13 junho, 2011
Lixo - Nova Democracia
"Os serviços municipais de Madrid retiraram desde domingo mais de 17 toneladas de todo o tipo de resíduos da Puerta del Sol, durante a limpeza do acampamento de protesto que permaneceu no local quatro semanas. "
Em Lisboa, será o mesmo? Claro que sim,.
"Cerca de cem pessoas deitaram-se ontem à tarde no Rossio em protesto contra “a falta de justiça social” e por uma “democracia verdadeira” em Portugal."
Isaltino Morais em prisão preventiva?
Passos Coelho
Falou muito do que não sabia ou sabia muito do que não falou.
Agora a realidade fala verdade e desmente o que Passos Coelho disse.
Mentira, ocultação da verdade ou desconhecimento, tanto faz.
A realidade de ontem não será diferente da de amanhã, por muito que Coelho e os seus pares a queriram pintar a seu modo.
"Passos Coelho passou semanas a acenar com o horrível cenário da reestruturação da dívida se os eleitores escolhessem Sócrates novamente para Primeiro-Ministro (ver foto). Se for esse o cenário, dizia, «[c]ontinuaremos a falhar e, se continuarmos a falhar, então já não é só a bancarrota, então é um desastre por muitos anos em Portugal, é aquilo a que o Bloco de Esquerda e o Partido Comunista chamam a reestruturação da dívida»."
"Prometemos? Pois, mas sabíamos lá como é que a máquina do Estado funciona...
Aproximando-se o momento de ser apresentado o governo, as trapalhadas sobre o número de ministérios vão de vento em popa. Depois de Passos Coelho ter dito repetidamente que iria constituir um executivo com apenas dez ministérios, Miguel Relvas garante agora que "não
haverá redução no número de ministérios" — e nem se compromete com o número de ministros.
Mais do que estes ziguezagues, o que é interessante é a justificação dada por Miguel Relvas para o PSD voltar com a palavra atrás: a redução de ministérios implicaria um "processo jurídico longo com a alteração de leis orgânicas". Ou seja, os estarolas da São Caetano comprometeram-se adoptar uma medida que não tinham condições de cumprir (como o CC já tinha, por exemplo, antecipado aqui). "
Juros batem record
Sócrates o responsável (?), não é?
"Juros da dívida portuguesa batem novos recordes"
12 junho, 2011
TAP
Á conta do "orçamento" - aumentos de ordenado, mais horas de folga e mais viagens de borla.
Tudo pago pelo "Zé".
"A companhia aceitou ainda duplicar o número de viagens que os tripulantes podem efectuar com acompanhante, ou seja, anualmente estes poderão efectuar 8 viagens ao longo do ano."
Antonio Jose Seguro
Mario Soares
'Acho que a grande lição veio de Sócrates. Sócrates perdeu as eleições e assumiu a responsabilidade de as ter perdido. Disse-o no discurso, que foi um dos melhores que fez. Podia-se não ter retirado, porque foi eleito por 93%. Eu perdi algumas eleições e não me retirei de secretário-geral do Partido Socialista. Não era obrigatório, ninguém lhe pediu para fazer. Mas ele fez e isso foi um acto que eu aplaudo. Um acto muito inteligente da parte dele. Agora vai à sua vida, não vai ser deputado, vai estar fora certamente... E isso é muito bom porque dá a possibilidade de haver uma renovação dentro do Partido Socialista. E ele voltará nessa altura.'
'(...) O Bloco parecia ser uma renovação que podia, inclusivamente, influenciar os socialistas portugueses. Eu desfilei com eles em várias alturas, na guerra do Iraque e noutros momentos. Mas o Bloco desta vez foi muito mau, no meu entender, porque passou a ser muito visivelmente trotskista, já não é estalinista. Não sei qual deles é o melhor. Bem, o Trotsky era muito mais brilhante, porque foi um grande escritor também e era um homem extraordinário... Mas o trotskismo passou de moda. E perdeu. Depois da morte do Trotsky o que foi o trotskismo? Não foi nada em parte nenhuma do mundo, porque é que havia de ser aqui em Portugal?'
11 junho, 2011
Oeiras - Isaltino e seus seguidores
Isaltino Morais visto pelos PSD
Jornalismo de ocasião
Socrates
Quase toda a gente sabe que a palavra linchar deriva do facto de ter existido um americano chamado Lynch que, por inerências genéticas e conjunturais, preconizava, praticava e (talvez isto seja o mais abjecto desta historieta) encorajava o acto de enforcar outrem - sem outra demora que não fosse o passar da corda por cima do galho mais à mão (mas, ainda assim, "sem pé" para outrem) e a construção do laço "justiceiro". Lynch era adepto fervoroso duma espécie de justiça rápida - o que é muito diferente (embora eu não espere que a maior parte das pessoas que me leu até aqui seja sensível à diferença e, já agora, nem a esta diferença nem a nenhuma outra) duma rapidez justa.
Em Portugal (dispenso-me de falar doutros países, há tipos com blogues noutros países e eles que escrevam sobre isto se quiserem), para os portugueses, o acto de linchar é uma espécie de refeição ao meio da manhã que se toma em grupo. Em cardume, em manada, em matilha. Não sei o substantivo colectivo que define uma resma de hienas, que seria o mais adequado para o que quero dizer, de maneira que vou inventar uma palavra para isso: putedo.
Ora o putedo, em se apanhando diante dum alvo erecto, rosna baixo a olhar os passarinhos que esvoaçam. Em o alvo se abaixando para qualquer coisa (ou por qualquer coisa), rosna alto e começa a mirar as próprias fezes. Em apanhando o alvo um bocadinho de cócoras, para apanhar qualquer coisa que lhe caiu, começa a rodeá-lo e a guinchar risadas funâmbulas, com as supracitadas fezes já na boca. Metade do putedo agride já o alvo, com as gengivas fétidas onde desabundam dentes e progride a piorreia. Se o alvo cai, matam-no com a rapidez lenta dos vagares vorazes. E não o comem logo por ser carne fresca.
O putedo é cobarde e, como convém aos cobardes, abundante. (Gravidade intermédia)
O putedo é um grupo de acólitos de Lynch fora do tempo mas que marcha em passo concertado. O putedo lincha, embora queira deixar no ar a ideia de que apenas putifica (e putificar é uma palavra putificante, ou seja, bastante parecida com purificante - do ponto de vista do crescente putedo que se guindou a analista do léxico e das coisas todas).
Repugna-me muito o que tenho lido e escutado - de Mena Mónica e Barreto, de Pilatos e Caifás, de Caius Detritus (leia-se Mário Crespo) e Manuel das Iscas, de José Moura Guedes e Eleutério Caquinha - sobre José Sócrates. Não assistia a um linchamento tão concertado, tão prolongado, tão "encomendado", desde 1988, quando me mostraram na televisão e nas revistas a agonia dos dois polícias ingleses putificados às mãos dos católicos em carpideira ânsia de putificação de Belfast. Já não via o putedo a exercer a sua putificação de maneira tão despudorada e tenaz, portanto, há muitos anos.
De maneira que informo (marimbando-me perfeitamente para o putedo) que emprestaria o meu carro a José Sócrates, se ele mo pedisse. E mais não informo porque o acto de informar se tem vindo a transformar, duma maneira cada vez mais desassombrada, num acto de puta. E eu, puta, não sou. Embora saiba que se fosse seria bastante cara: é que mesmo assim tenho procura; de algum putedo."