13 agosto, 2010

Incendios

Alguem pode acreditar que por aqui não anda mão criminosa?

"Há 43 incêndios activos em Portugal, de acordo com o último balanço divulgado pela Autoridade Nacional de Protecção Civil (ANPC) no seu site, às 15:00. Destes, há 15 considerados «mais significativos»." ( IOL)

O mistério da compra do penico - I

Não consta até ao momento que haja algum desenvolvimento sobre o misterio da compra do penico.

O mistério continua.

Apenas se continua a falar sobre o tema, mas em surdina.

Sexta-feira, desde os tempos de Paulo Portas como jornalista, há bem pouco tempo, com o Sol e o IIII, era um bom dia para umas notícias bombásticas. Desta vez, nada.

Aguardemos

Jose Niza

Por: José Niza

Há outra crise por dentro e por cima desta crise. Uma crise mais grave, mais injusta, mais nociva e mais profunda. Uma crise que não é de euros, mas de valores. Uma crise que não é de dólares, mas de princípios.

Os responsáveis políticos e a generalidade dos cidadãos aceitam passivamente – e às vezes até premeiam – a ostentação das injustiças e as agressões aos mais elementares princípios da decência.

Dou-vos três exemplos, entre mil.

  1. Comecemos pelos bancos e com os números do primeiro semestre deste ano.

Três milhões de euros por dia foi quanto lucraram o BCP, o BPI e o Banco Espírito Santo.

Em relação ao ano transacto, o crescimento dos lucros foi de 62 milhões de euros. Isto é, mais 14 %.

Mas será que tendo maiores lucros, estes bancos também pagaram mais impostos? Para qualquer modesto cidadão assim seria: quanto mais se ganha, mais o IRS aperta. Mas, para a banca, não.

É que, enquanto que em 2009, com menos lucros, esses três bancos pagaram 109 milhões de impostos, este ano – com a crise a doer para toda a gente excepto para eles – o valor do imposto entregue às finanças foi muito inferior: os lucros subiram 14 % e o imposto desceu 36 % !

Enquanto que qualquer uma das centenas de milhar de empresas que existem em Portugal paga 25% de IRC, os bancos pagaram 4 %. Repito: quatro por cento! É pornografia "hard core".

Percebe-se assim e agora, a razão pela qual os bancos citados passaram com distinção no tão dramatizado exame do STRESS. É justo, eles merecem.

Stressados mesmo estão os pobres dos seus clientes e depositantes. Esses é que levam diariamente com o stress em cima.

Primeira moral da história: quanto mais se rouba, mais prémios se recebem.

Segunda moral da história: o governo manda no País, e os bancos mandam no governo.

  1. Se o crime ecológico e ambiental que a ganância da BP cometeu no mar, na costa, e nas praias dos Estados Unidos da América tivesse ocorrido em Portugal – ou na costa de um qualquer pequeno e pobre país africano – estou convicto de que a BP ainda não teria pago um cêntimo de indemnização a quem quer que fosse. O facto de lhe ter calhado em sorte um país como os Estados Unidos, e um presidente como Obama, foi o chamado "azar dos Távoras".

Como consequência do crime cometido e das suas responsabilidades nele, o presidente da BP foi obviamente demitido. Os prejuízos que causou rondam os 16 mil milhões de euros que a BP vai ter de pagar.

Mas, como prémio da sua criminosa incompetência, o ex-presidente, como bónus pelos excelentes serviços prestados, vai receber uma indemnização multimilionária. Tão gigantesca que, ao pé deste senhor, o eng. António Mexia da EDP – que recebeu de bónus 3.1 milhões de euros (620.000 contos, isto é, 1.700 contos por dia) – é um mísero pedinte.

É a estas coisas que os neo-liberais, como Pedro Passos Coelho, chamam "o funcionamento do mercado".

E "os mercados" funcionam tão bem que um despedimento por justa causa até rendeu ao pobre do trabalhador despedido umas escassas dezenas de milhões de compensação.

O curioso é que os dramáticos números do desemprego nos Estados Unidos da América também incluem desempregados como este!

  1. Com a ajuda de Durão Barroso e de Manuela Ferreira Leite, o governo de então transformou o sr. Américo Amorim no homem mais rico de Portugal e num dos mais ricos do mundo. O multimilionário da GALP – empresa que continua a viver sob a protecção do governo, ainda mais eficaz  que a protecção divina – não tem culpa de ser tão rico. Não fora ele, seria outro qualquer. Aliás, o homem não fez mal a ninguém: limitou-se a comprar acções que o governo PSD lhe vendeu ao preço da chuva e que hoje valem milhões de milhões. Num mundo financeiro em que tanto se fala de "comissões", seria de justiça que o PSD recebesse uma lauta e merecida fatia do dolo, isto é, do bolo.

Se um jovem "motard" se "esquecer" de pagar uma dúzia de litros de gasolina numa bomba da GALP, vai preso. Mas, quando a GALP subtrai a esse jovem metade do valor da gasolina, o seu presidente é condecorado no 10 de Junho.

Nos primeiros seis meses deste ano o petróleo desceu 4 %. Durante este mesmo período o gasóleo subiu 12 % e a gasolina 8 %!

Quando há dois anos o petróleo chegou aos 147 dólares, a gasolina subiu aos trezentos escudos (1,5 euros). Hoje o petróleo custa menos de metade – 74 dólares – e a gasolina é vendida a 1.4 euros (duzentos e oitenta escudos).

Como dizia o Guterres, "é só fazer as contas".

E não haverá neste governo alguém que tenha uma calculadora? (O Ribatejo)

Duarte Lima no rescaldo do homem das limas

O que conta agora é o que Duarte Lima pagou às Finanças, pelos mais de 5 milhões de Euros que arrecadou pelos serviços prestados a uma das herdeiras do homem das limas.

"Duarte Lima, enquanto advogado de Rosalina, terá recebido, em 2001 e em cinco tranches, mais de 5,2 milhões de euros. Esse dinheiro estava numa conta de Tomé Feteira na Suíça. Terá sido a antiga secretária quem fez as transferências para a conta do advogado, o qual, por sua vez, nada refere sobre este negócio, alegando que o caso está em segredo de justiça. A filha de Tomé Feteira diz que estas transferências de dinheiro, assim como outras detectadas noutros bancos do Brasil, foram ilegais, uma vez que terão sido autorizadas mediante a falsificação de assinaturas." (Publico)

12 agosto, 2010

Vila Fria

Onde andam os prometidos arranjos?

O Mistério da compra do penico


O mistério da compra do penico continua a ser conversa em todos os mais chiques restaurantes de Lisboa, frequentados habitualmente por políticos das mais variadas cores, empresário, banqueiros, escritores e alguns jornalistas. No Porto, não há café onde se coma uma francesinha que o tema da conversa não seja invariavelmente o mesmo. Nas casa de chá da Ilha da Madeira ou nas grandes festas noturnas dos bares e discotecas do Algarve, o tema da conversa é o mesmo.
Na falta de melhor tema, porque estamos no pino de Verão e as férias, apesar de tudo, são um espaço de tempo a ser gasto em descontração e diversão, a conversa da compra do penico, passou a lugar cativo e entrou sem rodeios nas mais requintadas tertúlias politiqueiras ou cor de rosa deste país.
Nas praisa, já se ouve o vizinho da toalha do lado a comentar a compra do penico.
Até nos transportes públicos, no Metro, nos comboios e cacilheiros se fala abertamente na compra do penico.
Contava-nos pesosa amigo que vindo do estrangeiro, onde esteve a trabalhar uns meses, soube da compra do penico, a bordo do avião que o transportava, numa conversa entre passageiros.
Até na tasca do Zé Maria, numa terriola perto de Freixo de Espada á Cinta, já se comenta a compra do penico.
Alguem já admitiu que americanos e russos já mandaram alguns homens da sua "inteligência" a Portugal, para averiguarem o que se passa com o mistério da compra do penico. Devem andar por aí, devidamente camuflados, para não serem detectados pelo nossos SIS.
Apenas se estranha que os mais importantes e habituais comentadores politicos, politólogos, economistas, banqueiros, fiscalistas, jornalistas, opinadores em geral e outros comentadores, não tenham até ao momento colocado o tema nas suas conversas ou textos.
Mas, o mistério da compra do penico, continua.

Duvidas

"As dúvidas do país têm que ver com o desemprego, com a superação da crise económico, com a defesa do ambiente que mais uma vez é atingido por uma vaga de incêndios, com o atraso do meio rural, com a competitividade externa, com a dependência energética, com a incapacidade das nossas escola de contribuir para a recuperação do atraso. Essas sim que são as dúvidas que governantes, líderes da oposição, comentadores e jornalistas devem colocar.

Eu não quero saber mais nada sobre o Freeport, não estou interessado nas respostas a dúvidas de procuradores com emprego certo e remuneração muito acima da média. O que quer saber é quais as dúvidas que Pedro Passos Coelho quer colocar e quais as respostas que ele próprio propõe. Se Passos Coelho e o PSD querem chegar ao poder devem fazê-lo com estas interrogações e não com perguntas alheias feitas por mentes doentias." ( O Jumento)

Magistrados

«Numa nota assinada pelos três magistrados do Ministério Público responsáveis pelo processo - a directora do Departamento Central de Investigação e Acção Penal (DCIAP), Cândida Almeida, e os procuradores Vítor Magalhães e Pães Faria -, os magistrados repudiam as notícias que vieram a público nos últimos dias a dar conta de alguma divisão na equipa.

«Repudiamos, desde já, todas as notícias e intervenções públicas que coloquem em causa o estrito cumprimento da lei e das funções que nos estão confiadas, exclusivamente subordinadas aos princípios da legalidade e objectividade, nomeadamente, as que dão conta de uma pretensa divisão entre os magistrados responsáveis pela investigação e sua superior hierárquica», refere a nota enviada à agência Lusa.

No documento, os magistrados sublinham ainda que, a propósito do caso Freeport, «foi lançada uma campanha de destruição da honorabilidade, do carácter e do profissionalismo dos magistrados responsáveis».

Na nota hoje enviada à Lusa, Cândida Almeida, Vítor Magalhães e Paes Faria sublinham que «trabalham e sempre trabalharam em equipa, permanentemente em cooperação, com lealdade e unidade de intervenção, em busca da verdade material, com o objectivo de deduzir o seu despacho final em concordância com a prova objectiva e legalmente obtida». » (O SOL)
Pior a emenda que o soneto.
Enquanto correu o marfim contra Socrates, deixaram que os jornais publicassem o que bem entendiam, não se preocupanto com com a honra de quem era difamado diariamente., agora como meninas virgens, subscrevem um comunicado repudiando notícias dos jornais.
Cuspiram para o ar e desta vez, tambem lhes calhou a eles.
Mas o importante não é só essa a questão, é o despudor com que vem a público tentar limpar-se de tanto mal que fizeram.
Não há comunicado que os limpe.

Ericeira

11 agosto, 2010

Professores - FENPROF

A orientação política do Ministério em acção.
A Lei do Bota abaixo tem que obrigatóriamente passar pelo professor (?) presidente da Fenprof.
O Acusador Mor diz e quer que eja Lei.

"A Federação Nacional dos Professores (Fenprof) acusou hoje o Ministério da Educação de “incompetência”, depois de identificar erros técnicos e irregularidades no concurso de colocação de docentes, exigindo o alargamento do prazo de candidatura" (Publico)

Periquita

Cascais - barragem da Ribeira da Mula

PSD – Mais um

Um Psd e advogado.

Que sina esta dos advogados se envolveram nestes negócios depois de passarem pela politica.

Mas que vício este de passarem a vida a "sacar" dinheiro e não declararem ao fisco.

Ninguem fala no assunto?

"Dinheiro estava na Suíça e terá sido transferido para a conta do advogado por Rosalina Ribeiro, que foi assassinada em Dezembro." (Publico)

Ferias, são férias

Pouco se sabe da maioria dos nossos politicos. Alguns inventavam uns jantares e umas reuniões para que no dia a dia fossem aparecendo nas televisões e jornais, com a declarações enfadonhas da praxe.

Tirando os folhetins habituais da Casa Pia, Freeport e Carlos Queiroz, a canícula mandou para férias tudo o resto.

Politicos, professores e juizes, estão a àguas.

Esperemos pelo inicio de Setembro.

Teremos a época tradicional das vindimas.

Será que este ano um de boa colheita?

08 agosto, 2010

Verão

Festa de Porto Salvo

Quinzinho de Portugal
In "Camara Corporativa)

Freeport


Será que alguém entende tudo isto?
Mas ninguém fala no que de mais importante se apurou ao fim deste tempo?
Apenas 2 arguidos, por tentativa de extorção'?
Tentativa… o que vai dar?
Absolvição certamente.
Quem pode acreditar nestes profissionais da Justiça?
O que se passou com o Apito Dourado – Pinto da Costa, Valentim Loureiro, Pinto de Sousa, árbitros e dirigentes, alguém se lembra de algum deste peresonagem ser punido com alguma severidade?
Morgado tomou conta dos processos e foi o que se viu. Nada.
Ainda queriam mais tempo? Para voltarem ao inicio?
Que vergonha.
"Em Fevereiro de 2009, a tensão entre os dois responsáveis pelo processo Freeport e Cândida Almeida era já visível.
Em Fevereiro de 2009, Vítor Magalhães e Paes Faria, os magistrados titulares do processo Freeport, não queriam que Cândida Almeida participasse no encontro de Haia com as autoridades inglesas, que foi central para relançar a investigação com a colaboração do Serious Fraud Office (SFO), apurou o DN junto daquela instituição.
A informação foi confirmada por uma fonte do colégio do Eurojust, o organismo Europeu que organizou o encontro entre portugueses e ingleses. Confrontado com esta informação pelo DN, o procurador Vítor Magalhães responde que "é verdade que eu sempre defendi, e continuo a afirmá-lo, que quem deveria ter participado na reunião de Haia eram Maria Alice Fernandes e Carla Gomes e não a Directora Cândida Almeida". O magistrado sublinha ainda que "ninguém conhecia melheor o caso do que a equipa de investigação de Setúbal".
Na reunião em Haia, e contrariamente ao que é regra nas mediações do Eurojust - onde estão presentes dois representantes por país - Portugal enviou a directora do Departamento Central de Investigação e Acção Penal (DCIAP), Cândida Almeida, acompanhada pelos magistrados Vítor Magalhães e Paes Faria, enquanto a PJ enviou
Pedro do Carmo e Moreira da Silva, directores adjuntos. Os ingleses fizeram-se representar pelo magistrado titular do processo e por um responsável do Serious Fraud Office (SFO).
Segundo apurou o DN, magistrados e polícias terão viajado separados, alojando-se em hotéis diferentes, sem nunca se reunirem previamente: enquanto os primeiros organizaram a viagem através do Eurojust e foram recebidos e acompanhados em Haia por Lopes da Mota, os segundos pediram apoio à delegação holandesa da Europol e só apareceram no encontro com os ingleses.
Quanto à reunião na sala do Eurojust, é descrita assim por Lopes da Mota: "Os ingleses tinham tudo preparado e conheciam o processo e o caso, quer na vertente inglesa quer no que dizia respeito às investigações em Portugal. Os nossos não tinham preparado nada e apenas se limitaram a dizer que estavam ali para ouvir", acusa, agora, em declarações ao DN, o então presidente do Eurojust.
O magistrado, alvo de uma sanção disciplinar por alegadas pressões para travar as investigações (ver texto ao lado), está em Portugal mas continua a recusar outras explicações acerca do processo.
Este foi, ao caso, o primeiro sinal público
de desentendimento entre os dois procuradores e a sua superior, Cândida Almeida - que tinha pouco antes chamado a si a responsabilidade máxima pela condução das investigações. Esta semana, com o despacho de arquivamento do processo (de parte, já que duas pessoas saíram dele acusadas), surgiram notícias de novos - e mais contundentes - desentendimentos. Ao caso, sobre o facto de José Sócrates, agora primeiro-ministro, e Pedro Silva Pereira, ministro da Presidência, serem ou não chamados a depor.
Ontem, citando os autos da investigação, o jornal Público dizia que os dois procuradores tinham mesmo pedido a Cândida Almeida para chamar os governantes, incluindo nesse requerimento as perguntas a serem feitas. Alegadamente, o pedido não teve resposta - a não ser quando o despacho de arquivamento foi conhecido.
Nessa altura, lia-se já a discordância como pública: os procuradores escrevendo que tiveram esse desejo, só não concretizado por falta de tempo; a directora do DCIAP respondendo que as eventuais respostas nada acrescentariam, face à ausência de matéria probatória contra Sócrates ou Silva Pereira.
Ontem, contactada pelo DN, Cândida Almeida nada quis acrescentar sobre essa notícia. Já o procurador Vítor Magalhães, questionado ainda antes da notícia do Público sobre a mesma matéria (a hipótese de ter prosseguido o inquérito, apesar dos prazos fixados pela Procuradoria-Geral da República), apenas acrescentou que "dado o momento e as circunstâncias" lhe foi impossível ir mais longe.
Mesmo assim, há quem defenda que, não obstante o prazo dado pela Procuradoria-Geral da República para a conclusão do inquérito ao caso Freeport, os magistrados Vítor Magalhães e Paes Faria podiam ter prosseguido a investigação.
Se os dois titulares do caso Freeport julgassem "que era necessário" ouvir o primeiro-ministro, poderiam ter solicitado a prorrogação do prazo a Pinto Monteiro - contornando a ausência de resposta ao pedido anterior.
A hipótese não é, porém, consensual. E em declarações TVI, esta semana, Vítor Magalhães disse até desconhecer a figura de prorrogação do inquérito." (DN)