29 janeiro, 2011
27 janeiro, 2011
Jose Niza escreve
Há muitos anos António Botto escrevia assim a Fernando Pessoa:
“Isto por cá vai indo como dantes
O mesmo arremelgado idiotismo
Nuns senhores que tu já conhecias
– Autênticos patifes bem falantes…
E a mesma intriga; as horas, os minutos
As noites sempre iguais, os mesmos dias
Tudo igual! Acordando e adormecendo
Na mesma cor, do mesmo lado, sempre
O mesmo ar e em tudo a mesma posição
De condenados, hirtos, a viver –
Sem estímulo, sem fé, sem convicção.”
Este poema foi escrito muitos anos antes do 25 de Abril de 1974. Ou terá sido ontem?
No próximo domingo, os Portugueses que não se abstiverem, vão votar. Em quem? Em quê? Porquê? E para quê?
Tenho andado por aí na campanha eleitoral com alguns resistentes – cada vez mais raros – da velha militância. Desde 1974 fiz dezenas de campanhas. Para eleger Autarcas, Deputados, Presidentes. Ou, até, Deputados europeus. Nos mercados, nas ruas e nas feiras, aprendi a ler nos olhos, nos rostos, nos gestos, nas atitudes e nos comportamentos das pessoas, o que lhes ia na alma para se transformar, ou não, em votos. Fui abraçado por anónimos, beijocado por velhotas, provocado por cobardes. E quase sempre, ainda a campanha ia no adro, já se pressentia quem ia ganhar. Ou perder.
Nesta atípica campanha presidencial o que mais me impressionou não foi o habitual confronto e rivalidade entre as “claques” ou entre os apoiantes das diferentes bandeiras e candidatos. Não. O que verdadeiramente me impressionou foi a indiferença, o alheamento, o desinteresse e, sobretudo, a indignação das pessoas! Uma indignação difusa, generalizada, não contra nenhum candidato em especial mas contra “os políticos” e contra a política em geral. Quando assim acontece – e no melhor dos casos – a indignação converte-se em abstenção.
É que os eleitores – como no poema de António Botto – estão “sem estímulo, sem fé, sem convicção”. E só acordam desta hibernação para protestar.
No Expresso da passada semana, Miguel Sousa Tavares, com a sua acutilância lúcida, escrevia: “Enquanto prevalecer a cultura do “eles” (os responsáveis por todos os males) e “nós” (as inocentes vítimas deles), vai ser muito difícil convencer os portugueses de que não há vida para a frente com a vida que levamos”.
Quer isto dizer, por outras palavras, que “em tempo de guerra não se limpam armas”. E que, se as energias dos Portugueses – a começar pelos responsáveis políticos de todos os partidos, incluindo o Presidente da República – forem orientadas e investidas em trabalho e em solidariedade nacional, em vez da maledicência e do obcessivo apontar do dedo aos “culpados” (que, salvo uma minoria, somos nós todos), talvez Portugal consiga sair do pântano em que está a afundar-se.
Mas, para que isso aconteça, também é preciso que não tenhamos um Presidente que, para caçar votos, não se coibiu, ao longo de toda a campanha eleitoral, de desferir violentos ataques ao Governo como se fosse o líder da Oposição. E que até no próprio dia em que Portugal podia ter ficado sem crédito internacional (o que seria a bancarrota), veio antecipar uma crise política a qual – a ter lugar agora– destruirá internacional e definitivamente, não a credibilidade do Governo, mas a credibilidade do País.
Ps – Há dias em que até pagava para voltar à RTP, a pretensa televisão de serviço público (ou de serviço ao público, como prefiro dizer). E gostava de lá voltar para perguntar ao director de informação se ele sabe distinguir entre um cronista social de revistas cor de rosa, Carlos Castro, e um herói do 25 de Abril, Vítor Alves. A morte é sempre uma tragédia, seja natural ou provocada. Mas quem não consegue perceber a diferença entre um militar que arriscou a vida para nos dar a liberdade, e um jornalista de fofocas, não merece fazer o telejornal da RTP. Se ainda lá estivesse fazia-lhe o mesmo que em 1983 fiz ao José Eduardo Moniz: demitia-o.
Ensino Privado
Para alem disso não seria de descontar nos subsidios as ver4bas correspondentes aos dias que não houve aulas por causa das manifestações?
Não trabalharam, nem deram aulas, não tem o direito de receber.
Senhora M inistra, não se faça rogada -faça os descontos que tem que fazer. Será que è constitucional fazer "gazeta" e não o será descontar?
26 janeiro, 2011
25 janeiro, 2011
Ensino Privado
O Plano de Operações foi montado e está a ser posto em prática pelas " Escolas Privadas".
A teta da vaca está a secar. As vacas estão magras e há que apertar o cinto.
As sanguessugas do sistema de ensino privado, tudo estão a fazer +para manter os seus privilégios, benefícios e lucros com pouco trabalho e talves até de má qualidade.
Há tempo para tudo.
Uma vergonha. Melhor, uma pouca e infame vergonha
Cartão de eleitor
As nossas estações de televisão, pagam fortunas a artistas de telenovelas, a apresentadores pacóvios e intelectualmente limitados, para encherem os seus tempos de programação e fazerem a respectiva colheita de publicidade para lhes pagar essas fortunas.
Não lhes falta no entanto, alguns outros artistas, e são muitos, os que se propõem "trabalhar" de borla para as televisões.
Por dá cá aquela palha, levanta-se uma enorme celeuma em que os artistas são convidados, de borla a fazerem o seu papel. Infelizmente, não são poucas as vezes que fazem o habitual papel de "parvo"
Pelas eleições, como pouco havia que noticiar, para além daqueles já habituais boicotes que nunca levam a lado nenhum e sobre os quais o Zé Povinho já, desde há muitos, deixou de achar graça, surgiu em cena a peça: cartão de Cidadão, Cartão de Eleitor.
Uma parte do português pensa que o Estado é como aquele antigo empregado de mesa de café, que para alem de trazer a bica e o jornal (de borla), ainda chama o engraxador para lhe polir os sapatos.
Vai daí, não se preocupa de saber onde vai votar e como o tem que fazer se tiver o novo instrumento de identificação e ou se mudar de residência.
Claro que no dia das ditas eleições, todos reclamam e querem ser atendidos nas juntas de freguesia ao mesmo tempo.
Por outro lado, as Juntas de Freguesia, descuraram, e estas teriam a obrigação de publicitar as referidas mudanças com a antecedência devida. Para isso servem os velhinhos e ainda usados editais.
Assim, surgiram pelas televisões, os mais diversos artistas a fazerem o seu papel – encherem os ecrãs com argumentos tantas vezes descabidos e até falaciosos.
Bem disse um dos presidentes de Junta de Freguesia lá para os lados dês Castelo Branco, pois que atempadamente, porque ao que parece, não se limita a receber o soldo pelos exercício das suas funções, publicou diversas listas com as alterações produzidas nos cadernos eleitorais, em resultado da aquisição de Cartão de Cidadão pelos seus diversos fregueses.
Há artistas e artistas e televisões e jornalistas. Como tudo na vida, Bom e mau.
Cavaco Silva – o Rancoroso
Um conceito limitado de Democracia, tem Cavaco Silva
Mário Soares, hoje no DN (sem link):
"'Terminado o acto eleitoral, devo felicitar o candidato, como fiz, aliás, há cinco anos, como candidato derrotado. Trata-se de um ritual democrático, que deve ser respeitado, porque em democracia, os políticos, dos diversos partidos e os independentes, não se consideram inimigos, mas tão-só adversários ocasionais.
Estranho e lamento que o candidato Cavaco Silva não o tenha feito, no passado domingo, em relação aos seus adversários. Como aliás lamento os dois discursos que proferiu no momento da vitória. Em lugar de ser generoso e magnânimo para com os vencidos, foi rancoroso. O que, além de lhe ficar mal, quanto a mim, representa um erro político grave que divide Portugal precisamente quando mais o devia unir.
A verdade é que as últimas eleições mostram que o nosso país está mais dividido do que nunca. E, além disso, desorientado. Por isso, o Presidente ora reeleito deveria ter feito um discurso positivo, voltado para o futuro, e não um discurso que divide mais os portugueses, com a agravante de que, feitas bem as contas ao volume da abstenção, a metade que votou nele está longe de ser maioritária...'"
Cavaco Silva - o Rancoroso
Talvez o "El Pais" tenha recebido uma encomenda dos seus opositores.
"La reelección de Aníbal Cavaco Silva como presidente de Portugal abre numerosos interrogantes, a pesar de las voces que interpretan el veredicto de las urnas como un triunfo de la estabilidad. Las dudas aparecieron la misma noche electoral, tras el discurso del ganador, en el que predominó un inusitado tono de confrontación. El político equilibrado, comedido e institucional desapareció de un plumazo para dar paso a un orador resentido que descalificó a todos sus adversarios, sin excepción, en un tono tremendamente agresivo."
24 janeiro, 2011
Socrates – que futuro?
Vamos esperar pelas novas "projecções" , antigas sondagens.
"Quase todos os comentadores e analistas dão José Sócrates como um dos derrotados destas eleições. Eu não vou dizer que Sócrates foi um dos vencedores, mas foi significativa a forma rápida e indolor com que a derrota foi assimilada. Parecia aquela tristeza fátua que sentimos pela morte de um parente afastado: evidentemente a notícia não dá para desatarmos aos pulos e, por hábito e decoro social, manifestamos uma discreta comoção, um semblante vagamente pesaroso. Este foi o Sócrates de ontem à noite. Despediu-se do tio-avô sem dramas e vamos lá falar do que aí vem, que o povo quer é estabilidade. O discurso de Passos Coelho foi muito inteligente, mas Sócrates, uma vez mais, mostrou que é um verdadeiro animal político e que ainda é muito cedo para lhe fazerem o funeral."
Cavaco – vitória amarga
"Cavaco ganhou as presidenciais mas sofreu pesadas derrotas, não viu o seu mandato legitimado com o voto esmagador que as falsas sondagens previam, a sua honradez foi questionada sem que a tivesse sabido defender, teve menos votos do que nas eleições anteriores, foi o presidente reeleito com menos percentagem e com menos votos, deixou de estar acima de qualquer suspeita."
Eleições - rescaldo
Cavaco Silva depois de um primeiro mandado com pouco nível e cheio de contradições, obtem a sua victória, aliás pouco expressiva, por falta de um verdadeiro candidato proposto pelo PS
Manuel Alegre impediu pela segunda vez que um candidato da esquerda voltasse a Belém
A sua segunda tentativa, foi o fracasso já adivinhado, facer ao seu percurso político dos últimos anos. O PS não esqueceu as suas diatribes políticas contra o governo e a fvor dos populistas do BE.
Pagou tambem por isso. Pode passar-se para o BE, pois não faz falta ao PS.
Defensor Moura foi uma pequena lança no nosso sistema eleitoral, ficando bastante abaixo de Nobre que conseguiu angariar muitos votos aos descontes do sistema. Será que se vai recandidatar novamente?
O candidato do PCP, mais não fez que utilizar a sua velha cassete. O PCP neste momento, ainda não aderiu ao CD.
José Manuel Coelho foi um candidato simpático e crítico quanto baste para obter muitos votos de protesto
Os resultados destas eleições sforam a recondução de Cavaco Silva como Presidente da República, mas muita gente lhe vai voltar a lembrar dos casos das escutas, do BPN, da Universidade Nova, das reformas que acumula e das trapalhadas da sua casa do Algarve.
Alegre, para além de poeta que sempre foi, tambem não deixará de ser vaidoso, arrogante e impopular e a pergunta que se coloca é para que lado vai cair, dado que no PS, já não terá futuro.
O arruma a dialética política e dedida-se à escrita e à caça, ou vai ajudando Louçã, tentado-lhe dar uns poemas para este recitar em vez da sua habitual e costumeira lenga-lenga que nos tem habituado.
Cavaco ganhou e Manuel Alegre perdeu em toda a linha.
Não se esperava por outra coisa.
Cavaco Silva - números
O agora reeleito e estas eleições batem recordes
- Abstenção, votos nulos e brancos no topo de todos os actos eleitorais para PR
As eleições de hoje tiveram uma abstenção recorde em presidenciais - 53,37 por cento, com 99,75 por cento das freguesias apuradas (todas as do território nacional, restando 11 por apurar nos consulados no exterior). O resultado ultrapassa o da reeleição de Jorge Sampaio (50,29%), em 2001. Votos brancos e nulos também atingiram pico histórico.
- Votos para Presidente
Reeleição de Eanes (1980)
3 262 520
Reeleição de Soares (1991)
3 459 521
Reeleição de Sampaio (2001)
2 401 015
Eleição de Cavaco (2006)
2754 254
Reeleição de Cavaco (2011)
2 228 154
(são 530.000 votos a menos)
22 janeiro, 2011
Professores
Cerca de uma terça parte dos funcionários públicos, são professores. Ou dizem que são.
Muitos do ditos, andam a ganhar o soldo dos contribuintes.
Cada dia que passa se vem a saber os milhares dos ditos "professores" que andam acantonados pelas escolas. Pelos vistos, uns bons milhares nem cheiram as salas de aula.
Os contribuintes não podem continuar a suportar os custos de quem pouco ou nada faz em benefício do ensino.
Os 40 000 ditos que vão ser dispensados que tem andado todos estes anos a fazer.
O Estado não precisa dessas sanguessugas. Que se façam ao caminho e que trabalhem.
Não tem direito ao "emprego", tem direito a trabalho, se houver.
O Estado não pode continuar a subsidiar esta gente
"A Fenprof entende que só a mobilização e a luta dos professores serão capazes de travar as medidas do Governo, que poderão lançar no desemprego 40 mil docentes, declarou hoje o dirigente nacional João Louceiro."
Economistas
Polícias
Polícias com horário de empregados de escritório, só em Portugal.
Só agora se lembraram?
Esta da investigação ao BPN estar a sofrer com a "paralisação" dos polícias dá para rir.