12 abril, 2012

Quem não se sente...

Há um velhíssimo ditado bem português que diz: quem não se sente, não é filho de boa gente.
Prezo o facto de considerar que fui mesmo filho de boa gente - honesta, trabalhadora cumpridora dos seus deveres como cidadãos e progenitores.  Ao meu pai devo-lhe o facto de ter passado à maioridade como cidadão aos 18 anos, demonstrando a confiança e o crédito que depositou em mim avalizou a tomar por mim os actos que só poderia outorgar quando tivesse os 21 anos. Creio ter dado continuidade a esses predicados dos meus pais.
Hoje, mais que nunca sinto esta enorme vontade de propalar aos  quatro ventos este velho ditado, procurando com este acto simbólico, transmitir uma enorme repulsa pelo muito mal que muitos governantes tem feito a este país, mas em especial, por este governo e nele em particular, alguns dos seus componentes.
Grande dose de mentira, foi a receita que serviu para ganhar as eleições que levaram os dois partidos da actual coligação a vencer as últimas eleições. Não tendo sido em particular enganado, não espera contudo que a mentira, a hipocrisia política e a falta de ética, passassem a ser, definitivamente, entre outras mais, as bandeiras deste executivo.  A promessa de pedidos de desculpa aos portugueses quando o prometido não fosse cumprido passou de imediato às calendas gregas e hoje, aquilo que fora uma promessa  transformou-se em engano, mentira, falta de comunicação, etc, etc, tendo passado a fazer do argumentário do dia a dia de quem vai governando mal.
Os argumentos que pretendem justificar a quebra das promessas já não colhem no intimo da grande maioria dos portugueses.  Longe não estará o dia em que no mais intimo dos sentimentos dos portugueses o ditado não se transforme numa enorme e profunda revolta e aí, outros ditados velhos ditados não possam passar das meras palavras aos actos.

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