16 março, 2010

Muita gente não gosta de ler estas verdades.

Uma cantina chamada Portugal
( O Jumento)

A direita portuguesa está convertida à defesa das pequenas empresas, Ferreira Leite agita a bandeira, Cavaco Silva teoriza sobre o assunto, Soares dos Santos critica as grandes obras e agora foi a vez de Belmiro de Azevedo a aceder ao speaker's corner do palácio de Belém para protestar contra o PEC e vir em defesa dos pequenos.

Não vou questionar a agenda de Belém, se foi Cavaco que convidou Belmiro ou se foi este que se fez convidado, todo o país reparou que a Presidência da República transformou o hall de entrada no equivalente nacional do "speaker's corner" do Hyde Park londrino, quem quiser falar mal do governo para os jornalistas sediados em Belém é recebido pelo Presidente e depois tem direito a cinco minutos de direito de antena, o primeiro convidado foi João Salgueiro, desta vez foi a vez de Belmiro de Azevedo, aquele que há poucas semanas designou Cavaco Silva por "ditador".

Curiosamente ou talvez não Belmiro introduziu um novo argumento no debate, a necessidade de promover o consumo, isto depois de ter proposto obras de proximidade em alternativa às grandes obras. Não deixa de ser curioso que o empresário que aposta em negócios de mão-de-obra barata e cujos empreendimentos comerciais são responsáveis pela destruição de milhares de pequenas empresas venha agora defender o aumento do consumo, o mesmo empresário que construiu em Portugal mega centros comerciais, alguns dos maiores da Europa, seja um opositor de grandes obras públicas.

Belmiro de Azevedo (Grupo Sonae) e Soares dos Santos (Grupo Jerónimo Martins) São responsáveis pelo encerramento de dezenas de milhares de pequenos negócios familiares, as estratégias agressivas das suas grandes superfícies são alimentadas pelo estrangulamento das pequenas e médias empresas do sector agro-alimentar, impõem-lhes baixos preços e ainda alimentam os seus planos de investimento à custa de prazos de pagamentos aos fornecedores próximos do absurdo. São estes os dois senhores que agora defendem os pequenos investimentos?

Compreende-se a sua preocupação com o aumento no consumo, só que no Pingo Doce até os amendoins da marca branca são importados da China, aliás, fala-se por aí muito mal das lojas chinesas mas ninguém diz que os maiores "comerciantes chineses" deste país são precisamente Belmiro de Azevedo e Soares dos Santos.

Não deixa de ser curioso ver os grandes empresários, monopolistas ou oligopolistas nos sectores em que investem, virem agora defender que "small is beautiful". É evidente que não lhes interessa investimentos em tecnologia que signifiquem uma aposta no longo prazo ou em grandes projectos que impliquem a importação de tecnologia. Para eles é mais lucrativo importar tudo da China, desde amendoins a camisas baratas, do que importar a tecnologia do TGV de um país europeu, para eles é estrategicamente mais interessante apoiar pequenos investimentos de mão-de-obra barata que vá comprar aos seus hipermercados do que investir em empresas tecnológicas cujos quadros tenha padrões de exigência acima do oferecido pelos hipermercados Continente.

Isto significa aplicar ao país a lógica da cantina da grande fazenda africana, onde os trabalhadores mal recebiam os ordenados iam pagar as dívidas do mês anterior e comprar a crédito para o mês seguinte. Se Belmiro conseguisse converter o país numa imensa cantina colonial asseguraria ao grupo SONAE a possibilidade de continuar a crescer segundo um modelo de mão-de-obra pouco qualificada, seria a cantina de um país transformado numa imensa fazenda colonial.

Tiro no pé ou Lei da Rolha

Custa a acreditar que cada um dos candidatos a Primeiro Ministro pelo PSD não se tenham insurgido antes das votações que aprovaram a Lei da Rolha.

Estavam distraídos e não leram as propostas de Santana Lopes de alteração aos estatutos? É grave.

Deixar passar para não criar conflitos entre os presentes, como poderá ter acontecido, tambem não é nada saudável para todos eles que querem ser os "mandões" de Portugal.

Há hipocrisia de sobra em todos eles.

Ferreira Leite que queria meter a democracia por 6 meses no frigorifico, foi mais consequente – concorda com a Lei da Rolha – e lá saberá porquê.

Não a conseguiu aplicar no país, sempre a vê aplicada no seu partido.

Vamos ter conversa que vai dar pano para mangas durante uns tempos e, lá se vão para a as filas de trás deste palco da polítiquisse portuguesa o Freeport e a Face Oculta.

Alguns jornais vão vender muito menos papel

15 março, 2010

Cavaquismo

Cavaquismo ?

Foi assim que nasceu o cavaquismo, com a famosa rodagem do automóvel novo de Cavaco Silva, faz parte da matriz genética deste grupo. Essa gente não é nem de direita nem do centro, nem liberal ou social-democrata, apenas querem exercer o poder sem se esforçarem muito para o alcançarem. Pergunte-se a alguém se sabe quem são os vice-presidentes de Manuela Ferreira Leite ou informem-se sobre quantas horas dedicaram alguns dos seus vice-presidentes durante a última campanha eleitoral.

Com a crise financeira reapareceram em cena, até foi notícia o envolvimento dos agora desaparecidos assessores de Cavaco Silva na eleição e, mais tarde, na elaboração do programa do PSD, esse envolvimento chegou ao ponto de um braço direito do PSD ter lançado suspeitas de escutas a Belém, o que encaixava na perfeição no discurso da asfixia democrática. Ainda se animaram com o resultado das eleições europeias, mas mal se aperceberam de que iriam ser derrotados nas legislativas desapareceram.

Bem tentaram empurrar Marcelo Rebelo de Sousa na esperança de encorajar Cavaco Silva a provocar uma crise logo que a Constituição lhe permita dissolver o parlamento, até programaram um inquérito parlamentar da treta para encenar o golpe. Mas Cavaco deve ter conhecido o resultado das sondagens e deu uma entrevista em que disse tão pouco que parece ter engolido um bolo-rei virtual enquanto a Judite Sousa lhe fazia perguntas.

Com a divulgação das sondagens Marcelo percebeu que iria perder tempo. Até porque Marcelo já percebeu que o caso Freeport vai virar-se contra os que como ele o usaram para tentar derrubar José Sócrates e que o caso Face Oculta não passou de uma tentativa de golpe de estado desajeitado. Percebeu também que depois das intervenções de personalidades como Paes do Amaral e Ângelo Paupério na Comissão de Ética do parlamento o inquérito parlamentar está condenado a ser um fiasco.

De resto, Marcelo é mais eficaz a fazer oposição em programas televisivos, pode disfarçar-se de comentador desinteressado e ainda é pago, além disso, se como comentador não consegue vencer Sócrates dificlmente o conseguira enquanto líder partidário.

Os cavaquistas fizeram como o piloto da anedota que se embrulhou com a hospedeira e entregou os comandos do avião ao macaco, os nossos iluistres cavaquistas meteram uma palhina no rabo de Paulo Rangel que até ficou todo animado e foram à sua vida, regressarão quando o regresso ao poder for quase certo, como sucedeu com Durão Barroso. (O Jumento)

Belmiro de Azevedo

Belmiro Dona de Casa

"Sou especialista em ter os pés na terra e acho que se deve gerir o Orçamento como qualquer dona de casa faz, poupando", disse o gestor, sublinhando que "é necessário favorecer o consumo". (JN)

O Tintol é que está a dar

"10 medalhas para vinhos tintos do Tejo em concurso internacional" (O Ribatejo)

Avante

Continua a malhar em ferro frio.

Recordar o 11 de Março, que passou completamente despercebido este ano.

Quem passou por ele, pode testemunhar o que teria acontecido a este pais se o PCP tivesse controlado o país como queria.

"As consequências da política de direita que nos últimos 34 anos serviu a restauração capitalista estão a mostrar que, no actual contexto de crise, a existência de um sector público forte e capaz de retirar o País do declínio, dos défices estruturais e da dependência estrangeira, mantém-se com aguda actualidade" (Avante)

Face Oculta

Um dos arguidos já saltou fora.

"Auditoria absolve arguido do 'Face Oculta'"

( DN )

Fugiu da PSP, porque andava por alí fazendo alguma obra de caridade e não queria que as autoridades policiais viessem a saber. Ouviu os disparos e as buzinas da PSP, mas pensava que estava nas festas do Santo António de Lisboa ?

Se um "artista" destes, na sua fuga provocasse um acidente com mortes e feridos, como seria a sua responsabilidade.

A Pólícia tem que fazer o ser trabalho.

"Um condutor foi morto a tiro por um agente da PSP, na madrugada desta segunda-feira, depois de não ter parado numa operação stop montada perto das Docas de Santo Amaro, Lisboa.

A polícia partiu numa perseguição ao fugitivo, que só terminou pelas 05h00, na Travessa de São Domingos, junto aos Pupilos do Exército.

Um dos agentes, que seguia numa carrinha das Equipas de Intervenção Rápida, efectuou dois disparos para o ar e um na direcção dos pneus do carro, tendo esta última bala perfurado a chapa do veículo e atingido mortalmente o condutor pelas costas. "
(CM)

Lei da Rolha

Acabou o Congresso, começou logo a habitual cena de corte e costura.

Uma distração na aprovação da norma?

Aguiar Branco, Rangel, Passos Coelho, António Capucho e Mota Amaral, já andam por aí dizendo que não vão aplicar a norma estatutária ( o que é grave, pois todas as normas, boas ou más, depois de aprovadas são para ser cumpridas), que duvidam da constitucionalidade, etc.

A procissão só agora saiu do adro.

Submarinos

Negócio corrupto que se cancelado daria mais de mil milhões de "lucro" ao Esatdo.

«O Estado não pode ter dúvidas e certamente que será respaldado pela Comissão. Certamente que o presidente da Comissão não quererá criar suspeitas sobre um contrato que foi negociado no tempo em que foi primeiro-ministro; certamente que a Alemanha não protestará, porque não há corrompidos sem corruptos e empresas alemãs estiveram envolvidas neste negócio absolutamente corrupto». (IOL)

Marcelo

Ontem ele sabia que o PSD ainda não se encontrou

Desde há muito que Marcelo quer ser Presidente da República.

Helena Matos escreve assim:

a 1) Existem em todos os partidos. São os homens que estiveram para ser. Como Jaime Gama, que desistiu horas depois de ter aceitado substituir António Guterres. Outros que não quiseram ser, como Amaro da Costa, que convenceu Freitas do Amaral a liderar o CDS. E outros ainda, como Salgado Zenha, que só demasiado tarde percebem que se enganaram quando usaram o seu talento para que outros fossem líderes.

Mas nenhum desses casos se equipara ao de Marcelo Rebelo de Sousa. Ele é o homem que podia ter sido tudo, que até à data deste congresso ainda podia ser quase tudo e que, ano a ano, tem visto as possibilidades irem minguando.

Cavaco Silva, muito menos eloquente do que ele, tornou-se Presidente da República deixando-o fora de uma corrida a Belém.

Durão Barroso, que saneava professores quando ele, Marcelo, já era um nome no Direito e nos jornais, tem hoje um reconhecimento internacional que Marcelo já não conseguirá.

E agora um Passos Coelho ou um Rangel, contra os quais ele, o senador, já não pode arriscar uma derrota, tornar-se-á provavelmente no próximo primeiro-ministro. E, contudo, ele, Marcelo, fez um dos melhores, senão o melhor, discurso deste congresso.

Mas afinal quem é Marcelo Rebelo de Sousa?

O comentador com mais audiência.

Um excelente professor.

Fundador e líder de um partido.

Mas nada disto é suficiente para explicar a familiariedade, mais do que popularidade, do homem que os portugueses conhecem como "professor Marcelo".

Nos 5.707.961 alojamentos que, segundo a Pordata, existem em Portugal ele poderia entrar em todos e pendurar o casaco com a naturalidade de quem é um pouco lá de casa. E é.

Ele é talvez o mais português de todos os portugueses: alguém que poderia ter sido quase tudo o que ambicionou mas no momento de avançar ficou preso das suas palavras. (Publico)

Empresas e empresários de sucesso - gatunos

"A Direcção-Geral das Contribuições e Impostos (DGCI) está a notificar mais de três mil empresas que descontam o IRS aos seus trabalhadores e não o entregam nos cofres do Estado para regularizarem a situação" (Publico)

Freeport

Agora temos o CM e colocar novamente na liça o Freeport.

A carta de que fala o artigo do CM, devia estar escondida no Palácio da Rainha de Inglaterra e só ao fim deste tempo todo foi descoberta.

Falamos na nossa Justiça e com razão. Os Ingleses já mandaram o processo às urtigas,

Os portugueses, devem gostar do vái e vem de Lisboa Londes e Volta.

Será que algum dia vão ser contabilizados os custos deste processo? Serão pedidas responsabilidades a alguem?

Os mesmos magistrados que falaram das pressões, afinal foram eles próprios pressionados pelo Sindicato do Sr Palma, aquele mesmo que foi chamado a Belem por Cavaco Silva.

Pasados estes anos, surge uma carta, que já foi passada a pente fino e que embora fale em nomes, a investigação Inglesa sabe que não houve pagamento de luvas. O que querem os procuradores portugueses?

"De acordo com o mesmo jornal, o documento manuscrito foi feito por Rick Dattani, adjunto de um dos administradores do Freeport, responsável pelo projecto de Alcochete. Os três nomes constam de um papel com alusões ao pagamento de subornos de cerca de 2,2 milhões de euros e foi feito em Dezembro de 2001 na sequência de uma conversa entre Dattani e Charles Smith, o intermediário entre os ingleses do Freeport e o Governo português no processo de licenciamento da superfície comercial.

O documento, segundo o "Correio da Manhã", chegou à investigação no final de 2009 e Dattani já terá confirmado a sua autenticidade, ainda que tenha dito que o pagamento previsto não se chegou a concretizar. A carta que agora surge pode inviabilizar que o inquérito ao caso fique concluído ainda este mês e levanta de novo a hipótese de o primeiro-ministro ser inquirido formalmente. O mesmo poderá acontecer com Pedro Silva Pereira.

A coordenadora da Polícia Judiciária de Setúbal, Maria Alice Fernandes, questionou os magistrados Vítor Magalhães e Paes Faria sobre se o facto de o documento envolver o nome do primeiro-ministro não implica uma intervenção do presidente do Supremo Tribunal de Justiça. Contudo, os magistrados consideraram que se trata de uma eventual intervenção de Sócrates ainda enquanto ministro do Ambiente. Ainda assim, a carta seguiu sem o nome dos três políticos com a justificação que a investigação tem seguido o rasto do dinheiro e não pessoas em concreto"
( Publico)

PSD – Congresso e D Sebastião

Não terá sido desta que o PSD gerou o seu D. Sebastião.

O cadeado colocado na "liberdade de expressão" aos militantes do PSD veio demonstrar do medo que o PSD tem pelas críticas. E serão muitas dentro do partido.

Vamos aguardar que as brumas que ontem começaram a pairar sobre os candidatos se dissipem no dia em que um deles for eleito, para saber se o tempo de novas trovoadas estará perto ou longe.

14 março, 2010

Liberdade de expressão

Desta vez será o PPD a ser ouvido na comissão de ética?

Bem prega Frei Tomás…

O Convento de Mafra ficará para sempre ligado à asfixia democrática. O Congresso do PSD, proibiu a liberdade de expressão aos militantes sociais-democratas. Já ninguém pode criticar os seus dirigentes. Assim se percebe melhor o que se tem passado na Comissão de Ética e o que se vai passar na Comissão de Inquérito.

Comissão de ética

Quem com ferros mata...

Emidio Rangel, escreve:

«Os depoimentos arrasaram a tese de interferência do Governo no negócio PT/TVI e reduziram convicções a pó.

Quem inventou a Comissão de Ética não se lembrou do chamado "efeito de boomerang". A Comissão de Ética devia ter acabado os seus trabalhos há duas semanas, antes de Granadeiro, Zeinal Bava e Ângelo Paupério terem ido depor, esfrangalhando a tese da existência de um plano para controlar a Comunicação Social. Agora já é tarde, porque esses depoimentos arrasaram a tese de que o Governo teve interferência no negócio PT/TVI e reduziram a pó convicções e insinuações de meia-dúzia de jornalistas sem escrúpulos.

A comissão de inquérito, criada para prolongar no tempo o efeito de desgaste do primeiro-ministro, que, afinal, se prova ser o único objectivo que interessa, está comprometida antes mesmo de começar o seu trabalho. O BE e o PSD (estranha aliança!?) vão ter de engolir a mistela envenenada que prepararam. Foi espantoso e valente ouvir, de forma categórica, as declarações de Granadeiro de que não recebeu indicações do Governo para comprar 30% da Media Capital, tal como foi interessante perceber que, afinal, em governos anteriores, a sua demissão foi forçada porque pretendiam varrer do mapa três directores de jornais. E tinham um plano para criar uma central de informações na dependência do Governo de então. Foi impressionante ouvir Zeinal Bava dizer que a compra de 30% da TVI era um negócio importante e explicar que a PT considera esse 'casamento' vital para a sua expansão e que não tinham de consultar o Governo nem o fizeram.

Foi engraçado ouvir o presidente da Sonaecom desmentir José Manuel Fernandes, ouvir o presidente da TVI contradizer José Eduardo Moniz e a sua mulher, à semelhança do que fizera Pais do Amaral, explicitando a diferença entre "Directores sérios" e "Directores sem escrúpulos". A verdade é que os supostos envolvidos neste mirabolante processo foram categóricos a desmentir as acusações feitas ao primeiro-ministro, e os acusadores não conseguiram ir além das suposições, convicções e opiniões. Entretanto, o PS sobe nas sondagens, estando perto da maioria absoluta. Sócrates tem de começar a pensar na próxima campanha que lhe vai ser movida, uma vez que a presente já está a ser desmontada. O Bloco tem de procurar razões para justificar uma queda de 50% nas sondagens.

P.S. – José António Saraiva, apesar do meu desmentido, fez ouvidos de mercador. Não se retractou. Assim sendo, não há alternativa. Vai ter de provar em tribunal que eu fazia parte do 'polvo' que descobriu "fora de água".»

[Correio da Manhã]

Congresso(?) do PSD

Nunca mais era sábado ...

«Enfim, o fim-de-semana! Há ano e meio que sou metralhado com o Governo do engenheiro de domingo. Além de gatuno no Freeport. Bem, não era bem ele, era o tio. Ou o primo? Mas as casas eram dele, mal desenhadinhas. E por falar em casas, não é que ele comprou o apartamento mais barato que o do 4.º esquerdo? Ou, se não foi ele, foi a mãe. Mas o mais grave, mesmo, é a asfixia. Quer-se falar e não se pode. Nem do telefone de Belém. Um sufoco. Os jornalistas têm medo. A PT até mete milhões para calar a pivot. E se não consegue, a Ongoing vai à volta e mete milhões para calar o marido da pivot. E o próprio chefe do plano põe-se a mandar calar directores em conversas de uma hora. Tanto inglês técnico e não sabe dizer: "No!" Mas continua a asfixiar, até à mesa do hotel. E há o Freeport. Sim, já tinha falado dele, mas agora já há as provas todas. Só que a nova TVI fecha-as à chave... Dou de barato. O homem talvez até minta (embora, essa eu duvide: onde já se viu um líder português mentir?!). Seja. Ele é tudo isso. Mas para esse tudo a democracia inventou um remédio: a alternativa. Por que raio os da alternativa não arranjaram um fim-de-semana mais cedo (houve 78, em ano e meio)? Estranho não se apressarem a salvar o país. Mas está bem, também dou de barato: este fim-de-semana é que é. »
Ferreira Fedrnandes escreve no
[Diário de Notícias]

12 março, 2010

Escutas

São mesmo assim...

Se um mero mail ia fazendo com que Cavaco Silva fosse despachado para Boliqueime o que seria se os portugueses em vez saberem apenas o que a Felícia Cabrita ou a Manuela Moura Guedes querem que se saiba, soubessem de tudo? Ou será que só o José Sócrates é que fala? Enfim, todos falam e só o pardal é que é gravado... (O JUMENTO)

TVI muda de mãos – Socrates onde estás?

""Na sexta-feira passada, um fundo norte-americano, o Liberty Acquisition, adquiriu a maioria do capital da Prisa e, em consequência, da TVI.

O país político vive há muitos meses, anos mesmo, nas nuvens, perdido nos labirintos das inutilidades em que se concentra, distanciando-se cada vez mais do país real (aquele que numa sondagem, hoje divulgada, da Universidade Católica, dá 41% de intenções de voto no Partido Socialista). Há meses que o país político concentra a sua atenção num negócio entre empresas privadas, como se o destino dos portugueses daí dependesse: a compra pela PT de 35% do capital da TVI à Prisa. O Parlamento esgota-se em Comissões de Ética e em Comissões de Inquérito à procura do "pecado original". Até Presidente da República, na entrevista de ontem, disse, com ar cândido: "numa sociedade democrática a compra de uma televisão não pode deixar de ser transparente. Não só não pode acontecer sem o conhecimento do governo, como sem o conhecimento da opinião pública. Deve ser uma operação muito transparente". Enquanto o país político se entretém, na sexta-feira passada, um fundo norte-americano, o Liberty Acquisition, adquiriu a maioria do capital da Prisa e, em consequência, da TVI. Para tal, não foi necessário o "conhecimento do governo", nem o "conhecimento da opinião pública". As regras de mercado não se compadecem com a hipocrisia política reinante. "" (Expresso)

Já tinhamos dado conta.

Aqui está.

Mais uma comissão de inquérito?

11 março, 2010

Submarinos à venda

Cravinho, desde que foi para o "bem bom" dum tal banco em Londres ou num outro local qualquer, sempre surge com umas dicas. Não quer ficar esquecido.

Desta vez trouxe esta.

O que vai dizer Paulo Portas?

O processo de averiguações das "luvas" pagas a alguem pela venda dos ditos ainda anda por aí, sem nada se saber. Os submarinos tem a vantagem de se camuflarem a muitas milhas da superfície, talvez por isso ainda não tenham sido apanhados nos radares da Felícia Cabrita.

«Cortar 750 milhões na Lei de Programação Militar (LPM) a eito pode ser uma coisa complicada.  Por que não encarar medidas a sério? Isto é, rever a lógica da LPM em relação às missões essenciais que as Forças Armadas devem ao Estado e, nessa revisão, porque não encarar a hipótese de vender os submarinos», sugeriu esta quinta-feira na
Rádio Renascença.