05 janeiro, 2011
04 janeiro, 2011
Justiça
A bagunça que o processo Face Oculta tem demonstardo ser no interior da própria Justiça, vai continuar. Agora com outros intervenientes- arguidos e advogados.
Haverá ainda por aí alguem que acredite nesta nossa justiça?
"O procurador-geral da República (PGR), Pinto Monteiro, cumpriu à letra as indicações do presidente do Supremo Tribunal de Justiça, Noronha Nascimento, para destruir nos seus despachos sobre o caso Face Oculta - cuja instrução se inicia hoje, em Lisboa - as transcrições das conversas entre o primeiro-ministro, José Sócrates, e o ex-banqueiro Armando Vara. Pinto Monteiro não se limitou a rasurar ou a eliminar as passagens dessas conversas: as folhas dos autos foram retalhadas à tesoura nos sítios onde estavam registados os diálogos entre Sócrates e Vara. E foi com esses recortes que algumas folhas do processo chegaram à Comarca do Baixo Vouga e ao Tribunal Central de Instrução Criminal, em Lisboa."
Iva - mais 2,5%
Isso mesmo, lá pelas terras de Sua Magestade Isabel II.
Não têm o €uro, nem o FMI à perna, mas pelos vistos a Libra não tem ajudado muito.
Esperemos o que os nossos comentadores "politiqueiros" irão comentar.
"A subida para 20 por cento, que entra em vigor esta terça-feira no Reino Unido, segue a tendência geral europeia. O Governo britânico reconhece que a medida é “dura, mas necessária” – voltou hoje a dizê-lo –, e da oposição colheu reparos imediatos e a exigência de um pedido de desculpas aos britânicos."
O Sr. Alberto e o Sr. Silva
02 janeiro, 2011
José Niza escreve
Quando vamos ao sótão das memórias, às vezes acontecem surpresas gostosas.
Vou contar-vos duas.
Em 6 de Dezembro de 1982 redigi o texto de um telegrama-petição que foi enviado da Assembleia da República para o então Presidente do Brasil, General João Baptista Figueiredo.
O caso era o seguinte: o Sérgio Godinho – obviamente por motivos políticos, mas sob o pretexto de consumir maconha – estava há vinte dias preso, sem culpa formada, numa penitenciária do Rio de Janeiro.
Como os deputados também servem para estas coisas, redigi um texto muito diplomático e politicamente correcto, no qual, entre outras coisas, escrevi: "A injustificadamente prolongada prisão de Sérgio Godinho, de acordo com as notícias que nos chegam a Portugal, reveste-se de um conjunto de circunstâncias que nos levam a recorrer à alta intervenção de Vossa Excelência…
Mas também acrescentei: "Lamentamos manifestar a Vossa Excelência a nossa preocupação pelas eventuais consequências negativas que este caso poderá imprimir às relações entre os nossos Povos..."
Até aqui, nada de especialmente especial.
Mas o que é verdadeiramente impressionante é a lista e a qualidade dos deputados subscritores, de diversos partidos, que eu consegui reunir.
Vejam só alguns desses nomes: Almeida Santos, António Guterres, Manuel Alegre, António Arnaut, António Vitorino, Jorge Sampaio, Raul Rego, Marcelo Curto, Natália Correia, Nuno Rodigues dos Santos, Magalhães Mota, Teófilo Carvalho dos Santos, Helena Cidade Moura, José Manuel Mendes, Jorge Lemos, etc, etc.
Há semanas ofereci ao Sérgio Godinho uma cópia da petição com uma dedicatória onde escrevi: "No tempo em que ainda havia deputados…" E ele agradeceu. E concordou.
Nestas buscas de mil papéis com letras carcomidas pelas humidades do Inverno e pelos calores do Verão encontrei duas cartas do Zeca Afonso.
Uma delas é de Setembro de 1971 e o Zeca fala-me do disco que estava a preparar e que iria chamar-se Cantigas do Maio, o tal da Grândola e outras maravilhas. Finalmente ele tinha concordado com o que eu já há anos lhe dizia: que a encenação musical das canções tinha de ser enriquecida com outros instrumentos, com novas sonoridades, com novas concepções harmónicas e com arranjos mais elaborados. Para isso ele convidou o José Mário Branco, na altura exilado em França. Mas estava com medo. Com medo, porque não sabia o que o Zé Mário ia fazer e não queria romper com a simplicidade dos acompanhamentos anteriores. Et, pour cause, convidou-me para participar na gravação. Mas o que ele verdadeiramente tinha em vista dizia-mo na carta: "As tuas sugestões no que respeita aos trabalhos de estúdio
poderiam ser-nos úteis." Por outras palavras: "Se os gajos se espalharem tens de pôr ordem na casa." Mas não foi preciso. O trabalho do Zé Mário foi brilhante.
A outra carta é também de 1971 e foi-me enviada para Zau Évua, (*) no norte de Angola: eu estava numa guerra a sério e não propriamente a apanhar sol nas praias do Musssulo…
Dizia-me ele – no seu delírio lúcido – que ia cantar a Angola e a Moçambique e precisava que eu o acompanhasse à viola.
E então, era assim: "Se quiseres aparece, o que me daria uma enorme satisfação"… "Se tiveres possibilidade tomas um táxi aéreo ou segues de avião para Sá da Bandeira. Basta-te reservar bilhete e ou paga o exército ou o Rádio Clube de Huíla. Vê se te safas." E rematava: "Em Moçambique poderiam oferecer-te uma passagem, tocarias em Lourenço Marques e Beira! Que tal?" Como se vê, tudo fácil e nada mais simples: trocava a guerra pelas baladas e a tropa ainda me pagava as viagens! Ok chefe!
(*) O editor do Blog também esteve em Zau Évua, companheiro de José Niza no BCAC2877 de 1969(Julho) a 1971(Agosto)
Casa Pia – caça às bruxas
Há culpados, a sua maioria estarão fora do processo e nunca surgiram os seus nomes nos jornais.
Quem a partir do anos 70 conheceu o Parque Eduardo VII e as imediações da Casa Pia em Belém, sabe bem o que por ali se passou.
Este escritor tem muita razão.
"O "pânico moral" de uma rede pedófila que não foi provada e condenações decididas por "medo" são os ingredientes da "caça às bruxas" que o escritor Richard Webster associa ao processo Casa Pia num livro a editar em 2011."
Professores
Aproveitaram as férias (?) para preparar mais um ataque aos bolsos dos contribuintes.
"Os sindicatos da Frente Comum vão entregar, de amanhã até quarta-feira, "todas as providências cautelares" referentes às várias profissões da função pública, com vista a suspender os cortes salariais previstos pelo Governo." (Publico)
Cavaco Silva - candidato
"O candidato à Presidência da República, José Manuel Coelho, desafiou Cavaco Silva a afastar da comissão de honra da sua candidatura os administradores bancários que acusou de má gestão do BPN."