20 junho, 2011

Flores... da minha rua

Governo

Lá diz o velho ditado popular: poupa-se na farinha, gasta-se nos farelos.

"Tudo o que seja poupar e aumentar a eficácia do governo merece um elogio e por isso alguém se apressou a passar para a comunicação social que com a redução dos ministérios serão poupados 1,3 milhões de euros. Para quem ganha quinhentos euros esse montante é uma fortuna, mas ao lado da despesa pública é um montante irrisório.
A questão não se limita a saber quanto poupa mas também quanto ganha ou perde em eficácia. Um exemplo, ao juntar três pastas no ministério da Agricultura poupa-se muito, mas será que a futura ministra sabe o que vai fazer em pastas em que é notória a sua total ignorância e ausência de aptidões para além das aptidões políticas que Portas lhe vê?
Além disso resta saber quantos mais secretários de Estado terão de ser nomeados para substiuir as pastas eliminadas, bem como o número de adjuntos e assessores ou a origem destes. O governo pode poupar muitos mais milhões se em vez de recrutar os assessores nas jotas e nas empresas de consultores e escritórios de advogados optar por escolher funcionários públicos reconhecidamente mais competentes do que os fedelhos que habitualmente enchem os gabinetes ministeriais."
(O Jumento)

19 junho, 2011

CGD - mas que administradores

Professor Marcelo entrevista o seu antigo colega Santos Ferreira e hoje presidente do BCP.
Relemebrei de imediato a perseguição que foi feita a Vara, administrador da CGD e que chegou aqui, depois de ter começado como empregado de balcão daquele banco.
Alguem se recorda de daquela senhora do CDS que não se sabe porquê, foi nomeada para adminiostradora daquele Banco?

Jose Niza


Somos um país onde a terra acaba e o mar começa.
Somos um estado de espírito, um estado de alma. Temos dias.
Somos força, coragem, invenção, inteligência, criatividade.
Somos um pequeno país europeu com 866 anos de História encravado entre a Espanha e o mar. Os espanhóis entraram cá, mas corremos com eles. Napoleão também tentou, mas aconteceu-lhe o mesmo.
Que países – além de Portugal – tiveram navegadores que dessem tantos mundos ao Mundo como, Vasco da Gama, Pedro Álvares Cabral ou Fernão de Magalhães? Nenhum!
É um erro fatal esta nossa doentia obsessão de olhar para o Passado, só para o Passado, como se não houvesse, nem Presente, nem Futuro.
Falemos então do Presente.
Um Presente em que – como escreveu Manuel Alegre – já “não é possível suportar tanta mentira, tanta gente de esquerda a viver à direita: falta aqui o verbo ser/ e sobra o ter”.
Criou-se – por miopia e mal-dizer – a ideia de que os nossos políticos não prestam.
E então Durão Barroso, presidente da Comissão Europeia?
E então Mário Soares, o mais conhecido e reconhecido líder político português em todo o mundo?
E Jorge Sampaio, representante do Secretário-Geral das Nações Unidas para as questões mundiais da saúde?
E José Cutileiro, secretário-geral da UEO – União da Europa Ocidental?
E António Guterres, Alto Comissário das Nações Unidas para os refugiados?
E Vítor Constâncio, vice-presidente do Banco Central Europeu?
E Freitas do Amaral, presidente da Assembleia Geral da ONU?
Ou será que santos de casa não fazem milagres?
Que pequenos países têm artistas da dimensão universal de uma Amália, de um Zeca Afonso, de um Carlos Paredes?
Que países têm na sua História poetas como Luis de Camões ou Fernando Pessoa?
Quantos pequenos países do mundo têm prémios Nobel como Egas Moniz ou José Saramago?
E, para além de Siza Vieira e Eduardo Souto Moura, quantos arquitectos do mundo ganharam o prémio Pritzker, o Nobel da arquitectura, há dias entregue por Barak Obama ao criador do estádio de Braga?
E o futebol? E os Jogos Olímpicos?
Eusébio, Figo e Cristiano Ronaldo, os melhores do Mundo.
Carlos Lopes, Rosa Mota, Fernanda Ribeiro, Nelson Évora, só para falar em medalhas de ouro.
E o Mourinho?
E os campeões europeus de futebol, o Benfica e o Porto, duas vezes cada um?
E que país – além de Portugal – tem mais Patrimóno classificado pela UNESCO em todo o mundo? Nenhum!
E que país da dimensão de Portugal vê a sua língua falada por 270 milhões de pessoas – a quinta mais falada em todo o mundo – 27 vezes mais do que a sua população? Nenhum!
E que outro país do mundo – hoje como há 500 anos – tem tantas e valorosas gentes espalhadas “por toda a parte”, da Tailândia e do Japão, ao Canadá e aos Estados Unidos, da Índia ao Brasil, de Angola, Moçambique, Guiné-Bissau, Cabo Verde, S. Tomé e Príncipe e Timor-Leste, à França, à Suíça, à Alemanha, ao Luxemburgo? Nenhum!
Como se vê, não somos assim tão maus como nos pintam. Ou como nos pintamos.
Precisamos de olhar para nós, olhos nos olhos. Com coragem.
Precisamos de mais juízo, de mais esperança e de mais paciência.
Precisamos de trabalhar melhor e de rabujar menos.
Precisamos de tudo isto. Urgentemente.
Temos de ser capazes. V
Vamos ser capazes.

Professores

Ouvir o Chefe dos sindicalistas dos professores é um acto de paciência.
Os professores tem beneficiado de umas regalias que são de bradar aos céus.
A partir desta segunda-feira estão de férias.
Muitos deles, pouco ou nada tem que fazer até meados de Setembro.
Rever os pontos de exame, a 5 € cada era uma "mina".
Mas então a revisão dos pontos de exame não se enquadra na actividade normal dum professor?
Não será uma obrigação legal e moral dos professores fazerem esse trabalho?
Claro que há disciplinas que não tem exames, mas esses professores não tem outros trabalhos a fazer?

Flores... da minha rua

18 junho, 2011

Governo


Oito, mais um,  políticos de profissão, entre os melhores dos melhores.

Passos Coelho não aceitou ...

Muito pressionado por Portas, Coelho não aceitou que à "Agricultura" fossem acrescentados os "mercados, feiras, festas e romarias", umas das suas especialidades antes e durante a campanha eleitoral

Governo encolhido

Afinal, o que houve? Vamos lá entender o que este cavalheiro diz.
Relvas, um "master" na venda da já muito antiga "banha da cobra"

"Num debate com Francisco Assis, Miguel Relvas garantiu que não haverá redução no número de ministérios. O número dois social-democrata explicou que “não há concentração de ministérios, antes os ministros passam a ter mais responsabilidades”."

Advogados e Economistas

Para quem não gosta destas profissões na política, não augura um bom presságio para o novo governo.
Ter um bom e entenso curriculo académico, pode não significar um bom político.  Pior, pode significar um desconhecimento das realidades. Daqueles que vivem o dia a dia
Vamos esperar.
Nem se pode duvidar do novo Primeiro Ministro - são os melhores entre os melhores.

Paço de Arcos

Praia e Farol do Bugio

Justiça a que temos direito - continuação


"A notícia de que candidatos a magistrados foram apanhados a copiar num teste do Centro de Estudos Judiciários e que a turma foi corrida a 10 valores causou já várias reacções indignadas. Desde logo, do bastonário dos Advogados, um profissional da indignação que às vezes até tem razão, do Sindicato dos Magistrados do Ministério Público e até do Conselho Superior de Magistratura. É bom que haja, sobretudo no seio do "sistema judicial", quem se indigne com coisas destas; precisamos de evidências de que o corporativismo não sequestrou o Estado de Direito e que os magistrados estão dispostos a avaliar-se uns aos outros pelo menos com a mesma severidade com que são supostos julgar os erros do comum dos mortais.
A reacção do Sindicato, porém, corta cerces tais ilusões. Responsabilizando "o governo em funções" pelo que apelida de "descredibilização do actual modelo de formação, muito conveniente a algumas entidades", conclui que o caso, "injustificadamente, mancha a honra de todos, prejudica os melhores, e premeia os casos, que constituem excepção, de prevaricadores". Ou seja: estava tudo bem com a formação de magistrados, e, claro, com os magistrados em geral, até ter chegado este terrível Governo (que, valha-nos deus, está de saída).
Assim se explica que no que respeita a certificação de mérito os juízes e procuradores portugueses sejam todos de excelência, e ninguém se recorde, assim de repente, de um magistrado castigado em sede de processo disciplinar - a não ser Lopes da Mota, claro, o malvado que "pressionou" os colegas. Desagradável é que tanta gente, de repente ou com vagar, se lembre de tantos casos em que magistrados incumpriram as suas obrigações. Um exemplo? O de Aida dos Santos, cuja morte, em Novembro de 1995, na Cruz Vermelha, originou um processo de homicídio por negligência do qual os arguidos, dois médicos, foram absolvidos em Junho de 2003. Em Outubro de 2004, o Tribunal da Relação, em resposta a um recurso dos filhos da morta, anulava a sentença, considerando que esta não estava fundamentada - ou seja, estava mal feita - e ordenava a sua reformulação. A juíza responsável, por acaso, fora entretanto promovida, nem mais nem menos que para o Tribunal da Relação, onde se apreciam sentenças e acórdãos alheios. Quiçá pela exigência das novas funções, em Maio de 2007 ainda não tinha tido vagar para acatar a decisão dos seus colegas desembargadores. Mas, em 48 horas, arranjou-o, após o DN inquirir o Conselho Superior de Magistratura sobre o escandaloso atraso. A nova sentença suscitaria novo recurso para a Relação, que respondeu, em Março de 2008, informando que o processo prescrevera em 2006.
Casos como este são excepcionais? Acreditemos que sim. Mas para tal não podem ser tratados como se fossem a norma. E um copianço num teste não pode ter mais consequências e suscitar mais discursos indignados que a denegação culposa da justiça. " (Fernanda Cancio) - DN

17 junho, 2011

Justiça a que temos direito

Para ler do início ao fim:

"Os cábulas da beca
O país ficou a saber que nesse “seminário” que se chama Centro de Estudos judiciários” onde se forma a auto-eleita casta superior dos magistrados uma turma dedicou-se ao copianço e que descoberta a situação a justiça fez-se os meninos foram todos aprovados. O grave é que ao que parece foi um copianço colectivo, com muitas respostas decalcadas do colega da cadeira ao lado, o que faz recear que o fenómeno não seja isolado e que o professor encarregado de vigiar a prova estava ausente.
Curiosamente, do lado do mundo da justiça só ouvimos falar o bastonário da Ordem dos Advogados, os que habitualmente se apressam a prestar declarações aos jornalistas, os sindicalistas dos magistrados judiciais e do Ministério Público ficaram caladinhos, eles que gostam tanto de opinar desta vez não tiveram opinião. " (O Jumento)
Também no meio político fez-se silêncio, essa coisa de questionar os magistrados deste país não faz bem à saúde de ninguém e o melhor é trata-los na palminha da mão não vão ficar irritados. Se fosse uma notícia sobre copianço numa turma do ensino básico era o bom e o bonito, até o Porta s interrompia as negociações com Passos Coelho para protestar contra o facilitismos, mas como se trata de magistrados o tempo não está para submergir em águas tão turvas.
Daqui a uns dias o tema será esquecido, a escola do sacerdócio continuará a formar os magistrados cábulas que daqui a uns anos nos vão investigar, julgar e condenar, gente a que somos obrigado a tratar com deferência, a levantar-nos sempre que entram na sala, a trata-los por meritíssimos, a suportar os impostos para lhes pagar muito bem e ainda lhes abonarmos o subsídio de renda vitalício.
O incidente fica para a história, talvez na próxima vez que se discuta o estado lastimável em que está a nova justiça alguém tenha a coragem de dizer que com uma escola de cábulas judiciais não seria de esperar milagres.

Vila Fria - Comunidade Solar

Local:


Aterro Sanitário de Vila Fria, Porto Salvo

Organização:

Descrição:

Cerimónia de inauguração do OeirasSolarLab® e de lançamento do programa Comunidade Solar que contará com a presença e intervenção do Exmo. Sr. Dr. Isaltino Morais, presidente da Câmara Municipal de Oeiras, dos parceiros e empresas fundadoras associadas ao projecto, de agentes do mundo académico e investigação, entre outros convidados.
O programa Comunidade Solar envolve diversas entidades públicas e privadas do concelho de Oeiras, tendo como objectivo a promoção do recurso a energias renováveis no concelho, a educação ambiental dos munícipes, promovendo ainda a solidariedade social, através da interacção directa com instituições de solidariedade social oeirenses. O objectivo do referido programa é converter o Município de Oeiras no concelho líder a nível nacional de energias renováveis. Este é um projecto pioneiro, de grande visibilidade junto da comunidade local e com real impacto na melhoria da qualidade de vida de todos os habitantes e trabalhadores do concelho.
O projecto assegura ainda a dinamização da economia local e nacional, preferindo sempre equipamento nacional e parceiros do concelho."


Este foi o programa do evento.  Teve a curiosidade de não ter sido convidada a população de Vila Fria

Isaltino Morais, sabia bem que a população de VIla Fria ainda não se esqueceu dos martírios que passou com os pós e os maus cheiros que durante anos e anos, foram obrigados a suportar, por obra e graça da lixeira.
Ao tempo, confrontado com a situação, mesmo no interior da lixeira, talvez por estar constipado e de narinas entupidas, "gozou" com os habitantes de VIla Fria, quando, dentro da própria lixeira, foi confrontado com o facto.
A população de Vila Fria, ainda não está esquecida do crime ambiental que praticou, quando mandou despejar na praia de Paço de Arcos,  atraves da rede3 de esgotos público, milhões de litros de água negra,  pestilenta e carregada de gases nocivos à saúde, que originaram graves problemas de saude a muitos habitantes desta localidade. Na altura o próprio Delegado de Saúde foi confrontado com os factos e confirmou a situação.  Consta que Isaltino, à data, moveu esforços para que aquele foi destituido de funções.
A população não esquece a promessa que parte da area da antiga lixeira fosse em futuro próximo utilizada a contento da população e para seu uso em desporto e lazer.
Não cremos que este novo parque da Comunidade Solar possa criar algum entrave a que a promessa de Isaltino Morais, não possa ser cumprida.  Mas, já la vão tantos anos de incumprimento de essa e de outras promessas, que tudo leva a crer que o velho ditado popular "palavras leva-as o vento", se aplica bem  a garnde parte do que diz Isaltino Morais.

Por último, seria bom que os responsáveis da Comunidade Solar, promovessem a iniciativa, convidando os alunos das escolas aqui da área, bem como as populações, não só no sentido de lhes dar a conhecer as suas actividades, bem como as incentivar a usar e a publicitar tudo o que tenha a ver com as inergias renováveis.

"Programa:

16H00 - Recepção de boas vindas

16H15 - Abertura do evento, Exmo. Sr. Presidente da CM de Oeiras, Dr. Isaltino Morais

16H30 - Lançamento do Projecto Comunidade Solar / Inauguração do Oeiras Solar Lab

16H45 - Intervenção WS Energia, Administração

17H00 - Fim do Evento"

Desporto em revista


*
NOBRE, contratado no defeso, está com dificuldades em ficar com a braçadeira de capitão

"Ora Nobre chegará (se chegar, a procissão ainda vai no adro) a presidente da AR sem qualquer experiência parlamentar, com um nebuloso e errático passado político, notável não propriamente pela coerência, e em resultado de uma negociata pré-eleitoral de bastidores."

*
"Para aqueles que já começam a sentir a síndrome da abstinência por não terem motivos ou matéria para se atirarem ao Sócrates informo que vai ser criada a Associação dos Anti-Socráticos Anónimos. Esta associação visa auxiliar os que estão viciados em Sócrates e não conseguem conceber a vida sem chamar um nome a José Sócrates, os que não conseguem suportar uma vida cinzenta sem chamar, panasca, corrupto, Hitler ou qualquer outro adjectivo. Na associação poderão trocar experiências, saber como cada um consegue superar o dia a dia sem José Sócrates, para que se torne suportável a sua ausência prolongada."



"O Presidente da República recebeu esta quinta-feira à tarde o primeiro-ministro ainda em funções para aquela que será a última reunião semanal de Cavaco Silva e José Sócrates. Para a semana, Pedro Passos Coelho, que foi ontem indigitado como chefe do Executivo, deverá tomar posse."









16 junho, 2011

JUIZES


"Quando se começa a prevaricar nos primeiros passos da carreira, imagine-se o que eles farão quando foram magistrados", com os poderes inerentes à profissão, comentou o bastonário, notando que quando estes auditores de Justiça começam "logo com fraudes" é "de esperar e temer o pior" no futuro."

Vila Fria - Isaltino Morais - fala do que não sabe

Será que sofre de pseudolalia?
Ou sabe do que fala e quer tapar o Sol com uma peneira.
Talvez um pouco toldado com o calor que lhe provoca a pena de cadeia que ainda se encontra "suspensa" aguardando veredicto final do Tribunal Constitucional, fala do que não sabe. Falo com tanta veemência, tal qual, mentiroso compulsivo que ele próprio deve acreditar que o que diz, sendo mentira, lhe parece verdade.
Assim foi, Isaltino Morais, afirmou perante moradores de Vila Fria, que este bairro era um  bairro clandestino e que os moradores nem mereciam ou deviam reclamar o que fosse.
Isaltino não falou verdade.  Deveria saber que este bairro nunca foi clandestino.  As suas primeiras casas foram construídas ao abrigo dum sistema de "Auto Construção", com todo o apoio da Câmara Municipal de então. Já lá vão quase 60 anos.
Passadas horas, quando lhe apresentaram os projectos de algumas casas, com os carimbos da Câmara, provando a sua legalidade, disse que não tinha dito que o "bairro era clandestino"
Que maravilha.

Sócrates


Não posso deixar de destacar o texto de Nicolau Santos no caderno Economia do semanário Expresso de 10 de Junho (2011).

Uma síntese que não deixa dúvidas quanto à capacidade redutora quando tratamos de proceder a avaliações e julgamentos políticos.
Infelizmente, o que é agora feito com José Sócrates não é novo. Já o fizemos no passado, no julgamento de outros actores políticos, com a certeza de que esta continuará a ser a nossa atitude.
«Os seis anos de governação de José Sócrates tendem a ser avaliados agora apenas pelo facto de ter conduzido o país a uma situação de insolvência, que nos obrigou a um pedido de ajuda internacional. Se as últimas impressões são as que ficam, Sócrates será julgado severamente pela História, sobretudo se não se levarem em linha de conta a violenta crise financeira de 2008 que provocou um autêntico tsunami em Portugal, e os violentos ataques pessoais de que foi alvo e que lhe sugaram a energia e atenção, que poderiam ter sido canalizadas para uma melhor governação. Em qualquer caso, os seis anos de Sócrates foram muito mais do que apenas os dois últimos. E nos quatro primeiros anos, Sócrates enfrentou os interesses instalados na sociedade portuguesa como nunca nenhum primeiro-ministro ousara fazer antes. Foram introduzidas mudanças muito significativas na educação, na administração pública, no e-governance, na saúde e obtidos excelente resultados no domínio da investigação e desenvolvimento, na inovação, na ciência, na afirmação das energias renováveis e, pasme-se, na redução do défice orçamental em 2007 e 2008. Não compensa o desastre a que chegámos? Não. Mas também deve ser considerado quando se faz o balanço dos anos Sócrates.»
Acrescento que neste pequeno texto, de forma muito subtil, Nicolau Santos tocou no ponto que, porventura, terá custado a José Sócrates sucessivas campanhas de descredibilização e de diabolização: «nos quatro primeiros anos, Sócrates enfrentou os interesses instalados na sociedade portuguesa como nunca nenhum primeiro-ministro ousara fazer antes.»
José Sócrates teve a ousadia de enfrentar poderes e lobbys instalados, começando na ANF passando pelos sindicatos de Juízes e de Professores até à acumulação de reformas e vencimentos na classe política, que, se não estiveram na origem destas campanhas, contribuíram de forma decisiva para a sua propagação pelos meios de comunicação social.
Não podemos deixar de temer pela Democracia quando verificamos que, cada vez mais, se criam condições para o enraizamento nas sociedades da desconfiança de que àqueles que, por qualquer razão, enfrentam este tipo de forças está reservado um assassinato político sem qualquer pudor.

15 junho, 2011

Vila Fria - Políticos

 Rua Carlos Paião

Avda 25 de Abril

A lógica dos políticos.
Quando algo não lhes interessa arranjam álibis para se disfarçarem.
Isaltino Morais, tem sido hábil a fugir às sua responsabilidades, quando promete e não cumpre o prometido.
Desde há muito que grande parte dos moradores de Vila Fria reclamam a colocação de bandas sonoras e passadeiras para peões na Avenida 25 de Abril. Uma via estreita, muito sinuosa, sem passeios e que está a servir de eixo norte-sul para quem vai o vem da Amadora, Queluz de Baixo, Barcarena, etc e que se dirige para sul.
Além de mais, ali existe uma escola e uma creche e um jardim infantil  o que condiciona ainda mais quem por ali circula, quer a pé, quer de automóvel.  Complicando ainda mais, os enormes autocarros de passageiros, que não cumprem na sua maioria os limites de velocidade impostos para aquela artéria, à sua passagem, são um autentico perigo de morte, dada a velocidade e o seu peso bruto.
A Câmara e a Junta de Freguesia têm desde  há muitos anos esquecido todo este problema.
Alguns acidentes, já aconteceram, felizmente, sem gravidade.
Todo este arrazuado, tem a ver com um pequeno problema: Isaltino Morais, confrontado com a situação e com a promessa que não cumpriu, quis sair-se bem e teve a ideia luminosa de propor que a população fizesse um abaixo-assinado.
Que lógica tem este autarca.
Senão reparemos neste pequeno pormenor: a rua Carlos Paião, que é larga, tem passeios em toda a sua extensão, tem passadeiras para peões e bandas largas, iguais às que se pedem para a Avenida 25 de Abril. Ali foram colocadas e não foi necessário qualquer abaixo-assinado.  Na estrada de Vila Fria para Porto Salvo, já dentro daquela povoação, num espaço de menos de 300 ou 400 metros, foram colocadas bandas sonoras e passadeiras, sem que se tivesse feito qualquer abaixo assinado.
O senhor presidente da Câmara não estará a gozar com as gentes de Vila Fria?
Do Presidente da Junta de Porto salvo, nem se deve falar.  Essa pessoa, só existe para receber o vencimento que todos nós pagamos, no final de cada mês.
Tudo isto, uma vergonha

Isaltino Morais

Recorre, recorre, recorre, até que...   Se o Supremo Tribunal recusar a arguição de nulidades, a decisão do Tribunal da Relação transita em julgado e, no prazo de dez dias, Isaltino Morais tem que ser detido.