27 de Setembro
Um povo sem eleições, é um povo sem voz, sem olhos e sem braços
[Octavio Paz – 1914-1998]
Muitos gostavam de ver Portugal neste estado. Depois diriam que a reconstrução seria da sua responsabilidade.
Certamente que não terão nem um nem outro gosto.
Avançar Portugal, é o caminho.
Que se cuidem os que ficarem para trás, nesses caminhos ínvios do lascismo, das ideias retrógradas e dos pensamentos subversivos.
Portugal sempre teve futuro e vai assim continuar
Subscrevemos com uma monumental chapelada
“”Os que em vez de fazerem propostas credíveis para ajudar os portugueses a superar a crise, que se limitaram a sonhar com o agravamento da situação económica das famílias portuguesas excitando-se com as más notícias e ficando em silêncio quando surgiram as primeiras boas notícias, não ganharão.
Os que instrumentalizaram a justiça, que em vez de usarem os instrumentos colocados à disposição dos tribunais para tornar Portugal um país mais justo e democrático usaram-nos para manipular a opinião pública usaram-nos para denegrir os governantes que ousaram tocar-lhe nas pequenas mordomias, não ganharão.
Os aprendizes de jornalismo que julgam os portugueses tão idiotas que votam ao sabor da sua manipulação da informação, não ganharão.
Os que consideram que o Estado serve para assegurar o bem-estar das suas corporações com o dinheiro dos contribuintes, tornando o serviço público refém dos seus interesses ou de estratégias partidárias, não ganharão.
Os que ganharam dinheiro a rodos com negócios pouco transparentes com o BPN e que agora esperam voltar ao poder ou deter todo os poderes, não ganharão.
Os que sabendo da justiça e necessidades de reformas como as do Sistema Nacional de Saúde, optaram pelos argumentos populistas que tiravam partido da ignorância popular em vez de analisarem essas reformas com honestidade intelectual, não ganharão.
Os que dirigem jornais e enquanto pensavam que bajulando o governo influenciavam as decisões governamentais e que quando estas decisões prejudicaram os seus patrões transformaram jornais credíveis em pasquins, não ganharão.
Os que pretendem governar sem apresentarem qualquer projecto político ou limitando-se a manobras de bastidores, não ganharão.
Os que estão mais interessados no seu próprio enriquecimento, que põem os seus interesses acima dos do país não ousando derrubar governos que lhes toquem nos interesses, não ganharão.
Os que não hesitam em boicotar empresas indispensáveis ao país só para impor a sua lógica partidária nas relações laborais, não ganharão.
Os que usam a credibilidade das instituições democráticas para promoverem conspirações contra a democracia, não ganharão.
Não sou nem nunca fui militante do PS, nem sequer sou simpatizante deste partido, mas este foi um dos poucos governos portugueses das últimas três décadas que governou, que teve a coragem de promover reformas que há muito deveriam ter sido implementadas, que enfrentou problemas como a dependência energética, que apostou consequentemente na modernização.
Certamente cometeu erros, provavelmente demasiados, mais do que os que teriam sido cometidos se tivesse tido uma oposição credível, se todos os sindicatos tivessem negociado a pensar no interesse dos profissionais e do país. Talvez tenha sido arrogante, talvez não tenha sabido travar a arrogância de alguns serviçais, mas foi o mesmo governo que nunca se esquivou a debates no parlamento, que deu condições de igualdade à oposição.
Nenhum governo, nem mesmo os de Marcelo Caetano, mereceram uma oposição tão feroz por parte da esquerda conservadora, nenhum foi tão odiado pelos grupos corporativos, alguns deles herdeiros de mordomias vindas do tempo do fascimo. Mesmo assim e apesar de um contexto económico adverso teve a coragem de governar, porque governar é decidir o que em cada momento e a pensar no futuro deve ser decidido.
Uma derrota do PS e de Sócrates seria uma vitória dos interesses corporativos que sempre se opuseram ao desenvolvimento do país, seria uma derrota do futuro de Portugal. Uma derrota do PS significa que este país nunca será capaz de dar os passos necessários para romper com a pobreza e o desenvolvimento. Por isso vou votar PS e no dia seguinte voltarei a ser a voz crítica independentemente de quem ganhar estas eleições.”” [ in O Jumento]
PSD – Os barões devem estar noutro planeta
“Sociais-democratas dizem que imagem do Presidente não está fragilizada, mas que este devia ter falado sobre o 'caso das escutas' antes das legislativas para não 'contaminar' campanha” [DN ]