21 setembro, 2009

Eles são todos iguais? Os políticos.  Não, há mesmo por aí quem seja diferente

Está tudo nas mãos de Cavaco

 

por Sílvia De Oliveira, Publicado em 21 de Setembro de 2009

Não sendo um intocável, nem um justiceiro, o Presidente é o último grande reduto de credibilidade. Agora, Cavaco comprometeu a sua Presidência

Opções

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Cavaco Silva é o Presidente de todos os portugueses, ou pelo menos assim deveria ser. E como qualquer presidente, quando fala, Cavaco deveria contribuir para aumentar o esclarecimento dos eleitores, e não alimentar dúvidas e suspeições. Mas na sua habitual e autoproclamada discrição e apertado sentido de Estado, o que o Presidente da República fez há dias foi precisamente o contrário, foi contribuir mais ainda para a confusão geral. A propósito das últimas notícias, que apontam o assessor presidencial, Fernando Lima, como a fonte das notícias de que a Presidência da República estaria a ser alvo de vigilância e de escutas por parte do Governo ou do PS, Cavaco Silva não confirmou nem desmentiu e preferiu fugir às perguntas importantes com más respostas. E disse: "Depois das eleições não deixarei de tentar obter mais informações sobre questões de segurança. O Presidente da República deve preocupar-se com questões de segurança." Acrescentou também que não é ingénuo e que nunca o veremos metido no meio de questões partidárias.

Assim, Cavaco só atirou mais poeira para os olhos dos muitos que, num exercício de cidadania, se preparam para ir votar nas eleições legislativas do próximo dia 27. Pensará o Presidente que ficarão imunes ao caso das alegadas escutas ao Presidente todos os que apontavam o seu voto para o PS ou para o PSD? Pensará o Presidente que as suas palavras não terão provocado mais indecisão e não poderão ter afastado ainda mais as pessoas dos partidos da governação, dos políticos, ou seja, das eleições?

É verdade que a desilusão dos portugueses face à política e aos políticos já não é notícia e que, como muitos dirão, já não há muita coisa capaz de destruir algo que quase não existe. Sim, de facto, uma parte significativa do eleitorado já estará tão cansada de ouvir falar de Freeport, do fim do Jornal da Manuela Moura Guedes, da compra de votos no PSD, das pressões ou da asfixia, democrática ou social. Sim, é verdade, que já tanto se disse e desdisse nesta campanha, que muitos passaram a assumir, há muito tempo, que o problema é transversal a todos os partidos. Um pensamento ao estilo do "eles são todos iguais...". E como tudo se arrasta em longas investigações sem um fim, sem inocentes ou culpados, o clima de suspeição passou a ser a normalidade. Mas esse não deve, nem pode ser o mundo de Cavaco Silva. O cargo de Presidente da República mantém-se como o último grande reduto de credibilidade política em Portugal. Não sendo um intocável, nem um justiceiro, o Presidente é o fiel da balança, o garante da verdade. Agora, Cavaco Silva comprometeu a sua Presidência. Deixou os portugueses, a uma semana das legislativas, sem qualquer resposta para um grave conflito entre o Presidente e um forte candidato a primeiro-ministro. Cavaco Silva não será o único com responsabilidades no esclarecimento deste caso das alegadas escutas em Belém, mas deveria ser o primeiro a tornar tudo claro. Não foi. Agora, está tudo, mesmo tudo nas suas mãos.

 

 

EDUCAÇÃO

 

Será que eles apenas querem que a Confap seja mais uma correia de transmissão do PCP?

 

“Cinco dirigentes da Confederação Nacional das Associações de Pais (Confap) pediram a demissão devido a “discordâncias internas sobre políticas de educação nacional”, anunciou o vice-presidente demissionário da estrutura António Amaral.”


“A demissão dos dirigentes prende-se também com “sérias preocupações de que a Confap não vai por um caminho de independência” em relação ao poder político e ao actual governo, explicou ainda o dirigente associativo”

«Portugal sai enfraquecido se não construir uma linha-férrea para o comboio de alta velocidade», disse esta segunda-feira o presidente do Conselho Regional das Câmaras de Comércio e Indústria de Castilha e Leão, Manuel Vidal Alvarez.

 

Manuela Ferreira Leite

Soares disse:

... sublinhando que a crise que se vive é mundial. Depois atirou: «Quando uma economista confunde a crise de 2003, com uma crise mundial, ou é fanática ou é irresponsável».

Cavaco Silva

Presidência da República
Um - a vergonha já não passa por Belem.
A "bomba" era para rebentar de maneira diferente. Mas acontece que, um submarino do Publico colocou cá fora o email, pai de mais uma conspiração orquestrada contra Sócrates e o Governo PS e lá se transformou a Bomba Atómica numa bomba de Carnaval.
O "submarino", conhecedor do "meio", com receio de que o Email não fosse publicado se fosse só enviado para um jornal, mandou para vários. Assim, ficou a saber-se bem o que de muita lama anda por esses meios de comunicação - jornais e TV.
Cavaco Silva não terá nada a ver com a dita "asfixia"?
Agora, veio tarde. Nós já não precisamos das suas explicações depois da eleições. Hoje, tentou colocar o mata borrão sobre a borrada que tem vindo a fazer, mas já não irá conseguir limpar-se desta trama porca e inunda que fomentou e ajudou a manter em lume brando durante tanto tempo.

"Cavaco Silva afasta Fernando Lima do cargo
O Presidente da República afastou Fernando Lima do cargo de responsável pela assessoria para a Comunicação Social, que passará a ser desempenhado por José Carlos Vieira.Segundo disse à Lusa uma fonte oficial da Presidência da República, trata-se de uma "decisão do Presidente da República". No site da Presidência da República o nome de José Carlos Vieira já se encontra como o assessor para a Comunicação Social.Fernando Lima, de 59 anos, foi assessor do Presidente da República nos X, XI e XII governos constitucionais, entre 1985 e 1995. Também foi assessor de Martins da Cruz (MNE) no Governo de Durão Barroso.Iniciou-se no jornalismo no Comércio do Porto e foi director do Diário de Notícias (2003-2004).Na passada sexta-feira o “Diário de Notícias” escreveu que o assessor do Presidente da República Fernando Lima teria sido a fonte do PÚBLICO nas notícias de 18 de Agosto em que se afirmava que Cavaco Silva suspeitava estar a ser espiado pelo Governo de José Sócrates. O jornal publicava, ainda, um alegado email trocado entre dois jornalistas do PÚBLICO.Essa suspeita foi formulada a propósito de críticas do PS quanto à alegada participação de assessores de Cavaco Silva na elaboração do programa eleitoral do PSD. Na notícia do PÚBLICO, uma fonte de Belém questionava a forma como os socialistas poderiam saber dessa participação: "Como é que os dirigentes do PS sabem o que fazem, ou não fazem, os assessores do Presidente? Será que estão a ser observados, vigiados? Estamos sob escuta, ou há alguém na Presidência a passar informações? Será que Belém está sob vigilância?" Depois da notícia do PÚBLICO, o líder do Bloco de Esquerda, Francisco Louçã, adiantou o nome de Fernando Lima como a fonte da notícia do diário em entrevista à SIC. Foi na sequência desta manchete que o PÚBLICO noticiou que as alegadas suspeitas de Cavaco Silva quanto a uma vigilância do Governo remontavam à visita do Presidente à Madeira em 2008, na qual teria sido observado um comportamento alegadamente suspeito por parte de um assessor governamental, Rui Paulo Figueiredo."

O Publico

Promiscuidade
O país já não estranha nada, ninguém questiona a ida de José Manuela Fernandes para o gabinete de Durão Barroso onde será muito bem remunerado pelos impostos dos europeus, como compensação pelos serviços prestados ao PSD enquanto director do jornal Público.
Curiosamente, na semana passada Belmiro de Azevedo, o dono da SONAE, disse dois disparates que mal foram ouvidos, que quem quisesse usar o Público que metesse o dinheiro e incentivou os seus jornalistas a não recearem governantes.
Pois, mas é o orçamento europeu e não a SONAE que vai pagar a reforma a José Manuel Fernandes pelos apoio dado ao PSD, certamente a mando de quem lá meteu o dinheiro. E, pelo que se vê, José Manuel Fernandes não receia os governantes, ataca os de cá e refugia-se junto do outro que está lá fora.
E ninguém critica a promiscuidade entre jornalismo e o poder, ninguém estranha encontros às escondidas com conspiradores de Belém, dezenas de editoriais com o único objectivo de derrubar o governo só porque Sócrates não mandou construir o aeroporto onde poderia servir o investimento da SONAE em Tróia ou porque não ajudou Belmiro de Azevedo a comprar a PT ao preço da uva mijona.
O raciocínio de Belmiro de Azevedo diz tudo sobre o papel do Público em todas as campanhas negras a que assistimos nos últimos três anos, campanhas em que o Público teve um papel activo, chegando mesmo a promover algumas. É para isso que ele meteu o dinheiro no jornal, para que este faça o que o dono manda e quem melhor do que um director para interpretar a voz do dono?
Não admira que o jornal Público se tenha envolvido com assessores de Belém na montagem de uma conspiração contra o primeiro-ministro dando notícias falsas sobre eventuais escutas na Presidência da República ou sobre o envolvimento dos serviços de informações em toda esta aldrabice. O objectivo de derrubar Sócrates a qualquer custo foi evidente, como se tornou evidente que quando Belmiro mete dinheiro no jornal é para que este faça o que ele manda.
Compreende-se que José Manuel Fernandes vá trabalhar com Durão Barroso, isso corresponde a uma partilha da despesa entre o PSD e Belmiro de Azevedo, ambos têm uma dívida em relação ao director do Público. Belmiro paga-lhe a indemnização choruda e o PSD garante-lhe uma reforma dourada à custa do dinheiro dos contribuintes, enfim, cada um usa o dinheiro que tem. O primeiro paga com os lucros que obteve com o investimento na manipulação jornalística, o PSD, como é costume, paga os favores com o dinheiro dos contribuintes. [ O Jumento]

Tita Nic - Paço de Arcos

Praia de Paço de Arcos - Varadouro

PSD - Autarquicas em Oeiras

Foi assim que o "PSD" passou pela marginal sem carros

Paço de Arcos - PS nas autarquias


O concorrente do PS à Freguesia de Paço de Arcos prepara-se para uma acção de mobilização.
(Marginal sem carros - 20 de Setembro de 2009)

20 setembro, 2009

TGV - Ave - Manuela Ferreira Leite

Manuela Ferreira Leite, como é vista em Espanha
"Su discurso contundente, adornado a menudo con declaraciones controvertidas, podría jugar una baza a su favor. El pasado sábado, por ejemplo, durante un importante debate televisivo con Socrates, soltó la perla que ha activado las alertas en España: en caso de ganar las elecciones legislativas del 27 de septiembre suspenderá la construcción del AVE ibérico por el “endeudamiento insoportable de su país” y porque “Portugal no es una provincia española”. “El motivo por el cual España tiene tanto interés en esta línea con Portugal tiene que ver con el hecho de necesitar que el tren pase la frontera para tener la categoría de transporte transfronterizo (y obtener) más fondos comunitarios”, afirmó.
Sus declaraciones no son una sorpresa. La candidata conservadora lleva tiempo divulgando su ideario de contención de gasto, contrario a las inversiones que “no tengan que ver directamente con la producción nacional”. Asimismo, las apelaciones al viejo y demagógico antiespañolismo podrían resultar rentables a ojos de una parte de su electorado. Sin embargo, también están siendo aprovechadas por Socrates, que pretende revalidar la mayoría absoluta que conquistó en 2005. Ayer, durante un mitin en Beja, el primer ministro tachó de “retrógrada” y “aislacionista” a su rival conservadora. “La independencia económica (de la que habla Ferreira) sólo significa aislamiento económico”, afirmó.
" [El confidential)

Manuela Ferreira Leite, Cavaco Silva e Cª Ilimitada

PS - Coimbra uma lição

""Coimbra deu ontem ao PS o maior comício da campanha. Alegre disse que uma vitória do PSD implicará "asfixia social". Sócrates, antes, na Figueira da Foz, tinha ligado o PSD à extrema-direita. E lembrou que no PS conta com todos."" [DN ]

Professores

É tempo de ensinar.
Para isso os contribuintes lhes pagam. E bem
Há palhaçadas que, para além de o serem, são ridículas.
Trabalhai, ensinai. As férias do Natal estão aí, não vai tardar muito.

""«Cerca de um milhar de professores manifestaram-se ontem em três locais da cidade de Lisboa contra a política educativa do Governo e prometeram penalizar o PS nas eleições legislativas do próximo domingo.
Num protesto convocado por movimentos independentes, os docentes concentraram-se a partir das 15 horas junto ao Ministério da Educação (Av. 5 de Outubro), Assembleia da República e Palácio de Belém. »
[Correio da Manhã]""

Junta de Freguesia de Porto Salvo - Eleições


Salvador Martins parou... no tempo e no espaço.

19 setembro, 2009

Jose Niza - Manuela Moura Guedes


Aqui o vemos no almoço do ano passado

José Niza, foi companheiro de guerra do editor deste blog, durante 2 anos, entre 1969 e 1971 no norte de Angola


Com a devida vénia e com um grande abraço, pois a 04 de Outubro lá nos encontraremos, como habitualmente em mais uma almoços convívio da "rapaziada" do BCAC2977





TVI - A Minha Leitura (José Niza)
Fui director de programas da RTP e depois seu administrador. E garanto-vos que, se alguma vez algum apresentador ou jornalista desse uma entrevista a chamar-me "estúpido", a primeira coisa que aconteceria seria o cancelamento imediato do seu programa, independentemente de haver ou não eleições em curso.Por isso me parece incompreensível que, embora rios de tinta já se tenham escrito sobre o cancelamento do jornal nacional que Manuela Moura Guedes (MMG) apresentava na TVI, todos os analistas e comentadores tenham ignorado a explosiva e provocatória entrevista que MMG deu ao Diário de Notícias dias antes de a administração da TVI lhe ter acabado com o programa.
Em meu entender essa entrevista, realizada com antecedência para ser publicada no dia do regresso de MMG com o seu jornal nacional, foi a gota de água que precipitou a decisão da TVI. É que, o seu conteúdo, de tão explosivo e provocatório que era, começou a ser divulgado dias antes.

E se chegou ao meu conhecimento, mais cedo terá chegado à administração da TVI.

Nessa entrevista MMG chama "estúpidos" aos seus superiores. Aliás, as palavras "estúpidos" e "estupidez" aparecem várias vezes sempre que MMG se refere à administração.
É um documento que merece ser analisado, não somente do ângulo jornalístico, mas sobretudo do ponto de vista comportamental. É uma entrevista de uma pessoa claramente perturbada, convicta de que é a maior ("Eu sou a Manuela Moura Guedes"!) e que se sente perseguida por toda a gente. (Em psiquiatria esse tipo de fenómenos são conhecidos por "ideias delirantes", de grandeza ou de perseguição).
MMG diz-se perseguida pela administração da TVI; afirma que os accionistas da PRISA são "ignorantes"; considera-se "um alvo a abater"; acusa José Alberto de Carvalho, José Rodrigues dos Santos e Judite de Sousa de fazerem "fretes ao governo" e de serem "cobardes"; acusa o Sindicato dos Jornalistas de pessoas que "nunca fizeram a ponta de um corno na vida"; diz que o programa da RTP 2, Clube de Jornalistas, é uma "porcaria"; provoca a ERC (Entidade Reguladora da Comunicação Social); arrasa Miguel Sousa Tavares e Pacheco Pereira, etc.E quando o entrevistador lhe pergunta se um pivô de telejornal não deve ser "imparcial", "equidistante", "ponderado", ela responde: "Então metam lá uma boneca insuflável"!

Como é que a uma pessoa que assim "pensa" e assim se comporta, pode ser dado tempo de antena em qualquer televisão minimamente responsável?

Ao contrário do que alguns pretendem fazer crer - e como sublinhou Mário Soares - esta questão não tem nada a ver com liberdade de imprensa ou com a falta dela. Trata-se, simplesmente, de um acto e de uma imperativa decisão administrativa, e de bom senso democrático.

Como é que alguém, ou algum programa, a coberto da liberdade de imprensa, pode impunemente acusar, sem provas, pessoas inocentes? É que a liberdade de imprensa não é um valor absoluto, tem os seus limites, implica também responsabilidades. E quando se pisa esse risco, está tudo caldeirado. Há, no entanto, uma coisa que falta: uma explicação totalmente clara e convincente por parte da administração da TVI, que ainda não foi dada.Vale também a pena considerar os posicionamentos político-partidários de MMG e do seu marido.J. E. Moniz tem, desde Mário Soares, um ódio visceral ao PS.
Sei do que falo.
MMG foi deputada do CDS na AR. Até aqui, nada de especialmente especial. O que já não está bem - e é criminoso - é que ambos se sirvam de um telejornal para impunemente acusarem pessoas inocentes, sem quaisquer provas, instilando insinuações e induzindo suspeições. Ainda mais reles é o miserável aproveitamento partidário que, a começar no PSD e em M. F. Leite, e a acabar em Louçã e no BE, está a ser feito. Estes líderes políticos, tal como Paulo Portas e Jerónimo de Sousa, sabem muito bem, que nem Sócrates nem o governo tiveram qualquer influência no caso TVI.

Eles sabem isto.
Mas Salazar dizia: "O que parece, é"!
E eles aprenderam.

- 1984. Eu era, então, administrador da RTP.

Um dia a minha secretária disse-me que uma das apresentadoras tinha urgência em falar comigo: - "Venho pedir-lhe se me deixa ir para a informação, quero ser jornalista"! Perguntei-lhe se tinha algum curso de jornalismo. Não tinha. Perguntei-lhe se, ao menos, tinha alguma experiência jornalística, num jornal, numa rádio... Não tinha. "O que eu quero é ser jornalista"! Percebi que estava perante uma pessoa tão determinada quanto ignorante. E disse-lhe: "Vá falar com o director de informação; se ele a aceitar, eu passo-lhe a guia de marcha e deixo-a ir".
A magricelas conseguiu.

Dias depois, na primeira entrevista que fez - no caso, ao presidente do Sporting, João Rocha - a peixeirada foi tão grande que ficou de castigo e sem microfone uma data de tempo.
P.S. A jovem apresentadora chamava-se Manuela Moura Guedes. E se eu soubesse o que sei hoje...

Mnauela Ferreira Leite

Manuela Ferreira Leite está a passar para além dos limites menores da decência.
Como é possível que alguêm que augura ser Primeiro Ministro pensa e diz semelhantes barbaridades.

A presidente do PSD considera as alegadas escutas como um entre vários casos, que surgem em período eleitoral e "vindos sempre do mesmo lado", e diz temer represálias sobre a sua equipa se o PS ganhar as eleições.
Casos como os das alegadas escutas visando a Presidência da República "já existiam há muito tempo", sustentou, criticando o facto de "surgirem no momento em que estão a surgir e de virem sempre todos do mesmo lado".
As declarações de Manuela Ferreira Leite foram proferidas ao Correio da Manhã e ao Rádio Clube Português, numa entrevista que será publicada e emitida na íntegra na segunda-feira.
"Existem muitos outros casos de natureza política gravíssimos na sociedade portuguesa que não estamos a discutir no momento em que estamos a tomar uma decisão muito importante", advogou, ressalvando ter "todo o gosto em discutir esses assuntos no momento próprio".
"Mas, neste momento, tenho oito dias para que se discuta aquilo que está em causa. E o que está em causa é demasiado sério para entender que haja desvios da atenção das pessoas, desvios intencionais, vindos sempre do mesmo lado, sobre assuntos que não surgiram hoje", defendeu.
"Não são nenhuma novidade", insistiu, sugerindo a discussão do assunto "para daqui a 15 dias", depois das legislativas.
O Diário de Notícias (DN) avançou hoje que o assessor do Presidente da República Fernando Lima foi a fonte do diário Público na sua manchete de 18 de Agosto, já em pré-campanha eleitoral, segundo a qual Cavaco Silva suspeitava estar a ser espiado pelo Governo liderado por José Sócrates.
Na mesma entrevista, Manuela Ferreira Leite manifesta receio de retaliações sobre a sua equipa se o PS ganhar as eleições de 27 de Setembro, declarando que sente esse "sério receio" pela "primeira vez".
"Tenho sério receio do que vai acontecer ou do que é que aconteceria a partir do dia 27 de Setembro se o Partido Socialista ganhasse as eleições. Do que é que aconteceria a todas as pessoas que, neste momento, formam equipa comigo. Sinto sério receio disso. Não é possível em democracia sentirmos receio disso, é a primeira vez que tal sucede", expressou.
Questionada sobre o que fazer para evitar essa situação, a líder social-democrata respondeu: "Votando contra o Partido Socialista".
"É só mudar o engenheiro Sócrates", acrescentou.

ENC: Anedota do Dia

Anedota

Um homem passa pela porta do plenário da Assembleia da República e
ouve uma gritaria que saía de dentro

"Filho da Puta, Ladrão, Salafrário, Assassino, Traficante, Mentiroso,
Pedófilo, Vagabundo, Sem Vergonha, Trafulha, Preguiçoso de Merda,
Vendido, Usurário, Foragido à Justiça,  Oportunista, Engana Incautos,
Assaltante do Povo...


Assustado, o homem pergunta ao segurança parado na porta:

"O que esta acontecendo ai dentro? Estão brigando?!

"Não", responde o segurança. "Para mim estão fazendo a chamada para
saber se falta alguém".

 



 

 

ENC: A Corrida

A corrida dos Porcos

 

 

Esta estória passada entre o Público e o Diário de Notícias, com o primeiro a sugerir que há escutas do Governo ao Presidente e o segundo a sugerir que foi o presidente quem "encomendou" essa estória, numa troca de textos em que já não há jornalistas nem jornalismo, mas sim marionetas manipuladas por “fontes bem informadas”, é, convenhamos, um lamaçal de contornos algo porcos.

 

Se for verdade que o Primeiro Ministro, para se garantir no poder, controla a actividade política do Presidente, utilizando para isso os serviços secretos... convenhamos que será um facto um pedacinho porco.

 

Se for verdade que, para comprometer o Governo e o PS, com o objectivo de favorecer o PPD-PSD e realizar o velho sonho da direita, “Um Governo, um Presidente”, Cavaco Silva inventa e manda “plantar” nos jornais esta estória mirabolante das escutas... convenhamos que será igualmente um facto um tudo nada porco.

 

É lamentável! Adaptando livremente a esta situação a célebre frase de uma antiga glória de Hollywood, direi que “O grande problema numa corrida de porcos é que o que chega em primeiro lugar nem por isso deixa de ser um porco!”

 

Cavaco Silva e o Público

Cavaco Silva perdeu o respeito de quem acreditava que ele era uma pessoa independente enquanto PR
De José Manuel Fernandes, desde há muito que é a "Voz do Dono" e não só.
Cavaco Silva quer manter tudo em água morna para prejudicar o PS, JMF, como bom mentiroso, hoje diz o que amanhã desdiz.

Por Carlos Santos Sábado, 19 Setembro , 2009, 16:10
1. Fernando Lima é assessor de Cavaco Silva desde o início dos seus mandatos como PM. Uma relação que tem, pelo menos, 24 anos. Como se verifica na autobiografia do PR, é o seu assessor mais próximo e homem da sua total confiança.
2. Admitamos portanto não ser razoável pensar em Fernando Lima como um atirador furtivo que se decidiu insurgir contra o amigo de décadas. Se Fernando Lima falou com Luciano Alvarez, jornalista do Público, num encontro num café em Lisboa, Cavaco sabia. Cavaco queria. Cavaco ordenou.
3. José Manuel Fernandes confirmou, ontem, ao fim da tarde, a autenticidade do mail publicado pelo DN. Contrariando o que tinha dito ontem de manhã, em que acusava o mail de estar deturpado em partes, e contrariado Luciano Alvarez que alegava nem conhecer o mail! Nesse mail, é dito expressamente que Fernando Lima estava autorizado pelo PR a contar a história das alegadas suspeitas de escutas ao Público. Considerando os pontos (1) e (2) isto parece óbvio. Fernando Lima não o faria sem Cavaco saber.
4. A primeira conclusão é portanto que Fernando Lima revelou ao Público as alegadas suspeitas do PR com a conivência de Aníbal Cavaco Silva.
5. Admitindo, sem conceder, que o PR tivesse essas suspeitas, há, desde logo, aqui um erro grave de conduta. Suspeitas de um PR não se divulgam por jornais: o PR pode fazer comunicados ao país; pode pedir às autoridades que investiguem; pode pedir explicações ao Governo. Não fez nada disso. Cavaco usou uma relação do seu assessor com um orgão de informação para plantar uma notícia! É este o comportamento institucional que se espera de um PR?
6. José Manuel Fernandes agitou, ontem pela manhã, a bandeira do Público estar a ser espiado pelo SIS, em função da notícia do DN. Sucede que José M Fernandes sabe, porque o provedor do Público o revelou Domingo passado!, que Francisco Louçã denunciou Fernando Lima em entrevista há duas semanas. Admitindo que os disparates do director do Público ainda não são compatíveis com ele pensar que o Serviço de Informações e Segurança andaria a trabalhar para o líder do BE, a tese da espionagem do SIS cai por terra.
7. É aliás ridículo supor que uma intervenção do SIS seria necessária. Uma cópia impressa do mail pode facilmente circular para fora do jornal.
8. Ontem, pelas 22h, José Manuel Fernandes admitiu à SIC N que nada, mas nada, levavam a indiciar violação do sistema informático do Público. Afinal, o SIS já não teve nada a ver com o assunto. O que iliba o PM e o Governo. Porque não noticiou isto a estação amiga de Queluz, hoje, às 13h, mantendo a suspeita infundada sobre o Governo? Porque insistiu MFL neste caso, quando JMF já tinha deslocado o seu alvo do SIS e do Governo para o DN? Porque não destaca isto o Público, na sua edição de hoje?
9. Onde pára Tolentino Nóbrega, o jornalista que o Público encarregou de investigar o caso onde ele se terá passado: na Madeira. E terá concluído, segundo o provedor, que o representante do Governo nada fez que indiciasse estar a vigiar a visita de Cavaco ao arquipélago em 2008? Porque não é dada voz no Público, nem agora nem na peça de Agosto, que noticiou as alegadas escutas, ao jornalista que investigou o caso e conclui não ter este fundamentos?
10. Porque não reagiu o Público por sua iniciativa às declarações de Louçã? Porque não respondeu o Público? Porque não noticiou? Porque não respondeu JMF quando eu próprio o interpelei directamente sobre as declarações de Louçã e o silêncio do Público no twitter, aqui?
11. O Público preferiu não noticiar a investigação do jornalista na Madeira, nem as declarações de Louçã. Deu apenas a versão de Fernando Lima. Que era a de Cavaco. A isto chama-se servir uma causa. Não se chama jornalismo.
12. E finalmente, se Cavaco não fala, está interessado em perpetuar o clima de suspeitas? E porquê? A uma semana das eleições quem quer o moderador e árbitro, alegadamente independente, favorecer?


O silêncio de Cavaco é mais revelador que mil palavras... [ in Simplex]

Mnauela Ferreira Leite

Se não está balhelhas, não sabe do que fala ou quer enganar o Zé Povinho, vejamos:
«O mistério prolongar-se-ia, pelo que me diz respeito, até 2009. Quando Ferreira Leite foi eleita presidente do PSD, a sua vitória sobre Santana, ainda que magra, surgiu como justiça poética. Isto, claro, foi até começar a ouvir Ferreira Leite.
As primeiras entrevistas revelaram não só uma pessoa de discurso errático, impreciso, hesitante - o que não sendo uma qualidade nem desejável podia ser fruto de pouco treino mediático (ainda que justificação bizarra em alguém que anda na política e em cargos governativos desde os anos 80) - como com ideias absurdas e contraditórias,ou mesmo sem ideias nenhumas.
Mas foi preciso chegarmos à recta final das legislativas para se perceber que nem na sua suposta área de especialização, a da economia e finanças, Ferreira Leite parece saber do que fala. Não se limitou a confundir a taxa máxima do IRS com a do IRC no debate com Jerónimo de Sousa; ontem de manhã na TSF mostrou não saber o que é um projecto PIN (Projecto de Interesse Nacional), ao responder a um ouvinte que "não pode ser o Governo a decidir que empresas salva".
Ora até eu, que não percebo nem pretendo perceber de economia, sei que os projectos PIN não têm nada a ver com "salvar empresas". Um candidato a PM pode estar a favor ou contra a existência da classificação PIN e do que significa; não pode é nao fazer ideia do que é um PIN e, já agora, convém que não finja que sabe (parece que a isso se chama aldrabar, não?).» [ por Fernanda Cancio Diário de Notícias]