30 março, 2009
Tagus Park - Perdizes
29 março, 2009
Le Pen
Jean-Marie Le Pen na sessão plenária do Parlamento Europeu, voltou a classificar o Holocausto como um "detalhe" da história.
Políticos como este Le Pen, que certamente, escondem que nunca viram fotos do holocausto, nunca visitaram Dechau ou um qualquer dos vários campos de concentração nazis que ainda existem para mostrar ás gerações futuras os crimes cometidos pelos nazis ou não tiveram por próximo algum familiar ou amigo que tenha sido apanhado na senha racista da Segunda Grande Guerra, obrigam-nos a questionar da possibilidade de gente desta estirpe poder vir a ensonbrar a Europa com a sua filosofia e prática politíca.
Sindicato dos Magistrados
João Palma, presidente do Sindicato dos Magistrados
Este senhor João Palma, presidente dum Sindicato, que por mero acaso é o dos Magistrados, é um magistrado que perante as camaras da TV faz denuncia de pressões sobre os seus colegas que tem em mão a investigação do processo Freeport.
Este cobardolas, que não deve passar de mais um dos muitos "manga de alpaca" que se refugiam nos sindicatos, com os seus vencimentos pagaos pelos contribuintes não deve ter aprendido que tudo aquilo que disse é de uma extrema gravidade e que em matéria de Justiça as denúncias tem que ser provadas e comprovadas.
Será que neste país, não há ninguem que venha a terreiro, obrigar este distintissimo sindicalista a justificar e a provar aquilo que disse.
Será que qualquer "badameco" pode muito bem dizer o que quer e o que lhe apetece sem no minimo ser chamado à responsabilidade?
Ou será ainda que os outros seus colegas, são tão cobardes como este que, perante tais situações, não fazem a sua denuncia para que quem o está a fazer seja perseguido criminalmente
Com este tipo de conversa de "comadres" ninguem vai a lado nenhum, muito menos a Justiça que tanto tem andado pelas ruas da amargura.
Freeport
O casal Moniz da Tvi tem engendrado um númeo inpensável de situações para denegrir a imagem do Primeiro Ministro por e com razões diversas que ainda não suscitaram a curiosidade ou o interesse dos palradores habituais, aliás muitos deles tornando-se arautos do casal na sua propria televisão.
Agora quando um dos pseudo intervenientes na conversa do dito DVD vem dizer publicamente, e após ter sido ouvido pela PJ, que nunca injuriou José Socrates, o assunto passa a ser analizado de forma diferente.
Diz ele no comunicado conforme publica o DN: «O britânico Charles Angus Smith, gerente da Smith & Pedro, consultora do Freeport, desmentiu, este sábado, em comunicado que alguma vez se tenha referido ao primeiro-ministro português de forma injuriosa.
"Mantive durante anos muitas reuniões com os administradores, nomeadamente Alan Parkins, algumas na presença de João Cabral e outros colaboradores para discutir questões relativas ao empreendimento", mas "é falso que alguma vez, naquelas reuniões, ou em qualquer outra oportunidade, me tenha referido ao primeiro-ministro de forma injuriosa, bem como a qualquer outro político, ou tenha oferecido, ou prometido contrapartida, ou vantagem, para obter o licenciamento do Freeport", garante no comunicado, a que a Agência Lusa teve acesso.» [Jornal de Notícias]
Pois é, pode ter havido dinheiro sujo, se alguma vez houve, por debaixo da mesa, mas pedido em nome de alguem que afinal não o terá pedido, nem recebido.
Não será assim?
28 março, 2009
deus para mim, diabo para os outros . . .
Desde criança que me ensinaram que não deveria querer só para mim aquilo que negava aos outros.
Pela vida fora fui aprendendo que a análise de determinadas situações, embora não sendo possível, porque só quem as sofre, numa situação concreta as sabe quantificar e valorizar.
Desde há muito tempo que Socrates tem vindo a ser alvo de uma perseguição jornalistica de que não há memória neste país.
Ele sabia o que tinham tentado fazer e fizerem, ao seu antigo secretário geral de partido, Ferro Rodrigues, ( não só a ele, mas até a Jorge Sampaio, ainda na altura Presidente da República) quando do processo Casa Pia.
A partir daí por outras razões que não fossem, deveria ter bastas reservas em relação à actuação de alguns jornalistas que em conjugação com os seus patrões, iriam fazer-lhe a vida negra, como o fizeram com o seu antecessor à frente do PS.
A perseguição sistemática, programada no tempo e no espaço, tem surgido com contornos maqueavélicos, dignos dos melhores temas dum filme .
Hoje, após todo este tempo, com o processo do Freeport a voltar a ser "reaberto" e, com as hipóteses que os meis judiciais tem para a colheita da verdade sobre os eventuais indicios de crime, os jornais e as TV´s não se coibem de tentar julgar por sua conta alguns dos que terão eventualmente a ver com aquele processo.
Para além da eventual e sistemático caluniamento de Sócrates de forma directa ou indirecta por diversos meios de comunicação, pretendem a tempo e a horas escolhidas com meticulosidade "científica", nem sequer aguardando as diversas diligencias da justiça, crucificar em público o Primeiro Ministro.
A paciência terá certemente os seus limites e, bem poderá acontecer que num destes dias o feitiço se volte contra o feiticeiro., pois não acredito que muitos daqueles que hoje o agridem diàriamente, não tenham o seu telhado de vidro.
A grande maioria dos políticos, com a sua posição de surdos e mudos, olhando para o lado, deixando que um seu companheiro de caminhada esteja a ser tratado de semelhnate maneira e, não proferindo uma palavra de solidariedade, não face ao temas em causa, mas áá aviltante maneira com que está a ser tratado, mais não demonstram que afinal, querem Deus para si e o Diabo para os outros.
O jornalismo e a política, neste país e neste momento, muito mais que em outro qualquer momento, estão emporcalhados e mergulhados na lama da hipocrisia, política e profissional.
Não, não há campanha negra?
Seria bom que se soubesse, daqueles que são os seus mentores e os que a estão a por em prática como reagiriam se esta "peste" lhes tocasse à porta.
Universidade de Coimbra – propinas em dívida
Embora alguns não completem os cursos, o problema resolve-se bem – não há "canudo" para ninguem enquanto não forem liquidadas as dívidas.
Será que a muitos destes estudantes lhes faltam "as bicas" e os seus "cigarinhos" a quase 4,00 € o maço, por dia ?
O contribuinte não pode estar a sustentar vícios em troca de propinas. Não será?
As dívidas de alunos da Universidade de Coimbra (UC) em cobrança duvidosa, pela falta de pagamento de propinas, ascendem a mais de 2,6 milhões de euros, revela uma auditoria do Tribunal de Contas (TC), hoje divulgada.
Segundo o relatório, relativo à gerência de 2007, a UC era credora, a 31 de Dezembro daquele ano, de um total de cerca de 4,6 milhões de euros relativos a propinas não pagas.
Marinho Pinto e o caso Freeport
Quando ao meio da tarde de sexta-feira se soube do artigo que o Bastonário da Ordem dos Advogados fez sair no boletim da sua Ordem. Desenhava o vendavel de opiniões que iriam surgir pelos noticiários dos canais de televisão.
Tal veio a acontecer, com os mais diversos "palradores", alguns bem conhecidos, pelo conteúdo e sentido das suas "opiniões".
Marinho Pinto pos na praça pública uma série de factos que, embora constantes dum acordão em que foram julgados e condenados, quer polícias, quer jornalistas, factos esses que não eram do conhecimento da maioria dos portugueses.
Embora estejam relacionadas com o caso Freeport, não houve na altura nem nestes tempos mais próximos jornalista de investigação, nem nenhuma Felícia Cabrita que lhe interessasse dar à estampa semehantes factos.
A relevância dos factos e o conjunto de pessoas denunciadas em juizo, terão condicionada a exploração jornalistica dos mesmo.
A garvidade de estarem envolvidos polícias, magistrados e políticos, em sitonia e em reuniões, é muito mais condenável do que os argumentos que agora, muitos desses "palradores" pretendem confrontar o Bastonário, argumentando com a s mais dispares opiniões, e escamoteando o que é principal em todo este tema – que os portugueses na sua maioria desconheciam os factos, que a imprensa não teve qualquer interesse em relatar os mesmos a seu tempo e que por terem sido provados como verdadeiros em juizo, apontam e dão razão a muitos daqueles que hoje, não o podendo ou não o querendo provar, denunciam que de facto existe uma perseguição felina ao primeiro ministro.
Não pode hoje, haver político, que não venha denunciar publicamente o que se está a passar.
Sabe-se que a hipocrisia é uma das grandes armas dos políticos, escudando-se por detrás dela para com um tipo de conversa fiada, fugir à responsabilidade de opiniar sobre o cerne da questão.
A conjugação de se saber o que se passou a seu tempo com aquele tipo de conluio com Sócrates e a sistemáticas notícias postas no ar, a conta gotas, denuncuam o quê?
No final, será que a maioria dos portugueses ainda está a passar ao lado de uma situação destas?
Esperemos que não?
TVI – Manuela Moura Guedes e José Eduardo Moniz
Sempre se espera que a cada sexta-feira venha mais uma notícia sobre Socrates, Freeport ou algo semelhante.
O que se estranha é que seja sempre á sexta-feira.
Desta vez a coisa azedou.
Será que os jornalistas estão envoltos por uma capa que os protege de tudo e de todos, podendo dizer e escrever o que bem lhes passa pela cabeça sem serem chamados à responsabilidade, usando os meios de comunicação poderosos como neste caso, a televisão, deixando os visados sem a mesma capacidade de resposta?
Não passa pela cabeça de ninguem que isto seja jornalismo e que as notícias colocadas no éter a cada final de semana seja pura coincidência.
27 março, 2009
Freeport
O problema não está no romance, porque esse tem vindo a ser feito quase que no dia a dia.
O problema está que o Procurador Geral da República não desmentiu uma única virgula do artigo de Marinho Pinto, o que para além de ser muito grave sobre o ponto de vista dos métodos da investigação criminal, denuncia "conluio" entre pessoas e entidades na expectativa de prejudicar terceiros, concorrentes políticos na oposição.
E o Senhor Procurador, sobre isso não diz nada?
PGR diz que estão a fazer um "romance" e que o bastonário da OA é livre de escrever o que entender.
O procurador-geral da República (PGR) considerou hoje que estão a fazer "um romance" à volta do processo Freeport e disse que o artigo do bastonário da Ordem dos Advogados não vai em nada interferir na investigação.
"Estão a fazer um romance à volta do caso Freeport, que é um processo em investigação como há mais cerca de 500 mil. Porém, gostaria que logo que seja possível tudo será tornado público", afirmou Pinto Monteiro em declarações à Lusa.
O Papa e o Preservativo
Podem vir a dar as voltas que quizerem ao interpretar as palavras do Papa, mas não chamem de estúpidos e ignorantes a quem interpretou bem o que Bento XVI disse.
Revista "Lancet" quer que Papa se retracte das declarações sobre o uso do preservativo
A revista "Lancet", uma das mais conceituadas publicações médicas do mundo, acusou o Papa de ter distorcido as provas científicas sobre o uso dos preservativos, exigindo mesmo que Bento XVI se retracte das polémicas declarações proferidas durante a visita que fez a África na semana passada.
Oeiras – Isaltino – O chocalho
Oeiras já não é uma terra de rebanhos. Já foi.
A construção comeu a terra de cultura e de pasto. Já não há pão nem queijo freco.
A sementeira agora faz-se com carros, contrução, poluição, afinal com "evolução".
Pelo Isaltino e pelo chocalho, não...
"Se, por irracional que pareça, alguém apresentasse uma medida que obrigasse os habitantes de Oeiras a usar um chocalho ao pescoço, Isaltino assinaria de bom grado. O que implica saber qual a atitude dos habitantes de Oeiras perante um homem que é, objectivamente, um perigo para eles."
O Medo - Carlos Drumond de Andrade
Apesar de tudo, não nos deixemos aprisionar pelo Medo
A Antonio Candido
"Porque há para todos nós um problema sério...
Este problema é o do medo."
(Antonio Candido, Plataforma de Uma Geração)
"O futuro pertence a Deus, que não sabe onde o escondeu."
Em verdade temos medo.
Nascemos escuro.
As existências são poucas:
Carteiro, ditador, soldado.
Nosso destino, incompleto.
E fomos educados para o medo.
Cheiramos flores de medo.
Vestimos panos de medo.
De medo, vermelhos rios
vadeamos.
Somos apenas uns homens
e a natureza traiu-nos.
Há as árvores, as fábricas,
Doenças galopantes, fomes.
Refugiamo-nos no amor,
este célebre sentimento,
e o amor faltou: chovia,
ventava, fazia frio em São Paulo.
Fazia frio em São Paulo...
Nevava.
O medo, com sua capa,
nos dissimula e nos berça.
Fiquei com medo de ti,
meu companheiro moreno,
De nós, de vós: e de tudo.
Estou com medo da honra.
Assim nos criam burgueses,
Nosso caminho: traçado.
Por que morrer em conjunto?
E se todos nós vivêssemos?
Vem, harmonia do medo,
vem, ó terror das estradas,
susto na noite, receio
de águas poluídas. Muletas
do homem só. Ajudai-nos,
lentos poderes do láudano.
Até a canção medrosa
se parte, se transe e cala-se.
Faremos casas de medo,
duros tijolos de medo,
medrosos caules, repuxos,
ruas só de medo e calma.
E com asas de prudência,
com resplendores covardes,
atingiremos o cimo
de nossa cauta subida.
O medo, com sua física,
tanto produz: carcereiros,
edifícios, escritores,
este poema; outras vidas.
Tenhamos o maior pavor,
Os mais velhos compreendem.
O medo cristalizou-os.
Estátuas sábias, adeus.
Adeus: vamos para a frente,
recuando de olhos acesos.
Nossos filhos tão felizes...
Fiéis herdeiros do medo,
eles povoam a cidade.
Depois da cidade, o mundo.
Depois do mundo, as estrelas,
dançando o baile do medo.
Provedor de Justiça
Recorde-se a "historia" do prenchimento do cargo em situações análogas de anos anteriores:
• Coronel Manuel da Costa Brás (1975-1976) foi o primeiro provedor, encarregando-se da instalação da instituição;• Conselheiro José Maria Barbosa de Magalhães Godinho (1976-1981) foi indicado pelo PS, era Mário Soares primeiro-ministro;• Conselheiro Eudoro Pamplona Côrte-Real (1981-1985) foi indicado pela AD, era Pinto Balsemão primeiro-ministro;• Bastonário Ângelo Vidal de Almeida Ribeiro (1985-1990) foi indicado pelo PS, era Mário Soares primeiro-ministro;• Bastonário Mário Ferreira Bastos Raposo (1990-1991) foi indicado pelo PSD, era Cavaco Silva primeiro-ministro;• Conselheiro José Manuel Menéres Sampaio Pimentel (1992-1996) foi indicado pelo PSD, era Cavaco Silva primeiro-ministro;• Conselheiro José Manuel Menéres Sampaio Pimentel (1997-2000) foi indicado pelo PSD, era António Guterres primeiro-ministro;• Dr. Henrique Alberto Freitas Nascimento Rodrigues (2000-2004) foi indicado pelo PSD, era António Guterres primeiro-ministro;• Dr. Henrique Alberto Freitas Nascimento Rodrigues (2004-…) foi indicado pelo PSD, era Durão Barroso primeiro-ministro.
Acresce que Nascimento Rodrigues — que decidiu envolver-se no processo da sua substituição, invocando argumentos que não lembrariam ao careca ("Eles comem tudo" e "relação de forças" no Conselho de Estado) — aceitou todo catita ser a escolha, em 1992, de Cavaco Silva para a presidência do Conselho Económico e Social, ao mesmo tempo que o então primeiro-ministro indicava Menéres Pimentel para provedor de Justiça.
PS desiste de Jorge Miranda e procura um novo nomeO líder parlamentar do PS, Alberto Martins, disse ontem que os socialistas estão "à procura de uma personalidade" para o cargo de provedor de justiça, após o acordo bilateral com o PSD ter falhado.
O PS afastou assim o nome de Jorge Miranda para substituir Nascimento Rodrigues na Provedoria de Justiça, mas Manuel Alegre saiu em sua defesa. "Seria algo de muito lamentável para a nossa democracia que um nome incontroverso e tão indiscutível como é o do professor Jorge Miranda não fosse aprovado na Assembleia da República", afirmou Manuel Alegre, considerando que o PSD deveria ter maior "abertura de espírito".
Jorge Miranda quis manter-se à margem da polémica e confirmou apenas que o PS revelou o seu nome com o seu consentimento. Mas não disse se se mantém disponível para ocupar o cargo de provedor.
Marcelo R Sousa - Tribunal
Para "depor" em tribunal, recorre "ardilosamente" ao seu estatuto de Conselheiro de Estado.
Professores
Docentes acusam ministra de violar lei da negociaçãoA Federação Nacional dos Professores (Fenprof) ameaça apresentar queixa contra o Ministério da Educação (ME) alegando violação da lei da negociação. Em causa está a selecção de docentes para os agrupamentos/escolas considerados Territórios de Intervenção Prioritária (TEIP).
Segundo a Fenprof, o 'Ministério da Educação simulou a negociação do Projecto de Portaria do procedimento concursal para a selecção de docentes'. De acordo com um comunicado da federação, na reunião, realizada dia 12, o Ministério informou a Fenprof tratar-se da 'primeira e última reunião' que convocaria para o efeito.
'A pressa em fechar este processo devia-se ao facto, não confessado, de o ME, irregularmente, ter retirado do concurso os códigos dos 59 TEIP.' A federação, liderada por Mário Nogueira, fala em 'farsa negocial'.
Marinho Pinto acaba com muitas dúvidas
O bastonário da Ordem dos Advogados diz que a carta «anónima» que deu origem ao processo Freeport foi escrita «por sugestão da própria PJ». Este dado é revelado por António Marinho Pinto num extenso artigo que irá fazer capa no número de Abril do Boletim da Ordem dos Advogados, a que o tvi24.pt teve acesso, e que pode ser lido na íntegra aqui. O advogado tece críticas à investigação e fala num «caldo político-jornalístico».
No artigo com o título «Carta Anónima que incriminou Sócrates foi combinada com a PJ», Marinho Pinto refere que os dados que torna públicos foram apurados num processo de violação de segredo de justiça e constam de um despacho proferido pela magistrada do Ministério Público Inês Bonina, em Julho de 2006.
«A carta "anónima" dirigida à Polícia Judiciária no início de 2005, que incriminava o secretário-geral do Partido Socialista, José Sócrates, e que deu origem ao processo Freeport, foi escrita por sugestão da própria PJ», escreve Marinho Pinto, logo no início das quatro páginas que assina. Depois, acrescenta: «Na verdade, a carta nunca foi anónima, já que o seu autor sempre foi conhecido dos investigadores policiais e chegou mesmo a participar em reuniões com inspectores da PJ».
No texto, Zeferino Augusto Boal, membro da Assembleia Municipal de Alcochete, é apontado como autor dessa missiva, que é descrita - e publicada na íntegra - como um texto «baseado apenas em "boatos", "rumores" e "conversas de café"».
«Não queria "dar a cara"»
Marinho Pinto escreve ainda que «o recurso ao método da carta "anónima" visava, supostamente, proteger o seu autor, que não queria "dar a cara"». «Por isso a carta fora escrita e enviada à Polícia por sugestão da coordenadora superior Investigação Criminal de Setúbal da PJ, Maria Alice Fernandes, e do Inspector José António Elias Torrão», lê-se.
O bastonário acrescenta depois que «a situação, já de si insólita, adquire contornos algo preocupantes, porquanto a ideia da carta "anónima" parece ter surgido num contexto de encontros e reuniões entre inspectores da PJ, jornalistas e figuras ligadas ao PSD e CDS».
Em tom crítico, Marinho Pinto refere que «esse "caldo político-jornalístico" fez e faz recair as piores suspeitas sobre a génese daquela investigação, sobretudo por se tratar de um ano de eleições legislativas».
A PJ também é alvo de críticas. «Os investigadores, mormente a Polícia Judiciária, não saem muito bem desta história, pois não são correctos do ponto de vista processual», sublinha. O advogado chega mesmo a falar em «cultura de irresponsabilidade». «Aconselhar o recurso a cartas anónimas, reunir com jornalistas (e com opositores políticos do principal visado com as denúncias) são métodos que não são próprios de uma investigação criminal isenta», aponta.
Marinho Pinto questiona ainda o arrastar do processo «Porque é que, mais de quatro anos depois, o Ministério Público ainda não encerrou o inquérito, acusando quem for de acusar e ilibando quem for de ilibar?». «Em Portugal, infelizmente, predomina uma cultura de irresponsabilidade que permite que as investigações se arrastem indefinidamente», escreve.
Isaltino Morais
Isaltino Morais admite ter fugido aos impostos quando comprou casa
O presidente da Câmara de Oeiras admitiu hoje, segundo dia do seu julgamento, ter fugido aos impostos, remetendo para mais tarde questões sobre a proveniência de quantias relativas a viabilizações de negócios imobiliários e outros negócios.