30 novembro, 2011

CRISE?

Não eram estes partidos do actual governo que davam a volta à crise?
Onde está a solução?
 
"O indicador de clima económico e a confiança dos consumidores em Portugal renovaram os mínimos históricos em Novembro.

De acordo com o Instituto Nacional de Estatística (INE) o indicador de clima económico diminuiu "significativamente" em Novembro, mantendo a tendência de queda registada desde Julho de 2010 e atingiu mesmo um novo mínimo histórico.

"Nos últimos dois meses, observaram-se diminuições em todos os indicadores de confiança sectoriais", lê-se na nota divulgada hoje pelo INE, dos seis indicadores usados para medir a actividade económica, cinco registaram mínimos históricos em Novembro.

Assim, o indicador de confiança dos Consumidores teve um "forte agravamento" nos últimos três meses, e registou também, no mês passado, um novo mínimo histórico.
Segundo a mesma fonte nos últimos três meses, o comportamento do indicador de confiança dos Consumidores resultou do contributo negativo de todas as componentes, mais significativo no caso das expectativas sobre a evolução da situação económica do país.

Todos os indicadores referentes às expectativas sobre a evolução económica do país e financeira do agregado familiar, bem como as perspectivas de poupança, registaram mesmo, no mês passado, novos mínimos para as respectivas séries.

Os portugueses estão também cada vez mais pessimistas em relação ao desemprego, este indicador prolongou o movimento ascendente dos dois anos anteriores, atingindo o valor mais elevado desde Maio de 2009.

As expectativas sobre a evolução da situação financeira do agregado familiar também manteve a trajectória negativa observada desde o final de 2009, bem como as perspectivas de evolução da poupança prolongando o perfil descendente observado nos últimos dois anos." ( economico )

Dia sim, dia não

Um diz:

Sendo homem de bom gosto literário, o secretário de Estado da Juventude, Alexandre Mestre, terá aproveitado a viagem de avião que o levou há um mês a S. Paulo, onde falou a representantes da comunidade portuguesa e jovens luso-brasileiros, para ler "A arte de morrer longe". Chegado ao destino, ainda sob o efeito da instigante escrita de Mário de Carvalho, não resistiu a, desvalorizando o receio da "fuga de cérebros", mandar morrer longe os jovens desempregados portugueses: "Se estamos no desemprego, temos de sair da zona de conforto e ir para além das nossas fronteiras".

Outro diz, o contrário

O actual Governo habituou-nos entretanto a dizer uma coisa às segundas, quartas e sextas e o seu contrário às terças, quintas e sábados. E coube ao omniministro Miguel Relvas emitir ontem a declaração de caducidade da posição do Governo em Outubro: "É importante que não retiremos de Portugal a massa crítica e massa cinzenta de qualidade".

É certo que o ministro só se referiu às "massas" (à cinzenta e à crítica, esta mais para o avermelhado) "de qualidade", deixando a porta de saída aberta às restantes; mas que farão todos aqueles, jovens e desempregados (o que, em Portugal, é o mesmo), que já iam a meio da ponte de passaporte na mão?; deverão regressar à "zona de conforto"?, prosseguir viagem?

Voltando a Mário de Carvalho, não "era bom que [os dois governantes trocassem] umas ideias sobre o assunto" antes de falarem dele em público?" ( jn )

GOVERNO EM REUNIÃO

29 novembro, 2011

Marcelo confirma

Pintassilgo opina e bem

Em entrevista ao Etv, Pedro Pintassilgo diz que a Alemanha "não está numa redoma" e que o BCE deve libertar-se das "amarras da inflação".
"Nem a Alemanha está a salvo desta escalada dos juros e do risco de contágio", comentou o gestor de fundos da F&C Investments, em declarações ao Etv, a propósito do leilão de obrigações alemãs a 10 anos realizado na semana passada, onde a Alemanha não conseguiu compradores para 40% dos títulos de dívida e o juro subiu face à emissão anterior.

Para Pedro Pintassilgo, o leilão da última semana mostrou que "a Alemanha não está de facto numa redoma de vidro e também vai sofrer [com a crise europeia], porque a maior parte das exportações da Alemanha são para a Europa". Mais do que isso, o gestor de fundos considera que a não resolução da crise de dívida na Europa "vai naturalmente abrandar o crescimento de todas as economias do planeta".

Consciente desse cenário, o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, disse ontem estar disponível para fazer o que for necessário para ajudar os países da zona euro a superar a crise actual.

Pintassilgo opina assim:
 
""Sobre a proposta alemã de uma maior união orçamental na zona euro, Pintassilgo considera que está "fora de tempo" porque "neste momento temos a casa europeia a arder, o risco de desmembramento a crescer todos os dias e taxas totalmente proibitivas e insustentáveis no médio prazo", nos juros italianos, apontou o gestor de fundos. Por tudo isto, uma proposta destas neste momento não chega.

Pintassilgo notou também que o que a Alemanha está hoje a mostrar que é solidária "só até um certo ponto" e que "o BCE tem de libertar-se das amarras da inflação", que considera ser o "papão que a Alemanha vem lançando".

Para o responsável não parecem existir riscos inflaccionistas, que decorressem de uma eventual acção de 'quantitative easing' por parte do BCE. "Os riscos que hoje enfrentamos são muito maiores", alertou, argumentando que as previsões actuais apontam para taxas de crescimento quase nulas ou estimativas de recessão em vários países, o que afasta riscos de subida dos preços.

Por isso, o que neste momento está a ser pedido à Alemanha é que permita que o BCE que seja "o mutuante de último recurso para a dívida soberana europeia".

Pintassilgo concluiu que "o euro não está a desvalorizar ao ritmo que era espectável, o que significa que ainda não chegámos ao momento de ruptura, mas pode estar por semanas".""

ISALTINO - indeferido requerimento

De degrau em degrau, Isaltino vai-se afastando da cadeia
Justiça é isto - vivem os que podem à custa das artimanhas dos recursos.
 
"O Tribunal da Relação de Lisboa indeferiu hoje um requerimento de Isaltino Morais em que este pedia a correcção do acórdão de oito de Novembro que rejeitou o afastamento da juíza de Oeiras."

O Hitler Madeirense

Não será, mas parece

Mas que grandes filhos da p......

"O Vespinha fez um intervalo na sua acção de caridade e depois de meter duas crianças em cadeira nas creches pagas pelo Estado já arranjou impostos pagos pelos desgraçados para tirar a barriga de misérias e andar num Audi topo de gama. Enfim, Não sei como diriam os franceses ou os ingleses, mas sei o que dizem os portugueses destes canalhas, "mas que grandes filhos da puta!"." in "O Jumento"

" Ainda vivemos em democracia mas a verdade é que este governo está mais à direita do que o de Marcelo Caetano, os seus ministros são bem mais cinzentos do que os da Primavera Marcelista, o primeiro-ministro tem menos valor intelectual do que um par de cuecas de Marcelo Caetano e para encontrarmos um ministro com um programa, conceitos e arrogância do Gaspar teremos de recuar aos tempos em que Salazar ainda não era presidente do conselho. Nunca um governo de direita, nem mesmo nos 48 anos de ditadura de direita um governo assumiu de forma tão clara os interesses de uma classe social tão restrita como a grande burguesia, nem nunca os interesses desta classe foram defendidos de forma tão clara. Só falta mesmo a PIDE mas até nisto o governo de Passos Coelho não se deixou ficar para trás e garantiu um reforço de verbas para as polícias. "  In "O Jumento"


 "

28 novembro, 2011

GOVERNO na hora de gastar, é de continuar

                                                   Da "lambretta" ao topo de gama
Comentário, para quê?

Juizes - uma casta à parte

Ninguem falou nesta situação. Porquê?
Estaremos enganados ou o Juizes vão passar sem contribuir com  os subsídios de Natal e Férias?
Uma casta à parte, não é verdade, neste caso com o contributo do PCP.
"O Parlamento aprovou hoje por unanimidade uma proposta do PCP que elimina a possibilidade das pensões dos magistrados jubilados serem alvo de contribuições extraordinárias, como as incluídas no orçamento, eliminando o artigo 73 da proposta de lei do Orçamento do Estado para 2012. Este artigo previa dois pontos: um estabelecia que o cálculo das pensões dos magistrados era feita com base em todos os descontos respectivos, não podendo, no entanto, ser superior à remuneração de um juiz de igual categoria ainda no activo, e outro que previa que "As pensões de aposentação dos magistrados jubilados podem ser objecto de contribuições extraordinárias nos termos da lei do Orçamento do Estado", dizia a proposta de lei original.
Mas então e o estatuto dos pensionistas, aceita o roubo das pensões de Natal e de Férias?


"No entanto, os pareceres enviados à Comissão de Assuntos Constitucionais, Direitos, Liberdades e Garantias contradiziam e geravam polémica em torno destes artigos e os partidos consideraram que o Estatuto do Ministério Público não deve conter normas orçamentais de vigência provisória." ( wehavekaosinthegarden )

Pires de Lima e a cerveja

Poi assim é que é, zangado com o aumento do IVA sobre a cerveja e sem preocupação sobre o aumento do IVA sobre outro tipo de bens muito mais essenciais que uma das principais componentes das bebedeiras.

"António Pires de Lima, presidente da Associação Portuguesa dos Produtores de Cerveja critica proposta da maioria PSD/CDS-PP de avançar com um aumento de 3,5% no imposto sobre as bebidas alcoólicas" ( jornaldenegocios)

Malabaristas

"Não poucas vezes os nossos governantes parecem ser gente deslumbrada com meia dúzia de livros revolucionários lidos à pressa. Aprendizes de feiticeiro a quem só foi ensinada metade do truque: sabem fazer desaparecer as coisas, mas não conhecem a forma de as fazer aparecer." ( dn - Pedro Marques Lopes )

Titanic

Há mais e bem portas adentro da nossa casa.
Passos Coelho é o comandante do nosso Titanic, digo do nosso cacilheiro.

"UE: o destino do "Titanic"?
Publicado por AG
Na Al Jazeera comenta-se que «a Alemanha é o único passageiro de primeira classe que resta no "Titanic"», a propósito da incapacidade da Alemanha arranjar compradores ontem no mercado para a totalidade das obrigações de tesouro que queria vender.
E a propósito da desconfiança que começa a chegar à principal e mais rica potência europeia. Que não parece ouvir as sirenes de alarme.
Como os passageiros "Titanic" embrenhados na sua música nos decks superiores... "  ( causa-nossa )

26 novembro, 2011

Assim, não chegamos lá

“É isto que queremos ou está a escapar-me algo?”

• Nicolau Santos, QUE MODELO SERÁ O NOSSO:
    ‘As análises são unânimes: Portugal tem uma fraca competitividade. Por isso, a agenda de transformação estrutural da economia portuguesa encetada pelo Governo (que inclui a transformação estrutural do Estado e reformas ao nível de funcionamento da economia, como o programa de privatizações e a flexibilização do mercado de trabalho palavras de Vítor Gaspar) visa resolver até 2014 esse problema. Ora se analisarmos os sinais e as decisões pode concluir-se que: 1) O Estado vai encolher e as suas funções serão fortemente reduzidas; 2) Os salários dos funcionários públicos e as prestações sociais serão fortemente atingidos; 3)0 sector privado seguirá essa orientação; 4) Várias das privatizações incidem sobre empresas que são monopólios naturais ou que têm uma posição significativa no mercado; 5) As mudanças laborais vão todas no sentido de tornar mais precárias as relações entre trabalhadores e empresas. O resultado de tudo isto é que teremos um exército de mão de obra bastante mais barato; os melhores emigrarão; posições públicas dominantes nos mercados passarão a ser privadas. Ora o modelo económico que daqui sai é certamente mais competitivo, mas por via dos salários baixos não pela inovação ou criatividade. É isto que queremos ou está a escapar-me algo?’ (expresso )

A mentira do despesa pública

"Nos últimos 30 anos, a despesa pública aumentou de 29% para 45% do PIB. Um aumento do peso do Estado na economia de 16,3 pontos percentuais, dos quais 12,1 p.p. (75%) aconteceram em governos liderados pelo PSD e apenas 4,2 em...
Nos últimos 30 anos, a despesa pública aumentou de 29% para 45% do PIB. Um aumento do peso do Estado na economia de 16,3 pontos percentuais, dos quais 12,1 p.p. (75%) aconteceram em governos liderados pelo PSD e apenas 4,2 em governos PS.

Os dados apresentados no gráfico ilustram bem o problema da inércia de aumento da despesa pública. Até 2005, todos os ciclos governativos terminaram com um peso da despesa no produto superior ao valor inicial. Esta trajectória é explicada pela crescente exigência de novos serviços e pela evolução dos custos da segurança social, numa sociedade em envelhecimento.

Mas foi também alimentada pela dinâmica de crescimento do peso das remunerações, com o aumento do número de funcionários, e reforçado por regimes de promoção automática.

Na despesa pública é fácil e popular subir degraus, contratar pessoas, dar mais regalias, abrir novos serviços. Mas, depois de o fazer, criam-se responsabilidades e direitos adquiridos que é difícil reverter.

Calculando o aumento da despesa em cada período governativo, podemos determinar o respectivo contributo para o aumento do peso do sector público na economia. Os valores no fundo do gráfico reflectem a variação em pontos percentuais do peso da despesa pública total em cada período. Observa-se que os três períodos com maiores contributos para o aumento do peso da despesa pública no PIB foram os da Aliança Democrática (+4,4), os governos de Cavaco Silva (+4,3) e os governos PSD-CDS (+3,4).

Em conjunto, estes três períodos governativos deram um contributo acumulado de crescimento de 12,1 pontos percentuais do total de 16,3 p.p. de aumento do peso da despesa pública verificado nas últimas três décadas. O contributo líquido dado pelos governos liderados pelo PS foi muito menor - apenas 4,2 pontos percentuais (2,2 +3,0 +0,8 -1,8 = 4,2), cerca de ¼ do total.

Podemos admitir que a despesa total não é o agregado mais adequado. No entanto, considerando os contributos para o aumento da despesa corrente, obtemos que os governos PSD contribuíram com 13,5 p.p. enquanto os do PS com 4,2 p.p.. Retirando os juros, obtemos a despesa corrente primária, que aumentou 16,2 p.p. entre 1977 e 2008, com um contributo de 11,9 p.p. dado pelos governos PSD e apenas 4,3 dado pelos governos do PS.

Façam-se as contas como se fizerem, o contributo dos governos PSD representou entre 74% e 76% do aumento total, um valor três vezes superior ao acumulado pelos governos PS. O contributo para o aumento da carga fiscal dado pelos governos do PSD foi até ligeiramente maior (cerca de 80%), e o contributo para o aumento do peso das despesas com remunerações foi ainda superior.

Utilizando os dados de aumento da despesa corrente primária (os mais desfavoráveis ao PS) e calculando o aumento anual do peso desta despesa no PIB (ver quadro), constata-se que o ritmo de crescimento do peso do sector público nos governos liderados pelo PSD foi 2,3 vezes superior ao verificado nos governos PS (0,7 p.p. ao ano comparado com 0,3 p.p. por ano).

O quadro permite também ver que o último governo PSD-CDS foi o em que se verificou um ritmo mais acelerado de aumento do peso da despesa corrente primária na economia (1,2 p.p. por ano), um valor muito superior ao ritmo médio de aumento do peso da despesa pública corrente primária, que foi de 0,5 pontos percentuais por ano. Aliás, todos os governos liderados pelo PSD registaram um ritmo de crescimento igual ou superior à média, enquanto nos governos socialistas apenas o de António Guterres cresceu acima da média, aumentando 0,68 p.p. por ano, um valor muito próximo ao dos governos de Cavaco Silva, que é quase metade do registado pelo último governo PSD-CDS.

O governo de Sócrates destaca-se com uma descida do peso da despesa pública até 2008.

Destaca-se também como o que apresenta o menor défice médio. No entanto, em 2009, a crise está a levar a um aumento do défice. Os dados do primeiro semestre confirmam isso mesmo, mas sugerem que o aumento do défice decorre mais da diminuição da receita, pelo abrandar da actividade económica, do que do disparar da despesa para além do previsto.

Será que os dados finais de 2009 podem alterar as conclusões aqui apresentadas? Eu penso que, no essencial, não. Mesmo que o peso da despesa no produto aumente 2, 3 ou 4 p.p. em 2009, o contributo para o aumento da despesa pública dos governos do PS continuaria sempre a ser menos de metade do contributo dos governos do PSD. Mesmo no actual cenário de crise, o actual Governo vai registar um crescimento do peso da despesa claramente abaixo dos crescimentos registados pelos governos do PSD.

A verdade sobre as contas públicas está nos números. Estes estão disponíveis no Banco de Portugal, no Eurostat, ou no INE. Se o que aqui foi apresentado não corresponde à ideia que tinha, veja por exemplo em www.bportugal.pt e questione-se sobre se os que mais se reclamam do rigor não são afinal os que mais contribuíram para o crescimento do monstro."  ( jornaldenegocios )

25 novembro, 2011

Oeiras - greve

A intervenção da PSP para libertar que queria trabalhar num dia de greve, vem uma vez mais, e não só em Oeiras, para deixar sair as viaturas de recolha do lixo, como funciona o PCP e a CGTP.
Reclamam a liberdade, naturalmente, a deles, esquecendo-se da liberdade dos outros.
Ora, se há liberdade para fazer greve, também tem que haver liberdade para quem quer trabalhar.
Carvalho da Silva esteve muito mal ao afirmar que a PSP não deve interferir no "trabalho" dos piquetes de greve.  Será que que os piquetes não estão a prejudicar a "ordem pública" não deixam quem quer, exercer o seu direito ao trabalho?
Lá diz o velho ditado: quem nasce torto, tarde ou nunca se endireita.  Bem certo

Passos Coelho

Este homem está a levar-nos para a banca rota

Rugby - ele contra todos

24 novembro, 2011

O Sucateiro

O jornalismo que temos
 
"Também não percebo porque tratam o Godinho por sucateiro e nunca trataram o Passos Coelho por merdeiro ou homem do lixo pois, como se sabe, o agora primeiro-ministro trabalhava em empresas que fazem recolha de lixo urbano, aquilo a que vulgarmente designamos por merda." in O Jumento

23 novembro, 2011

Madeira - democracia à moda de Jardim

Leia-se com atenção e medite-se, por exemplo no que tem sido a cultura democrática do PSD na Madeira.
O Presidente, só vai quando lhe interessa ao Parlamento (?) madeirense e os deputados, andam a ganhar o seu vencimento e a maioria nem pôe lá os pés.
 

"O PSD, cuja maioria absoluta está segura por apenas mais dois deputados, garante assim que nenhuma proposta da oposição venha a ser aprovada quando tiver algumas ausências na sua bancada.

Na sua proposta de alteração ao regimento ontem aprovada, a quarta em dois anos, os sociais-democratas reforçam aquela ideia ao garantir que o voto do presidente e demais membros da mesa "são contados como incluídos no partido a que pertencem".

O PSD alterou também a definição de quorum, ao decidir que o parlamento pode funcionar em plenário com um mínimo de "um terço do número de deputados em efectividade de funções". Esta norma viola o próprio Estatuto Politico-Administrativo da Madeira, segundo o qual "a Assembleia considera-se constituída em reunião plenária encontrando-se presente a maioria dos seus membros [art. 52º]".

O novo regimento introduz uma prática de outros parlamentos ao determinar, no seu novo artigo 69, que as votações ocorram "somente na última reunião de cada semana" (quinta-feira), excepto quando a conferência de líderes deliberar contrariamente.

Por outro lado, mantém a interdição de os jornalistas (sujeitos a um código de indumentária) acederem as reuniões das comissões. "Este é um regimento à altura dos desafios que a região atravessa", sublinhou o vice-presidente da bancada social-democrata, Tranquada Gomes.

Oposição contra

O PSD rejeitou liminarmente as alterações apresentadas pelo CDS-PP, PS e PCP que, em comum, exigiram a presença regular do presidente do governo regional no parlamento, onde apenas tem comparecido anualmente para discursar no encerramento do debate do Orçamento.

A oposição propunha a realização de debates mensais com Alberto João Jardim, a audição trimestral nas comissões dos outros membros do executivo, a presença de governantes regionais no plenário quando estivessem em discussão as suas propostas e de todo o executivo na discussão de moções de censura ao governo. Tudo praxes não seguidas na Madeira, onde, também por imposição do PSD, a direita fica à esquerda no hemiciclo, e vice-versa.

No final da discussão do regimento, Rubina Sequeira (PND), em substituição da declaração de voto, fez um minuto de silêncio "pela morte da assembleia"."