29 setembro, 2009
PROFESSORES - Comentário
A oposição achou que o tal modelo de avaliação era mau, mas não sugeriu nenhum. Os 'tadinhos' dos professores acham que são todos bons e sugeriram um modelo de autoavaliação. Isso também eu queria, em vez de ser avaliada segundo critérios definidos pela empresa e revistos 2 vezes ao ano... Cá para mim, na avaliação dos professores devia haver uma parte em que as partes interessadas (no mundo real os chamados 'customers' = alunos e pais) fossem inquiridos acerca da qualidade do professor, facilidade de comunicação, clareza na explicação dos temas, capacidade de ajudar os alunos com dificuldades na aprendizagem, etc. O professor não tem que ser um 'gajo porreiro, pá!' mas profissionalismo não é só trinta e um de boca. De certeza que as coisas não mudaram assim tanto desde os meus tempos de escola. Dos muitos professores que passaram pelas salas de aula que eu frequentei, mais de metade não conseguia transmitir com clareza nem estava disponível para realmente ensinar. Se aprendes muito bem se não desenrasca-te porque o resto não está nas minhas funções.... [Público]
Cavaco Silva - espiado
Outro dos assuntos que poderá ser abordado pelo PR será o convite a José Sócrates para formar Governo, depois da vitória nas legislativas, sem maioria absoluta.
Ontem, quando confrontado pelos jornalistas sobre quando falaria sobre o chamado 'caso das escutas' e sobre o afastamento do seu assessor Fernando Lima, o Presidente da República limitou-se a dizer que manteria "silêncio total" até ao dia das eleições.» [Diário de Notícias]
28 setembro, 2009
SOCRATES eo PS VENCEDORES
O resultado das eleições europeias foi para o PS e para José Sócrates o farol que lhes iluminou as mentes no sentido de ainda poderem manter ou ganhar em minioria as legislativas que já estavam no horizonte.
Não é fácil encontrar em qualquer democracia alguem ou algum partido que tenha, durante 4 anos sofrido o que Sócrates e o PS sofreram e apresentar-se ao eleitorado e vencer novamente as legislativas.
Todos aqueles que chamaram de arrogante durante meses a fio, foram eles próprios, despoduradamente, que acabaram por vestir essa pele que tanto criticaram.
A lider do PSD, Manuela Ferreira Leite, tão convencida de que já tinha recebido de barato o primeiro lugar na corrida eleitoral, tal qual aluno cábula e pregfuiçoso, nem se ter deu ao incómodo de apresentar um programa eleitoral. Convencida de que já estava eleita, colocando-se por detrás do slogam da Verdade, acabou por transformar-se na derrotada nesta campanha, deixando que o PS e Sócrates saissem os seusvencedores.
O PS foi o vencedor. Manteve um núcleo de apoiantes e de simpatizantes que passaram por cima de todas as campanhas de que Sócrates foi alvo, aceitaram as dificuldades de governação face à maior crise financeira mundial dos últimos 80 anos, ao maior aumento do preço dos combustíveis dos últimos 35 anos, ao maior aumento de preços de produtos agrícolas de que há memória e, especialmente, à maior coligação de interesses corporativos contra um governo de que há igualmente memória.
O futuro continua. Portugal tem que Avançar
27 setembro, 2009
A qualidade da democracia
Se a qualidade da democracia fosse medida pelo comportamento do cidadão anónimo teríamos uma democracia exemplar, ninguém diria que tem uma história recente. Mas se olharmos ao que vimos no comportamento de alguns políticos e jornalistas teremos de concluir que a democracia portuguesa não tem tanta qualidade como isso.
Alguns políticos e jornalistas actuam como se os portugueses fossem uns idiotas, como se “comessem” tudo o que lhes diz. Só isso justifica as campanhas negras, velhacarias e canalhices que marcaram os últimos meses. Assessores do presidente numa verdadeira orgia conspirativa, jornalistas a montarem mentiras e campanhas de difamação, políticos a promoverem o medo para se afirmarem libertadores, livros distribuídos por mail com o apoio de campanhas publicitárias na rádio, valeu de tudo um pouco.
Esta divisão de um país em dois, com as supostas elites de um lado e o Zé Povinho do outro não se vê apenas no comportamento cívico, uma divisão profunda da sociedade, uma divisão entre os que têm lugar privilegiado no acesso à riqueza e às mordomias e os que têm que trabalhar no duro para viver um dia a dia sufocado por sucessivas crises económicas.
O problema mis grave não reside no parasitismo de algumas elites, reside no facto de para manterem um sistema que os favorece tudo fazem para que nada mude, para que a lógica do poder do voto seja substituída pela da manipulação da opinião.
Em Portugal os privilégios ou são considerados naturais ou são direitos adquiridos, tudo deve ficar como está e os políticos que governam não devem questionar os pilares de um sistema que tem um profundo desprezo pelos cidadãos.
Quem se mete com os magistrados leva, quem se mete com os jornalistas leva, quem se mete com os directores de jornais e televisões leva, quem se mete com grupos corporativos instalados leva. Tudo deve ficar na mesma para que uns continuem a beneficiar de um modelo de sociedade que os alimenta, o mesmo tempo que o país não desnvolve. [O Jumento]
26 setembro, 2009
Votar é preciso
Por Eduardo Pitta Sexta-feira, 25 Setembro , 2009, 20:22
Na recta final da campanha permito-me ser pleonástico. Domingo é preciso votar no Partido Socialista. Não vou falar das razões de natureza económica ou fiscal. Este blogue reúne contributos mais do que suficientes para esgotar o tema. E quem diz economia e fiscalidade diz saúde, educação, justiça, ambiente, energias renováveis, política externa, cultura, investigação e ensino superior.
Vou antes lembrar o óbvio: as questões civilizacionais. Aquilo a que a opinião de direita, com trejeitos maliciosos, chama questões fracturantes. Coisas simples de que depende a dignidade e o progresso das sociedades. Estou a pensar na possibilidade dos casais inférteis poderem recorrer à procriação medicamente assistida; em leis que acautelem os direitos de quem vive em união de facto; no casamento entre pessoas do mesmo sexo; na possibilidade de divórcios não litigiosos; na integração social dos imigrantes; nas leis da paridade, etc. Nenhum país moderno pode viver ao arrepio das mudanças civilizacionais.
Há cem anos, o divórcio era um anátema. Hoje é um lugar-comum. Há 35 anos, uma mulher não atravessava a fronteira sem o consentimento do marido. Há 35 anos, a polícia prendia homossexuais acusando-os de vagabundagem. Há 35 anos, o casamento religioso era indissolúvel. Felizmente, tudo isso ficou para trás.
Em 35 anos de democracia, muita coisa mudou. Mas, se pudesse, a direita punha um travão no que ainda falta mudar. Votar no Partido Socialista é apostar numa sociedade mais justa. [Simplex]
BE
A campanha eleitoral dos "BEtinhos da Esquerda" continuou em tom muito mais acentuado de uma doentia e paranóica cruzada contra o PS e contra o Primeiro Ministro.
Desde há muito que se pressentia que o BE apenas lhe interessava desancar o PS.
O seu radicalismo inconsistente foi-se sempre refinando, de tal forma que, até aqueles que após o namoro a Alegre, acreditaram que poderia haver algum entendimento político, lhes fique a lição de que com aquela miscelãnia de neocomunistas, não será nunca possivel qualquer acordo.
BE -
Eleições Legislativas 2009
Há quem insista, por ingenuidade ou má fé, que nas eleições do próximo Domingo quem está em julgamento é única e exclusivamente o governo socialista e o primeiro-ministro. Os portugueses julgam, naturalmente, a governação dos últimos 4 anos; mas julgam também a oposição, o que fez ou não fez durante estes 4 anos, e, sobretudo, o que representam e propõem como alternativa política (não como o jogo das cadeiras). Neste julgamento eleitoral não deixa de contar o facto de o PSD ter tido em 5 anos – entre 2004 e 2009 – 5 presidentes: Durão Barroso, Santana Lopes, Marques Mendes, Luís Filipe Menezes e Manuela Ferreira Leite. Os portugueses julgam o que foi feito pelo governo, mas também julgam a oposição: o que fez, quem propõe e o que propõe como alternativa. Isto parece-me elementar." [ Hojeháconquilhas]