24 junho, 2009

Economistas

«Os velhos do Quelhas

Tenho de confessar que pouco ou quase nada sei do abaixo assinado dos 28 economistas (mais ou menos uma turma nos meus tempos de estudante do ISE), ouvi um ou dois nomes de entre os muitos que assinaram e fiquei a saber que defendem que as grandes obras públicas sejam adiadas ou melhor estudadas, qualquer coisa assim. Não me interessei pelo assunto porque considerei a posição um fenómeno recorrente a que já aqui chamei fruta da época, quando ocorre um tsunami aparecem os vulcanólogos e meteorologistas, quando aparece uma nova estirpe da gripe é a vez dos epidemiologistas e por aí em diante, se o tema é a dívida externa é natural que estes ilustres estejam preocupados. As suas medidas têm para o futuro de Portugal a mesma importância que terá o sistema de detecção de tsunamis prometido por Pedro Santana Lopes.

Só que a dívida externa não foi provocada por nenhum sismo, não nos engoliu de repente, é antes uma vaga que ganha dimensões depois de uma enchente que dura há anos. E ao contrário do que muitos cidadãos podem concluir com esta tomada de posição, nem sequer é provocada principalmente pelas obras públicas, é antes o resultado do desequilíbrio das trocas comerciais com o exterior que, por sua vez, é alimentado pela perda de competitividade das empresas e pela expansão da procura de produtos importados.

Só que estes senhores, como já aqui se disse em várias ocasiões, andaram muito entretidos a defender reduções salariais e equilíbrios orçamentais, esquecendo que aquele que sempre foi o grande problema da economia portuguesa, o desequilíbrio comercial com o exterior. Graças ao conforto resultante da adesão ao euro esqueceram-se de que o facto de termos a mesma moeda que os nossos parceiros comerciais, inviabilizando desvalorizações, não significa que não tenhamos que pagar o que compramos.

Onde estiveram estes velhos do Quelhas nos últimos anos? O que disse Luís Cunha sobre o desequilíbrio comercial enquanto foi ministro das Finanças?

Ainda há poucos meses se discutiu a construção do novo aeroporto e muito destes senhores andavam preocupados com a localização. Um dos grupos que elaborou o estudo até analisava as questões de ordem económica, mas, pelo que se vê, esqueceram-se do mais importante, do pilim. Andaram meses a discutir a localização e agora dizem que o problema é o endividamento! Bem, ou são idiotas ou andam a gozar com os portugueses. A não ser que o endividamento externo nos tenha inundado de repente, como se fosse um tsunami de contas por pagar.

Independentemente do que se possa dizer das opiniões técnicas destes ilustres cérebros, há uma evidente desonestidade de quem usa o argumento do endividamento soa agora, como se fosse uma bomba H made in Coreia do Norte. O que digo dos velhos do Quelhas, digo do velho de Belém e outras velharias económicas que andam por aí. Apesar do ar sério com que faltam, há muita falta de seriedade em quem usa os indicadores económicos em função da conjuntura política. É como se um médico optasse por tratar um cancro com aspirinas porque está a meio da legislatura, apenas optando pela cirurgia em vésperas de eleições.

Além disso, devo dizer que não reconheço autoridade moral a alguns nomes que ouvi par falar em defesa do país, a gente que vive à grande e à francesa à custa de pensões oportunistas, que sempre demonstraram estar mais preocupados com as suas contas bancárias do que com a situação do país.»

«In o Jumento»

Será que estas citações terão algo a ver com os professores?

«A dúvida é o principio da sabedoria»

«O ignorante afirma, o sábio duvida, o sensato reflecte»

«Existem duas espécies de idiotas: aqueles que não duvidam de nada e aqueles que duvidam de tudo»

Auto Europa - Intersindical

Quando a Intersindical deixa de "controlar" os trabalhadores, os acordos fazem-se.
A politica da terra queimada daquela central sindical, está a chegar ao fim.
Uma grande parte dos seus apoiantes, ou já estão reformados e por isso, a questão do emprego e da manutenção dos postos de trabalho lhes passa ao lado, ou então pertencem ao sector público e o emprego está assegurado.
No sector privado, vão acontecendo situações destas.
É claro que os trabalhadores são sempre prejudicados.
Serão bastante menos se o posto de trabalho acabar.
A intersindical que se cuide.

RH elogia confiança de trabalhadores na direcçãoO director de recursos humanos (RH) da Autoeuropa elogiou hoje «o grande envolvimento» dos trabalhadores que quarta-feira rejeitaram o pré-acordo laboral, estabelecido entre a comissão de trabalhadores a administração da empresa. »

Menú em tempo de crise

Barato em tempo de crise

Banqueiros

Ainda lhes vamos ter que levar um maço de tabaco e uns chocolates
«Crimes de banqueiros terão castigo até 5 anos de prisão.
A partir de hoje, escreve o Semanário Económico deste sábado, os crimes financeiros serão alvo de coimas mais pesadas com valores que podem atingir os cinco milhões de euros. Outros crimes, como a recepção ilícita de depósitos, darão pena de prisão até cinco anos.
Já está em vigor o novo regime sancionatório no sector financeiro em matéria criminal e contra-ordenacional. As lições dos casos do BPN e BPP, em plena crise dos mercados financeiros, «levaram ainda o Governo a estabelecer a publicidade das decisões condenatórias em processo contra-ordenacional na área bancária, dos seguros e fundos de pensões», justifica o jornal.
O objectivo, é o reforço do efeito de punição e de dissuasão, «bem como promover o alinhamento das molduras das coimas e das ferramentas processuais na banca, seguros e mercado de capitais», explica o Económico.
Oito meses depois da aprovação do diploma em Conselho de Ministros, o novo regime (publicado ontem em Diário da República), vem reforçar os poderes da supervisão em Portugal»

Oslo

Recordar o quintal de um amigo

Bragança


Professores - Férias à grande

Porto Salvo - 19/06/2009
Para que se veja, grande parte destes alunos acabaram a primeira fase do básico. Para o próximo ano escolar, para Setembro, irão começar uma nova vida numa outra escola.
Os pais, os familiares e amigos que foram ver a sua festa, se tiverem emprego ou trabalho, na próxima segunda-feira e em todas as outras que se seguirão, com excepção daquelas que ficararão incluidas nos seus períodos normais de férias - 22 dias úteis por ano, terão que se apresentar nos respectivos locais de trabalho.
Os professores desta escola e de todas as outras que existem por esse pais fora, e serão milhares, sabem o que lhes acontece?
Bem, coitados, por aquilo que os sindicatos e alguns desses professores apregoam, tem que estudar ( a cartilha de João de Deus, será) os novos programas do próximo ano, fazer o trabalho ciclópico das matriculas (?), os mapas e horários das turmas, etc, etc.
Coitados, e sabem durante quanto tempo?
Até meados de Setembro.
E sabem. Ainda durante este ano, e no início do próximo, vão ter mais um período de 15 dias de férias.
Será mesmo caso para dizer - coitados!!!

Praia

Foto da borda de água

23 junho, 2009

Mário Soares

 

"Curiosamente, a imprensa europeia - e a portuguesa ainda menos - não deu suficiente relevo ao plano de reforma financeira apresentado pelo Presidente americano.

A Europa parece ainda estar noutra.

Mais ou menos parada à espera que passe a crise para que tudo fique na mesma.

Não é possível."

« Mário Soares, "Diário de Notícias", 23-6-2009 »

Desemprego na OCDE

Sòcrates o grande culpado

« Taxa de desemprego deverá chegar aos dez por cento

OCDE terá 57 milhões de desempregados em 2010

A taxa de desemprego nos países da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento (OCDE) deverá atingir os 10 por cento no final do próximo ano, estimando-se que nos trinta países que integram a organização haja 57 milhões de pessoas sem emprego.

A confirmarem-se as projecções hoje divulgadas pela OCDE, em 2010 será atingida a taxa de desemprego mais elevada desde 1970.

Em 2008, a taxa de desemprego na OCDE foi de 6,8 por cento (37,2 milhões de desempregados), apontando as estimativas para um índice de 7,8 por cento em Abril.

Para a secretária geral da organização, o desemprego continuará a aumentar mesmo depois da retoma económica, justificando-se o empenho em medidas persistentes de apoios aos desempregados.

Angel Gurria recomendou, por isso, o reforço da aposta na formação para manter os desempregados em contacto com o mercado do trabalho e na melhoria das suas qualificações.

A OCDE é uma organização composta por trinta países: Austrália, Áustria, Bélgica, Canadá, República Checa, Dinamarca, Finlândia, França, Alemanha, Grécia, Hungria, Islândia, Irlanda, Itália, Japão, Coreia, Luxemburgo, México, Holanda, Nova Zelândia, Noruega, Polónia, Portugal, Eslováquia, Espanha, Suíça, Suécia, Turquia, Grã-Bretanha e Estados Unidos.»
« Público»

Leceia

Jardim - Leceia

CM Lisboa

Comentártios para quê?

Lisboa não é a Figueira da Foz nem o Palácio de S Bento

«O Tribunal de Contas chumbou as contas da Câmara de Lisboa de 2005, o ano em que Santana Lopes e Carmona Rodrigues partilharam a presidência da autarquia, segundo um relatório a que a Lusa teve acesso, que indica sobreavaliação de receitas, irregularidades detectadas no funcionamento dos refeitórios e violação das normas da contratação pública.

Esta gerência da Câmara de Lisboa é a quarta consecutiva a ser chumbada pelo TC.

«O crescente agravamento do montante da dívida a fornecedores evidencia que a transferência de fontes de financiamento - de instituições financeiras para fornecedores - já constatada desde 2003 se continua a verificar», diz o TC, destacando que as dívidas a curto prazo aumentaram 24 por cento em relação a 2004.

De acordo com o documento, a utilização da capacidade de endividamento passou de 65 por cento em 2001 para 182 por cento em 2003, 146 por cento em 2004 e 211 por cento em 2005.

Em 2005, outros valores subiram, com taxas de execução de 85 por cento (receita) e 77 por cento (despesa), fruto da venda de «uma parte significativa» dos fogos de habitação social e à alienação de terrenos, «com particular relevância para os da Feira Popular».

O documento acrescenta que «o sistema de inventário permanente obrigatório pelo Plano Oficial de Contabilidade das Autarquias Locais (POCAL) ainda não é aplicado» pela autarquia de Lisboa.

O relatório indica a permuta entre a HSE - Empreendimentos Imobiliários, Lda e o município de Lisboa, que implicou a transmissão da titularidade de vários lotes de terreno para a empresa e como contrapartida para a autarquia a entrega de obras de infra-estruturas já realizadas, «configura um negócio que envolvia a construção de uma obra pública» e deveria ter sido objecto de concurso público.

«A autarquia de Lisboa deveria ter procedido à abertura do procedimento administrativo aplicável em função do valor da obra, pelo que, não o tendo feito, foram violadas as normas da contratação pública», pode ler-se no documento.

O TC conclui que as contas de 2005 «não reflectem toda a realidade patrimonial e as relações com terceiros» da Câmara de Lisboa» «Portugal Diário »

Praia

Praia em repouso

Tagus Park -Centro Modelar do Serviço 112

Centro Modelar do Serviço 112 concluído em Julho

O primeiro centro de apoio ao sistema de emergência 112 deverá começar a funcionar em Julho, no Tagus Park, em Oeiras. O objectivo deste centro é melhorar as condições de atendimento dos cidadãos, simplificar e tornar o serviço mais eficaz.

El Rocio - Almonte - Huelva

Pormenor em porcelana de antiga carroça usada para a romaria de El Rocio

22 junho, 2009

A crise dos economistas

E são muitos os que indelizmente hoje ditam para as notícias algo que meses mais tarde deixam de acreditar e passam a defender uma tese absolutamente contrária.

De economistas muitos estão fartos.

Dificilmente acertam uma. Jogam mais nos bitaites que no certinho. E assim temos andado, ao saber destas mentes que navrgam ao sabor das ondas que é como quem diz, ao sabor dos seus interesses, sejam eles quais forem.

Na sua grande maioria são credores de altissimos salários em organismos do estado, doutos mestres de cátedra e muitos deles, empregados dos contribuintes – auferem até chorudas reformas dos bancos por onde passaram.

De quando em vez, juntam-se, ao saber de não se sabe bem de quê e vai daí, dessas sapientes mentes nascem, como água cristalina, umas lenga lengas que espremidas, lhes servam acima de tudo para auto-satisfação.

Muitos, surgem amiudadas vezes e até em ciclos bem definidos pelas televisões, deixando as suas vestutas opiniões, utilizando um palavreado de vocabulário complicado, como para que, quem não compreenda o que dizem, tenha que aceitar por vergonha de perguntar as ideias.

Na verdade, sobre a crise, não houve economistas, comentarista ou não, que não desse o seu palpite. Acontece que da crise, quando ela ainda se encontrava escondida foram poucos ou nenhuns que a previram.

Mais tarde, quando esta apareceu, então sim, foi o momento para as divagações. Como sempre, sobre o que ia acontecer, o desfezo e o final, sempre se continuavam a escudar nos "ses", nos "mas", para não dizerem mais do que hipóteses e que, dada a crueza da situação, qualquer principiante de economia não teria dificuldade em opinar de semelhante modo.

Hoje, sobre as grandes opcções estratégicas das grandes obras públicas, aí estamos na mesma.

Utilizam os meios de comunicação social para a "intimidação psicológica" sobre esses temas.

Devem ser grandes defensores da estratégia de Salazar – não pedir emprestado, não arriscar, não investir e deixar o ouro debaixo do colchão.

Sobre o ouro, infelizmente não será o caso, porque não abunda, mas sobre o investimento, faz-nos lembrar quando nos anos 60 chegávamos a Espanha e notávamos a diferença, por exemplo nas estradas.

Com a mentalidade destes cavalheiros, teremos que viajar até Badajoz, nem que seja de carroça, para aí apanharmos o AVE com acesso a toda a Europa.

No aeroporto da Portela, vamos juntar o Figo Maduro e talvez assim tenhamos a situação do congestionamento da pista que serve Lisboa resolvido.

Mais difícil, não será dizer onde se pode cortar no endividamento?

Onde se podem reduzir os custos desse sorvedouro enorme que é máquina burocrática do Estado.

Nos milhões que se gastam no dia a dia das Camaras Municipais, onde o Estado não tem qualquer controlo?

Nos submarinos e no equipamento bélico para as forças armadas?

Estes temas, parecem de gestão de mulher a dias.

Os economistas, só tratam temas a que correspondem as donas de casa.

Acidentes de viação

Como em muitoas casos, a estatisitica apresenta dados por um príodo de tempo demasiado longo, não indicanto, por exemplo a estatisticas por anos.

Uma falha que não dá para perceber o que foi acontecendo a cada ano passado.

No mesmo dia em que se noticia que houve quebra nas multas por greves de zelo das entidades autoantes, seria bom que se pormenorizassem por ano a evolução da redução da sinsitralidade viária

"Portugal conseguiu reduzir em 47 por cento o número de mortes na estrada entre 2001 e 2008, segundo o 3º relatório PIN (Performance Índex) de segurança rodoviária, que será divulgado esta segunda-feira, em Bruxelas.

Assim, o objectivo da União Europeia de diminuir os valores para metade até 2010 está a apenas três pontos percentuais, podendo ser atingido já em 2010." « Portugal Diário»

Educação - ensino

Por muito mal que os detratores da Ministra digam, ficará na história, por se ter aguantado no próprio vendaval que criou.

A educação, as escolas, os professores, nada poderia ficar como estava.

Muitos vão dizer que ficará pior.

Esses, sempre dirão isso, pois são os defensores do deixa andar. Os interesses e as regalias instaladas eram demasiados evidentes e pesadas para o bolso dos contribuintes para que tudo ficasse na mesma.

Que se danem os muitos que são contra.

A escola, os alunos e o ensino daqui a uns, poucos anos, vão dar-lhe razão.

"«A a Z da Educação». Assim se chama o documento de 64 páginas que o Ministério da Educação publicou e disponibilizou no seu site oficial. É uma espécie de balanço do trabalho feito entre 2005 e 2009, sob o antetítulo: «Mais e melhor serviço público de educação».

Maria de Lurdes Rodrigues dá o mote, no prefácio: «Aumentar os níveis de formação e de qualificação da população portuguesa, através de uma política integrada de valorização da escola pública, foi a prioridade definida para a presente legislatura em matéria de Educação».

Entre elogios ao seu mandato, referiu como pontos altos a «escola a tempo inteiro», a criação de novos cursos profissionais, o alargamento da acção social escolar, a modernização do parque escolar, a avaliação interna e externa das escolas e o novo modelo de gestão.

A ministra não se esqueceu de elogiar os pais, mas também os professores, pessoal docente, órgãos de gestão e autarquias, que junta no mesmo grupo: «Têm vindo a fazer um trabalho persistente no combate ao insucesso escolar e ao abandono precoce, com resultado visíveis para milhares de jovens e respectivas famílias, que encontram hoje nas escolas respostas mais ajustadas às suas expectativas».

«Não é a história do meu mandato. É apenas um documento de divulgação mais ampla que refere as medidas de política mais emblemáticas, com mais impacto na vida das escolas e das pessoas», justificou Maria de Lurdes Rodrigues à Agência Lusa, considerando que «é importante prestar contas e fazer balanços, bem como divulgá-los»." «Portugal Diário »

PCP

"ASSIM SE VÊ A FORÇA DO PÊCÊ

É conhecido o interesse estratégico do PCP pleas forças de segurança e pelas magistraturas, sectores onde nos últimos tempos tem beneficiado da preciosa ajuda do PSD que espera beneficiar eleitoralmente da estratégia de terra queimada de Jerónimo de Sousa. Com o poder crescente do fisco é natural que o PCP também se interesse por este sector, todavia, tem tido dois obstáculos, a existência de um sindicato independente fortemente implantado na DGCI e a fraca implantação sindical nos trabalhadores das Alfândegas onde uma comissão de trabalhadores tem substituído a influência sindical.

Mas o fisco não só tem um peso crescente no plano da investigação com, através das bases de dados, tem informação estratégica da maior importância. Com os impostos "blindados" à influência da CGTP restava ao PCP tentar as alfândegas. Derrotado nas eleições para a liderança da CT optaram pela estratégia da sarna, durante meses fizeram a vida negra aos membros da Comissão de trabalhadores, até houve uma personagem que durante meses se armou em defensor oficioso dos trabalhadores, quando não em comissão de trabalhadores oficiosa.

Perante a oposição da CT o sindicato oficial do PCP para o sector chegou ao ridículo de chamar a si a negociação dos vínculos com Governo apesar de entre os trabalhadores das Alfândegas os sindicalizados pouco mais serem do que meis dúzia de gatos pingados. O estatuto oficial permite ao sindicato reporesentar os trabalhadores sem ouvir a opinião destes, orientadno os conflitos segundo os seus objectivos. Chegou mesmo a protestar por o director-geral reunir com a CT em vez do sindicato invocando que a CT, eleita pelos trabalhadores, não ser sua representante.

A partir do momento em que a estratégia da sarna conseguiou levar a maioria da CT à demissão tomaram conta desta, apesar de não representarem a maioria dos trabalhadores e aí sim a CT passou a ser representativa, a reunir com o sindicato e a divulgar os seus documentos. A CT oficiosa desapareceu e o sindicalista (um artista que não cumpre horário mas de forma oportunista recebe subsídios de turno) promoveu rapidamente uma mini reunião de trabalhadores para convocar uma greve de três dias, isso mesmo, três dias pois num mês de subsídio de férias nada como os trabalhadores das Alfândegas para alimentarem o calendário político de Jerónimo de Sousa.

Estes representantes da treta dos trabalhadores sabem muito bem que há negociações em curso e que até há abertura do Governo para encontrar uma solução para os trabalhadores do fisco, solução que só ainda não foi encontrada porque os "betinhos" da DG da Administração Pública são vítimas de uma doença bem nacional, a dor de corno, tudo fazendo para que os trabalhadores da DGCI e DGAIEC percam o estatudo que têm há muitas décadas.

Mas é óbvio que seja na Autoeuropa, nas polícias, nas magistraturas ou nos professores a estratégia do PCP passa pelo conflito, melhor ainda se esse conflito puser fim a qualquer possibilidade de acordo e desembocar em lutas de rua e manifestações ou, como o Mário Nogueira gosta muito, em esperas fascistas a membros do Governo. O que o PCP pretende é o inverso do que desejam os trabalhadores das Alfândegas, que não haja qualqur acordo, que o conflito saia para as ruas, levando os trabalhadores do fisco a substituir os professores e outros grupos profissionais que já se cansaram.

É preciso alimentar o conflito, a bem dos resultados eleitorais do PCP, porque é assim que se vê a força do pêcê!

Não faço greve, nem que Jerónimo de Sousa me endosse o cheque de algumas centenas de euros que me custaria uma greve de três dias com objectivos que apenas servem a estratégia eleitoral do PCP. Mesmo sem lei do financiamento às medidas do PCP a verdade é que a campanha política da CDU é a mais cara do país, só que é suportada pelos trabalhadores que pensando defenderem os seus direitos se deixam cair no regaço de sindicalistas profissionais, como o tal que recebe subsídio de turno (deve ser por fazer turnos entre o sindicato e o partido), que estão mais interessados em cumprir as directivas políticas que recebem do que em defender os trabalhadores." - «In O Jumento»