23 maio, 2009

Marinho Pinto versus Manuela Moura Guedes

Manuela Moura Guedes que tem a "mania" que é jornalista, precisa de umas lições de vez em quando
Marinho Pinto: "Você faz um péssimo jornalismo"
Entrevista no 'Jornal Nacional' transformou-se numa troca de acusações entre a jornalista e o bastonário dos advogados.
O bastonário da Ordem dos Advogados acusou ontem a jornalista Manuela Moura Guedes de "envergonhar" a classe jornalística e de violar diariamente o seu código deontológico. Numa entrevista em directo no Jornal Nacional, que acabou por se transformar numa dura troca de acusações, Marinho Pinto afirmou ainda que a apresentadora faz "julgamentos sumários" nas suas entrevistas."Você é que podia fazer mais pela sua classe", disse António Marinho Pinto, depois de a jornalista ter afirmado que o bastonário faz pouco pelos advogados, quando denuncia na praça pública irregularidades cometidas pelos profissionais da ordem a que preside.
Manuela Moura Guedes referia-se às declarações recentes do bastonário no Dia do Advogado sobre a existência de advogados que ajudam os seus clientes a cometer crimes. "O senhor é um bufo", disse a jornalista, causando grande irritação ao seu convidado. Marinho Pinto começou então a acusá-la de "fazer um julgamento disfarçado de entrevista".
Durante mais de vinte minutos, os dois envolveram-se numa chuva de críticas, com a jornalista a defender-se das afirmações de Marinho Pinto.
Visivelmente incomodado com a situação, o bastonário acusou a apresentadora do jornal da TVI de "fazer um espectáculo degradante" e de "passar uma má imagem dos profissionais" da estação televisiva. Foi na sequência desta troca de acusações que Marinho Pinto disse que Manuela Moura Guedes "devia ter vergonha de fazer o que faz como jornalista".
Dirigindo-se ainda aos responsáveis da TVI,o porta-voz dos advogados disse: "Quem a põe aqui devia ter vergonha. Esta estação merecia uma jornalista com mais respeito pelas regras deontológicas". No final, a jornalista respondeu: "É o seu julgamento, e a sua opinião é uma coisa que não me incomoda, como deve calcular".
O DN tentou contactar os dois envolvidos neste incidente, mas tal não foi possível. «Diário de Notícias»

Luis Filipe Vieira - o fisco anda à caça

Benfica: Agentes da esquadra da PSP de Carnide chamados ao Estádio da luz
Filipe Vieira insulta inspector do FiscoO presidente do Benfica, Luís Filipe Vieira (LFV), insultou um funcionário da Direcção de Finanças de Lisboa que o queria notificar como testemunha num processo fiscal. O episódio ocorreu anteontem, no Estádio da Luz, e levou à intervenção da PSP de Carnide.

Setubal - Bela Vista . . . de outro angulo

Por Fernanda Cancio
«O assunto arrefeceu. Já não há “directos” da frente da esquadra a horas certas nem especialistas sortidos a fazer comparações com a “revolta grega” ou com os subúrbios em chamas da França em 2005.
Ainda bem: significa que o bairro voltou à normalidade. É dessa normalidade que é preciso falar. Muito do que se ouviu e leu sobre a Bela Vista (até sobre o nome do bairro, chamando-lhe “enganador”) demonstra uma coisa simples: muita gente não sabe do que fala. Soa presunçoso dizer isto, mas de facto não se pode concluir outra coisa quando se ouve e lê que o bairro “não tem condições” ou “foi deixado à sua sorte, degradado e maltratado”. Entendamo-nos: o bairro foi construído nos anos 70, logo a seguir ao 25 de Abril (tinha sido em parte planeado antes, o Estado Novo também fazia bairros sociais, caso haja gente esquecida). Atendendo a isso, está em razoável bom estado – muito melhor estado que grande parte da cidade de Lisboa, por exemplo. Os apartamentos são espaçosos e apreciados pelos locatários, e, o que é muito importante, o bairro faz parte de Setúbal, não se distingue da restante malha urbana nem está num descampado qualquer afastado de tudo. Tem escolas de todos os ciclos do ensino obrigatório, algumas recém construídas e outras em reconstrução, um supermercado, um mercado novo e um parque verde (o parque da Bela Vista) criado há poucos anos. Tem campos de jogos, pátios comunitários (que servem vários prédios) e, pelo menos no bairro azul, uma magnífica vista de estuário (a tal que lhe deu o nome). Tem transportes públicos, esquadra e recolha de lixo. Tem ainda várias instituições lá sediadas, entre as quais a Associação Cristã da Mocidade, com piscina e várias actividades para crianças e jovens. Tudo isto no bairro, no seu espaço físico. É isto um “gueto”, um lugar “abandonado à sua sorte”, como tanta gente o disse e descreveu? Não parece. Não é.» [Diário de Notícias]

PJ - e agora, não haverá por aí muito mais disto?

Tapam-se uns aos outros...
Gonçalo Amaral condenado por falsidades de depoimento
Inspectores absolvidos de tortura
Os três inspectores da PJ acusados de tortura por Leonor Cipriano foram esta tarde absolvidos pelo Tribunal de Faro, que deu como provadas as agressões à mãe de Joana durante o inquérito ao desaparecimento da menina, em 2004, mas não identificou os agressores.
O antigo coordenador Gonçalo Amaral foi condenado por falsidade de depoimento e Nunes Cardoso por falsificação de documento.

22 maio, 2009

CCT – sem distribuição em Vila Fria

Os CTT desde a passada segunda-feira que não distribuem correspondência em Vila Fria.

O que se passará?

Falta de correspondência para distribuir ou falta de pessoal para a distribuição?

É uma vergonha, para além do contratempo que causa tla situação.

21 maio, 2009

Democracia – cada um toma a quer

Claro que há muita razão para muita da indignação pela classe politica.

Todos os dias passam pelas telenovelas dos telediários, dos foruns e dos mais variados frente a frente, optimos exemplos, melhor, maus exemplos daquilo que os politicos não deveriam fazer.

Exemplos daquilo que muitos politicos não deveriam deixar que se fizesse. Exemplos de péssimos exemplos maus.

A meneira como se confrontam dentro do espaço próprio para a explanação das ideias, o Parlamento, em certos momentos, parece tudo, menos uma casa onde o respeito mutuo, o civismo e sã convivência democrática deveriam ser o ponto de honra de todos e a todo o momento.

Se ainda isso não bastasse, politicos conhecidos da praça, continuam a vomitar a mentira, a falta de ética pessoal e politica com os seus pares, a vociferar juizos pérfidos e más intenções por dá cá aquela palha, aproveitndo os meios de comunicação para se fazerem notar ainda mais.

Assim não.

Maus exemplos, não ensinam ninguem.

19 maio, 2009

Professores - Aulas de Sexo

Pode parecer anedota, mas não é.
A FENPROF, por analogia com o caso Lopes da Mota, "ainda" não pediu a exoneração ou um castigo exemplar, mesmo antes de se "armar" um processo disciplinar.
Estranha-se que toda a oposição mantenha um sepulcral silêncio.
Será que não chamar a professora a uma das várias comissões parlamentares com escritório aberto 24 horas por dia?
Esperemos para ver até onde chega desta vez e sobre este caso a hipócrisia da nossa classe política.
A propósito, será que é legalmente admissível como prova, uma gravação efectuada sem autorização?

A Federação Nacional dos Professores defendeu hoje a averiguação dos factos ocorridos numa escola em Espinho que levaram à suspensão da professora por alegada abordagem imprópria, na sala de aula, de questões sexuais e da intimidade dos alunos.

Futebol

Assim vai o Futebol.
Foram este agora.
No FCP, toda a gente sabe o que se vem passando desde há muitos e muitos anos.
Na Madeira, até lhes deu para "assaltarem" a loja do Ronaldo.
No Benfica a claque tambem anda "embrulhada".
Assim vai o nosso país.
A impunidade para actos deste tipo e de outros continua de braço dado com o lascismo de quem deveria, prender, investigar, levar a julgamento e punir.

Dias Ferreira foi esta tarde agredido por dois indivíduos, junto ao seu escritório, em Lisboa, alegadamente devido à sua pretensão de concorrer à presidência do Sporting.

Professores

Vamos lá entender esta "gente jovem" em confronto de "gostos" com os "velhos"!

Alunos consideram professora suspensa de escola de Espinho como "a mais espectacular"  

Dezenas de alunos da Escola EB 2/3 Sá Couto de Espinho descrevem a docente, que foi suspensa devido à acusação de manter conversas impróprias nas aulas, como "a professora mais espectacular na escola".

ISN - Paço de Arcos

« Barco em terra, barco na água»
A pouco mais se resume a actividade de "salvamento" e "socorro" em Paço de Arcos
Talvez seja um desperdício de verbas gastas em estruturas e equipamentos deste tipo nesta zona de Portugal.

"O Instituto de Socorros a Náufragos (ISN) é o organismo humanitário responsável pela direcção técnica dos serviços de salvamento de vidas humanas nas áreas marítimas e fluviais de Portugal. Foi fundado 1892, sob o alto patrocínio da Rainha D. Amélia, como uma entidade privada de beneficência com o nome de Real Instituto de Socorros a Náufragos. Actualmente o ISN depende da Marinha Portuguesa, através da Direcção-Geral de Autoridade Marítima, mantendo no essencial os objectivos e missão para os quais foi fundado"

Kama Sutra católico

A boa prática justifica a opinião sobre determinados temas.

Para situações desta natureza não estamos convictos de que a teoria posta em livro, seja uma boa e verdadeira prova de que estas práticas terão interesse.

Então será verdade que o padre as terá experimentado?

Que bela novidade?

Padre lança "Kama Sutra católico"
Um padre polaco escreveu um guia prático e teológico aconselhando como casais casados podem melhorar a sua vida sexual.
O objectivo é, para o padre, o de acabar com atitudes excessivamente conservadoras de muitos dos fieis

Educação

Mais uma notícia anganadora.

A quem interessa apresentar as notícias desta forma?

Ao ler-se a notícia, verifica-se a diferença entre o cabeça-lhe e o conteudo total da notícia.

Provas de aferição dos 4.º e 6.º anos

Associação de Professores de Português considera provas "facilitistas"

18 maio, 2009

Sondagem- Universidade Católica


Sondagens
Partido que irá ganhar as eleições europeias?
    PS: 52,8%

    PSD: 22,5%

    Sem opinião: 24,4%


Partido mais votado

VOTANTES (31,9% do total dos inquiridos)
PS: 38,5%
PSD: 32,3%
BE: 9,2%
PCP: 8,7%
CDS/PP: 5,6%
Indecisos: 5,0%

Freeport - Eurojust


Uma ajuda para a compreensão da situação. Um ponto de vista.

Em 1989, como funcionária do MNE, fui objecto de um processo disciplinar. Que se seguiu a um inquérito (que eu própria tive de requerer), por ter sabido que um biltre (Luis Esteves, conselheiro de imprensa na Missão Permanente de Portugal em Genebra e simultaneamente corrrespondente da LUSA na Suiça !!), tinha -com cobertura de um outro biltre - vindo bufar ao Ministro João de Deus Pinheiro falsidades a meu respeito. Um ano depois, o processo disciplinar - em que evidentemente, tive de ser ouvida - concluia pelo arquivamento por inconsistência da acusação.Como é óbvio, entretanto, forte da razão que me assistia, não suspendi - nem fui suspensa - do exercício de funções diplomáticas (e passei de Genebra a exercê-las em Tóquio).Referi esta experiência pessoal aos jornalistas que me contactaram nestes dias sobre o "caso Lopes da Mota", para fundamentar que, se eu estivesse no lugar dele e estivesse certa da correcção do meu comportamento, não tomaria a iniciativa de suspender funções.Acrescentei não ver contradição entre o que o Vital defendera (a auto-suspensão "se porventura estivesse no lugar dele") e a posição do Governo, que - devendo respeitar os direitos, liberdades e garantias dos cidadãos, incluindo o cidadão Lopes da Mota - não deveria agir enquanto o processo disciplinar não concluisse por eventual condenação e enquanto a entidade que tutela o Procurador Lopes da Mota - o PGR - se não pronunciasse sobre a conclusão do processo disciplinar.Acrescentei que conheço Lopes da Mota desde os bancos da Faculdade e tenho dele a melhor impressão pessoal e profissional.Acrescentei que pude verificar, no Parlamento Europeu, como ele era apreciado como competente membro (primeiro) do EUROJUST e, depois, como seu Presidente - eleito pelos seus pares e não por qualquer arranjo diplomático, o que evidentemente reflecte o reconhecimento internacional da sua qualidade e prestígio profissionais.
Claro que nada disto interessou a quem só quer "sangue" sobre "o caso Lopes da Mota".Aqui fica escrito, por isso, agrade ou não.«Ana Gomes»

A Justiça

Para ler com atenção

«O magistrado Lopes da Mota não deve sair do Eurojust. Não deve suspender o seu cargo. Nem pedir a demissão. Nem ser demitido. Se a representação de um Estado deve traduzir a verdade, ele é o homem certo no lugar certo. Não se compreenderia, por exemplo, que o representante do Estado português, em qualquer organização internacional, não soubesse falar a língua materna. Nem que o delegado de Portugal à NATO fosse um pacifista militante e um notório objector de consciência. Lopes da Mota é discutido e comentado em todos os jornais. É acusado de ter sido autor ou instrumento de pressões pessoais e políticas exercidas sobre outros magistrados. Por causa dessa acusação e após averiguações, é alvo de um processo disciplinar mandado fazer pelo procurador-geral da República. A maioria dos políticos e dos comentadores diz que se deve demitir e não reúne condições para exercer o cargo. O primeiro-ministro, que o nomeou, diz que não tem nada a ver com o caso. Este currículo, limitado a uns factos recentes de conhecimento geral, faz dele o representante ideal num organismo europeu de coordenação entre os sistemas judiciários. Ele é o genuíno e fiel símbolo da justiça portuguesa.

Ajustiça portuguesa é cara, lenta e burocrática. Está geralmente mais interessada no processo do que no apuramento da verdade dos factos e na prova. Os magistrados não são avaliados por entidade independente. Os sindicatos de magistrados são máquinas de poder político e corporativo a que o Estado democrático não soube opor-se. Os conselhos superiores servem os interesses das corporações e impedem que a voz dos cidadãos tenha alguma força e que a legitimidade democrática tenha eficácia na sua organização.

A justiça portuguesa é um condomínio fechado, hermético e impermeável ao interesse público e às ansiedades dos cidadãos. A circulação entre conselhos superiores, sindicatos e tribunais superiores, passando, por vezes, por cargos políticos, consagra o poder de uma casta impune e inamovível.

Muitos agentes da justiça, juízes, procuradores, polícias e advogados participam, sem contenção nem reserva, nos debates públicos, têm presença garantida nas televisões, nas rádios e nas capas dos jornais. Alguns orgulham-se dos seus sindicatos, entidades híbridas e absurdas dedicadas a organizar duas classes profissionais, a dar-lhes peso e força política e a preservar privilégios. Dirigem-se à opinião pública com ilimitada arrogância, evocando a sua independência, que consideram autogestão e soberania.

As técnicas de investigação são toscas e, por vezes, atentatórias dos direitos dos cidadãos. Questões de família são adiadas anos, por vezes até à morte de um dos interessados. Conflitos comerciais não têm resolução, a não ser pelo desaparecimento das respectivas pessoas ou empresas. Por causa do processo e do atraso, as compensações obtidas pelas vítimas ficam aquém dos prejuízos causados. Crimes de corrupção, apesar de provados, são desculpados.

Os procuradores têm poder a mais e não têm qualquer reserva na sua intervenção política, nem no modo como querem condicionar juízes, advogados e políticos. As fugas de informação e as famigeradas quebras de segredo e sigilo de justiça, geralmente dirigidas e deliberadas, são o mais impressionante retrato do estado a que a justiça portuguesa chegou.

A reputação da justiça portuguesa no estrangeiro é medíocre e risível. A opinião pública portuguesa considera os magistrados e a justiça como um dos sectores da vida pública que menos merecem respeito e confiança. A justiça portuguesa cria, não resolve problemas.

Aculpa é um fenómeno errático e fugidio. A sua trajectória é circular. Juiz, procurador, oficial de justiça, advogado, solicitador, polícia, ministro e deputado: cada um tem a certeza do seu comportamento exemplar e não hesita em culpar o vizinho ou todos eles.

Para o juiz, a culpa do estado em que se encontra a justiça portuguesa é, sem dúvida, dos agentes do Ministério Público, dos advogados e dos políticos incompetentes.

Já o procurador se queixa do Governo, da falta de meios que este lhe concede, dos deputados que fazem más leis, dos juízes que se julgam infalíveis, dos advogados que não cessam de criar problemas e das polícias que estão às ordens do Governo.

Os advogados não têm dúvidas e apontam o dedo aos deputados, aos magistrados e aos procuradores, sem esquecer as polícias.

O ministro, por sua vez, invoca a independência dos juízes para justificar o seu absentismo, ao mesmo tempo que se queixa das polícias, dos advogados e da verdadeira máquina de poder que é a Procuradoria-Geral. Os polícias consideram os juízes brandos, os deputados inúteis, o Governo oportunista e os advogados obstáculos à justiça.

Em comum, os corpos judiciais e outros "operadores" condenam os cidadãos impacientes, os comentadores e os jornalistas. Também em comum, o seu desinteresse pela causa pública e pela reforma deste estado de coisas.

Há centenas de magistrados, procuradores, polícias e advogados que cumprem os seus deveres, que se esforçam por ser bons profissionais, que trabalham mais horas do que deles se esperaria, que resolvem casos a tempo, que dirimem conflitos, que nunca são fonte e origem de problemas e que resistem à volúpia do protagonismo televisivo e jornalístico. Mas essa não é a percepção que os cidadãos têm da justiça. Essa não é a marca da justiça portuguesa. Algumas características do sistema e o comportamento de uns punhados de "operadores" fazem da justiça o pior da sociedade, quando deveria ser o melhor.

A justiça portuguesa sofre, no seu conjunto, da má reputação que alguns dos seus dirigentes ou responsáveis têm na opinião pública. É atingida pela incompetência dos deputados e pelo medo dos governantes. Colhe as consequências das políticas públicas. Tem a má fama causada pela rede de cumplicidades tecida há muito entre políticos e magistrados e fielmente traduzida na génese e na actividade dos sindicatos de magistrados. A justiça deveria ser a última instância de confiança. Deveria ser o exemplo. Em vez disso, é um caso. Um problema. O mais grave problema português.» [Público assinantes]

Lisboa...é assim




17 maio, 2009

Freeport – Lopes da Mota e outros mais

Pelo andar desta carruagem, a Procuradoria Geral da República bem pode deixar de existir.

Temas entregues aos procuradores para investigação ou processos disciplinares, passam a ser analizados nas comissões da Assembleia da República em simultaneo com o seu desenvovimento normal na PGR.

Os procuradores, pelo que tem vindo a público, pouco ou nada fazem, quando o fazem, fazem mal e como o segredo de justiça, foi chão que já deu uvas, a chamada à Ass da Republica, sempre poupava aso jornalistas alguem tempo e dinheiro, pois nas comissões, ao que se sabe ainda não chegou o segredo de justiça.

Nos últimos tempos, passaram pelas comissões da AR várias personagens envolvidas em diversos escandalos.

Daí, até agora, o que resultou, nada. Ninguem foi obrigado a sair pela porta pequena do Conselho de Estado, teve pena agravada se está preso ou foi julgado mais rapidamente se o seu processo está em fase de instrução.

Que lógica é esta de, para satisfação ao "ego partidário", se transforme uma comissão da AR em braço inquiridor da PGR?

Alguna partidos, muitos politicos, se querem aparecer diáriamente nos ecrãns das TV e nos jornais, devem fazer por isso, mas, com raqzões muito mais sérias.

Ao que se sabe, até o próprio arguido na fase de inquèrito judicial, pode recusar-se a responder, porque razão o haverá de fazer na AR?

Caso Freeport
Requerimento do CDS para audição de Lopes da Mota entregue no Parlamento segunda-feira de manhã

Jornalistas Miseráveis

Só assim.
Quando lhes bate à porta, já sabem chamar "os bois pelos nomes"

O director do semanário qualificou de "miserável" o jornalismo de Manuela Moura Guedes. Um embargo está em causa.
O director do semanário Expresso, Henrique Monteiro, acusou ontem o Jornal Nacional de Manuela Moura Guedes na TVI de fazer jornalismo "miserável", porque mostrou a capa da edição de hoje do semanário. Monteiro escreveu no Twitter (uma rede social online) que só enviou a capa do jornal para a TVI com o embargo de só ser exibida às 24.00, no programa sobre os jornais do dia seguinte. "O que a TVI fez qualifica o seu jornalismo", escreveu Henrique Monteiro, acrescentando no post seguinte: "Confesso que achei mto [muito] estranho. De facto é miserável..." O Expresso dá destaque na primeira página à entrevista com o primo de Sócrates envolvido no caso Freeport (invocou o nome e a intervenção do então ministro do Ambiente para ganhar um concurso), que está na China.

Bela Vista

«Quando foi construído, o Bairro da Bela Vista em Setúbal, não seria um paraíso, mas tinha condições de qualidade de vida muito razoáveis, muito acima do que os que para lá foram viver estavam habituados e muito próximo daquilo que de melhor um país que não é rico pode fazer por comunidades desfavorecidas. Nem a crise actual nem o desemprego ou a exclusão social podem justificar que, na Bela Vista, como em outros 'bairros sociais' construídos de raiz e com condições mais do que aceitáveis, ao fim de pouco tempo tudo esteja escavacado pelos seus habitantes. Não é porque alguém está desempregado ou se sente marginalizado socialmente que tem o direito de rebentar com o elevador do prédio, pintar e sujar as paredes, vandalizar os espaços verdes ou ficar meses sem mudar uma lâmpada fundida.

O debate desta semana na Assembleia da República sobre os acontecimentos violentos da Bela Vista foi uma oportunidade perdida para que, com a contribuição de todos os quadrantes políticos, se iniciasse uma discussão séria sobre estas questões, antes que o incêndio, por enquanto sob controlo, nos bata à porta, como sucedeu em França ou na Grécia. Infelizmente, estamos em ano plurieleitoral e parece que toda a política se resume a duas abordagens: por um lado, o Governo a fazer a propaganda do que fez; por outro, a oposição a atribuir ao Governo a culpa de todos os males, desde a crise do subprime nos Estados Unidos até à responsabilidade pelos jovens que disparam tiros sobre a esquadra da PSP na Bela Vista.

Pela esquerda, Loucã repetiu os lugares-comuns mais primários da enciclopédia política, exigindo ao Governo "um programa de emergência, a aprovar amanhã, que dê segurança, pão e emprego e acabe com os guetos no país inteiro". Um pouco mais de ousadia e teria pedido um programa social que desse a cada habitante dos guetos um bólide 'quitado' para eles se entreterem a fazer corridas nocturnas clandestinas na Ponte Vasco da Gama ou na Via de Cintura Interna. Visto assim, o problema é simples: o desemprego gera fatalmente violência, a pobreza gera crime. Logo, a solução é simples: emprego para todos (onde?), bem-estar para todos. Quanto custa, quem paga, como se paga, isso são pormenores.

Pela direita, pediu-se o habitual: mais polícia, menos imigrantes, mais repressão. Mas Paulo Portas acrescentou, e com razão, que mais polícia só António Costa é que a teve em Lisboa para a caça à multa.

Pelo Governo, Sócrates fez o que lhe competia — defender a polícia — e aquilo que faz em qualquer situação: responder com números, números que ninguém controla, ninguém sabe se são verdadeiros ou não e se alguma vez saíram das leis e do papel para se transformarem em actos concretos com reflexo na vida concreta das pessoas.

Acontece que todos têm uma parte da razão e ninguém a tem por inteiro. Porque a compulsão para o debate político infrutífero, para o confronto visando exclusivamente as sondagens e a popularite, impede um esforço concertado de todos para se chegar a um consenso sobre uma visão de conjunto para um problema que é mais do previsível que terá de ser atacado, de cima a baixo, antes que se transforme numa bomba de fragmentação a explodir estilhaçando tudo à volta.

Se quisermos começar por ir à mina de água, o problema nasce logo no desordenamento territorial que se tem vindo a agravando. Seria necessário compreender, de uma vez por todas, que quando se seguem anos a fio de políticas que conduzem à morte do mundo rural e ao despovoamento do interior, se está a criar um problema que vai ser sentido a jusante. Quando, como fez este Governo recentemente, se acaba de liquidar a Reserva Agrícola, quando a agricultura é substituída por plantações de eucalipto que não criam um posto de trabalho, ou por campos de golfe, quem não queira ou não possa reconverter-se em caddie ou vigilante de fogos florestais só tem como destino vir habitar um desses guetos nas grandes cidades, onde lhes prometem emprego, com comodidades novas e centros comerciais para passear ao fim-de-semana. E o mesmo acontece quando não há políticas fiscais agressivas, políticas de descentralização administrativa séria, que fixem populações nos centros urbanos do Interior. E, quando essas populações que desaguaram nas grandes cidades por falta de alternativa, se deparam com uma crise que lhes rouba os prometidos empregos, não lhes restam sequer as relações de vizinhança e de entreajuda a que estavam habituadas. Porque, como bem sabemos, não é por haver uma multidão à nossa volta que estamos menos sós.

Depois, é evidente que a questão da imigração e das quotas para imigrantes é uma questão séria e que precisa de ser debatida, sem preconceitos, quer do ponto de vista social, como criminal. Porque se, por um lado, os imigrantes acrescentam uma multiculturalidade que é salutar, se rejuvenescem a população e até são essenciais para o financiamento da Segurança Social, também parece inescapável pensar que o país não pode acolher, sob pena de graves custos e distúrbios sociais, aqueles que não tem condições para receber decentemente. E se, do ponto de vista criminal, é mais do que abusivo pretender que o aumento da imigração corresponde fatalmente ao aumento da criminalidade, também não há como negar o que todos os relatórios dizem: que a criminalidade violenta, organizada, grupal, está a ser largamente importada e protagonizada por imigrantes, sobretudo do Leste.

O passo seguinte é reflectir até que ponto a construção de bairros sociais — sobretudo se habitados por comunidades étnicas particulares, misturadas ou não entre si — é uma boa solução ou antes um barril de pólvora pronto a explodir. Quantos bairros sociais destes temos com bons resultados? Porque é que em Braga, onde eles acabaram, a criminalidade diminuiu? As populações autóctones rejeitam a integração nos seus bairros de negros, ciganos ou oriundos do Leste? Mas terão elas o direito de decidir ou isso é política inalienável do Estado (foi a questão de Oleiros)?

Decisiva é também a questão de saber quais os limites de actuação que devem ser concedidos à polícia e quais os meios necessários para que a polícia não fique à defesa, entrincheirada na esquadra, enquanto os bandidos ocupam a rua, fazendo dela o seu farwest privado. Mas também é necessário que se assente que um carro em fuga, mesmo que com presumíveis delinquentes lá dentro, não justifica que se atire a matar. E, sobretudo, que a falta de treino ou de perícia da polícia não pode continuar a servir de desculpa para os tiros que são disparados para os pés e acabam por atingir a cabeça dos suspeitos.

E, finalmente, julgo que as próprias comunidades destes bairros têm de ser responsabilizadas, naquilo que são os seus deveres. O país não tem obrigação de pagar prédios que são vandalizados ou jardins que só servem para largar os dejectos dos cães ou passar droga. Os pais têm de ser responsabilizados pelo que fazem os filhos, os condóminos pelo estado do prédio, as associações locais pelo uso dos espaços de fruição comum. E um delinquente de 14 anos tem de ser travado e castigado, antes que se transforme num bandido de 20 anos. A liberdade de não viver cativo de uma minoria de arruaceiros também é tarefa de cada um.» [Expresso assinantes] «Miguel Sousa Tavares»