21 novembro, 2011

CAVACO SILVA endividou Portugal

Nenhum outro primeiro-ministro nos endividou como Cavaco

Extracto da extensa entrevista dada hoje por Vasco Pulido Valente ao Público:
    Chegou a escrever, no tempo do cavaquismo, que o país estava a passar por um processo de transformação que relembrava o século XIX. Será que o país se transformou?
    Estava a passar. O país transformou-se. Foi o Cavaco que, como lhe disse, pôs o carro a descer a encosta. Ele criou aos portugueses o sentido de entitlement, quando o Estado lhes dava qualquer coisa isso passava a ser um direito. Transformou Portugal. Eu tenho um artigo qualquer que se chama "Homus Cavaquensis". Isso não foi um erro, foi uma profecia que acabou por se verificar. Se foi esse o grande erro que eu fiz... Eu costumava fazer campanhas eleitorais com um amigo meu que era médico. Entrávamos no distrito de Leiria e ele dizia-me sempre, isto em 1980, "agora vai devagarinho que aqui o Hospital de Leiria só tem algodão e mercúrio cromo". Anos depois, há hospitais moderníssimos. O Cavaco subiu as expectativas dos portugueses absurdamente.

    E os que vieram a seguir?
    Mas nenhum como o Cavaco. Pelo menos não nos endividou, ou não nos endividou tanto.

    A sociedade civil continua débil?
    Com certeza. O Estado Social não os enriquece. O Estado Social é um bem de consumo. O Cavaco não fez nada pela produção portuguesa. Acabou com a frota pesqueira, com a agricultura, com várias coisas. Nunca percebeu que a justiça era importante. Quando lhe diziam, nenhuma economia funciona sem a santidade dos contratos, não percebia. Ainda hoje percebe pouco do que se passa à volta dele. E tem a força dos obcecados. Leia as memórias dele e veja

Justiça

Justiça assim, não:
 
"Não é com Duarte Lima que estou preocupado; é com a justiça que tem o meu país. Um procurador-geral que diz que tudo isto é uma vergonha, mas que reconhece a sua incapacidade para resolver o assunto é a prova da falência de um Estado Democrático. Um presidente do Supremo que considera que Isaltino já devia estar preso e que atribui as culpas aos processos penal e civil é a prova da falência de um Estado Democrático. Poderiam seguir mais mil exemplos para mostrar que a justiça em Portugal não funciona, mas, tendo em conta que quem falou atrás foram os chefes da investigação e dos tribunais, não vale a pena gastar mais papel." (DN )

Américo Amorim

19 novembro, 2011

Olaria - Cabeção

GOVERNO TEIMOSO

 
"Claro que Mário Soares, do alto do seu estatuto de pai do regime, disse grosso o que mais nenhum se atreveu a sussurrar, colocando-nos de atalaia sobre a senhora Merkel: porque ela veio do leste, ou seja do lado comunista do Muro de Berlim, e porque historicamente a Alemanha soma responsabilidades em duas grandes guerras.

Ainda assim, valerá a pena acrescentar às do pai do regime duas outras vigorosas declarações sobre o estado da crise e da governação ou ainda sobre a última conferência de imprensa da troika mais as suas recomendações: Belmiro de Azevedo disse que "o preço a pagar pelo equilíbrio das contas não pode ser a miséria absoluta e um exército de excluídos" e reclamou "crescimento"; Fernando Ulrich apelou para que "acabem com as conferências de imprensa da troika" e "nos poupem de ouvir funcionários de quinta ou sétima linha não eleitos democraticamente", reclamando "união política porque aí o meu voto conta para eleger a senhora Merkel".

Perante estas declarações, a pergunta é óbvia e simples : o que é que está a acontecer para que patrões pareçam perigosos sindicalistas?

A resposta parece-me tão óbvia quanto a pergunta: se o nosso governo seguir a recomendação da troika para cortar mais salários, agora também no sector privado, o mercado interno vai definhar. Muito provavelmente até níveis de empobrecimento da capacidade de consumir que correríamos o risco muito sério de destruir a maior parte do nosso actual tecido empresarial.

Portugal é essencialmente um país de pequenas e médias empresas. O seu definhamento e falência acabaria por arrastar as poucas grandes empresas que não vivem exclusivamente da exportação dos seus produtos.

A subsistência de uma classe média minimamente apta a consumir e de um mercado interno minimamente activo é, portanto, o núcleo fundador de uma nova circunstância. Se chegaremos a ver patrões e sindicalistas de braço dado, isso é outra coisa... Certo é que ambos os lados parecem convergir em defesa dos salários."

RICO? EU?

18 novembro, 2011

Justiça?

Vamos deixar aqui um pequeno apontamento sobre as notícias que estão a circular a todo o momento sobre a imensa "trafulhice" que tem vindo ao conhecimento publico do BPN e respectivos sócios, amigos e companheiros, do Banco e dos seus administradores e directores.
O que vou relatar tem a ver com a Justiça, aquela justiça que, em cada dia que passa, mais cai no descrédito.
Vamos aos factos: Quarta-feira, meio da tarde - uma equipa de filmagem da SIC encontrava-se a fazer o seu trabalho no meio de um descampado a sul da estrada que liga Porto Salvo a Leceia.
Quarta-feira.
Quinta-feira saiu a notícia, com a câmaras da televisões à porta das casas daqueles que seriam levados para os calabouços da PJ para posteriormente serem levados ao DIAP.
As filmagens da SIC, efectuadas na quarta-feira pela tarde apareceram associadas ao que atrás foi dito quando dos noticiários da quinta-feira.
Conclusão: alguém deu com a língua nos dentes sobre as diligências a efectuar e as pessoas a ser investigadas.
Ninguém da Justiça, da outra, dos responsáveis pela sua correcta e honesta aplicação, das hierarquias respectivas que deixaram que essas e eventualmente outras informações mais graves, tivessem passado para fora dos dossiers que estão em segredo de justiça tem algo a dizer?

Governo

17 novembro, 2011

Governo debaixo de fogo

No automóvel, radio no ar, TSF, noticiário das 16 horas (?):
  • Ruas chama "mentiroso" a Relvas por ter dito que o Governo só deve 50 milhões às Camaras, quando deve cerca de 170 milhões;
  • Belmiro Azevedo, descasca no Governo porque está tudo na mesma e nem batatas, alhos ou tomates sabemos plantar;
  • A CIP já não dá o beneficio da dúvida ao Àlvaro
A coisa começa a "arder"

Troika

15 novembro, 2011

Roubalheiras

Freeport versus Duarte Lima

O pensamento de um velho analfabeto:
 
Um desses políticos que subiu na vida à conta do Partido e da Política, dizem que desviou mais de  5 milhões de Euros e matou uma sua cliente e que está já em tribunal para ir a julgamento. Pouco ou nada se fala do assunto nos jornais e nas televisões.
Se Sócrates, só com o caso do centro comercial ( Freeport), não lhe apanharam, nada e foi o que foi e ainda continua a ser, todos os dias nos Jornais e Televisão havia notícias, porque ser que com este advogado, está tudo tão parado?

Corte nos subsídios - Ilegalidade e inconstitucionalidade

Assim opinam os "grandes" interpretes e aplicadores da Lei 

"A Associação Sindical dos Juízes Portugueses (ASJP) considera "ilegais e inconstitucionais" a redução de remunerações e a suspensão do pagamento dos subsídios de férias e de Natal previstas na proposta na Lei do Orçamento do Estado (OE) para 2012. " ( dn )

ISALTINO visto desde o Ribatejo

"Sábado, na festa da gastronomia encontro dois amigos, fervorosos socialistas moradores em Oeiras. Sem sugerir nada falo no transmontano Isaltino. Reacção: votei sempre nele afirma um, estou-me nas tintas para as acusações contra Isaltino, sempre lhe concedi o voto, voltaria a confiar-lho caso fosse possível, responde o outro. Estes senhores são de curso e percurso responsável, calmos e ponderados, civilizados e avessos a encantamentos, no entanto, no caso em apreço surpreenderam-me pela vertiginosa defesa do acusado de um sem número de maldades envolvendo dinheiro em troca de favorecimentos. Referem o facto de Oeiras ter ganho em todos os aspectos, especialmente no domínio da qualidade de vida, se o controverso autarca ganhou dinheiro satisfazendo vontades não lhes provoca dano, eles obtiveram benefícios vivenciais devido à sua boa governação, nada mais a dizer. Um deles ainda acrescentou: olha o Milenium agora, repara quão importante era o Banco no tempo da gestão de Jardim Gonçalves. Antes de Isaltino, Oeiras não passava de um dormitório de origem campesina, presentemente é procurado centro citadino enaltecem eles a terra onde se sentem bem. As palavras desenxovalhadas que ouvi, comprometidas na defesa de um político determinado a fugir à prisão, condenado pelos tribunais e pela opinião pública obrigam a reflectir acerca deste género de fenómenos a germinarem desde sempre no terreno da democracia. O autarca revelou-se dotado na gestão e engrandecimento da cidade, gerou emprego e riqueza, segundo os acusadores também demonstrou grande apetência pelo pilim esquecendo a norma valorativa da honestidade na orientação dos negócios públicos. A simpatia evocativa dos seus feitos a começar pelas sucessivas vitórias fora do guarda-chuva protector de um partido não pode levar-nos a mero encolher de ombros no referente aos actos constantes da acusação, o julgamento feito pela maioria dos votantes de Oeiras também não. O que leva esses eleitores a demonstrarem possuir tão magnânimos corações? Apenas a elogiada acção de Isaltino? Tão incisivos louvores revelam concordância a ponto de podermos pensar em procedimento semelhante em igualdade de circunstâncias? Será da nossa condição não resistirmos ao perfume do vil metal? Estas interrogações deixo-as à consideração dos leitores, o ouvido no sábado permitiu-me perceber melhor as emoções conhecidas pela síndrome de Estocolmo, em que a vítima raptada acaba por nutrir simpatia pelo raptor" ( oribatejo)

Passos Coelho não desarma

Já são muitos e da sua cor a dizerem mal das suas políticas, mas ele não desarma.
 
"Primeiro foi Cavaco Silva. Depois Rui Rio. Agora é a vez de Manuela Ferreira Leite vir a público criticar Pedro Passos Coelho por ter optado por colocar o esforço de ajustamento do País apenas sobre os funcionários públicos e pensionistas com rendimentos acima de 485 euros por mês, e de, ainda por cima, ter contribuído para estigmatizar um corpo de trabalhadores indispensáveis ao funcionamento do País." (jornaldenegocios  )