09 setembro, 2011

VINHO esperança da Economia

                                                              Se conduzir, não beba

Estado de Estupor

"Muita gente se tem surpreendido com aquilo que considera ausência de reacção, quer da "rua" quer dos protagonistas partidários e sindicais habituais, às duríssimas medidas do Governo.
Várias explicações têm sido ensaiadas. Que é Verão, que as pessoas estão amodorradas pelo calor, que a generalidade ainda não sentiu o efeito dos cortes e do agravamento dos impostos, que há um sentimento geral de conformismo, resignação e até mea culpa face à austeridade.
Ora estas explicações, se poderiam fazer sentido para a população, não colhem no que respeita aos partidos da oposição nem aos sindicatos, cujas reacções são de uma doçura enternecedora se as compararmos com as evidenciadas face ao Governo PS. Um contraste tanto maior quando em vários casos - o da avaliação de professores sendo o mais escandaloso pela contestação selvática que suscitou antes - as promessas e acções pré-eleições dos partidos do Governo foram completamente invertidas pelo Executivo. O que pode levar Nogueira e companhia a baixar tanto as orelhas? Há alguma coisa que não saibamos (ainda) ou deu-lhes a vergonha, como ao PCP e ao BE, de terem feito pandã com a direita para diabolizar Sócrates e ajudar a colocar no poder o Governo mais determinado a acabar com "as conquistas dos trabalhadores" que vimos desde o 25 de Abril?
Não havia diferença entre PSD e PS, ouviu-se tantas vezes aos dirigentes da chamada "esquerda portuguesa". O PS tinha uma política "neoliberal" que agravava as desigualdades e a pobreza; o PS era inimigo dos trabalhadores e servo do "grande capital"; o PS traiu os portugueses ao negociar com a troika um acordo ruinoso (amanhãs a cantar, ou nada). E muito pior que o PS era esse "objecto mau", esse cúmulo do odioso chamado Sócrates. Sem ele, tudo voltaria a estar bem; sem ele, culpado de todos os males, arquitecto da bancarrota (para a direita) e traidor do proletariado (para a "esquerda"), não haveria mais impostos, nem avaliação de professores, nem corte do abono de família, nem fecho de escolas e centros de saúde nem IVA máximo no leite com chocolate "das crianças"; sem Sócrates, "os mercados" emprestar-nos-iam a juro de amigo, as crises económica mundial e do euro eclipsar-se-iam e não se exigiriam "mais sacrifícios aos portugueses", até porque, como gritou Cavaco na tomada de posse, se tinha chegado ao limite.
Erigido em totem sacrificial, Sócrates, "o mentiroso", foi queimado em auto da fé e o País respirou de alívio. Para se descobrir, semanas depois, com um PM que desdiz - ou melhor, manda desdizer - tudo o que prometeu e se apresta a esbulhar o rendimento do trabalho e a empobrecer os pobres e classe média como nunca até hoje. Que vão chamar-lhe, mentiroso e ladrão? Que vão fazer, encher as ruas de gente vociferante com cartazes insultuosos? Pois. " (Fernanda Cancio - DN)

08 setembro, 2011

Munique - inverno

Processo Casa Pia

Assim se detroem vidas.

Que paga, onde estão os responsáveis que aceitaram como bons estes depoimentos.
Esta gente não tem que ser chamada à "Justiça?

Novas do Estado de direito: «Casa Pia. Ricardo Oliveira, que acusou Paulo Pedroso, Ferro Rodrigues e Jaime Gama, diz que foi "fácil mentir à polícia"»

Estranhamente, o artigo de Carlos Rodrigues Lima e Luís Fontes no DN, intitulado "A PJ apanhou nomes atirados ao ar", não está disponível na Internet. Eis um extracto:
    'São mais dois desdizeres no processo da Casa Pia: Ricardo Oliveira (durante anos, referido como "João A.") e Paulo Lemos, duas testemunhas da acusação, voltaram atrás nos seus depoimentos, dizendo, em entrevista ao jornalista Carlos Tomás, que mentiram à Polícia Judiciária e, posteriormente, em tribunal. "A gente mandava uns nomes para o ar e a Judiciária apanhava. Eu mandava uns nomes para o ar e eles apanhavam o que queriam", descreveu Ricardo Oliveira na entrevista. As declarações de ambos - que não foram consideradas vítimas do processo, apenas testemunhas da acusação - constam de um DVD que o jornalista enviou para várias entidades públicas (PGR, Parlamento, Presidência da República, entre outras) e órgãos de comunicação social. Ricardo Oliveira contou que apenas acusou o ex-deputado socialista Paulo Pedroso no dia em que este foi detido, a 4 de Fevereiro de 2003. "Era fácil. Vi a cara dele a ser preso de manhã e à noite falei dele. Eu só colei", declarou Ricardo Oliveira. Recorde-se que este jovem foi entrevistado pela TVI no dia em que o juiz Rui Teixeira entregou no Parlamento o mandado de detenção contra Paulo Pedroso. "A Polícia Judiciária acreditou em mim, apesar de eu nunca ter falado no Paulo Pedroso antes de ele ter sido preso. Nunca o tinha visto, não o conhecia", acrescentou o jovem na entrevista. Além de Paulo Pedroso, esta testemunha também implicou em actos de abuso sexual os socialistas Jaime Gama e Ferro Rodrigues. Estes últimos avançaram com processos de difamação, mas perderam as respectivas causas. Ao que o DN apurou, pelo menos Paulo Pedroso não vai tomar nenhuma iniciativa no foro judicial, porque os prazos para recurso no processo de difamação já foram ultrapassados. As novas declarações de Ricardo Oliveira passaram ainda pela casa de Elvas, propriedade da arguida Gertrudes Nunes (a única absolvida no final do julgamento), local onde, segundo o processo, decorreram abusos sexuais. "Nunca fui à casa de Elvas", referiu Ricardo Oliveira, apesar de outro jovem ter declarado que o viu na habitação de Gertrudes Nunes. Uma das revelações mais surpreendentes diz respeito à suposta "facilidade" com que se mentiu no processo da Casa Pia: "Faz mal estragar a vida às pessoas. Mas, naquela altura, eu punha o que tivesse que ser (...) A gente não mentiu, mentimos, mas só fizemos o que nos mandaram fazer. Era tão fácil mentir neste processo. Podíamos dizer tudo, porque éramos os reis."'

Pedro Coelho mentiu e mente

Oeiras

Monumento aos mortos na guerra de África

Fuga ao fisco

Será que alguêm acredita que esses nomes serão divulgados?
"  O governo de Passos Coelho recusa fazer incidir impostos sobre os rendimentos de capitais, as mais-valias bolsistas, as transferências de capitais para off-shores e até um imposto extraordinario sobre o património para os mais ricos, com o estafado argumento de que isso afugentaria investidores (e já que os não taxa, porque é que eles não vêm a galope e porque é que eles não investem na economia e na criação de emprego?). Mas o Governo não pode continuar a proteger quem, confirmadamente, procurou defraudar o Estado, fugindo aos impostos com depósitos secretos no Liechenstein, uma vez que está na posse desses dados. Sob pena de perder totalmente a legitimidade para sobrecarregar quem cumpre com os seus impostos.

Publicar a lista dos depositantes no Liechenstein que o fisco confirmou como infractores, mesmo que já tenham entretanto pago o que era devido, é o mínimo que o Governo pode fazer para significar aos portugueses - aos cumpridores e aos incumpridores - que actua com seriedade e isenção. Não publicar a lista é dar sinal aos infractores de que podem continuar alegremente a defraudar o Estado e a roubar os seus concidadãos pagadores de impostos. E um imoral incentivo para que o mau exemplo frutifique..."

Victor Gaspar

Quem não sabe executar, ensina.

"Mas como explicar que um prestigiado académico que publicou dezenas de artigos, reflexões, estudos etc... sobre como cortar na despesa publica e equilibrar o défice, ao chegar ao governo apenas consiga aplicar a velha formula do aumento de impostos? A resposta é simples: o papel e os quadros de ardósia aceitam tudo o que neles se escreve."

07 setembro, 2011

Professores

O poço sem fundo dos professores. Vai-se levantando o véu dos interesses que por lá se movem.

"Para ensinar numa escola pública de risco é preciso vocação. Só que há professores contratados que até julgam estar aptos a ocupar o lugar, mas não têm hipótese de o provar. Em boa parte dos agrupamentos integrados nos territórios educativos de intervenção prioritária (TEIP) os concursos são fechados e dão sempre vantagem aos mesmos candidatos." (  ionline)

Empresas Municipais a pedido

Uma maneira subtil para a criação de mais uns "empregos" para uns "boys", só quando interessa

""O PCP, o BE e o PS questionaram nesta quarta-feira o Governo sobre a excepção contida na proposta de lei para suspender a criação de empresas municipais, que permite às autarquias continuar a formar empresas desde que autorizadas pelo executivo." (  Publico )

DESPESAS SUPÉRFULAS?

Será que os sindicatos percebem isto?

""Não passa por aquelas cabecinhas que o problema das Educação e Saúde não é a receita… mas o dinheiro mal gasto? Não entendem que um Estado que gasta (em percentagem do PIB) em Educação e Saúde mais do que os países avançados, tem um problema grave de desperdício? E que, por isso, tem de olhar primeiro para a despesa? Os próximos meses serão, de facto, difíceis. Até para nós, jornalistas, que vamos ser sujeitos às piores manobras de desintoxicação."" ((jornaldenegocios)  )

Paleta de cores

                                        Mercados de fim de semana

Democracia à moda do PSD

"Socialistas pediram a ida de Álvaro Santos Pereira ao Parlamento. PSD e CDS/PP chumbaram. PS diz que a recusa "é grave"."

A desgraça

Muitos já se acobardam. Ter votado PSD já causa transtorno.

Acabou o estado de graça, começou o de desgraça

"O governo não tinha apenas dois meses para aplicar o acordo com a troika, facto de que não se pode queixar pois o PSD foi o maior defensor da intervenção externa e tudo o fez para a precipitar, tinha também pouco tempo para mostrar que no plano dos valores e da competência era melhor do que o seu antecessor tal como o prometeu. Passados dois meses a descrença até chegou aos seus apoiantes, Passos Coelho já tem pesadelos em que vê tumultos na baixa da capital e Porta assusta-se com greves generalizadas contra as quais não pode mandar a mesma fragata que em tempos mandou contra a traineira do aborto."   "O Jumento"

Cristo-Rei visto de Vila Fria

                                          Ao amanhecer

Passos Coelho - Trabiqueiro



Passos Coelho antes das eleições — “Estas medidas põem o país a pão e água. Não se põe um país a pão e água por precaução.”

Passos Coelho após as eleições (hoje) — “Foi por isso que agimos preventivamente, por antecipação, como agiremos sempre, para fugirmos de perigos bem reais.”

* Diz-se de, ou aquele que faz trambiques; trapaceiro, vigarista.

PORTO SALVO - Complexo desportivo

Peça de teatro adaptada da realidade sobre o Complexo desportivo de Porto Salvo
 De I a V
                                           Para ler todos o Actos da Peça, link aqui   (oeirasmaisatras)

JOSE NIZA escreve assim

Senhor Primeiro Ministro
Sabe todo o País que V.Exa não descansará um segundo enquanto existir em Portugal uma única empresa pública. E sabe também que a palavra de ordem é privatizar. Privatizar! Rapidamente e em força. E a qualquer preço. Melhor dito, a um "preço para amigos", como soe dizer-se.
Acontece que eu, ao longo da vida, fui pondo de lado uns tostões debaixo do colchão. E que, embora não seja um velho-rico, cogito que tenho cabedais bastantes para entrar – sem me afogar – na onda das privatizações que aí vem, como um tsunami. Aliás, já me chateia que sejam sempre os mesmos usurários a comprar tudo o que mexe. E por isso estou preparado para me confrontar com os Mellos, os Espíritos Santos, os Belmiros, a filha do grande democrata Presidente de Angola, o Amorim das cortiças – sempre à tona – e também a GALP – sempre no gamanço – ou com quem mais se atravessar nos meus desígnios.
Passo então aos finalmentes. E eternamente grato lhe ficaria se Vossa Mercê tomasse nota de que eu me candidato à compra dos bens públicos adiante arrolados:
Em primeiro lugar, o Mosteiro dos Jerónimos.
Acha V. Exa estranho? Mas não é. Eu explico.
Patrioticamente o faço para impedir que aquele velho rabujento, bota de elástico, reaccionário – mas grande filantropo – o multimilionário sr. Soares dos Santos, dono dos Pingos Doces, adquira à sucapa o histórico monumento para nele erigir um supermercado manuelino e lhe mude o nome para Mosteiro dos Jerónimos Martins.

Outro bem público que ensejo adquirir é a batalha de Aljubarrota e a respectiva padeira. Isto para evitar que apareça por aí um castelhano qualquer com meia dúzia de pesetas, e leve a batalha e a padeira para Espanha, e a obrigue a confessar que, afinal, quem ganhou a bélica escaramuça foram os "nuestros hermanos" da "vizinha Espanha".
Para resolver uma contenda antiga que me anda atravessada na carteira, informo V.Exa de que é minha intenção comprar também o tribunal de Santarém. E se Vossa Mercê entender conveniente, pagarei desde já o sinal, para que as finanças possam entregar à arraia miúda a metade que ainda lhe resta de subsídio de Natal.
Porquê um tribunal, perguntará a pertinente pertinência de V.Exa?
Em primeiro lugar não é "um" tribunal, mas "o" tribunal, o de Santarém.
Em segundo e penúltimo lugar, a minha obsessão em comprar a "domus justitie" do Jardim da Liberdade do Moita impõe-se porque tenho lá uma acção contra a Brisa das autoestradas vai para cinco anos, um carro destruído, mais de 2500 euros de honorários, taxas e alcavalas e, até hoje, nothing, rien du tout: a Brisa a rir-se e eu a passar cheques. Aliás com cobertura, o que vai sendo raro.
Não obstante, pode V.Exa ficar tranquilo que eu só pretendo comprar o edifício. É que, apesar de os meus amigos António Barreto e Marinho Pinto, andarem por aí a apregoar que há juízes que se vendem – ou alguém que os compra, o que vai dar no mesmo – eu não acredito. Aliás, se porventura isso fosse verdade – e como mal me chega o magro pecúlio para pagar o tribunal – quanto não me custaria comprar um juiz?
Como é público e notório que V.Exa vai vender a RTP às postas – como o cherne nas peixarias – e a preços de saldo, respeitosamente lhe transmito a minha intenção de arrolar a RTP Memória.
V.Exa, se calhar, até ensejava que o que eu queria era o 1º Canal. Pois enganou-se. Aliás é uma coisa que acontece a todos, sobretudo aos Primeiros Ministros. A verdade é que o que eu quero mesmo é o canal Memória: Vossa Senhoria nem imagina o que existe no arquivo deste canal!
Está o amigo a ver aquelas imagens do Cavaco a dizer para as câmaras que nunca se enganava e raramente tinha dúvidas?! E aquelas do badagaio que lhe deu na posse do Guterres?! E outras, em S. Tomé e Príncipe, a subir aos coqueiros como um macaco?! E voracidade bulímica com que devorou um grande naco de bolo-rei?! E a multidão de ministros e secretários de Estado – Administração Interna, Saúde, Justiça, Finanças – que o homem levou para o Governo os quais, mal saíram, foram direitinhos ao BPN e lá deixaram uma cratera de 5 mil milhões e que, como a Brisa no tribunal de Santarém, nunca mais são julgados. E, já agora, está Vossa Senhoria a ver-se na televisão, durante a campanha eleitoral, a jurar que não subia os impostos, nem tocava no subsídio de Natal?!
O que eu vou divertir os Portugueses com estas e outras histórias da RTP Memória. 24 horas por dia, que o arquivo é inesgotável.

PROFESSORES - avaliados? Nunca!

Meter o nariz nas aulas destes senhores? Nunca!!! Dizem eles.

Para ter a classificação “excelente”, os professores terão que ter aulas observadas, não ter menos de nove (em dez) na escala de valores e estar num percentil “igual ou superior a 95”, patamar aplicado “por universo de docentes a estabelecer por despacho conjunto dos membros do Governo responsáveis pela Administração Pública e da Educação”.
Ao “muito bom” e “excelente” só chegarão os professores que tenham dado 95 por cento das aulas que lhe foram distribuídas no ciclo de avaliação em causa.
Para a nota da avaliação final conta 60 por cento da classificação na vertente “científica e pedagógica” - 70 por cento no caso de ter havido aulas observadas -, 20 por cento da “participação na escola e relação com a comunidade” e outros 20 por cento na “formação contínua e desenvolvimento profissional”.
Serão os directores a avaliar os professores nos escalões de topo da carreira (9.º e 10.º) e os de oitavo escalão que tenham tido “satisfaz” nas avaliações pré-2007 e pelo menos “bom” nas posteriores.
Os directores serão também avaliadores dos professores elegíveis para aposentação ou que tenham pedido aposentação antecipada, subdirectores, adjuntos e coordenadores.
Quanto aos avaliadores externos que farão a observação das aulas, serão recrutados entre docentes de todas as disciplinas para integrarem uma “bolsa de avaliadores” que terá regulamentação própria.
Para ser avaliador externo um professor tem que estar no mesmo ou em escalão superior ao professor avaliado e leccionar as mesmas disciplinas.
Neste ano lectivo ainda não vai haver observação de aulas, uma vez que vai ser constituída a bolsa de avaliadores.
A observação de aulas vai ser condição para quem queira ter “excelente” na avaliação e é obrigatória para professores em período probatório, nos 2.º e 4.º escalões da carreira e para professores que tenham nota negativa (“insuficiente”).
A tutela mantém também cinco menções para a classificação: “insuficiente”, “regular”, “bom”, “muito bom” e “excelente”.
Quando se tem “excelente” na avaliação significa que se tem bonificação de um ano na progressão da carreira, quando se passar ao escalão seguinte. “Muito bom” dá bonificação de seis meses.
Quem tenha “insuficiente” perde o tempo de serviço do ciclo avaliativo em que esteja para efeitos de progressão.
Cada ciclo avaliativo coincide com o período que cada professor passa em cada escalão da carreira."