17 setembro, 2009

PSD - Votos a 25 Euros


«Quem recebe o emprego tem de inscrever os seus familiares como militantes do partido. “As quotas são pagas e ainda pagam um abonozinho, uma despesa de deslocação para quando vão votar nas secções” pedidas pelo partido, referiu Irene Lopes.
“À porta da secção H e Oriental há umas caixinhas com dinheiro e pagam ali às pessoas. As pessoas acabavam de votar, diziam ‘já votei’ e davam-lhes umas notinhas” entre 25 e 30 euros, afirmou.
Aponta os ex-amigos António Preto e Sérgio Lipari, da secção A, de Benfica, de serem coniventes com estes processos ao longo dos anos. E garante que teve 14 militantes fictícios inscritos com a sua morada.»
[Diário de Notícias]

Vila Fria - Avda 25 de Abri

Avda 25 de Abril

Voto, mas não nesta Senhora




16 setembro, 2009

Ora toma...

“”A «política de verdade» tem dias: com os espanhóis acertou ao lado.

Portugal perde mais fundos europeus do que a Espanha, caso decida cancelar ou suspender a construção da rede alta velocidade. A possibilidade de as decisões portuguesas poderem estar a ser condicionadas pelas opções espanholas, um argumento introduzido por Manuela Ferreira Leite no debate de sábado com José Sócrates, esbarra nesta certeza e ainda numa outra: em termos de fundos europeus, Portugal apenas pode influenciar o financiamento das ligações transfronteiriças. Que representam uma pequena parcela dos enormes recursos financeiros que as redes do TGV em Portugal e Espanha vão consumir.””


Público
, 15 de Setembro de 2009.

 

 

Helena  Garrido

Mudam-se os tempos, mudam-se as vontades

Helenagarrido@negocios.pt


 

Onde estão os tempos em que todos clamavam por reformas estruturais? E em que todos criticavam o diálogo? Hoje ouvimos a líder de um dos mais importantes partidos do regime, o PSD, a afirmar que Portugal não precisa de reformas. E a dizer que a...

 

Onde estão os tempos em que todos clamavam por reformas estruturais? E em que todos criticavam o diálogo? Hoje ouvimos a líder de um dos mais importantes partidos do regime, o PSD, a afirmar que Portugal não precisa de reformas. E a dizer que a nova avaliação dos professores será concretizada em diálogo com eles.

Quase cinco anos a fazer o que todos os economistas e políticos pediam foi o suficiente para perceber… porque não se tinham feito antes as tão exigidas reforma estruturais. Quase cinco anos a mudar estruturas contra a vontade das corporações foi o suficiente para… apelar ao diálogo, atitude tão criticada a António Guterres.

À saída do último debate entre líderes partidários, Manuela Ferreira Leite afirmou que o país não precisava de um governo maioritário, entre outras coisas, porque não precisa de leis que passem pelo Parlamento nem de reformas, mas de uma outra política.

A opinião de Manuela Ferreira Leite não é única. É espantoso como, em cerca de dois anos, se tenha passado de um
apelo desesperado e do elogio à coragem do actual governo, por fazer as reformas estruturais diagnosticadas como urgentes pela esmagadora maioria dos líderes de opinião, de economistas a políticos, para uma espécie de "já chega de reformas", já não são necessárias mais reformas.

O que se passou nestes últimos anos de era Sócrates é um extraordinário exemplo das dificuldades - e riscos - que se enfrentam na mudança de qualquer estrutura. Por isso as reestruturações são em regra adiadas quer nos países como nas empresas. O maior risco é a intervenção mexer, sem querer, num qualquer pilar que se revela determinante para mudar a opinião de toda a organização.

Durante décadas, praticamente desde que Aníbal Cavaco Silva deixou o Governo em 1995, clamou-se pela urgência de realizar mudanças estruturais na educação, saúde, justiça, segurança social, administração pública… Mudanças fundamentais para Portugal voltar a crescer acima da média comunitária, acabada que estava a possibilidade de aumentar o produto para níveis visivelmente mais elevados apenas pela construção de estradas.

Durante o Governo de José Sócrates, bem ou mal, foi isso que se fez. Os diagnósticos estavam feitos e as medidas elencadas, como também se disse várias vezes na era de Guterres e até na rápida passagem de Durão Barroso pelo Executivo. Era preciso meter mão à obra.

A obra iniciou-se com José Sócrates. Os resultados, todos o sabem com seriedade, nunca se poderiam ver no imediato. E fosse qual fosse o Governo, sabia que corria sérios riscos - muita gente ia perder benefícios.

O actual Governo teve essa coragem. Correu riscos. Nalgumas áreas as mudanças correram muito bem - como a simplificação administrativa e das carreiras na função pública - outras correram muito mal - como a justiça. Outras vão ter, assim parece, um elevadíssimo custo eleitoral - como na Educação.

Foram e são essas mudanças que permitem hoje dizer a Manuela Ferreira Leite e a muitos líderes de opinião que o país não precisa de reformas. Ou que explicam por que estamos todos fartos de reformas estruturais. Queremos agora alguma calma.
Mas todos, com seriedade temos de reconhecer, que essas reformas eram necessárias. E que ainda há muito para fazer.

José Sócrates pode acabar por ser uma vítima das suas reformas - e obviamente também da sua atitude. Os tempos mudam e mudam também as vontades e os quereres. Já ninguém quer reformas, mesmo sendo necessária. E o diálogo volta a estar na moda.

 

 

A preocupação com as gerações futuras

A preocupação com as gerações futuras é recorrente no debate político, sempre que um político precisa de fundamentar uma posição e não tem melhores argumentos invoca o interesse das gerações futuras. É o que tem feito Manuela Ferreira Leite em relação às grandes obras públicas, é o que fizeram muitos políticos no passado.

No caso das obras públicas Ferreira Leite já usou todos os argumentos possíveis, começou por dizer que não havia dinheiro, no congresso do PSD mudou de posição e defendeu que o dinheiro das grandes obras públicas deveria ser destinado aos pobres, mais tarde ainda ensaiou uma tentativa de partilhar as decisões em relação aos grandes investimentos (proposta que já tinha sido feita por Luís Filipe Menezes), por fim, Cavaco Silva atira o argumento do endividamento e agora surge o medo do papão espanhol.

Afinal, Manuela Ferreira Leite já não está preocupada com as gerações futuras, como não gosta de espanhóis, a não ser os do Santander que lhe pagavam mais de dois mil contos por mês (aparentemente para não fazer nada num cargo de administradora executiva) descobriu uma forma de lhes dar uma picada, não fazemos o TGV até Elvas e eles ficam tramados, perdem uns trocos em ajudas comunitárias. No tempo de Franco as infra-estruturas rodoviárias espanholas terminavam a umas dezenas de quilómetros da fronteira, cinquenta anos depois Manuela Ferreira Leite opõe-se à integração europeia recorrendo ao mesmo estratagema, mas esquece que a Espanha é o mercado mais próximo para as pequenas e médias empresas de que tanto fala, que os espanhóis são os que mais nos visitam e que, quer queira quer não, a Espanha estará sempre entre nós e o resto da Europa.

Também Salazar optou pela desconfiança em relação a Espanha, era ainda mais coerente do que Manuela Ferreira Leite já que mesmo com um ditador amigo do outro lado da fronteira mantinha a distância a alimentava o nacionalismo da padaria de Aljubarrota. A líder do PSD, pelo contrário, só é nacionalista quando o argumento lhe é útil, quando era ministra e a Espanha era governada pela direita foi subserviente e cedeu a todos os pedidos de Aznar, desde o TGV à guerra no Iraque, mesmo quando a Espanha passou a ser governada por Zapatero ficou calada no seu gabinete do banco espanhol. Foram muito mais prejudiciais para o país as intimidades entre o PSD e o PP a propósito da guerra do Iraque do que a participação de Sócrates em comícios com o PSOE.

Não é só à questão do nacionalismo e do salazarismo que esta abordagem de Ferreira Leite nos conduz a outros tempos, também na questão da preocupação com as futuras gerações Manuela Ferreira Leite lembra a concepção de Salazar, aliás, sucede o mesmo com a proposta de fazer estradinhas municipais recentemente feita por Cavaco Silva.

Também Salazar tinha uma grande preocupação em dever pouco ao estrangeiro, preferindo exibir as vastas reservas do Banco de Portugal, por isso o país herdou algum ouro e uma total carência em infra-estruturas em domínios como as estradas e telecomunicações. O povo português pagou uma pesada factura ao ter que investir na recuperação deste atraso em vez de apostar na competitividade da nossa economia.

É verdade que a construção de grandes obras públicas implica o aumento do endividamento e que este reduz o acesso ao crédito por parte da economia na sua globalidade e não apenas na perspectiva das empresas como refere Ferreira Leite que esquece que uma boa parte do crédito se destina ao consumo. Na perspectiva das futuras gerações a questão que se coloca é saber se preferem o país pobre em infra-estruturas ou receber um país moderno ainda que tenham de assumir a correspondente parte dos custos dos investimentos, se preferem estar em condições de investir na competitividade das empresas ou concentrar os investimentos no que as gerações anteriores não fizeram, porque preferiram amealhar ou usar a disponibilidade do crédito no consumo.

Afirmar que não fazendo investimentos o acesso ao crédito às empresas é facilitado pode ser uma mentira pois uma boa parte da capacidade de endividamento do país tem sido usada na expansão do consumo, principalmente de bens importados. Quando usa este argumento Ferreira Leite está preocupada com as PME e as futuras gerações ou está a defender os interesses de meia dúzia de grandes empresas? Para a banca é indiferente o destino do crédito, ganha muito mais com os juros que pratica no crédito ao consumo do que com o crédito às PME, é por isso que quando faltou o dinheiro para financiar as empresa esse mesmo dinheiro nunca faltou nos cartões de crédito. Grandes empresas do sector da distribuição, como, por exemplo, a SONAE ou a Jerónimo Martins (dois defensores de Manuela Ferreira Leite) terão mais possibilidade de expansão se a capacidade de endividamento do país for absorvida pelo consumo.
Estará mesmo Manuela Ferreira Leite preocupada com as futuras gerações? “ in [O Jumento]

 

Avançar Portugal



Avançar Portugal passa por Sócrates

A verdadeira riquesa do Homem é o Bem que ele faz ao mundo

                                       Maomé [571-632]

 

 

Vila Fria - Avda 25 de Abril


Por onde passam os peões?

Figos da India

Opuntia ficus
Vila Fria

Voto, mas não nesta Senhora




15 setembro, 2009

Enquanto o SLB vai ganhando á "Cruz de Cristo"...

Escrevo sobre ontem no debate da nação;

Não estão em causa a seriedade pessoal da drª. Ferreira Leite, as suas qualidades de carácter, ou a suas capacidades técnicas. Nenhum destes aspectos alguma vez esteve em dúvida.
O que está em causa são qualidades que pertencem a outro plano: a “Liderança”, e o “Carisma”, qualidades essenciais a um perfil político vitorioso.
Enquanto a qualidade de Liderança é inata, o carisma é uma qualidade que, em certa medida, pode ser construída ou ajudada a construir.
No caso da dra. Ferreira Leite, nem existe ali uma gota de “Carisma”, nem é possível achar-se nela uma centelha de “Liderança”.
A dra. Ferreira Leite nunca conquistou o partido. Foi empurrada para a liderança por falta de comparência de alternativas sérias, e porque, como noutros campos, também em política existe o horror ao vazio.
Desde o primeiro dia que intimamente se sabe que é uma líder frágil e de transição. Um perfil tipicamente “follower” não é, nem podia ser, portador de qualquer futuro.
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Desgraçadamente, para o país e para o PSD, não houve mais ninguém, das hipóteses que serviam, que quisesse chegar-se à frente.
O candidato Passos, em termos de liderança e carisma é como a dra. Ferreira Leite, mas sem a sua imagem de credibilidade. Nem ao mais experimental jamboree seria capaz de levar um agrupamento de escuteiros.

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A mudança só pode chegar com alguém que venha de fora do carreirismo. Eu acreditaria nas hipóteses de um empresário como Alexandre Relvas, assim ele estivesse para aí virado.
Como isso não parece poder acontecer tão cedo, o país que se prepare para mais um ciclo de Sócrates e do PS.

Daqui até ao final ainda podem haver surpresas. Até mesmo uma emergência que accione o “voto de condolências”, caso em que a hipótese de uma nova maioria absoluta não seria de descartar.

Debate – ainda o debate Sócrates – Ferreira Leite

Desde há muito que a SIC tem mantido uma estranha aparência de neutralidade na escolha ou aceitação de jornalistas, comentadores e palradores.

Para comentar este debate, a situação foi dum descaramento total.

Ricardo Costa está sempre contra Sócrates, Grça Franco, prima de igual modo por estar sempre contra, mas falta-lhe jeito e inteligência para dizer algo de jeito.

Se não fosse Betencurt Resendes a por aquela gente em respeito e com uma análise séria e honesta ao que se passou, aquilo seria de bater no “ceguinho” até este não aguentar mais.

 

 

Parcialidade 

Para comentar o debate entre Sócrates e Ferreira Leite, a SIC conseguiu reunir um painel de quatro comentadores, sendo três deles claramente identificados com a Direita (Graça Franco, Luís Delgado e Ricardo Costa). Lamentável.
Deve ser a tal "asfixia democrática"!

 

 

“Faz hoje um ano que faliu o Lehman Brothers, arrastando consigo as economias ocidentais, afectando os oligarcas russos e pondo um fim abrupto ao paradigma de consumo dos últimos 20 anos. Só na UE, governos de todos os quadrantes foram obrigados a nacionalizar 60 bancos (um em Portugal). Dito de outro modo, faz hoje um ano que a crise se instalou de forma inequívoca. Não é todos os dias que, num passe de mágica, desaparecem trinta mil milhões de euros de fundos bolsistas. Os nossos netos vão ser obrigados a estudar o 15 de Setembro de 2008. Nós não precisamos de estudar. Estamos a senti-lo na pele.

 

Contudo, quem ouve os líderes do PSD, do BE, do PCP e do CDS-PP, fica com a sensação que a crise começou há poucos meses, e por responsabilidade directa de Sócrates. Um bocado de decoro não lhes ficava mal.”  [Simplex]

 

 

 

TGV

“”As voltas que o mundo dá. Primeiro tivemos Ferreira Leite a criticar os grandes grupos económicos, piscando o olho à esquerda. Agora, no caso do TGV, vemos a líder do PSD e vários defensores da economia de mercado a falar de uma suposta oposição entre interesses nacionais e interesses espanhóis. Fascinante. Para estes nacionalistas de ocasião, o facto do TGV interessar aos Espanhóis significa que não interessa aos Portugueses. Porquê? Porque sim. Reparem que, subitamente, o problema deixou de estar no TGV em si e passou para o facto dos espanhóis se entusiasmarem com a coisa - um pecado, suponho. Isto dos interesses só existe em registo de soma nula, asseguram-nos, sem desatar a rir, os defensores da economia de mercado.”” [Simplex]

 

Manuela Ferreira Leite

Será que a vão reconhecer?

Os espanhois

Que rima, Que poema
"Olé
Ao contrário do que por aí se anda a dizer eu partilho da desconfiança de Manuela Ferreira Leite em relação aos “nuestros hermanos”, desde que nos levaram Olivença na sequência da famosa Guerra das Laranjas”. Aliás, essa de os Espanhóis nos terem ganho a Guerra das Laranjas é uma ofensa que nenhum militante do PSD que se preze pode perdoar.
Dizem as más-línguas que Manuela Ferreira Leite é incoerente ao agitar o espantalho espanhol, que tendo trabalhado para o Banco Santander não terá autoridade para usar as vestes de Padeira do TGV. Errado, antes de mais Ferreira Leite não trabalhou “para” o Santander, trabalhou “no” Santander, é uma coisa muito diferente, usou as instalações confortáveis do banco Espanhol para gerir o seu pequeno grupo de restauradores cavaquistas do PSD. Além disso, uma coisa é trabalhar e outra é ter emprego, Ferreira Leite era administradora “não executiva” do banco, ou seja, ganhava o dela e não fazia a ponta de um corno. Quantos portugueses se podem gabar se sacar mais de dois mil contos aos espanhóis sem mexer uma palha! Imaginem o que seria esta arte ao serviço dos negócios ibéricos, quando os espanhóis dessem por ela já estavam a pagar a despesa da Madeira sem darem por ela…
Esta arte da Manuela Ferreira Leite enfiar o barrete aos espanhóis já vem de longe, já no governo de Durão Barroso, quando o Aznar pensava que mandava nisto, os levou à certa. Quem bateu com os costados na guerra do Iraque foram eles, até tiverem meia dúzia de mortos em combate. A Manuela e o Barroso foram mais espertos, seriam o chá das cinco nos Azores e livraram-se da guerra, só mandaram o Agrupamento Alfa ensinar os iraquianos a usar fulminantes. Em contrapartida, fartamo-nos de fazer negócios com a reconstrução do Iraque. Não só fizemos os negócios como acabámos por não dar a Galp aos Bush da Carlyle.
Então, e o que sucedeu na TVI? Manuela Ferreira Leite foi tão esperta que matou dois coelhos com uma cajadada, enganou os espanhóis da Prisa e ia tramando o José Sócrates, ela é tão esperta que nem vai ter que aturar a Manuela Moura Guedes e já meteu uma cunha para lhe darem emprego na RTP, o que seria bom, passaríamos a ter tourada todos os sábados e um filme pornográfico sempre que a concorrência exibisse um programa de grande audiência. Pois, Sócrates bem se lixou, convenceu os espanhóis da Prisa a comprarem a TVI e a meter o Pina Moura à frente da nova estação de TV do PS, só que o novo presidente da TVI não resistiu ao glamour de Ferreira Leite e foi o que se viu, pôs os palitos ao líder do PS e pôs-lhe um pitbull a morder-lhe todas as sextas-feira.
Esta Manuela Ferreira Leite é mesmo uma espertalhona e ainda ninguém percebeu.
[ O Jumento]

Então, qual a resposta?

 

“Alguém sabe se Manuela Ferreira Leite aplica ao Laboratório Internacional de Nanotecnologia, promovido pelo Governo português e espanhol, e actualmente em construção em Braga, a mesma lógica do TGV? Ao fim e ao cabo, a abertura deste Laboratória significa a vinda de cientistas espanhóis para Portugal”   [in Simplex]

 

Pedsro Passos Coelho




Passos Coelho





Manuela Ferreira Leite