britânica era de 46,6 milhões de euros e o da casa republicana de Portugal era de 16 milhões. Aparentemente, a monarquia é mais dispendiosa. Errado. Se dividirmos 46,6 milhões por cerca de 50 milhões de ingleses, dá bastante menos (0,93 euro) que 16 milhões por dez milhões de portugueses (1,6euro).” "(Fonte: Diário de Notícias) (madespesapublica )
27 dezembro, 2011
PS - e o pacote que assinou
Não passa pela cabeça de ninguém que o PS pode ficar definitivamente refem da assinatura do pacote IV com a Troika.
O Governo põe e tira do pacote o que melhor lhe lhe interessa e o PS tem andado a reboque dessa situação.
O PS não pode continuar assim.
Tem que denunciar a todo o momento, não só os atropelos ao pacote, bem como, e principalmente os atropelos aos bolsos da grande maioria dos trabalhadores e pensionistas deste país.
Não basta só condenar as afirmações demagocicas e simplistas de Passos Coelho, o PS tem que se afirmar como uma força de oposição consistente a esta política arruinadora do nosso país.
O Governo põe e tira do pacote o que melhor lhe lhe interessa e o PS tem andado a reboque dessa situação.
O PS não pode continuar assim.
Tem que denunciar a todo o momento, não só os atropelos ao pacote, bem como, e principalmente os atropelos aos bolsos da grande maioria dos trabalhadores e pensionistas deste país.
Não basta só condenar as afirmações demagocicas e simplistas de Passos Coelho, o PS tem que se afirmar como uma força de oposição consistente a esta política arruinadora do nosso país.
Conselho de Ministros
Mais um extraordinário- conselho de ministros
Porquê?
Vai sair mais uma mão cheia de nada e outra de coisa nenhuma.
Este Governo vive de ameaças - vai dizendo que vai fazer e não faz nada.
Aliás, depois de Gaspar ter desautorizado e denunciado as mentiras de Coelho e Portas, mais não restava ao Primeiro Ministro que não fosse demitir o Ministro que lhes "chamou de mentiroso". Não fez, tal significa que o "boy" do PSD arvorado a PM, não manda nada no governo, nem nos ministros.
A esta situação vergonhosa, o que se pode chamar?
Hoje na imprensa
Não apresenta algo sobre Sócrates na primeira página
De pequenino é que se começa a... roubar.
Quem são os pais?
A TVI sempre foi fã da pornografia
Os "cubanos" vão pagar
Não é o Governo, Portugal é que não chega lá.
26 dezembro, 2011
Emigrar?
"Pudesse eu, tivesse vinte e poucos anos, não tivesse filhas nem netas, nem casa
para sustentar, fosse licenciado a fazer de professor, não tivesse descontado
mais de 2/3 da minha vida para garantir uma segurança na velhice que me anunciam
não ir ter, não tivesse investido em Portugal, no bem dos portugueses, no ensino
das minhas descendentes, na defesa do meu País, não tivesse deixado o couro (e
literalmente o cabelo) na defesa da democracia, na oportunidade dada ao
Primeiro-Ministro para se educar à minha custa e de ter sido tratado por médicos
que eu ajudei a pagar e de usar as auto-estradas que ainda estou a pagar e que
as minhas filhas e netas irão continuar a amortizar, não fossem todas essas
razões e mais uma mão cheia que não direi aqui, entre elas as que inviabilizam a
partida devido aos roubos na remuneração que me é devida e que servem para pagar
todos os luxos de que os nossos governantes não abdicam, e faria como o Senhor
Primeiro-Ministro sugere.
Emigrava.
Não para os PALOPS ou outros de língua oficial portuguesa, mas para países onde os offshores fossem garantidos, tivesse, claro, tido oportunidade de ter poupado uma vida inteira porque não tinha criado portugueses novos, nem os tinha educado, porque não tinha descontado 2/3 de uma vida para um fundo que foi inúmeras vezes atacado pela ganância e pelo absurdo (como aquilo que agora pretendem fazer com os fundos de pensões dos bancários), não tivesse investido em Portugal e no bem dos portugueses, nem na defesa do meu País, nem tivesse pago os estudos de um homem que hoje é Primeiro-Ministro, nem as auto-estradas que ele usa, nem os médicos que o tratam nem o raio-que-o-parta, mais as meninas que já não vão receber prendinhas, a não ser a pequenina, nem os almoços no Forte de São Julião e as luzinhas de Natal com uma estrelinha que os guie.
Tivesse eu meios para emigrar, para não ter de ouvir estes tipos, não ter de me deprimir cada vez que anunciam que aquilo porque lutei uma vida inteira foi uma fantasia, embora tudo tenha feito e pago para que fosse uma realidade para mim, para as minhas filhas e netas, e já tinha emigrado ou pelo menos tinha emigrado o aforro para evitar que esta gente lhe deitasse a mão." ( barbearia )
Emigrava.
Não para os PALOPS ou outros de língua oficial portuguesa, mas para países onde os offshores fossem garantidos, tivesse, claro, tido oportunidade de ter poupado uma vida inteira porque não tinha criado portugueses novos, nem os tinha educado, porque não tinha descontado 2/3 de uma vida para um fundo que foi inúmeras vezes atacado pela ganância e pelo absurdo (como aquilo que agora pretendem fazer com os fundos de pensões dos bancários), não tivesse investido em Portugal e no bem dos portugueses, nem na defesa do meu País, nem tivesse pago os estudos de um homem que hoje é Primeiro-Ministro, nem as auto-estradas que ele usa, nem os médicos que o tratam nem o raio-que-o-parta, mais as meninas que já não vão receber prendinhas, a não ser a pequenina, nem os almoços no Forte de São Julião e as luzinhas de Natal com uma estrelinha que os guie.
Tivesse eu meios para emigrar, para não ter de ouvir estes tipos, não ter de me deprimir cada vez que anunciam que aquilo porque lutei uma vida inteira foi uma fantasia, embora tudo tenha feito e pago para que fosse uma realidade para mim, para as minhas filhas e netas, e já tinha emigrado ou pelo menos tinha emigrado o aforro para evitar que esta gente lhe deitasse a mão." ( barbearia )
Democratizar a economia
"Passos Coelho arranjou um chavão para entreter os comentadores e embasbacar a populaça: "Democratizar a economia". ...
Reconheça-se, no entanto, que depois da fase catastrofista, Passos Coelho entrou na fase eufemística.
Pode parecer um avanço, mas em nada altera a base da estratégia de comunicação deste governo: mentira, deturpação e engano.
Só muda a maquilhagem... " ( formaeconteudo)
Só muda a maquilhagem... " ( formaeconteudo)
24 dezembro, 2011
Analgésico- top das vendas em 2012 e anos seguintes
A Troika vai montar mais duas ou três fábricas em países onde a mão de obra é barata e não há sindicatos, para a produção dos novos analgésicos de efeito prolongado, nos próximos 3 ou 4 anos, concebidos especialmente para o "pacientes e pouco reenvidicativos" doentes portugueses.
Felizes Festas ?
Dizia-me pessoa amiga - não tenho neste momento qualquer preocupação com os ladrões. Não tenho,, nem vou ter, algo para ser roubado - o Governo está a roubar-me tudo o que tinha e o que poderia vir a ter no futuro.
Uma Festa para os do Governo
Uma Festa para os do Governo
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