"Seguro é um produto em tudo semelhante a Passos Coelho. Ambos subiram pela escada das juventudes partidárias, nunca fizeram nada de relevante na vida, não têm profissão nem talento particular mas, de algum modo obscuro, lá conseguiram chegar ao topo das respetivas máquinas partidárias. Não lhes invejo a sorte de tanta reunião enfadonha e refeição intragável que tiveram de engolir. "
12 junho, 2011
Mario Soares
Sem mais comentários - da entrevista de Mário Soares ao jornal i:
'Acho que a grande lição veio de Sócrates. Sócrates perdeu as eleições e assumiu a responsabilidade de as ter perdido. Disse-o no discurso, que foi um dos melhores que fez. Podia-se não ter retirado, porque foi eleito por 93%. Eu perdi algumas eleições e não me retirei de secretário-geral do Partido Socialista. Não era obrigatório, ninguém lhe pediu para fazer. Mas ele fez e isso foi um acto que eu aplaudo. Um acto muito inteligente da parte dele. Agora vai à sua vida, não vai ser deputado, vai estar fora certamente... E isso é muito bom porque dá a possibilidade de haver uma renovação dentro do Partido Socialista. E ele voltará nessa altura.'
'(...) O Bloco parecia ser uma renovação que podia, inclusivamente, influenciar os socialistas portugueses. Eu desfilei com eles em várias alturas, na guerra do Iraque e noutros momentos. Mas o Bloco desta vez foi muito mau, no meu entender, porque passou a ser muito visivelmente trotskista, já não é estalinista. Não sei qual deles é o melhor. Bem, o Trotsky era muito mais brilhante, porque foi um grande escritor também e era um homem extraordinário... Mas o trotskismo passou de moda. E perdeu. Depois da morte do Trotsky o que foi o trotskismo? Não foi nada em parte nenhuma do mundo, porque é que havia de ser aqui em Portugal?'
'Acho que a grande lição veio de Sócrates. Sócrates perdeu as eleições e assumiu a responsabilidade de as ter perdido. Disse-o no discurso, que foi um dos melhores que fez. Podia-se não ter retirado, porque foi eleito por 93%. Eu perdi algumas eleições e não me retirei de secretário-geral do Partido Socialista. Não era obrigatório, ninguém lhe pediu para fazer. Mas ele fez e isso foi um acto que eu aplaudo. Um acto muito inteligente da parte dele. Agora vai à sua vida, não vai ser deputado, vai estar fora certamente... E isso é muito bom porque dá a possibilidade de haver uma renovação dentro do Partido Socialista. E ele voltará nessa altura.'
'(...) O Bloco parecia ser uma renovação que podia, inclusivamente, influenciar os socialistas portugueses. Eu desfilei com eles em várias alturas, na guerra do Iraque e noutros momentos. Mas o Bloco desta vez foi muito mau, no meu entender, porque passou a ser muito visivelmente trotskista, já não é estalinista. Não sei qual deles é o melhor. Bem, o Trotsky era muito mais brilhante, porque foi um grande escritor também e era um homem extraordinário... Mas o trotskismo passou de moda. E perdeu. Depois da morte do Trotsky o que foi o trotskismo? Não foi nada em parte nenhuma do mundo, porque é que havia de ser aqui em Portugal?'
11 junho, 2011
Oeiras - Isaltino e seus seguidores
Estão estremadas as diversas forças em confronto para o assalto futuro à Camara Municipal de Oeiras
Todos os pormenores são passados a pente fino.
Muita gente vive e outros querem passar a viver disto.
Vai muita discussão de "faca e alguidar" e muito sangue.
Resta apenas saber, que irá levar uns charutos ao "patrão" a partir do dia em que vai passar a ver o "Sol aos quadradinhos"
Isaltino Morais visto pelos PSD
"Rui, as diferenças que todos nós temos, seja com o Presidente da Concelhia de Oeiras, Alexandre Luz, ou com qualquer outro militante, não implica que não haja respeito mútuo. Não me senti incomodado com a presença de quem quer que fosse, nomeadamente os ditos "laranja verde-alface ". Estávamos unidos para correr com Sócrates e isto era o mais importante e Oeiras deu o seu forte contributo. Já falamos neste e em outros espaços das ocorrências políticas de 2005 quando o ex-líder Luis Marques Mendes (que eu continuo a considerar o principal responsável por ter espatifado o PSD Oeiras)à revelia da democracia interna ter desrespeitado o voto esmagador dos militantes de Oeiras e Algés na indigitação do candidato á Câmara Municipal. Na altura, Isaltino Morais tinha todas as condições para ser o candidato - não fora julgado em Tribunal, era um simples arguido e a vida já me ensinou que qualquer cidadão é um arguido em potência. Hoje, após condenações em 1.ª instância , na Relação e no Supremo Tribunal de Justiça, Isaltino Morais não deveria ter apresentado a sua recandidatura em 2009. O grande problema de Isaltino Morais é o mesmo de Alberto João Jardim, de Mesquita Machado, de Carlos César, de Fernando Ruas, de Fernando Costa, de Maria Emília Xavier, de Alfredo Monteiro e de tantos outros autarcas - do PSD, PS e CDU - que julgam serem donos do seu município. Quando Isaltino cair, por força da aplicação da Justiça ou da soberania popular, os oeirenses vão ver o mal que ele fez ao município a partir de 2008, quer no esbanjamento de dinheiros, quer na colocação de pessoas de sua confiança nos lugares-chave da Câmara Municipal onde, salvo um ou outro caso, a méritocracia não foi aplicada. Não deixo de reconhecer o trabalho efectuado durante cerca de 20 anos, porém, não podemos escamotear aqueles e aquelas que constituíam as suas equipas. Se durante 20 anos Isaltino foi Lionel Messi , que brilha porque tem o seus "carregadores de piano", Xavi e Iniesta , o Presidente da CMO também teve os seus "carregadores". Como como um dia Mao Tse Tung afirmou " Os Estados Unidos são um tigre de papel", Isaltino Morais sem um boa equipa não passa de um político comum. A maneira como vai deixar o município, as condições ambientais e de estrangulamento financeiro que o município de Oeiras vive só não são mais visíveis porque, a exemplo de Sócrates, o marketing consegue iludir muitos e desviar as suas atenções. Para terminar esta longa dissertação: os apoiantes de Isaltino que são militantes do PSD tiveram 4 anos para fazerem uma opção: afastarem-se do IOMAF ou afastarem-se do PSD. Não o fizeram, alguém a nível nacional do PSD deverá fazer essa escolha. Como também já referi, muitos de nós temos amigos no IOMAF , como eu tenho no CDS, no PS e no PCP, não podemos é misturar amizade com política. Não entendo como se pode ser do PSD nas legislativas e europeias e do IOMAF nas autárquicas. Muito mais haveria a dizer, contudo, o processo CMO e a gestão Isaltino Morais são uma fonte inesgotável de notícias e História, pelo que em qualquer altura poderemos regressar a elas. "
Jornalismo de ocasião
Agora que pode justificar-se o fim do ódio a Sócrates, que irão fazer estes dois cavalheiros? Tão esquerdistas que foram, tomar o caminho de apoiar o novo Governo?
Socrates
"senhor primeiro ministro cessante
Quase toda a gente sabe que a palavra linchar deriva do facto de ter existido um americano chamado Lynch que, por inerências genéticas e conjunturais, preconizava, praticava e (talvez isto seja o mais abjecto desta historieta) encorajava o acto de enforcar outrem - sem outra demora que não fosse o passar da corda por cima do galho mais à mão (mas, ainda assim, "sem pé" para outrem) e a construção do laço "justiceiro". Lynch era adepto fervoroso duma espécie de justiça rápida - o que é muito diferente (embora eu não espere que a maior parte das pessoas que me leu até aqui seja sensível à diferença e, já agora, nem a esta diferença nem a nenhuma outra) duma rapidez justa.
Em Portugal (dispenso-me de falar doutros países, há tipos com blogues noutros países e eles que escrevam sobre isto se quiserem), para os portugueses, o acto de linchar é uma espécie de refeição ao meio da manhã que se toma em grupo. Em cardume, em manada, em matilha. Não sei o substantivo colectivo que define uma resma de hienas, que seria o mais adequado para o que quero dizer, de maneira que vou inventar uma palavra para isso: putedo.
Ora o putedo, em se apanhando diante dum alvo erecto, rosna baixo a olhar os passarinhos que esvoaçam. Em o alvo se abaixando para qualquer coisa (ou por qualquer coisa), rosna alto e começa a mirar as próprias fezes. Em apanhando o alvo um bocadinho de cócoras, para apanhar qualquer coisa que lhe caiu, começa a rodeá-lo e a guinchar risadas funâmbulas, com as supracitadas fezes já na boca. Metade do putedo agride já o alvo, com as gengivas fétidas onde desabundam dentes e progride a piorreia. Se o alvo cai, matam-no com a rapidez lenta dos vagares vorazes. E não o comem logo por ser carne fresca.
O putedo é cobarde e, como convém aos cobardes, abundante. (Gravidade intermédia)
O putedo é um grupo de acólitos de Lynch fora do tempo mas que marcha em passo concertado. O putedo lincha, embora queira deixar no ar a ideia de que apenas putifica (e putificar é uma palavra putificante, ou seja, bastante parecida com purificante - do ponto de vista do crescente putedo que se guindou a analista do léxico e das coisas todas).
Repugna-me muito o que tenho lido e escutado - de Mena Mónica e Barreto, de Pilatos e Caifás, de Caius Detritus (leia-se Mário Crespo) e Manuel das Iscas, de José Moura Guedes e Eleutério Caquinha - sobre José Sócrates. Não assistia a um linchamento tão concertado, tão prolongado, tão "encomendado", desde 1988, quando me mostraram na televisão e nas revistas a agonia dos dois polícias ingleses putificados às mãos dos católicos em carpideira ânsia de putificação de Belfast. Já não via o putedo a exercer a sua putificação de maneira tão despudorada e tenaz, portanto, há muitos anos.
De maneira que informo (marimbando-me perfeitamente para o putedo) que emprestaria o meu carro a José Sócrates, se ele mo pedisse. E mais não informo porque o acto de informar se tem vindo a transformar, duma maneira cada vez mais desassombrada, num acto de puta. E eu, puta, não sou. Embora saiba que se fosse seria bastante cara: é que mesmo assim tenho procura; de algum putedo."
Quase toda a gente sabe que a palavra linchar deriva do facto de ter existido um americano chamado Lynch que, por inerências genéticas e conjunturais, preconizava, praticava e (talvez isto seja o mais abjecto desta historieta) encorajava o acto de enforcar outrem - sem outra demora que não fosse o passar da corda por cima do galho mais à mão (mas, ainda assim, "sem pé" para outrem) e a construção do laço "justiceiro". Lynch era adepto fervoroso duma espécie de justiça rápida - o que é muito diferente (embora eu não espere que a maior parte das pessoas que me leu até aqui seja sensível à diferença e, já agora, nem a esta diferença nem a nenhuma outra) duma rapidez justa.
Em Portugal (dispenso-me de falar doutros países, há tipos com blogues noutros países e eles que escrevam sobre isto se quiserem), para os portugueses, o acto de linchar é uma espécie de refeição ao meio da manhã que se toma em grupo. Em cardume, em manada, em matilha. Não sei o substantivo colectivo que define uma resma de hienas, que seria o mais adequado para o que quero dizer, de maneira que vou inventar uma palavra para isso: putedo.
Ora o putedo, em se apanhando diante dum alvo erecto, rosna baixo a olhar os passarinhos que esvoaçam. Em o alvo se abaixando para qualquer coisa (ou por qualquer coisa), rosna alto e começa a mirar as próprias fezes. Em apanhando o alvo um bocadinho de cócoras, para apanhar qualquer coisa que lhe caiu, começa a rodeá-lo e a guinchar risadas funâmbulas, com as supracitadas fezes já na boca. Metade do putedo agride já o alvo, com as gengivas fétidas onde desabundam dentes e progride a piorreia. Se o alvo cai, matam-no com a rapidez lenta dos vagares vorazes. E não o comem logo por ser carne fresca.
O putedo é cobarde e, como convém aos cobardes, abundante. (Gravidade intermédia)
O putedo é um grupo de acólitos de Lynch fora do tempo mas que marcha em passo concertado. O putedo lincha, embora queira deixar no ar a ideia de que apenas putifica (e putificar é uma palavra putificante, ou seja, bastante parecida com purificante - do ponto de vista do crescente putedo que se guindou a analista do léxico e das coisas todas).
Repugna-me muito o que tenho lido e escutado - de Mena Mónica e Barreto, de Pilatos e Caifás, de Caius Detritus (leia-se Mário Crespo) e Manuel das Iscas, de José Moura Guedes e Eleutério Caquinha - sobre José Sócrates. Não assistia a um linchamento tão concertado, tão prolongado, tão "encomendado", desde 1988, quando me mostraram na televisão e nas revistas a agonia dos dois polícias ingleses putificados às mãos dos católicos em carpideira ânsia de putificação de Belfast. Já não via o putedo a exercer a sua putificação de maneira tão despudorada e tenaz, portanto, há muitos anos.
De maneira que informo (marimbando-me perfeitamente para o putedo) que emprestaria o meu carro a José Sócrates, se ele mo pedisse. E mais não informo porque o acto de informar se tem vindo a transformar, duma maneira cada vez mais desassombrada, num acto de puta. E eu, puta, não sou. Embora saiba que se fosse seria bastante cara: é que mesmo assim tenho procura; de algum putedo."
José Socrates - recado aos jornalistas "mexeriqueiros"
José Sócrates e a "mexeriquice" jornalística
"É muito simples: em defesa da seriedade da vida política, é preciso exigir ao jornalismo que seja... jornalismo. Verdade de La Palice? Sem dúvida, mas essencial num país em que a fulanização, o insulto e a insinuação passaram a ser métodos "informativos". O exemplo vem de José Sócrates, quando hoje, em Castelo Branco, nas comemorações do 10 de Junho, a propósito de uma notícia relacionada com um eventual futuro da sua carreira académica, se recusou a acrescentar o que quer que fosse, sublinhando: "Isso tem a ver com a minha vida privada." Para além do conteúdo da própria notícia (cujo fundamento e seriedade não estão em causa), Sócrates enunciou ainda um princípio salutar: "Por outro lado, acho que os jornalistas deveriam concentrar-se no jornalismo e não na mexeriquice". Eis uma regra rudimentar que vale a pena reafirmar — sabemos que não é fácil reflectir sobre estes problemas sem atrair maniqueísmos ideológicos e morais, mas importa persistir: no limite, o que está em causa é a dignidade de toda a classe política e também a credibilidade do trabalho "
Cavaco Silva - sobre o discurso do 10 de Junho
"Cavaco, que desde 2006, desde que é Presidente da República, tem aproveitado os discursos do 25 de Abril, do 10 de Junho e do 5 de Outubro, para apontar críticas e deixar recados à governação. Mas hoje o político Cavaco vestiu a pele do sociólogo Barreto e utilizou todo o seu discurso para ensaiar uma prosa sobre os problemas da interioridade. Um discurso redondo e com nada de novo sobre o velho problema da desertificação. Mais do que citar Orlando Ribeiro, importaria saber o que acha Cavaco da introdução de portagens nas auto-estradas que ligam o litoral ao interior, ou que acha Cavaco do encerramento de escolas com poucos alunos ou de maternidades sem condições para funcionar. Mas o que fica é o novo registo de Cavaco nos discursos neste tipo de cerimónias: dissertações sobre temas importantes para a nossa sociedade mas laterais aos temas mais actuais dos nossos dias. E, claro, nem uma pitada de confronto com a acção do governo de direita que tomará conta de Portugal até 2015. Veremos já no próximo 5 de Outubro. "
10 junho, 2011
Manuela Ferreira Leite
A amiga do Sr. Silva, Manuela Ferreira Leite, vai ser agraciada amanhã com uma alta condecoração pelo Presidente da Republica. Condecorações há muitas, de grande espada, de pequena espada, de ferro, de prata e até de lata.
De tanto terem sido distribuídas a compadres e amigos ao longo dos anos valem, o que valem para quem ainda valem alguma coisa.
Curiosamente, num outro país também em crise, mais pequeno em população mas maior em respeito e justiça, a Islândia, julgam-se em tribunal os culpados por má governação enquanto em Portugal se condecoram.
Aliás, neste caso, até quem medalha é o político que mais contribuiu para a situação de desgraça em que nos encontramos hoje.
TAP - Greves
Será que algum daqueles funcionários tinha consciência dos prejuizos que dava à empresa e aos utentes da transportadora aérea nacional?
Menos um funcionário para servir "chá, café ou laranjada"? Trabalhai meninos, antes que a galinha dos vossos ovos de ouro morra falida e o desemprego será então o vosso futuro.
10 de Junho não é só um feriado
Que seja o Dia de Camões, mas mesmo assim, muitos milhares de portugueses, muitos deles jovens e com muito mais cultura e instrução que muitos "velhos", não sabem a que se refere e o que se comemorou e que nestes tempos mais próximos de comemora no dia 10 de Junho
Cavaco manda jornalista a Tribunal
Ora se fosse Sócrates não haveria já por aí muitos "sindicatos" e comentadores de ocasião e outros, os profissionais, a dizerem de sua "justiça"?
Outros tempos, outras vonatades.
Cavaco não pode tapar o Sol com uma peneira, sobre o negócio das acções que negociou. Parte desse seu lucro, está a ser pago pelo Zé Povinho.
""Tal como Fátima Felgueiras e Isaltino Morais, Cavaco Silva acha que uma vitória eleitoral elimina todas as dúvidas sobre negócios que surgem nas campanhas", escreveu Miguel Pinheiro na edição da revista de 27 de janeiro."
SNS
Uma quantas verdades sobre o Serviço Nacional de Saúde, que desmontam o argumentário falacioso daqueles que o querem desmontar
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