Assim mesmo e com muita razão.
Não foi ao Pontal, mas o homem anda mesmo por aí.
Assim mesmo e com muita razão.
Não foi ao Pontal, mas o homem anda mesmo por aí.
Deixou de férias a revisão constitucional?
Não consta até ao momento que haja algum desenvolvimento sobre o misterio da compra do penico.
O mistério continua.
Apenas se continua a falar sobre o tema, mas em surdina.
Sexta-feira, desde os tempos de Paulo Portas como jornalista, há bem pouco tempo, com o Sol e o IIII, era um bom dia para umas notícias bombásticas. Desta vez, nada.
Aguardemos
Por: José Niza
Há outra crise por dentro e por cima desta crise. Uma crise mais grave, mais injusta, mais nociva e mais profunda. Uma crise que não é de euros, mas de valores. Uma crise que não é de dólares, mas de princípios.
Os responsáveis políticos e a generalidade dos cidadãos aceitam passivamente – e às vezes até premeiam – a ostentação das injustiças e as agressões aos mais elementares princípios da decência.
Dou-vos três exemplos, entre mil.
Três milhões de euros por dia foi quanto lucraram o BCP, o BPI e o Banco Espírito Santo.
Em relação ao ano transacto, o crescimento dos lucros foi de 62 milhões de euros. Isto é, mais 14 %.
Mas será que tendo maiores lucros, estes bancos também pagaram mais impostos? Para qualquer modesto cidadão assim seria: quanto mais se ganha, mais o IRS aperta. Mas, para a banca, não.
É que, enquanto que em 2009, com menos lucros, esses três bancos pagaram 109 milhões de impostos, este ano – com a crise a doer para toda a gente excepto para eles – o valor do imposto entregue às finanças foi muito inferior: os lucros subiram 14 % e o imposto desceu 36 % !
Enquanto que qualquer uma das centenas de milhar de empresas que existem em Portugal paga 25% de IRC, os bancos pagaram 4 %. Repito: quatro por cento! É pornografia "hard core".
Percebe-se assim e agora, a razão pela qual os bancos citados passaram com distinção no tão dramatizado exame do STRESS. É justo, eles merecem.
Stressados mesmo estão os pobres dos seus clientes e depositantes. Esses é que levam diariamente com o stress em cima.
Primeira moral da história: quanto mais se rouba, mais prémios se recebem.
Segunda moral da história: o governo manda no País, e os bancos mandam no governo.
Como consequência do crime cometido e das suas responsabilidades nele, o presidente da BP foi obviamente demitido. Os prejuízos que causou rondam os 16 mil milhões de euros que a BP vai ter de pagar.
Mas, como prémio da sua criminosa incompetência, o ex-presidente, como bónus pelos excelentes serviços prestados, vai receber uma indemnização multimilionária. Tão gigantesca que, ao pé deste senhor, o eng. António Mexia da EDP – que recebeu de bónus 3.1 milhões de euros (620.000 contos, isto é, 1.700 contos por dia) – é um mísero pedinte.
É a estas coisas que os neo-liberais, como Pedro Passos Coelho, chamam "o funcionamento do mercado".
E "os mercados" funcionam tão bem que um despedimento por justa causa até rendeu ao pobre do trabalhador despedido umas escassas dezenas de milhões de compensação.
O curioso é que os dramáticos números do desemprego nos Estados Unidos da América também incluem desempregados como este!
Se um jovem "motard" se "esquecer" de pagar uma dúzia de litros de gasolina numa bomba da GALP, vai preso. Mas, quando a GALP subtrai a esse jovem metade do valor da gasolina, o seu presidente é condecorado no 10 de Junho.
Nos primeiros seis meses deste ano o petróleo desceu 4 %. Durante este mesmo período o gasóleo subiu 12 % e a gasolina 8 %!
Quando há dois anos o petróleo chegou aos 147 dólares, a gasolina subiu aos trezentos escudos (1,5 euros). Hoje o petróleo custa menos de metade – 74 dólares – e a gasolina é vendida a 1.4 euros (duzentos e oitenta escudos).
Como dizia o Guterres, "é só fazer as contas".
E não haverá neste governo alguém que tenha uma calculadora? (O Ribatejo)
O que conta agora é o que Duarte Lima pagou às Finanças, pelos mais de 5 milhões de Euros que arrecadou pelos serviços prestados a uma das herdeiras do homem das limas.
"Duarte Lima, enquanto advogado de Rosalina, terá recebido, em 2001 e em cinco tranches, mais de 5,2 milhões de euros. Esse dinheiro estava numa conta de Tomé Feteira na Suíça. Terá sido a antiga secretária quem fez as transferências para a conta do advogado, o qual, por sua vez, nada refere sobre este negócio, alegando que o caso está em segredo de justiça. A filha de Tomé Feteira diz que estas transferências de dinheiro, assim como outras detectadas noutros bancos do Brasil, foram ilegais, uma vez que terão sido autorizadas mediante a falsificação de assinaturas." (Publico)