07 janeiro, 2009

Recessão

Cada cabeça, sua sentença.
Medidas insuficientes"O governador do Banco de Portugal veio confirmar o que o Bloco de Esquerda tem vindo a afirmar, que a recessão está aí e que vai ser ainda mais agravada", disse a deputada Mariana Aiveca, para quem "as medidas apresentadas até agora são claramente insuficientes e revelam que o Governo tem dois pesos e duas medidas" para combater a crise. Diz a parlamentar que se exige que o Executivo aumente o investimento público, recue na política de baixos salários e pensões e melhore o apoio aos desempregados.

Portas reclama redução fiscalDiz Paulo Portas que o Governo deve baixar impostos como via para estimular a economia. "Há razões de sobra para que um primeiro-ministro responsável, para que um Governo firme tente perceber por que é que outros países já começaram a tomar decisões de redução de impostos", disse o líder do CDS-PP, contestando a opção pelo investimento público. Para Portas, as previsões do Banco de Portugal confirmam "o divórcio consumado" entre o Orçamento de Estado para 2009 e a economia real: "É impossível viver este ano com a projecção da cobrança de impostos".

Não basta ajudar os poderososO secretário-geral do PCP, Jerónimo de Sousa, considera que a recessão prevista pelo Banco de Portugal é o "pior cenário possível" e defende maior apoio para as PME. O líder comunista considera que a contracção prevista da economia portuguesa vai ter consequências "dramáticas" no desemprego e criticou os benefícios dados aos grandes grupos económicos e à banca. "A única solução para combater o desemprego é desenvolver o aparelho produtivo e o mercado interno", afirmou, reiterando que "não basta ajudar meia dúzia de poderosos".

Governo responsabilizadoNota o PSD que "para 2009 prevê-se uma recessão profunda e duradoura", diz que tal não era inevitável e alega que, com outra política, os efeitos da crise internacional seriam minimizados. "É nos momentos difíceis que a competência dos governantes mais falta faz", diz o vice-presidente António Borges, que responsabiliza o Governo pelo estado da economia: "Quando o país sofre as consequências de uma política que nunca deu os resultados prometidos, persistir nela ou até acelerá-la só pode ter consequências catastróficas".

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