18 outubro, 2009

Escolas - Professores - Alunos

O problema das escolas apenas e só tem a ver com a avaliação e as carreiras dos professores.  Não será?
Onde param as opiniões dos sindicatos?

O Ranking das escolas



""A divulgação do ranking das escolas do ensino secundário foi divulgado esta semana mas mal foi notícia, os jornais limitaram-se a tratá-lo como se fosse o final de um campeonato da terceira divisão, viram quem ganhou, quem desceu e identificaram as primeiras escolas públicas. É uma pena, o ranking das escolas poderia servir para uma reflexão séria sobre a situação do ensino em Portugal.
Não entendo a razão porque se presta tanta atenção ao topo da classificação, onde o ensino público está quase ausente e ninguém se incomoda em analisar as escolas pior classificadas. Serão em locais de grane pobreza? Terão quadros de professores pouco estáveis? Enfim, poder-se-iam colocar muitas interrogações.

Por exemplo, seria interessante comparar os modelos de gestão das escolas bem classificadas com as do final da lista. Um estudo sério sobre as aptidões e projectos promovidos pelas diversas escolas poderia ajudar a compreender as diferenças. Afinal, quando se avaliam as escolas não se está a avaliar apenas os alunos cujos resultados nos exames servem para a classificação das escolas, está-se também a avaliar os gestores e os professores das escolas.

"Seria muito interessante comparar a qualificação dos professores das escolas privadas que lideram o ranking com os das escolas públicas. Ajudaria a perceber melhor a realidade do nosso ensino se fossem comparados os vencimentos auferidos pelos professores das escolas privadas com os das escolas públicas.
Porque não comparar as taxas de absentismo entre escolas públicas e escolas privadas e entre as escolas no topo do ranking com as do fim da lista?
E como há muita gente a tentar justificar as misérias das escolas com a miséria social seria interessante proceder a um estudo sociológico das escolas públicas e das escolas privadas. Não tenho grandes dúvidas de que, em regra, as diferenças poderão ser grandes, mas serão assim tão grandes entre as escolas privadas de Lisboa e liceus da capital como o Liceu Camões e o Liceu Pedro Nunes.
O ranking das escolas suscita muitas dúvidas, mas parece que ninguém está interessado em esclarecê-las, começando pelos sindicatos dos professores que normalmente não perdem uma oportunidade para ocupar a comunicação social mas que desta vez optaram pelo silêncio. Compreende-se, há coisas em que não convém mexer porque cheiram mal"" [ O Jumento]

7 comentários:

Anónimo disse...

Tudo o que é questionado neste "post" faz sentido.
Para ser breve no meu comentário, referir-me-ei a duas questões apenas.
1 - Já aqui sugeri, num comentário passado, que deve haver algum cuidado ao comparar-se os resultados entre escolas públicas e privadas. Adivinha-se porquê...
2 - Também já deixei dito, no mesmo comentário, que se o Ministério da Educação restituisse aos professores das escolas públicas a autoridade que já tiveram e que os da privada possuem, muita coisa mudaria para melhor.
É pensar nisto.
Não sou professor nem sindicalista, apenas um

CIDADÃO ATENTO

Anónimo disse...

Os professores não querem assumir as suas responsabilidades - tudo o resto é conversa e desculpa para o laxismo em que o ensino tem vivido.
Por mais dialética que usem, só enganam quem quer ser angado. Basta dar uma volta pelas escolas e falar com os pais de muitos alunos

Anónimo disse...

Também sou pai e avô. E também andei e ainda ando pelas escolas.
Ao contrário do que o comentador anterior pretende insinuar, os professores querem, sim, assumir as suas responsabilidades. Não têm é quem os deixe: Ministério da Educação, e encarregados de educação.
O que os pais dos alunos dizem é o que lhes convém, porque uma parte significativa desses paizinhos ainda vê na escola um inimigo. E só lá têm os seus filhos porque são obrigados ou porque a aproveitam para depósito daqueles que trazem ao mundo.
Quem não sabe o que diz que nada diga, para não passar por ignorante.

Anónimo disse...

Sempre surge na defesa dos professores alguêm que é o detentor da verdade, da única verdade absoluta. Tenta legitimar os seus argumentos apelidando de ignorante quem não partilha das suas ideias.
Sempre é preciso ter muita paciência para lidar com semelhantes criaturas !

Anónimo disse...

É! É preciso muita paciência para continuar a "malhar em ferro frio", como diz o povo.
Não, eu não sou detentor da verdade absoluta, e o caro comentador é?
Eu não apelido de ignorante quem não partilha da minhas ideias. Os ignorantes é que se vão mostrando com os argumentos que tentam impingir a quem não está atento. E há muita gente que não está atenta, infelizmente, como se viu nas últimas eleições legislativas.
Abra os olhos criatura de Deus!
De Deus ou do demónio?
Já nem sei...

Anónimo disse...

Claro que quando anda por aí alguem (felizmente) atento e não comunga das suas ideias . . . que acontece?
É ignorante, não partilha das ideias das vanguardas, etc etc.
Talvez aquele velho ditado que diz "não há pior cego que o que não quer ver" se lhe possa aplicar.
Sabe porquê?
Mande abrir os olhos aos seus ascendentes ou descendentes, se os tiver. Não seja mal educado e incoveniente.

Anónimo disse...

Ainda não percebeu que não se trata de IDEIAs? Trata-se, sim, de SABER.
Quanto a ser mal-educado e inconveniente, é o caro comentador que o diz. E por mim pode dizer o que quiser porque eu não vou na sua conversa. Agora não tente ludibriar os outros, porque eu, como o primeiro comentador que se assina CIDADÂO ATENTO, também estou atento.
De resto, sou levado a pensar que o caro comentador é o autor do segundo comentário. Se acertei, aconselho-o a reler o primeiro comentário do tal CIDADÃO ATENTO, que está certo e é educado, e depois volte a ler o segundo, que deve ser seu. De seguida faça um exame de consciência e veja quem é o mal-educado.