31 agosto, 2015
Paulo Rangel - In Vai e Vem
Daniel Oliveira - a teoria da ocupação política
O rearranjo da esquerda
(Daniel Oliveira, in Expresso, 29/08/2015)
Daniel Oliveira
30 agosto, 2015
29 agosto, 2015
Novo Banco - ou a grande mentira
Maria Filomena Mónica
Hospitais em rutura
Quem vota nesta gente?
28 agosto, 2015
Espanha utilizará as linhas do AVE para transporte de mercadorias
Paulo Portas visita "obra" de Sócrates
«O que aqui está em causa é, aliás, quero chamar a atenção, investimento público do bom, no sentido [de] que é investimento público produtivo» (vídeo), disse Paulo Portas, ao visitar as 14 empreitadas de obras de infra-estruturas em curso no Alqueva.
Governo de falcatruas e pantomineiros
Querem fazer em meia dúzia de dias o que não fizeram em 4 anos - privatização do Metro do Porto - um escândalo nacional.
Ajuste directo para uma privatização de tal monta? Por onde anda a indignação dos portugueses?
27 agosto, 2015
Os sem vergonha - e são muitos, mesmo muitos
O ‘duettino’
(Baptista Bastos, in Correio da Manhã, 26/08/2015)
Baptista Bastos
A democracia está envolvida em papel pardo e não me parece que possa endireitar-se.
Passos Coelho afirma não ir aos debates na televisão, para as legislativas, se Paulo Portas não for convidado. Estamos em pleno reino do absurdo ou, pior, na insustentabilidade de uma birra que fere a legalidade do acto.
O ‘duettino’ mantém-se neste equilíbrio instável, porque assim o deseja o presidente do PSD, com a natural aquiescência do chefe do CDS. No caso de o capricho ter a aquiescência indesejada pela lógica e pela norma, a Direita obterá o parceiro de coligação como o segundo defensor das propostas conhecidas, e a Oposição terá outro adversário pela frente. Um escândalo e uma vergonha.
Passos é grande apreciador da conflitualidade inútil, e a quezília política costuma embrulhá-la em omissões e enganos, deixando atrás de si um rasto de pequenas indignidades. Não é só ele que fica amolgado na incredibilidade; a democracia está envolvida em papel pardo e não me parece que possa endireitar-se nos anos mais próximos. Esta nova arrochada, creio, apesar de tudo, que não pode passar na Comissão Nacional de Eleições. A admitir o ludíbrio, o PCP e os Verdes teriam de ser aceitos com a legitimidade de outra coligação, aliás mais antiga.
Há algo de psicanalítico nestas avançadas do inquietante ‘duettino’ que tem tripudiado sobre a democracia com a desfaçatez de quem goza de total impunidade. A crítica é esvaziada de sentido, ou está ausente dos jornais; os recalcitrantes são afastados; os comentadores de televisão não causam dano moral nem reflexão: são os relatores do óbvio, ao serviço do poder e do estipêndio. Nem no tempo do fascismo a subserviência atingiu tal grau de indignidade. E a Resistência tocava, transversal, a sociedade portuguesa.
Parece que o País está manietado com medo e com espanto. Os intelectuais recolheram-se à concha das suas vaidades e, ainda há pouco, um deles, antigo comunista, recebeu, sem pudor e sem integridade, trémulo de emoção, das mãos do dr. Cavaco um penduricalho que uma pessoa de bem recusaria com repulsa.
As coisas chegaram a tal nível que tudo parece admissível. A manobra enleada pelo ‘duettino’ desta aceitação quase total da pouca vergonha tornou-se banal. Mas ainda há quem não desista de combater esta teia reticular de infâmias. E aqui estão, para o que der e vier.
Amigos para as ocasiões e... para os negócios
Um pequeno mundo de promiscuidades
A peça jornalística sobre a participação criminal contra a ex-diretora maria do carmo marques pinto, da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa, e ontem inserida no «Público», é elucidativa do tipo de pessoas nomeadas por santana lopes para aquela instituição.
Casada com casimir oriol, que criou uma empresa espanhola com um dos fotógrafos das campanhas eleitorais de durão barroso e do mesmo santana lopes, a referida diretora conseguiu que lhes fossem adjudicados trabalhos audiovisuais num valor superior a 150 mil euros.
Ora essa empresa, a Loft Works, embolsou o dinheiro e não apresentou os trabalhos com que se comprometera.
E para tudo ter um picante ainda mais interessante, acontece que maurício valente, o sócio do conjugue de maria do carmo, é um amigo do coração de laura ferreira, a ditosa esposa de passos coelho, talvez por ambos terem nascido na Guiné-Bissau.
É caso para dizer que, na promiscuidade de interesses alimentado pela direita nas várias instituições onde pode exercer os seus estratagemas, o mundo acaba sempre por ser muito pequeno, indo bater amiúde a portas bem conhecidas...