22 fevereiro, 2010

José Niza escreve

"Segundo o "Sol" e alguns pasquins ejaculadores do seu veneno, o tentacular plano abrange o domínio dos mais importantes órgãos de comunicação social do País: a SIC, a TVI, o Expresso, o Público, o DN, o JN, o Correio da Manhã, o Record, a Visão, a Sábado, a Caras ou ainda algumas emissoras de rádio. Tudo isto e muito mais, estaria no "rol de compras" do poder. (Só não perdoo é que este nosso jornal O Ribatejo tenha ficado de fora: acho isso uma inqualificável exclusão!).

A esta delirante congeminação falta acrescentar dois pormenores: 1º.- O custo desta montanha mediática rondaria – mais coisa, menos coisa – umas míseras dezenas de biliões de euros; 2º.- Proibindo a Lei e os costumes que o Governo entrasse no negócio, quem seria o comprador?

 Quem veja televisão, ou passe por um quiosque de jornais e leia os títulos, ficará estupefacto: o que é que se passa? Existe mesmo um tenebroso plano de controlo dos media por parte do Governo?

2.

Para começar, é certo que nenhum português com sanidade mental dentro dos limites da normalidade acredita em tenebrosos planos como este. As pessoas sabem distinguir entre a liberdade de informar e a libertinagem de acusar. As pessoas sabem distinguir entre o jornalismo das canetas honestas e o jornaleirismo de sarjeta, sórdido, nojento e doentio. Do lado de fora da barricada da verdade acantona-se uma escória de escribas e falantes, os crespos, os saraivas, os fernandes, os monizes, as manelas, as cabritas. Do outro, gente respeitada e prestigiada como Miguel Sousa Tavares, Ferreira Fernandes, ou o meu velho amigo Daniel Proença de Carvalho que numa entrevista ao "i" considerou toda esta tramóia "um plano tão estúpido, tão absurdo e tão irrealizável" que não passa pela cabeça de ninguém. Por seu lado, Miguel Sousa Tavares, no último Expresso, declarou "o nojo que (lhe) causa a revelação de "verdades" arrancadas à custa da divulgação de conversas telefónicas ou presenciais privadas, do atropelo sem vergonha ao segredo de justiça"…, e ainda que "uma vez declaradas sem interesse para a investigação, as escutas só servem para o "voyeurismo jornalístico" ou para os "julgamentos populares". Finalmente Ferreira Fernandes sentenciou que "naquela edição do Sol não estava lá nada sobre o assunto".

Quando a desagregação das mentes e o delírio vingativo das ideias chegam ao ponto a que chegaram, o único e último recurso é chamar a Psiquiatria. (Até porque a Justiça, já nem se faz respeitar, nem é cumprida). Passemos ao essencial.

3.

Há anos que Sócrates tem vindo a ser acusado de tudo e mais alguma coisa: que era homossexual, que tinha um diploma falso, que não era engenheiro, que tinha recebido luvas do Freeport, que tinha mandado fazer escutas a Cavaco e, finalmente, que tinha engendrado um plano maquiavélico de controlo da comunicação social. Apesar de tudo isto os portugueses deram-lhe duas vitórias eleitorais. Umas atrás das outras, as suspeitas e acusações foram caindo. Mas, mal uma caía, logo outras renasciam. O caso Face Oculta – uma negociata de ferros-velhos, sucatas e corrupções – converteu-se, por golpe de magia, num "escândalo" de controlo dos media. Tudo isto, para além de delirante, é maquiavélico. Mas há aqui um "esquema": estas coisas não acontecem por acaso.

Quando, no congresso do PS e noutras ocasiões, Sócrates "chamou os bois pelos nomes" e denunciou os "jornalistas" que o perseguiam com mentiras, calúnias e injúrias, o Primeiro Ministro reagiu como um cidadão comum que se sente acossado e injustiçado. E, se o fez publicamente e à luz do dia, foi porque pratica a lealdade e a frontalidade: "Quem não se sente, não é filho de boa gente"! Ou será que em Portugal todos têm direito à indignação excepto o Primeiro Ministro?

Vamos agora à raiz das coisas.

4.

Na órbita deste delírio jornalístico há oportunismo (se não mesmo cumplicidades). Refiro-me a políticos que cavalgam esta onda como Paulo Rangel, que não teve pejo em colocar de rastos a imagem de Portugal na Europa, ou Aguiar-Branco, líder parlamentar do PSD e simultaneamente presidente da assembleia geral da Impresa, proprietária da SIC, Expresso, Visão, etc. (Se fosse alguém do PS…)

P.S. –

No sábado, o Expresso divulgou uma sondagem que espantosamente ninguém comentou: o PS subia para
38 %, mais do que nas eleições; o PSD descia para 26 %; e Sócrates aumentava a sua popularidade em 2 %. Decididamente, o Zé Povinho já percebeu tudo. E está-se marimbando para tanta maquinação (O Ribatejo)

Operação Furacão

Desde 2004 e nada de sabe.

Fugas de informação atravês do tunel do segredo de justiça, nada.

Pode ser coincidência, mas que é estranho, lá isso é?

o DCIAP, anunciou que haverá 13 processos, com mais de 500 acusados, no âmbito desta operação.

A sua "gravidade não nos permite arquivar, porque são os que levaram os outros, com pouca culpa, a fugir ao fisco, são os promotores da fraude fiscal: essencialmente bancos e gabinetes de advogados".

Vamos esperar para ver, quais são os tubarões que andam a navegar neste imenso mar da fuga aos imposto.

Ilha da Madeira

Com ou sem Jardim, a Madeira merce o apoio e solidariedade de todos os portugueses, mesmo dos "portugueses Cubanos"

21 fevereiro, 2010

Política - a porca

Blogs


Passa a ser um vício, dar uma "volta" pelos blogues.
 Fica-se a saber a saber, em síntese, muito e do melhor se que passa em termos políticos  nosso burgo.
Passou a ter para nós, mais prioridade que passar em desperdício de tempo, horas a ver e a ouvir, sistematicamente e por mais de 24 horas, as mesmas notícias nas diversas estações da TV.
Uma grande maioria dos nossos jornalistas teriam muito que apreender sobre a maneira e o modo de escrever, ilustrar ou interpretar muitas notícias e informações, passando algum tempo neste exercício.
Um bom exemplo do poder de síntese:
""Em todas as épocas apareceram «iluminados».
No dia em que um «iluminado» (ou um grupo de «iluminados») puder alterar as consequências de resultados eleitorais com o argumento de que o «povo se enganou» sem se recorrer a novas eleições, nos termos constitucionais, lá se foi a democracia; No dia em que um «iluminado» (ou um grupo de «iluminados») puder desrespeitar impunemente decisões judiciais com o argumento de que o «juiz se enganou» ou que «estão todos feitos uns com os outros», sem recurso à hierarquia judicial, lá se foi o Estado de Direito; no dia em que não houver democracia, nem Estado de Direito; lá se foram as liberdades. Em todas as épocas apareceram «iluminados» com «boas intenções». Sabemos quais foram ""- (hojehaconquilhas)
    

Lisboa - azulejos

20 fevereiro, 2010

O Sol do Saraiva

O que diz Rangel desta triste figura do jornalismo

"O pequeno grande arquitecto Saraiva escreveu ontem um artigo inqualificável no luminoso Sol: de José Miguel Júdice a Daniel Proença de Carvalho, passando por Henrique Granadeiro e Marinho Pinto, meio mundo é acusado de, a mando de Sócrates, pretender dominar os media, aquilo a que Saraiva chama o polvo. Emídio Rangel qualifica a crónica (ou será o cronista?) de Saraivada infame e desmonta-a de uma penada. Depois de dizer que "José António Saraiva faz jornalismo como fez arquitectura, mal", Rangel conclui:

Sou independente, penso por mim, o meu passado à frente da TSF e da SIC mostram à saciedade como sempre prezei os valores do bom jornalismo. Estou de mãos limpas e não tenho telhados de vidro. Posso por isso repetir que José António Saraiva é um caluniador que escreve a verdade ou a mentira com a mesma displicência, um militante da insídia sem nenhum respeito pela honra e dignidade das pessoas. Não está, de certeza, ao serviço das boas causas do jornalismo.' "" (Camara Corporativa)

Lisboa - porta de prédio

Pormenor de porta de entrada de prédio antigo

Caça as Bruxas

Um dia acabarão caçadas

A acusação de tentar interferir na orientação editorial de uma cadeia de TV através de orientações dadas a uma empresa sob tutela governamental é muito grave. É suficientemente grave para ser levada a sério por toda a gente: acusado, acusadores e espectadores. É suficientemente grave para, desde logo, não ser feita sem indícios e intuitos sérios. É suficientemente grave para ser apreciada com gravidade.
Mas nas primeiras audições parlamentares sobre liberdade de informação, anteontem, ficou claro que ninguém ali parece levar a acusação a sério. Ou que ninguém ali acha que se trata de uma acusação séria (talvez porque ninguém ache realmente mal governos interferirem na comunicação social, excepto se forem os governos dos outros?). Assim, convocou-se um pivot de uma TV privada que se queixa de que um jornal privado lhe censurou uma crónica na qual basicamente contava que lhe contaram que o primeiro--ministro, à conversa com um terceiro num restaurante, lhe teria chamado doido (ou maluco?). Em declarações anteriores, o pivot assumira ter decidido não publicar a crónica quando o director do jornal lhe vocalizara por telefone as suas dúvidas sobre ela. No Parlamento surgiu uma nova verdade: foi o director a decidir a não publicação. O pivot lembra-se tão mais perfeitamente quanto estava com a mulher na cama a ler um livro de Mailer sobre Hitler e o telefonema do director do jornal lhe evocou "a banalidade do mal", expressão de Hannah Arendt a propósito do nazismo.
O mal, pois: o pivot garante que o telefonema do director do jornal é uma "censura" por "interferência governamental". Em duas horas de audição parlamentar em directo na TV, ninguém lhe exige que o prove. Exigir ou até solicitar explicações, justificações, factos, é, ficámos a saber, coisa de nazis, não de gente de bem. Muito menos de deputados. Ou jornalistas: no mesmo dia foi notícia um blogue criado para apoiar o PS nas legislativas. Um dos membros passou aos outros mails de "assessores governamentais" com informação sobre actividade do Governo e respectivo argumentário. "Governo montou rede de apoio na Internet"/ "Campanha com meios públicos", dizem duas páginas de jornal que se eximem de explicar por que motivo assessores governamentais não podem responder a pedidos de informação ou participar em campanhas ou até em blogues. Para quê? É mais uma corajosa denúncia da "rede tentacular do Governo", seguida ontem pela revelação de que o tal membro do blogue que recebia os mails foi contratado pelo Governo (muitos meses antes de o blogue começar) para, como economista, fazer um estudo qualquer. Caramba, querem mais quê? Seja quem for que trabalhe para o Governo ou troque mails com pessoas do Governo ou se atreva a "defender" o Governo, está na tramóia, na "rede". É do mal. E ai dos que não o condenam, dos que não o perseguem, dos que não o denunciam, dos que não o cospem e execram, dos que não o abjuram, dos que pedem provas. Arderão na mesma fogueira.
É banal, é. E mete tanto nojo que não se surpreendam se as pessoas não levarem nada disto - nada mesmo - a sério.» Fe -rnanda Cancio [Diário de Notícias

Quando un amigo se va


19 fevereiro, 2010

Os Bardinos

PCP – banqueiros do POVO ?

Estes deputados do PCP, dariam optimos gestores.

Possivelmente iram dar crédito a empresas falidas? ( com dinheiro de quem').

Quantos jornais pediram créditos a bancos e lhes foram negados? Foi a unica vez que tal aconteceu?

Quem não tem dinheiro não tem vícios.

"Para o deputado comunista, "um corte de uma linha de crédito pode ser um instrumento poderosíssimo para condicionar um órgão de comunicação social, que se encontra numa situação de grande debilidade financeira, como era o caso do Sol naquela situação"." (IONLINE)

Felícia Cabrita – insulta alguns deputados

Não manda em nada nem em ninguêm. Como seria se mandasse?

Pensava que fazia na Ass da República o que faz no "seu" jornal.

"E depois de criticar as suspeitas entretanto lançadas por socialistas como António Costa e Arons de Carvalho sobre a propriedade do "Sol", lançou a pergunta. "Não sei se os senhores deputados são racistas".
 
A reacção dos deputados do PS foi imediata, instando o presidente da comissão, Luís Nobre Guedes, a impedir este tipo de declarações. "Peço-lhe que evite este tipo de expressão insultuosa", solicitou o deputado social-democrata, retomando então os trabalhos."
(IONLINE)

Liberdades escondidas


Ora se houvesse liberdade, como seria?
""Falta-lhes a liberdade, dizem eles
De repente o país foi invadido por um estranho fervor democrático, multiplicaram-se os defensores da liberdade de expressão, surgem novos heróis da liberdade, os magistrados nem perdem tempo com julgamentos e promovem a defesa da democracia com julgamentos sumários na praça pública onde jornalista vestem a beca de juiz emprestada à pressa por investigadores anónimos.
Eis os jornalistas se revoltam e são os directores dos jornais, muitos deles com um vasto currículo de saneamento de jornalistas, a irem fazer queixinhas aos deputados, um deles até comprou um t-shirt humorística para fazer de bobo perante os representantes do povo.
Dizem que há pouca liberdade de expressão, ao que parece querem que a sua actividade esteja à margem de qualquer lei, querem substituir-se aos tribunais com livre acesso aos processos judiciais, querem chamar os nomes que lhes apetecer e lançar qualquer insinuação ao primeiro-ministro, querem difamar e destruir impunemente na praça pública qualquer personalidade que incomode os seus patrões.
Nesta procissão há lugar para todos, até para ambiciosos frustrados que por não terem conseguido ascender ao estatuto de boys invocam tardiamente o estatuto de arrependidos e prestam a trair os seus amigos e companheiros a troco de alguma fama e de um passaporte para o outro lado do poder.
O Ministério Público colapsou e em vez de defender a liberdade democrática assiste à utilização das investigações em ataques cirúrgicos ao governo eleito pelos portugueses, numa tentativa clara de levar os eleitos a se demitirem ou serem demitidos. Os processos já não servem para fazer acusações em tribunal, servem apenas para usar os poderes legais para vasculhar a vida pessoal de forma a encontrar matéria que possa ser usada pela Felícia Cabrita ou pelo Dâmaso. Não há liberdade de expressão em Portugal, queixam-se os nossos heróis da liberdade, há asfixia democrática diz a Manuela Ferreira Leite, a liberdade de expressão deve ser respeitada defende Cavaco Silva.
Talvez tenham razão ainda por aí muita coisa e muito boa gente a escapar-se a qualquer investigação, há mesmo um grupo de gente que provocou um buraco financeiro de mais de três mil milhões de euros e estão a gozar desta democracia, muito provavelmente alguns deles até andam nas redacções dos jornais vertendo lágrimas de crocodilo pela perda da liberdade.
De uma coisa eu sei, em nenhum momento da história de Portugal um governante foi tão atacado, tão adjectivado, tão investigado e tão maltratado como o actual primeiro-ministro. O que seria se houvesse a liberdade que eles dizem não haver! "" ( o Jumento)

Mário Crespo - vinho azedo?

E agora?
Já não escreve mais?

PGR e a Face Oculta

Talvez fosse bom fazer-se uma análise ao despacho completo do PGR.

Nestas coisas da Justiça há sempre que puxe um dos lados do funil para si, conforme lhe interessa no momento.

"O procurador-geral da República diz que a relação dos políticos com os meios de comunicação social é "porventura pouco transparente". No entanto, considera que tal consideração só pode ser feita no plano político, não tendo encontrado qualquer indício de que José Sócrates atentou contra o Estado de Direito." (CM)

O circo da comunicação social

Um bom exemplar dos diversos artistas da nova comunicação social.

Estes trapezistas novatos, sabem que podem fazer os seus números todos os dias sem rede, pois sabem que nunca têm um trambolhão assegurado.

Mesmo sem querer, muitos de nós somos obrigados a ver e a ler estas palhaçadas.

"Que fará o PS, este PS comprometido e arregimentado, se a imprensa continuar a retirar da cartola coelhos que mais parecem ratazanas? Que fará o PS, este PS silencioso e timorato, quando a degradação política, já alarmante, atingir níveis insuportáveis? Fingir que não tem nada a ver com nada"

À descoberta dos sonhos


Uma pequena homenagem, pela descoberta deste (Blog) editado pelo filho de um amigo e antigo colega de escola em Almada - um abraço para o Carlos Garcia