01 março, 2011

José Niza escreve

Assim

Por: José Niza

Politicamente, em Portugal, está a jogar-se a roleta russa.

1.   De um lado, aqueles que, encavalitados em ideologias radicais de esquerda, fazem do bota-abaixo o seu programa e a sua prática política do dia a dia.

Estou naturalmente a referir-me ao Bloco de Esquerda e ao Partido Comunista Português (e escrevo "português" porque já não existem outros a sério em mais nenhum país), que ainda sonham com os amanhãs que cantam do trotskismo e do comunismo. Os seus contributos para o País reduzem-se a pouco mais do que à mobilização de greves ou à agitada excitação das moções de censura. Num mundo em ebulição, cada vez mais complexo e imprevisível – como se está a ver nos países do Norte de África – esses partidos ainda não perceberam, ou não querem perceber, que hoje a fronteira entre a esquerda e a direita tem, de um lado, um socialismo viável, moderno e moderado, e do outro, um neo-liberalismo feroz e sem rosto, o mesmo que criminosamente estoirou com as economias ocidentais.

2.   Do outro, à direita, o PSD trocou a sua matriz social-democrata pelo neo-liberalismo de Passos Coelho. E o CDS continua na beira da estrada política a pedir boleia, já que fez do "auto-stop" o seu único desígnio partidário.

Nada disto é ilegítimo. Mas pode ser perigoso.

É que, sendo a alternância uma constante das democracias ocidentais, é também obrigatório que se constitua em alternativa. E que seja assumida sem rodeios nem problemas. E que seja explicada sem subterfúgios.

Há dias assisti na televisão a uma entrevista de Pedro Passos Coelho, candidato a Primeiro Ministro. Foi uma conversa de charme político, porque o líder da oposição não teve a seriedade política, nem a coragem, de assumir na televisão o que tem vindo a propor ao País.

Quem tenha um pouco de memória não terá esquecido algumas propostas de Passos Coelho. Lembram-se de que o líder da Oposição já defendeu que por cada cinco funcionários públicos que saíssem só entraria um? E como funcionariam depois os hospitais e as escolas? Lembram-se de que Passos Coelho, na sua proposta de revisão constitucional, quer acabar com a justa causa nos despedimentos? Pois eu lembro-me. E lembram-se ainda de que, não contente com isso, propõe também o fim da tendencial gratuitidade do Serviço Nacional de Saúde? E, pela mesma ordem de razões, também no ensino público?

Pois é.

Mas não fui eu que inventei.

3.   Os nossos quatro maiores bancos privados – Banco Espírito Santo, Santander Totta, BCP e BPI – tiveram lucros, em 2010, de 3,9 milhões de euros por dia. O que dá 1,43 mil milhões/ ano. Num país onde, para toda a gente, os impostos subiram brutalmente, estes nossos queridos bancos – que já antes pagavam um IRC escandalosamente baixo- conseguiram a proeza de reduzir, ainda mais, esse mesmo imposto em 54,9 % : são só 168 milhões de euros que vão para os bolsos dos accionistas, em vez de entrarem nos cofres do Estado. Curiosamente, não vi o neo-liberal Passos Coelho a censurar o Governo por permitir esta vergonha.

Mas censuro eu!

4.   Por tudo e por nada, dois dos homens mais ricos de Portugal censuram o Governo arrotando sentenças do alto dos seus tronos. São eles Belmiro de Azevedo, patrão da Sonae, dos Modelos e dos Continentes e Soares dos Santos, dono dos Pingo Doce. Gabam-se eles de terem criado muitos empregos nos seus supermercados. É verdade. O que eles não dizem é quantas dezenas de milhar de pequenas lojas, lugares, talhos, mercearias, peixarias, fecharam. E quantas dezenas de milhar de trabalhadores perderam os empregos por causa deles. Curiosamente não vi Passos Coelho a censurar o Governo por permitir tanta injustiça social. Não censurou ele, mas censuro eu!

31 da Armada

Estes marinheiros de "agua doce" gozam e deturpam as palavras a seu belo prazer.


 

"O ministro das Finanças «anunciou» hoje que estamos à beira de mais um aumento de impostos.

«Tudo faremos para cumprir os objectivos orçamentais, e dispomos de medidas adicionais necessárias para tranquilizar os mercados», disse Teixeira dos Santos. 

 Os portugueses não foram questionados sobre o tema, mas presumo que concordem com esta técnica da asfixia fiscal. Os partidos da oposição também concordam, a avaliar pelas posições «responsáveis» a que nos têm habituado."


 

Louçã – ou é ou quer nos fazer a nós...

Vive consumido na sua luta pelo seu ideal imaginário, de tal forma que já não sabe o que diz.

Vai morrer na praia, ao fim de inaudito esforço.

"Francisco Louçã disse esta segunda-feira, junto do Centro de Emprego de Loures, que a moção de censura ao Governo é uma forma de corrigir as injustiças sociais e de trazer estabilidade e desenvolvimento ao país."

Professores -

Pagar horas extraordinárias com tantos professores no desemprego?

A pouca vergonha continua no ensino.

Será que o os Sindicatos dos ditos professores podem explicar qual o trabalho de preparação das aulas dos professores que durante 2, 4, 6 ou 10 anos leccionam as mesmas disciplinas e os mesmos anos, os professores de Música, de Educação Fisica, etc. etc.

Uma vergonha. Grande parte do tempo nem aulas dão.

Estes senhores, precisavam de ir trabalhar, trabalhar. O que fazem, pouco trabalho tem. A sua finalidade é sugar o dinheiro ao Estado, que é o dinheiro dos impostos de quem trabalha e trabalhou.

"Começa hoje a greve às horas extraordinárias dos professores e dos educadores-de-infância que poderá prolongar-se até ao final do ano lectivo, "caso o Ministério da Educação persista na manutenção de uma fórmula ilegal para cálculo do valor dessas horas"."

28 fevereiro, 2011

Passos Coelho em camara lenta...

Desde que anda a fazer concorrência a Paulo Portas, não faltando a feira ou romaria, a provas de vinhos ou de fumeiro, não tempo para ouvir os seus assessores.

Assim, só dará opinião sobre as notícias de ontem e de hoje, amanhã.

Contrasta agora com outras ocasiões. Ainda Sócrates não tinha acado de falar, já Paasos Coelho se adiantava a criticar o Pministro.

Vamos esperar.

Em Portugal tambem, mas à nossa dimensão.

Muitos perderam o seu dinheiro, outros ganharam. Muitos mais ganharam. Quem vai pagar a conta dessae "almoços" vai ser o Zé.

"Como é que eu pude fazer isto?", questiona-se Madoff, em entrevista à 'New York Magazine', confessando que fez muito dinheiro com o esquema Ponzi, dinheiro esse que não precisava.

Benfica

O Publico
, não gosta mesmo do "Glorioso". Não é obrigado a fazê-lo, mas deveria ser mais imparcial

"...Se o Benfica continuava vivo? Que raio de linguagem. Por sinal a rádio Gaia FM dá o título Águia esteve ligada à máquina mas recuperou... Público e Gaia FM a mesma bandeira! O Benfica teve 61 por cento de posse de bola, rematou 20 vezes contra 3 remates do Marítimo, ganhou 10 cantos contra 3 do Marítimo... e o Público precisou dos descontos para saber se o Benfica estava vivo?! Tenham calma, não se enervem. O Público é só um jornal e não deve obediência a mais nada nem ninguém a não ser à objectividade e aos leitores (todos e não só aos da cor)."

Tiririca portuga

Já só faltava Jardim a botar "gafanhotos" numa das TV do burgo, com carácter de assinatura semanal.

Poderia ter sido que a notícia tivesse a ver com o Carnaval ou com o Dia das Mentiras, mas não.

Vamos ter, para quem tiver paciência para o ver e ouvir, umas cenas dignas de Tiririca.

27 fevereiro, 2011

Educação

Ouvir um "artista" destes dizer o que diz, quando é pago pelos dinheiros dos contribuintes e que pouco ou nada ensinou em salas de aula, custa.

é pago pelos dinheiros dos contribuintes e que pouco ou nada ensinou em salas de aula, custa.

Não querem que se altere nada. Apenas querem manter todos os interesses que lhes ofereceram, ano após ano.

Contra. Todos contra tudo, é apenas o que lhes interessa.

Haverá por aí alguma profissão em que uma parte do horário normal de trabalho tenha que ser pago em horas extraordinárias? Vertente de estabelecimento?

Vertente individual do horário? O que é isso? O que fazem os professores?

Será que as idas à casa de banho também têm que ser pagas em horas extraordinárias?

Meninos, trabalhem a dar aulas, a ensinar os alunos. Para isso são pagos e bem pagos.

Avaliação? A Fenprof sempre quis, cotar os bons em igualdade com os maus.


 

"As acusações de Mário Nogueira foram feitas no discurso do dirigente no sétimo congresso do Sindicato de Professores do Norte (SPN), em Guimarães, no Centro Cultural Vila Flor.

Para Mário Nogueira, a educação "carece" de um ministério actuante: "Neste momento não há ministério da Educação. Há um ministério das Finanças que decide e depois um ministério que aplica o que aquele decidiu".

O secretário-geral da Fenprof apelou à "participação em massa" nas manifestações marcadas para Março e Abril. "Numa negociação não há partes iguais. Nós temos que ceder, por vezes, mas cumprimos. O problema é não se cumprirem os acordos da parte deles – Governo", explicou Mário Nogueira, exemplificando com o Estatuto da Carreira de Docente.

É este "incumprimento" por parte do Governo que, segundo o dirigente, dá "legitimidade" aos docentes para "lutar contra este acordo". "O actual modelo de avaliação dos docentes é inter pares, como a Fenprof entende que deve ser. Mas numa perspectiva de cooperação, os pares devem ajudar-se para detectar problemas e encontrar soluções", explanou.

No entanto, explicou o dirigente dos docentes "o modelo inter pares instituído provoca competição", pela "existência de quotas que leva a que os docentes tenham que competir entre si e não possam cooperar em virtude de um ficar à frente do outro".

A nova regra de fixação dos horários é outra "batalha": "o horário de um professor tinha três vertentes: a lectiva, a de estabelecimento e a do trabalho individual, num total de 22 horas, depois disto eram horas extraordinárias", agora "para reduzir o pagamento destas horas" o horário completo passa para as 35 e não contempla a vertente individual".

Disto resulta, segundo Mário Nogueira, que "o trabalho individual não vai ser pago, vai ser feito gratuitamente, porque as 35 horas vão ser preenchidas com aulas e trabalho de estabelecimento".

Gamar – que verbo!!!

Alguém pensa que é só pelos "bonitos olhos" da Fundação que estes rinocerontes da política por lá andam?

"Um telegrama confidencial que a Wikileaks conseguiu interceptar acusa o ex-presidente da Fundação Luso-Americana (FLAD) de má gestão e de se recusar a prestar contas à Embaixada dos Estados Unidos em Lisboa."

Justiça - o habitual regabofe

Comentários para quê. Alguém duvida das quintinhas na Justiça?

"O juiz de instrução do processo "Face Oculta", Carlos Alexandre, recebeu esta manhã a ordem do presidente do Supremo Tribunal de Justiça, Noronha de Nascimento, para a "destruição imediata" das escutas telefónicas que envolvem o primeiro ministro José Sócrates, no processo Face Oculta."

Generais e Almirantes

Mais olhos que barriga – esta gente sempre foi assim. Veja-se o que também se passa com os Hospitais Militarers

"Da mesma forma que os nossos almirantes estavam danadinhos por terem grandes fragatas e submarinos, os nossos magistrados acham que um corte nos seus rendimentos ou salas de audiências menos luxuosas retiram dignidade à sua função, é como os nossos cardeais que há muito esperam que o Estado os ajude a construir uma nova sé catedral em Lisboa."

23 fevereiro, 2011

Kadafi

Há lideres e lideres… mas os ditadores, são ditadores.

""O líder líbio Muammar Khadafi discursou hoje ao povo pela primeira vez após nove dias de protestos. "Eu não sou Presidente, sou o guia da revolução", disse, recusando qualquer hipótese de afastamento. Segundo os números oficiais, os confrontos na Líbia causaram já 300 mortos, um número próximo do que tinha já sido avançado pela Federação Internacional das Ligas de Direitos Humanos."

Submarinos de Portas

Comentários para quê?

"Jurgen Adolff, antigo cônsul de Portugal na Alemanha, descreveu em 2004 várias diligências suas para influenciar a decisão do Governo português sobre a compra dos submarinos.

No documento que enviou aos gestores da Man Ferrostaal, apreendido no ano passado pelas autoridades alemãs, o ex-cônsul diz que teve contactos com o antigo primeiro-ministro português e com o líder do CDS, ex-ministro da Defesa Nacional, bem como com Mário David, actual eurodeputado eleito pelo PSD."

Educação Privada

Que se saiba, e por isso existem muitas socidades privades que exploram o "ensino privado".

Nada implica para que não o façam. Talvez por isso, o que disse o Presidente do Tribunal de Contas, não tenha muito sentido.

O que não faz sentido, é o Estado subsidiar os interesses comerciais privados com os dinheiros públicos.

A compra de serviços de educação onde os serviços públicos não dão a devida resposta, não pode ser feita ao preço imposto por umas das partes.

As empresas que vendem os seus serviços ao Estado, nem sequer a isso são obrigadas. Se o fazem, é porque daí adquirem lucro, pois doutra forma a sua falência já se teria consumado.

O Estado não pode ser a mama onde quem bem quer e lhe apetece, vai sugar o leite a preço de saldo.

"O presidente do Tribunal de Contas, Guilherme d'Oliveira Martins, que foi também ministro da Educação, defende que deve existir "liberdade de aprender e ensinar", exigindo, assim, que o Estado "não tenha o monopólio do serviço público de educação"."

22 fevereiro, 2011

Passos Coelho mentiu

No melhor pano cai a nódoa.

"Passos Coelho faltou deliberadamente à verdade aos portugueses (nós não somos estúpidos, sabia?) - ou seja, mentiu. E mentir fica muito, muito, muito mal a um (hipotético) futuro primeiro-ministro de Portugal. Não havia necessidade."

21 fevereiro, 2011

Louçã

"Descontada a diferença, a iniciativa de Louçã pode prenunciar o declínio eleitoral dos bloquistas, pois o trabalho insano, de frigir miolos, na freima de comprimir a seu favor a agenda mediática leva-o ao desastre. Esta moção, estúpida moção, talvez seja o testamento político de Louça. E era bem feito!"

Burros – há burros e... burros

Ora bem.

A cada um a sua carapuça, mas que há de uns e de outros, issp há. Dos dois há mais duns que de outros.

Que venha o diabo e escolha.

"...Mas este golpe falhado veio também mostrar que a vida política portuguesa está reduzida a um tacticismo de vistas curtas generalizado, nomeadamente entre o PSD e o CDS, por mais ares de responsabilidade patriótica que a direita se esforce por exibir com manifesta hipocrisia. A verdadeira moção de censura virá de fora, quando Sócrates cair às mãos do FMI e do directório germano-europeu. Só os burros é que ainda não o perceberam."