27 maio, 2011
Paulo Rangel
Paulo Rangel, um dos melhores exemplares políticos do PSD diz:
"O Eng. Sócrates governou Portugal condicionando Portugal. Condicionava os meios de comunicação social, condicionava com os subsídios e os prémios que pagava. Era tudo aquilo que nós sabíamos e que foi, ao longo de cinco ou seis anos, a claustrofobia democrática, essa forma de tentar espartilhar e condicionar a sociedade portuguesa.
Este é o homem que é o rosto do medo em Portugal, é o rosto do medo que tem duas faces: o medo que ele criou e o medo que ele nos quer criar."
"Foi esta miséria que o PSD recusou ao eleger Passos em vez do favorito do baronato, Rangel. Na altura do congresso em Carcavelos, em 2010, alguns militantes social-democratas chegaram ao ponto de se lamentarem publicamente por não existir no PSD a unidade que existia no PS, deixando claro que estavam fartos da estratégia difamante e caluniosa seguida por Ferreira Leite, a qual levou a um belo resultado eleitoral. Estava na altura de terem um líder que deixasse a fulanização e as campanhas sujas para voltar a falar de política, voltar a espalhar a esperança, voltar a congregar vontades. Era por esta elevação e carisma que o povo das bases ansiava, exactamente aquilo que reconhecia em Sócrates, porque nas bases os eleitores que votam PSD ou PS têm muito mais características que os aproximam do que aquelas que os separam.
Passos, entretanto, rendeu-se a Cavaco. O derrube do Governo, o ataque aos interesses nacionais pela cupidez do Poder, a influência decadente de Catroga não são acasos, antes a necessária consequência de Cavaco continuar a papar presidentes do PSD ao pequeno-almoço. E cá temos Rangel a explicar que isto da claustrofobia democrática, a Jerusalém celeste do Pacheco, tem 5 ou 6 anos – pouco faltando para dizer que começou na própria noite eleitoral em que o PS atingiu a maioria absoluta depois da humilhante governação de Barroso e Santana.
Nestes 5 ou 6 anos, de facto, o PSD tem sido cada vez mais insistente na tese de que as vitórias eleitorais do PS são ilegítimas, porque os socialistas não prestam, não têm palavra e são criminosos. A continuação deste desprezo pela democracia e pelos portugueses dá-nos a ver um partido verdadeiramente medonho."
Povo masoquista
"Jerónimo de Sousa: "O povo português é masoquista?"
"O povo português é masoquista? O povo português gosta de fazer hara-kiri?" O desafio aos eleitores ficou no ar no comício que encerrou o dia de campanha da CDU em Lisboa."
Claro que a grande maioria dos portugueses não são masoquistas.
Pena é que muitos ainda o sejam, em especial aqueles que seguem as "ordens" do PCP.
Por muito que se queira esconder, hoje, não há ninguem que não saiba que o comunismo, se alguma vez existiu, já acabou.
Sempre há masoquistas, é verdade.
Mas tambem ainda há quem caia no "conto do vigário", não é?
Passos Coelho – ora sim, ora não, ora assim assim
Como uma rolha à tona de água.
Vai andando ao sabor dos ventos e marés.
Aborto sim, aborto não.
São "pentelhos" destes que definem quem não pode ser um bom político.
Que falta de personalidade
26 maio, 2011
Paulo Portas
Balada da indecisão
Esta coisa de estar indeciso provoca um sofrimento que poucos entendem, não me admiraria nada que o registo de entradas de cardíacos nas urgências se registe um pico devido aos fanicos sofridos pelos indecisos, e se a indecisão provocasse a gripe das aves lá se ia o precioso stock de Tamiflu.
Ser indeciso faz-nos sentir como se fossemos perdizes de capoeira largadas numa reserva turística na madrugada do dia de abertura da caça. Para onde quer que um pobre indeciso se vire leva com um tiro e o pior de tudo é que uma boa parte dos tiros são de pólvora seca e outros acertam ao lado, o pobre do indeciso foge esbaforido de um lado para o outro. O início da campanha eleitoral não é mais do que a abertura da época de caça ao indeciso, ou assim deveria ser pois anda por aí uns armados em caçadores clandestinos, tentando roubar a caça na coutada dos outros, é o caso do Portas e do Passos que andam a espantar a caça nos seus próprios coutos.
Imagine-se um indeciso que está tentado a votar Sócrates mas depois lê a Flash e dá de caras com a esposa do Coelho, fica logo a pensar que um tem gaja e outro vai tendo uma de vez em quando, mas se equacionar a hipótese do Portas fica baralhado, de Louçã acha que não há gaja que o ature e no caso do Jerónimo ou há gaja ou há candidato. Na mesma Flash ainda pode dar com a astróloga Maia impressa numa página esquerda e o com o nariz a folhear a página direita, assegurando que o Passos Coelho será primeiro-ministro, isto é os astros já decidiram e eu nunca mais saio desta indecisão, porra!
Vamos à Feira do Relógio matar saudades de uma sandes de courato e quando vamos na primeira dentada ficamos logo com um naco entalado entre os caninos e os incisivos, damos de caras com o Paulinho das Feiras com aquele ar de D. Juan siciliano ainda que se tenha deixado dos fatinhos às riscos, que isto agora há muita moda e o rapaz anda sempre muito chique, sem Jaguar mas chique na mesma. Depois de muito palitar lá devolvemos a operacionalidade à dentuça quando apanhamos mais um cagaço, o Relvas enfia-nos a errata do programa eleitoral do PSD quase pela sandes dentro, até ficamos baralhados pois tem o mesmo ar de talhante de Massamá que foi fazer uns biscates a vender o courato que lhe sobrou dos porcos que vendeu durante a semana, sorriso suíno incluído. Passado o cagaço, espera-nos o pior, engulo a meia sandes que ainda me resta acompanhada da lambreta antes que aqueça para ver se não fico embaçado, é que dou de caras com o Sócrates e da última vez que o vi convidou-me para uma sandes de torresmos e logo a seguir me cravou uma de presunto, mais um copo de quarto e uma chávena de café de cevada. Ainda apareceu o louça a dizer-me que não pagamos, mas a essa hora já não havia nada a fazer, a sandes já estava paga e no bucho.
Compro os jornais do dia e de regresso a casa quase mudo de ideias e vou direito ao Júlio de Matos perguntar se ainda há vagas de cama, comida e roupa lavada. No Correio da Manhã dizem que já não estou indeciso, no DN acham que não sei se voto no BE ou no PCP, no i dizem que estou dividido entre o PSD e o CDS e algures leio o Marcelo dizer alguém numa entrevista que eu vou votar naquele que vai ganhar ou que acho que vai ganhar. Isto é, estou entre o parvo, o doido e o deficiente mental.
Mas pelos vistos os políticos acreditam que eu sou uma dessas três coisas e cada um se esforça por argumentar da pior forma pois a minha inteligência não dá para mais, o Portas diz possuir o efeito Axe para eleitores, o professor 0% assusta-me com o Hitler, o Sarmento diz que há pior e até o Arnaut tenta acagaçar-me com o Drácula. Com tanto mauzão devem estar a pensar que ainda não comi a sandes de courato. Alguns até dizem que a banca está rota o que não percebo, passo a mão pelo cu das calças e não sinto por onde possa coçar o dito cujo e a banca das sandes de courato também não me parecia ter buracos."
( O Jumento)
Louçã – professor que não aprende
"Para a esquerda portuguesa, tanto lhe faz que uma nova geração à rasca se vislumbre no horizonte. Sem qualquer perspectiva de futuro, que não seja morrer com dignidade. No dia 6 de Junho irei ao funeral da esquerda portuguesa, agradecer-lhe a borrada que fez e explicar a Louçã a razão de não ter votado nele desta vez . Ser traído e enganado é uma coisa que me chateia. "
25 maio, 2011
Perigo...
Coimbra - uma lição a condenar
“Não é a primeira vez que acontece, mas nunca desta forma tão óbvia ”, conta Anabela Fraga, estudante do 3.º ano de Direito. A iniciativa, da Juventude Comunista Portuguesa terá sido feita durante a madrugada de domingo para segunda-feira, mas só à luz do dia é que os alunos se deram conta que as “suas escadas” tinham sido usadas como “arma política”. “A vontade que dá é de limpar tudo antes do comício”, censura Frederico Rente, do curso de medicina.
A pintura até já desencadeou um movimento no Facebook que exige a limpeza do espaço, mas o PCP já saiu em defesa da Juventude Comunista Portuguesa, justificando o acto como o “empolamento de uma iniciativa normal da vida democrática”, esclareceu ao i fonte do partido. Tão normal, diz o mesmo o responsável, que a mesma escadaria já foi usada não só pela CDU, como pelos “outros partidos e movimentos estudantis”.
Eduardo Melo da Associação Académica de Coimbra, contudo, garante que nunca utilizou a escadaria para fins políticos e que as iniciativas até agora feitas sempre tiveram um fim cultural: “Sendo um espaço de referência, houve sempre o cuidado de usá-lo para exposições e outras actividades de natureza cultural, mas sempre com o cuidado de nunca danificar o espaço “, defende-se de um lado para atacar do outro: “É por isso que só podemos considerar esta atitude do PCP como um acto de vandalismo, sobretudo porque estamos perante um monumento que é candidato a património mundial.”
Resta ainda perceber se, sendo as Escadarias Monumentais, um espaço público, a JCP deveria ter pedido uma autorização à Câmara de Coimbra para colorir o palco do comício desta noite da CDU. O Partido Comunista Português considera “não existirem limitações legais” para o uso das escadas que dão acesso ao pátio da universidade e nem sequer coloca a questão da limpeza como pertinente: “Pois se um mural não é limpo, porque é que este caso seria diferente?”.
A reitoria da universidade remeteu para a câmara municipal um esclarecimento, mas o presidente João Barbosa de Melo "optou por não fazer qualquer comentário", explicou fonte da autarquia. "
Tudo a roubar
"Dezassete empresas de trabalho temporário e oito domiciliários da região de Lisboa foram hoje alvo de mandatos de busca por suspeita de fraude fiscal em cerca de 15 milhões euros, no âmbito de um inquérito a decorrer no Ministério Público de Cascais."
PSD – uma mentira a cada dia
"O CERN (Organização Europeia para a Investigação Nuclear) construiu recentemente o maior acelerador de partículas, o LHC (Large Hadron Collider). Cujo principal objectivo é obter dados sobre colisões de feixes de partículas.
Parece que Pedro Passos Coelho não quer que Portugal fique atrás e criou o AM, o Acelerador de Mentiras, vulgarmente conhecido por Miguel Relvas. O divertido secretário-geral do PSD, homem dado à cozinha e segundo o Correio da Manhã especializado em doçarias com as marketeiras que vai buscar ao Brasil ficou conhecido como o acelerador ao admitir em tribunal na semana passada que acelerou uns processos em nome do interesse nacional. Pois, eu também trabalho todos os dias para que em nome do interesse nacional possa receber o meu vencimento no fim do mês.
Mas com este caso infeliz das supostas nomeações metidas na gaveta para ludibriar os próximos governantes, que segundo Miguel Relvas deverão ser uns idiotas chapados nomeados por Passos Coelho percebe-se que a grande função do secretário-geral do PSD é a de acelerador de mentiras.
Esta crise política começou com uma mentira propalada por Miguel Relvas, foi o secretário-geral o primeiro a dizer que Passos Coelho tinha tido conhecimento do PEC IV por um telefonema, informação que depois Passos Coelho confirmou. Isto é, eles combinam a mentira e depois é o acelera, o acelerador de mentiras, que as espalha pela comunicação social.
Desta vez foi mais uma vez o acelerador de mentiras que fez o trabalho sujo, ainda que Passos Coelho tenha achado esta mentira um petisco, optando por ser ele a anunciá-la, cabendo ao acelerador de mentiras a divulgação das provas. E o que provam as provas apresentadas pelo acelerador de mentiras? Provam precisamente que ele é mentiroso.
Poder-se-ia pensar que a linguagem burocrática é hermética e que os emails apresentados pelo acelerador de mentiras provam o que ele disse. Mas não, nem a linguagem é hermética, nem os emails suscitam dúvidas.
A publicação de nomeações foi rejeitada porque quando chegaram à Imprensa Nacional já existiam instruções para que não fossem publicadas nomeações. O tal email que prova que as nomeações ficaram na gaveta até depois das eleições dizem precisamente o contrário, que o procedimento da publicação e não a publicação deve ser iniciado depois de o próximo governo tomar posse. Ora, para se mandar uma nomeação tem de existir um despacho e esse despacho terá de ser emitido na ocasião.
Que o PSD queira fazer os outros passarem por mentirosos é coisa a que já estamos habituados, mas que o faça recorrendo à mentira já eé demais. E se o fizer recorrendo a uma mentira evidente então são mesmo maus mentirosos, enfim, até como mentirosos são incompetentes." " O Jumento"
Cavaquismo
Verdades-
Eu fico muito desanimado quando uma sondagem não me agrada. Mas, para mim, nesta eleição, não se trata de um puro jogo "perder ou ganhar". No caso presente considero uma tremenda injustiça culpar pela crise um dos mais dinâmicos primeiros ministros da nossa história. Não digo o mais culto, mas dos melhores "gestores" e de uma dedicação extrema. A derrota de Sócrates seria a derrota da decencia na governação e a entronização daquilo que mais reles conheci até hoje da politica rasteira, caluniadora, mentirosa, trafulha e pulha. Seria o triunfo da verdadeira máfia criada à volta do cavaquismo, depois de ter passado dois mandatos de duas maiorias absolutas a enriquecer, impunemente, com os dinheiros da CEE. O actual presidente é o primeiro responsável pelo polvo que se criou no Estado e nas empresas públicas. O sinal mais visível desse polvo são os dois bancos da vergonha, BPN BPP, criados e geridos pelos que medraram com o cavaquismo. Esses mafiosos tomaram de assalto os media, todos. Têm tudo nas mãos e agora fazem eleger o presidente que querem e o PM que lhes esteja mais a jeito, calando as mazelas dos candidatos e enxovalhando até ao absurdo os adversários destes na peleja.
Se Sócrates sair derrotado, isso é obra da máfia cavaquista.
E para que o paralelo com a mafia italiana seja completo, nem falta a ligação desta mafia à igreja católica, com representantes a preceito de marcelos e bagões, sem esquecer os mestres da Opus Dei, que fizeram um lindo serviço no BCP.
PSD
"Uma das características mais intrigantes da política nacional consiste na estupidez da direita, em geral, e do PSD, em especial. Durante o período em que Cavaco foi primeiro-ministro, essa estupidez criou o Cavaquistão – cujas consequências ainda estamos a pagar por causa das actividades criminosas no BPN e SLN. Seguiu-se o Governo de Barroso, o qual só agravou os problemas, mais a sua fuga para Bruxelas e a promoção de Santana pela porta do cavalo. O resultado foram quatro meses de despautério. Vieram as eleições e começaram as campanhas sujas contra Sócrates – boato da homossexualidade e conspiração para a criação do caso Freeport, envolvendo indivíduos ligados ao PSD, CDS, Judiciária e imprensa. Santana sai de cena, entra Marques Mendes. O seu propósito regenerador, ou assim parecia, não convenceu as bases. Menezes atinge a ribalta e aguenta-se apenas 6 meses tamanha a parvoeira que produziu. Mesmo assim, ainda teve tempo para lançar uma campanha suja, como a Fernanda lembra neste texto. O edil de Gaia foi trocado pelo trio Manela-Pacheco-Cavaco. Iniciou-se um período de calúnias, difamações e ensaios de criminalização de elementos do PS como ninguém julgava possível vir a assistir em Portugal. Culminou com a Inventona de Belém e as escutas a Sócrates e respectiva tentativa de golpada judicial. Absolutamente escandaloso o que aconteceu em 2009 e 2010 e, sobretudo, o que não aconteceu como resposta a este inaudito ataque ao Estado de direito e à democracia.
Com Passos, e fazendo fé no que tinha dito e prometido, esperava-se o fim desta degradação política e social. Quando derrubou o Governo, assim provocando eleições no momento indicado por Cavaco, Passos fez repetidos e excitados pedidos para que a campanha corresse sem ataques pessoais e tivesse a elevação que o momento exigia. Logo depois, perante sondagens adversas, assistimos a um chorrilho de insultos e ofensas dos seus mais próximos e importantes colaboradores, que foram desde o pedido de criminalização do Governo PS, passando pela comparação de Sócrates a Hitler e de Portugal à Alemanha nazi, e chegando ao ponto de se dizer que a família de Sócrates devia esconder o seu parentesco por vergonha. Tudo isto embrulhado na constante exaltação do tema da verdade e da mentira, martelando a tecla da falta de honorabilidade de qualquer membro ligado ao Governo e à equipa de Sócrates – nada lhes incomodando que, simultaneamente, estivessem a decorrer melindrosas e complexas negociações com o FMI e UE. E tudo isto sem qualquer responsabilização dos autores, sequer sentido de autocrítica, ou admoestação de Passos.
A maior estupidez, o que mais prejudica Portugal, está na ausência de um projecto político que justifique a sua discussão. Quando bolçam que o PS governa há 15 anos, para além de apagarem do mapa os Governos Barroso/Santana, nem se apercebem que estão a reconhecer que há 15 que não merecem o voto dos portugueses. Para estas eleições de 2011, repetiram a tonteira de chegarem quase ao dia da votação sem programa, tal como tinha acontecido em 2009. Naturalmente, não há condições para a sua discussão. A campanha do PSD aposta tudo, ainda e outra vez, na diabolização de Sócrates. Que andaram a fazer entretanto? Que causa esta permanente exibição de fragilidade intelectual e vileza moral?
O conceito de epidemia também se aplica nas ciências sociais e humanas. Tal como no modelo biológico, podemos falar da transmissão epidémica de ideias ou comportamentos. No estudo da epidemia de estupidez que assola o PSD, o meio ambiente é constituído pelas classes A e B, onde reina o conforto, a segurança, os privilégios financeiros, a fruição do status social, o acesso à melhor instrução, formação e informação. Os hospedeiros são essa legião de arrivistas e cavalheiros de indústria ressabiados, politicamente medíocres ou retintos incompetentes, que chafurdam na indigência ética por falência da inteligência própria. Resta só identificar o agente infeccioso. Aceitam-se palpites. "
24 maio, 2011
Socrates – paga por tudo
Os debates entre os líderes partidários têm sido muito esclarecedores para todos os portugueses, incluindo a minha vizinha aqui da aldeia que até já sabe o que é a TSU, o BCE e o FMI.
Eis alguns exemplos.
1º Acto – Pedro Passos Coelho (PPC) com Paulo Portas (PP).
O moderador (M) dirige-se a PPC (não confundir com PCP):
M – "Acusam-no de querer acabar com o Serviço Nacional de Saúde. É verdade?"
PPC – "Ainda bem que me faz essa pergunta. Vou responder-lhe olhos nos olhos e com toda a honestidade, mas o melhor é perguntar ao dr. Catroga porque ele é que… De qualquer forma há uma coisa que desde já posso garantir: é que os doentes continuarão a ser tratados por médicos e enfermeiros. E, também, que por cada cinco doentes que tiverem alta, só entra um! Agora, respondendo à sua pergunta, o que lhe quero dizer é que foi o Sócrates que provocou a crise financeira mundial. Não acredita? Então vá perguntar ao Presidente Obama!"
M – "Dr. Paulo Portas, o senhor disse que, para compensar o País do negócio dos submarinos, ia dar barcos aos pescadores, tractores aos agricultores, fardos de palha às ovelhas"…
PP – "Ainda bem que me faz essa pergunta. Disse, e vou cumprir: vamos ter sardinhas, carapaus, besugos e xaputas até dizer basta. Mas respondendo agora à sua pergunta com toda a frontalidade, olhos nos olhos, o que lhe quero revelar em primeira mão é que o Sócrates, ao longo de seis meses, deu asilo ao Ben Laden, que esteve escondido num daqueles submarinos que eu comprei e que ele agora vai ter de pagar. Sabia disto?"
2º Acto –
M – "No debate de hoje vão participar os líderes dos dois partidos da esquerda radical, Jerónimo de Sousa (JS) e Francisco Louçã (FL).
E a primeira pergunta vai para o dr, Francisco Louçã: Porque é que o BLOCO está descer nas sondagens?"
FL – "Ainda bem que me faz essa pergunta. E respondo-lhe olhos nos olhos: Então você não sabe que a grande sondagem é no dia das eleições? Então você ainda não reparou que a burguesia manipula as sondagens? Mas não quero, de forma nenhuma, deixar a sua pergunta sem resposta: é público e notório que o engenheiro Sócrates, não contente com a bancarrota que criou em Portugal, também foi à Irlanda fazer o mesmo. Não me diga que não sabia!"
M – "Jerónimo de Sousa, o partido comunista não quis reunir-se com a troika. Porquê?"
JS – "Não me venha com a troika, que me dá galo! Então você não sabe que o nosso PCP até ia desaparecendo do mapa por causa da perestroika e desse traidor das massas trabalhadoras, o Gorbachov? Mas, respondendo agora à sua pergunta, o que nós consideramos é que o Sócrates é que foi o cérebro da bancarrota na Islândia. Sabia disto? Se calhar não sabia!"
3º Acto –
M – "Estamos a aproximar-nos do fim dos debates.
- "Dr. Paulo Portas, o senhor tem afirmado repetidamente que é candidato a Primeiro Ministro. Quer explicar?"
PP – "Acho excelente que me tenha feito essa pergunta. Sou, realmente, candidato a Primeiro Ministro. E sei que conto com os votos dos pescadores, daquela gente da lavoura, dos vendedores de bonés rurais, dos ciganos das feiras, dos tractoristas, das peixeiras, das vendedoras de hortaliças, das velhotas dos lares … Como vê, é muita gente, é muito voto. Mas, se me permite, agora vou responder à sua pergunta: o que lhe garanto é que o engenheiro Sócrates nunca entrará no meu governo. Nunca! Jámé!"
M – "Dr. Francisco Louçã, ainda o dinheiro da ajuda não começou a chegar a Portugal e já está a dizer que não paga. Como é?"
FL – "Agradeço a sua pergunta, aliás de extraordinária pertinência. É claro que não pagarei nem um cêntimo a essa corja de abutres salafrários, a essa escumalha de especuladores sem rosto, a esse bando de usurários. Não pagarei! E eles não passarão! Não passarão! E, já agora, sabe quem é que afinal provocou a crise na Grécia? Pois olhe que não foi o Aristóteles… foi o Sócrates!