25 janeiro, 2016

Marcelo - há muitos que gostam... eu não

2016-01-18

 

Marcelo Rebelo de Sousa "O HERDEIRO"

Manuel Loff é historiador e escreve no Público ao Sábado (Link só para assinantes) E este "HERDEIRO" que aqui se reproduz oferece-nos Marcelo candidato a Belém, nado, criado, educado e paladino do ESTADO NOVO e sempre um "simpático" farsante.

O HERDEIRO 
Manuel Loff – Público
16/01/2016 - 

Desde 1973 que conta as histórias que quer, como quer, explicando Portugal como se fosse como ele diz, mas que não passa de um país que ele inventa semanalmente a seu gosto.

 

Ele é, por definição, um herdeiro. Filho de dirigente salazarista que, com 53 anos em 1974, havia feito todo o cursus honorum da ditadura (Mocidade Portuguesa, deputado, subsecretário de Estado, governador colonial, ministro), Marcelo Rebelo de Sousa (MRS) foi “educado para ser político”, como escreve o seu “biógrafo consentido”, Vítor Matos (VM), que assim se autodefine no livro de 2012 onde reúne informação preciosa obtida do próprio biografado, e que aqui citarei. Marcelo é um herdeiro – não apenas no sentido estrito de primogénito de uma das figuras mais típicas dessa elite de funcionários fiéis que Salazar e Caetano recrutavam, cuja legitimidade repousava exclusivamente na lealdade para com o Chefe, mas também como produto (e produtor) de uma universidade classista que, na definição de Pierre Bourdieu (1964), é “a própria instância de reprodução dos privilégios e da preservação dos interesses dos herdeiros”. A tal ponto MRS se terá sentido a vida toda um herdeiro que logo aos 27 anos (1976) quis escrever as suas memórias. A maioria delas não eram suas mas sim daqueles de quem ele era herdeiro. “Tinha conhecido o salazarismo por dentro e vivera o marcelismo, lançara o Expresso, estivera na fundação do PPD e vivera a Constituinte. Tinha histórias para contar.” (VM, 319)

 

“Se havia gente que o achava afilhado de Caetano” - e não o era, por falta de vontade deste - “ele deixava achar”, assegura o padre João Seabra (VM, 86). Desde os “10 ou 12 anos” que o pai Baltazar o leva a assistir aos lanches de sábado no restaurante A Choupana, em S. João do Estoril, onde Caetano, afastado do governo em 1958, reunia os marcelistas indefetíveis enquanto fazia a sua travessia do deserto que só terminará com o AVC de Salazar. “Ouvir horas de discussão entre seniores do regime podia ter injetado em Marcelo o talento para para a intriga por detrás do pano. (…) O pai empenha-se em instruí-lo nos meandros do regime” (VM, 87-88). MRS descreve a experiência como “uma escola”, e é revelador que ache que “os comportamentos políticos não são muito diferentes em ditadura ou em democracia[,] as amizades, as inimizades, as traições, a atração do poder” (cit. VM, 91).

Aos 20 anos, senta-se à mesa de todos os jantares oficiais do Governo Geral de Moçambique assumido pelo pai desde 1968. Quando Caetano sobe ao poder, janta uma vez por semana com ele. O adolescente a quem nunca faltou inteligência e intuição para o poder empenhou-se a fundo nessa “educação para ser político”, isto é, um futuro hierarca do regime; há quem se lembre no Liceu ouvi-lo dizer que um dia queria ser Presidente do Conselho (VM, 91). Muito jovem, assumirá os discursos e os temas de “exaltação nacionalista” do salazarismo dos anos 60: critica “a falta de amor pátrio daqueles que, direta ou indiretamente, (…) se divertiram neste Carnaval de 1962”, semanas depois da perda de Goa e em plena guerra em Angola. “Mais do que uma vilania foi uma afronta, uma verdadeira declaração de traição”. Em 1963, conclui uma redação escrevendo: “Pobres das nações que não têm filhos que lutem por elas e para elas!...” (cit. VM, 88-90) É surpreendente que, anos depois, não tenha feito a guerra em África. E teria tido tempo: acabou a licenciatura em 1971 e o Curso Complementar de Político-Económicas em 1972.

 

No liceu foi “nacionalista” (e o termo não lhe repugnava ainda há poucos anos atrás), mas muitos outros envolveram-se no movimento estudantil do secundário, transitando diretamente para a oposição aberta à ditadura nas universidades. Fazer opções destas aos 15 anos pode ser pouco representativo; na universidade, fazem-se com consciência, e Marcelo voltou a escolher a direita salazarista que queria fazer o “combate ideológico ao marxismo” (Freitas do Amaral, cit. VM, 120); na crise académica de 1969, “participa nas manifestações públicas de apoio à ditadura” (VM, 143). Nas eleições desse ano, momento de consciencialização política de tanta gente da sua geração, tem 21 anos e apoia, de novo, o partido único. (Até Cavaco, na sua autobiografia, dirá que terá votado na CEUD de Mário Soares – mas, claro, o voto é secreto...) “Ninguém se lembra de afirmações de Marcelo contra a guerra ultramarina”, garante VM. Com o pai ministro do Ultramar, não é de estranhar, admitamos. O que é completamente exótico é Leonor Beleza, sua colega e também filha de subsecretário de Estado da ditadura, achar hoje que “na época era cómodo estar de um lado ou do outro.

 

Não pertencer a um grupo nem a outro e estar no meio era mais incómodo.” (cit. VM, 154) Da “comodidade” dos estudantes presos, torturados e mandados para a guerra por a ela se oporem, Beleza parece lembrar-se pouco... Em 1970, com Beleza e Braga de Macedo, Marcelo fura a greve académica na faculdade. E reúne-se com o novo ministro Veiga Simão para lhe dar “informações” sobre as “movimentações académicas” (VM, 164). É este, aliás, que lhe dá o seu primeiro emprego, no Ministério da Educação, em gabinete dirigido por Adelino da Palma Carlos, outro filho de subsecretário, que o tentara atrair repetidamente para o Opus Dei. É verdade que manifesta publicamente o seu ceticismo relativamente à viabilidade da Reforma Educativa que Simão quer levar a cabo: “a verdadeira democratização do ensino (…) parece-me impossível no quadro de um regime autoritário e antidemocrático”, escreve ele em 1971 (cit. VM, 186), o que leva Caetano a exigir a Veiga Simão que o despeça. Mas não é despedido. Campeão da ambiguidade, o já jovem assistente de Direito não desiste de procurar o perdão de Caetano. Em 1973, já no Expresso, e já abortada pelo próprio ditador a Primavera marcelista, pede desculpa a Caetano pela “vivacidade” dos seus 24 anos e garante que “sempre estive na convicção” de que os “meus princípios não se opunham à pessoa de V.Exa”, cuja “presença na Chefia do Governo” volta a elogiar, prometendo-lhe “[inequivocamente] afastar-me do que possa ser entendido como atividade política ostensiva” (cit. VM, 226). A mãe, que do filho espera o cumprimento do destino de um herdeiro, intercede repetidamente por ele junto de Caetano (VM, 227-29). Em janeiro de 1974, dele escreve Artur Portela Filho: “Era o filho pródigo do Regime. (…) Estava talhado, calibrado, destinado” (cit. VM, 232).

 

Herdeiro de um hierarca politicamente influente, cuja família, só por isso, era automaticamente cooptada para o convívio da mais alta burguesia, “Marcelo começa a perceber como é a vida dos que têm posses.” E gosta. Ainda hoje gosta. Por mais que encene uma cristã preocupação com os mais pobres, “dirá ao longo da vida: 'melhor que ser rico, é ser amigo de ricos'” (VM, 79). É curioso que tenha escrito em 1999, na fotobiografia do seu pai, que “os governantes, na década de 50, enquanto o são, devem abster-se de fazer vida de ricos. Podem e devem dar-se entre si, eles e as famílias, mas evitar demasiados contactos com esse mundo perverso que os desviará do interesse geral.” É curioso porque não era verdade.

 

Depois do 25 de Abril, já sabemos das muitas razões para que os seus próprios correligionários o descrevam como um cata-vento, ou falem da sua “habilidade natural de iludir a realidade das coisas” (José M. Ricciardi, Expresso, 26.12.2014), de ter apoiado, depois traído, por vezes reconciliado com dezenas de personagens, da invenção de factos políticos. “Velho Rasputine”, chamou-lhe Paulo Portas (Independente, 1.10.1993), que dele podia ser um alter ego. “É filho de Deus e do Diabo: Deus deu-lhe a inteligência, o Diabo deu-lhe a maldade” (Portas, RTP, 4.12.1994). Em MRS intui-se, acima de tudo, a desmedida ambição que se estampa contra os erros de avaliação dos momentos e das conjunturas: os Inadiáveis contra Sá Carneiro (1978), Salgueiro contra Cavaco (1985), o fracasso da aliança com Paulo Portas (1999), três anos na liderança do PSD de que pouco mais fica a demonstração da sua infinita criatividade na criação de obstáculos mesmo nas mais plácidas conjunturas políticas. “Para se defender da frustração não assumida de não ter chegado a primeiro-ministro, conformou-se com a sua projeção de poder através da influência e da exposição comunicacional” (VM, 643). Desde 1973, primeiro no Expresso, depois no Semanário, na TSF (1993-96) e na TVI ou na RTP (consecutivamente desde 2000), que conta as histórias que quer, como quer, explicando Portugal como se fosse como ele diz, mas que não passa de um país que ele inventa semanalmente a seu gosto. Para o ajudar a chegar onde ele quer.

 

Cavaco Silva - ADEUS - PARA SEMPRE ...

                                       

Texto de Tiago Matos Silva • 07/12/2015 -
Adeus, Aníbal

Não te preocupes Aníbal, estes meses finais vamos fazer de conta que já foste, que já não há ninguém em Belém, vamos fingir que já não existes. Não te preocupes Aníbal, nós ajudamos-te a terminar o mandato com dignidade... ignorando-te!

Nascido em Julho de 1976, sou governado um dia pelo Pinheiro de Azevedo (VI governo provisório), três meses pelo Nobre da Costa (III governo constitucional), nove meses pelo Mota Pinto (IV governo constitucional), sete meses pela Maria de Lurdes Pintassilgo (V constitucional), um ano pelo Sá Carneiro (VI constitucional), dois anos e cinco meses pelo Pinto Balsemão (VII e VIII constitucionais) e quatro anos e meio pelo Bochechas (I, II e IX governos constitucionais)... De ti Aníbal, entre governos minoritários, governos com maioria absoluta e presidências da República levo 20 anos!! Eu tinha 9 anos mal acabados quando chegaste a São Bento e vou ter quase 40 quando finalmente saíres de Belém. Eu não me lembro (os meus amigos mais velhos riem-se) dum tempo antes de ti Aníbal!

E não é como que não tenha o que te agradecer: a facécia da rodagem do carro à Figueira da Foz, o fim da indústria e da agricultura e da pesca trocados pelo alcatrão das autoestradas dos amigos da Mota-Engil, o "ai eu não sou político" mais espesso desde o tempo do Botas, o Poço de Boliqueime passado a Fonte e o "nunca me engano e raramente tenho dúvidas", os hemofílicos cheios de SIDA da Dra. Leonor e as moscambilhas do mano Zézé, a porrada na ponte e a que levei à porta do parlamento porque não queria fazer a PGA (veio o teu ministro da polícia chamar-lhe "acção meritória" no telejornal à noite), as propinas e o porteiro do Hospital de Faro despedido por te ter tratado como um mero mortal, a pensão (recusada ao Salgueiro Maia mas) atribuída aos pides, o coqueiro, o bolo-rei e a "Mariani", o papá gasolineiro e o genro produtor, a medonha foto retocada das presidenciais e a patranha das escutas do Palácio de Belém, o "Independente" e o "Inimigo Público" (só com garras quando o governo é PS) e os orçamentos inconstitucionais, a pensão do Banco de Portugal e as "forças de bloqueio" e o consenso e a solidariedade institucional e a solidez do grupo Espírito Santo, o Dias Loureiro (o teu meritório ministro da polícia) e o Duarte Lima e o Ferreira do Amaral e a Manuela Ferreira Leite e o Durão Barroso e o Miguel Cadilhe e o Marques Mendes e o Isaltino Morais (e o sobrinho) e o Valentim Loureiro e o Luís Filipe Menezes e o Pedrinho Passos Coelho e o Oliveira e Costa e o resto da escumalha do BPN... e a Maria, a Maria, a Maria, a Maria e o ar dela e os presépios e o estilista do Fundão e a Kátia Guerreiro a cavalo e a dor de corno dos 50 dias... obrigado Aníbal, mil vezes obrigado.

Pai do Monstro, nossa Thatcher sem tomates, nota de rodapé da História, sonso mil vezes sonso... vai ser uma alegria contida e sossegada cá em casa ver-te (mais) chupado dos ossos e (ainda mais) esclerosado na bancada dos próceres do regime nas festarolas da Assembleia, silencioso e finalmente total e absolutamente irrelevante; sempre é menos triste que ver-te a escorrer despeito pelos salões mal decorados de Belém, a hesitar na leitura dos papelinhos que sabe deus quem te enfiou nos bolsos... não te preocupes Aníbal, está quase quase a acabar.

Não te preocupes Aníbal, estes meses finais vamos fazer de conta que já foste, que já não há ninguém em Belém, vamos fingir que já não existes. Não te preocupes Aníbal, nós ajudamos-te a terminar o mandato com dignidade... ignorando-te.

12 janeiro, 2016

Cristo não vota em Marcelo

8/1/16

Artur Pereira
Cristo não vota em Marcelo

Marcelo Rebelo de Sousa é um homem de direita, apoiado pelo PSD e pelo CDS na sua candidatura. Artista do disfarce, mestre da dissimulação, especialista em intrigas.

Proponho três desafios aos leitores. Primeiro: conseguem recordar alguma ideia – já não digo uma grande ideia, uma enfezada que seja – do professor Marcelo para o país? Não conseguem? Não desesperem, não é por falta de atenção vossa, é que não existe mesmo.

Segundo desafio: conseguem recordar quantas mentiras, maquiavelismos e afirmações irresponsáveis com repercussões graves na vida das pessoas, nomeadamente as que fez sobre a solidez do BES e da banca em geral, saindo sempre incólume e com a reputação de esperto? Se disse muitas, acertou.

Último: quantas vezes ouviram Marcelo encorpar a sua voz privilegiada em defesa dos mais fracos contra os salários de miséria, contra as políticas sociais injustas, contra a corrupção? Não recorda?

E em defesa dos donos disto tudo? Dos poderosos, da casta com quem veraneia em iate pelo Mediterrâneo ou se instala na chácara dos Brasis? Mais do que seria de esperar de um comentador isento? Acertou de novo.

Por estas, mas também por outras, é que nem que Cristo desça à terra eu votaria Marcelo. Sou de esquerda sem culpas ideológicas ou complexos existenciais, e se, durante as décadas em que observo alguém que foi chefe de partido de direita discursar nos congressos da direita, falar em defesa dos valores sociais e económicos de direita, eu não visse um candidato da direita, então o melhor era dedicar-me a outra atividade.

Marcelo é, sem dúvida, o político que teve o exclusivo privilégio de durante mais de 15 anos ter sido poupado a ser contraditado numa afirmação por si realizada. Viveu na impunidade e, talvez por isso, hoje apareça tão surpreendentemente vulnerável nos debates.

Uma constante tem acompanhado o percurso político do professor: a mentira. Num estilo manholas, com aquele jeito de quem pode não saber o que diz, mas mesmo assim vai explicar, e com a estudada pose de leviana atitude de um génio rebelde para quem a verdade é um pormenor, no fim fica sempre em pé.

Mentiu na criação de um passado oposicionista que, de tão ridículo, foi de imediato desmentido, com exceção das cartinhas a Salazar e a Caetano, mentiu na vichyssoise, mentiu na importância da sua contribuição para a redação dos primeiros estatutos do PSD, mentiu quando disse que já não era candidato, mente quando é confrontado com a insanável contradição das afirmações que faz, dependendo da hora e do local onde se encontra – enfim, todo um estilo.

A verdade nunca interessou a Marcelo, o que vale é o que Marcelo diz. Até porque a verdade necessita da explicação do professor para o povo entender e só após ser moldada pelo inteligente é que está disponível para ser servida ao jantar. Nessa altura, já é a verdade do Marcelo.

Todas as conversas semanais tinham um único objetivo: ir moldando a opinião pública e gerir influência na comunidade política de forma a criar um presidenciável natural e óbvio.

O que Marcelo fez durante estes anos foi propaganda e compor um boneco. Marcelo é o criador de uma só obra: Marcelo, o candidato.

Marcelo é o candidato das televisões. Ele é o candidato dos telespectadores e vai ser votado por muitos, com a mesma lógica com que votam nos concorrentes do Big Brother ou The Voice.

Marcelo espera que Cavaco tenha degradado de tal forma a função de Presidente da República que para a opinião pública e os eleitores seja indiferente o padrão de exigência ética e política de quem venha a substituí-lo.

O mito da inteligência, porquê? Genética? Experiência, que cargo político público exerceu antes? Qual foi a teoria ou pensamento político que desenvolveu? Que contribuição pública ou intervenção social, que trabalho artístico ou científico relevante a sua inteligência sobredotada produziu? Vai nu.

Ser inteligente na construção de uma imagem não é o mesmo que ser inteligente.

No quotidiano popular, no botequim ou no mercado de legumes, na fila para o autocarro ou nas esperas do centro de saúde, dizer que "estás armado em Marcelo" é sinónimo de salta-pocinhas, manhoso e intriguista. Ninguém se lembra de qualificar alguém de inteligente afirmando "ora aí está um tipo como o Marcelo Rebelo de Sousa".

Existe uma moléstia designada na farmacopeia como "doença infantil do marcelismo" que se manifesta numa esquerda crocante provocando-lhe o torpor mental e que, no desencadear do processo de aparvalhamento, a leva a declarar que gostava de ver o professor eleito com os votos da esquerda, especialmente quando o glamoroso professor faz juras de lealdade política que lhes toca fundo o sofrido coração.

Pois bem, aqui vai remédio do próprio Marcelo administrado em 2008, na formação de mancebos da agremiação laranja: "Os meus comentários são sempre tendencialmente favoráveis ao PSD mesmo quando não parecem." Se mesmo assim persistirem na alucinação, das duas uma: ou por coisita aqui ou por coisita acolá, foram deslizando até ir parar àquela zona onde a depressão e a desilusão dão as mãos para os aconchegar em posição fetal, ou a idiotice até aí latente manifestou uma inquietante propensão genética. Em qualquer caso, recomendo psiquiatra.

Marcelo Rebelo de Sousa é um homem de direita, apoiado pelo PSD e pelo CDS na sua candidatura. Artista do disfarce, mestre da dissimulação, especialista em intrigas. À esquerda, só um imbecil pode pensar votar no professor. Estou certo de que Cristo, esse, não vota de certeza em Marcelo.

Consultor de comunicação. Escreve às quintas-feiras

PAPA no Refeitório dos FUNCIONÁRIOS do Vaticano

 

     REFEITÓRIO DOS FUNCIONÁRIOSDO VATICANO   

Estas são Imagens que valemmais que mil palavras!

    

 

 

E se o Exmo. Senhor Presidente da Republica, o Senhor Primeiro Ministro e seus ministros,  Assessores,  Deputados e todos esses  senhores do aparelho de  Estado seguissem o exemplo do SANTO PADRE, o que o nosso PAÍS poupava por ano!

 

 

Prevenção Rodoviária Brasileira. Dá que pensar antes de beber...]

Estes Brasileiros têm  uma capacidade criativa extraordinária nas ""mensagens "!

Agora nos outdoors da Prevenção Rodoviária!!!! 
 

 Prevenção Rodoviária Brasileira  

 

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11 janeiro, 2016

Passagem dos anos...

Os anos  passaram, desde então!...

A Cinderela divorciou-se...


 


 

A Branca de neve não teve tanta sorte assim...



O Capuchinho Vermelho não viu mais o Lobo Mau…



A Bela Adormecida ainda não acordou… 



A Pequena Sereia teve um triste destino...  



A Barbie celebrou seu 50o  Aniversário este ano… 



O PiuPiu já tem 60 anos… O Brad Pitt também...



O SuperHomem está assim…

e a Mulher Maravilha em menopausa…

O Batman e o Robin divertem-se assim no asilo… 

O Homem Aranha está ligado a outras coisas… 


Pois é, a vida é curta… sorri !!!

 

 

 

Adeus, Cavaco !...

 Adeus, Cavaco

  Não te preocupes Aníbal, estes meses finais vamos fazer de conta que já foste, que já não há ninguém em Belém, vamos fingir que já não existes. Não te preocupes Aníbal, nós ajudamos-te a terminar o mandato com dignidade... ignorando-te

 Texto de Tiago Matos Silva • 07/12/2015 - 18:44
 

Nascido em Julho de 1976, sou governado um dia pelo Pinheiro de Azevedo (VI governo provisório), três meses pelo Nobre da Costa (III governo constitucional), nove meses pelo Mota Pinto (IV governo constitucional), sete meses pela Maria de Lurdes Pintassilgo (V constitucional), um ano pelo Sá Carneiro (VI constitucional), dois anos e cinco meses pelo Pinto Balsemão (VII e VIII constitucionais) e quatro anos e meio pelo Bochechas (I, II e IX governos constitucionais)... De ti Aníbal, entre governos minoritários, governos com maioria absoluta e presidências da República levo 20 anos!! Eu tinha 9 anos mal acabados quando chegaste a São Bento e vou ter quase 40 quando finalmente saíres de Belém. Eu não me lembro (os meus amigos mais velhos riem-se) dum tempo antes de ti Aníbal!
 
E não é como que não tenha o que te agradecer: a facécia da rodagem do carro à Figueira da Foz, o fim da indústria e da agricultura e da pesca trocados pelo alcatrão das autoestradas dos amigos da Mota-Engil, o "ai eu não sou político" mais espesso desde o tempo do Botas, o Poço de Boliqueime passado a Fonte e o "nunca me engano e raramente tenho dúvidas", os hemofílicos cheios de SIDA da Dra. Leonor e as moscambilhas do mano Zézé, a porrada na ponte e a que levei à porta do parlamento porque não queria fazer a PGA (veio o teu ministro da polícia chamar-lhe "acção meritória" no telejornal à noite), as propinas e o porteiro do Hospital de Faro despedido por te ter tratado como um mero mortal, a pensão (recusada ao Salgueiro Maia mas) atribuída aos pides, o coqueiro, o bolo-rei e a "Mariani", o papá gasolineiro e o genro produtor, a medonha foto retocada das presidenciais e a patranha das escutas do Palácio de Belém, o "Independente" e o "Inimigo Público" (só com garras quando o governo é PS) e os orçamentos inconstitucionais, a pensão do Banco de Portugal e as "forças de bloqueio" e o consenso e a solidariedade institucional e a solidez do grupo Espírito Santo, o Dias Loureiro (o teu meritório ministro da polícia) e o Duarte Lima e o Ferreira do Amaral e a Manuela Ferreira Leite e o Durão Barroso e o Miguel Cadilhe e o Marques Mendes e o Isaltino Morais (e o sobrinho) e o Valentim Loureiro e o Luís Filipe Menezes e o Pedrinho Passos Coelho e o Oliveira e Costa e o resto da escumalha do BPN... e a Maria, a Maria, a Maria, a Maria e o ar dela e os presépios e o estilista do Fundão e a Kátia Guerreiro a cavalo e a dor de corno dos 50 dias... obrigado Aníbal, mil vezes obrigado. 
 
Pai do Monstro, nossa Thatcher sem tomates, nota de rodapé da História, sonso mil vezes sonso... vai ser uma alegria contida e sossegada cá em casa ver-te (mais) chupado dos ossos e (ainda mais) esclerosado na bancada dos próceres do regime nas festarolas da Assembleia, silencioso e finalmente total e absolutamente irrelevante; sempre é menos triste que ver-te a escorrer despeito pelos salões mal decorados de Belém, a hesitar na leitura dos papelinhos que sabe deus quem te enfiou nos bolsos... não te preocupes Aníbal, está quase quase a acabar. 
 
Não te preocupes Aníbal, estes meses finais vamos fazer de conta que já foste, que já não há ninguém em Belém, vamos fingir que já não existes. Não te preocupes Aníbal, nós ajudamos-te a terminar o mandato com dignidade... ignorando-te.

02 janeiro, 2016

Sampaio da Nóvoa

 

 

Vou votar neste

Cavaco Silva

Só vi a espaços a sua comunicação ao país.

Por mim, Cavaco, nem merece ser visto.

Não me dei ao trabalho de deligar o aparelho de TV, nem isso ele merece.

Não importa o que disse.  Foi o pior presidente de uma parte dos portugueses. Muitos gostam ainda hoje de ser enganados.

Que se vá para a Quinta das Coelhas ou para o raio…. Que… parte em sossego e que disfrute das instalações que fez gastar aos contribuintes portugueses com o seu futuro “escritório” para os lados de Alcântara e, que as televisões, não se lembrem de o colocar muitas vezes nos seus écrans.

Vai, vai… e não voltes mais, tu e a tua Maria.

17 dezembro, 2015

José Sócrates esteve ontem na TVI - Para quem queira acompanhar o assunto uma vez que o julgamento legal ainda está por fazer...!

 

 

Por Nicolau Santos

Diretor-Adjunto

15 de Dezembro de 2015

Uma entrevista perturbadora.

Bom dia.

«Um leopardo quando morre deixa a sua pele. Um homem quando morre deixa a sua reputação». O ditado chinês, relembrado recentemente por Ricardo Salgado,... justifica que se lute ferozmente pela sua reputação.

José Sócrates esteve ontem na TVI para falar do processo judicial de que é alvo e das acusações de corrupção, fraude fiscal e branqueamento de capitais que lhe são imputadas. O ex-primeiro-ministro fala em causa própria e seguramente manipulará o que diz de acordo com as suas conveniências. Mas os factos que apresenta levam a que um cidadão admita que a justiça tem de dar respostas cabais a algumas das acusações de Sócrates e que os jornalistas aparentemente não fizeram todo o trabalho de casa.

Não, não compro a tese de Sócrates de que este processo tinha como objetivo levar o PS a perder as eleições legislativas de 4 de outubro – o partido a que pertence e de que esperava mais apoio - e há questões que devem ser esclarecidas na segunda parte da entrevista, a ser transmitida hoje, sobre a aparente desproporção entre os seus rendimentos e o nível de vida que levava. Mas é perturbador que mais de um ano depois da prisão do ex-primeiro-ministro, o Ministério Público ainda não tenha conseguido deduzir uma acusação; que a defesa ainda não tenha tido acesso a todo o processo, 59 tomos com cerca de 3000 páginas cada um, apesar do Tribunal da Relação ter decidido nesse sentido; que o segredo de justiça tenha sido sistematicamente violado e que Paulo Silva, o inspetor tributário que trabalha com o Ministério Público no processo, tenha escrito, preto no branco: «só existem três responsáveis por essas fugas de informação – que comprometem os trabalhos e a estratégia: ou eu, ou o procurador ou o juiz. E isto já passou todos os limites»; que o Tribunal da Relação tenha declarado o dia 19 de outubro de 2015 como data final do inquérito, mas que o Ministério Público não só tenha ignorado essa decisão, como o responsável pela investigação tenha declarado ser necessário alargar o prazo pelo menos até setembro de 2016».

No que se refere à acusação de corrupção, a mais grave que incide sobre Sócrates, envolvendo o Grupo Lena (e que, segundo o ex-primeiro-ministro, o Ministério Público considerou que poderia ter ocorrido nas PPP, na Parque Escolar, noutras obras públicas ou em todas), a argumentação foi demolidora – ou será que não é verdade? Nas Parcerias Público-Privadas, segundo Sócrates, das 21 aprovadas pelos seus governos, o grupo Lena integrou consórcios que venceram apenas duas delas. Mas mesmo nesses dois casos estava em franca minoria: numa tinha apenas 7,8% do consórcio, noutra 16,25%. Além disso, os dois concursos foram ganhos porque no primeiro a diferença para o segundo classificado era de 282 milhões de euros e no segundo de 202 milhões.

Quanto à Parque Escolar, ainda segundo Sócrates, dos 250 contratos adjudicados, o Grupo Lena ganhou dez, não sendo o maior fornecedor nem em número de contratos nem em valor. E os contratos foram todos ganhos porque o Grupo Lena ofereceu preços mais baixos que os outros concorrentes. Finalmente, o Grupo Lena terá ganho 0,25% de todos os contratos públicos durante as legislaturas de Sócrates e 0,36% durante os quatro anos de Passos Coelho. E é nestas matérias, a ser como diz Sócrates, que os jornalistas não terão feito bem o seu trabalho de casa, que, segundo ele, nem sequer é difícil, porque a informação está disponível.

 

29 novembro, 2015

Henrique Neto - porque não te calas?

Cavaco Silva arrasado...

Fernanda Câncio escreve e bem...

Este suja mãos e espíritos de alguns portugueses chamado de CM, esquece-se que a história de Portugal conviveu directamente com milhões de negros ou pretos. Esquece-se que muitas centenas de milhares de militares conviveram e bem com os negros da antigas colónias. Que Portugal tem igualmente muitos cegos e que os ciganos desde há centenas de aos que vivem em Portugal e são cidadãos como um qualquer outro português.

“”Só quem ache normal que nunca tivesse existido em Portugal um ministro negro não se terá emocionado ao ver ontem Francisca van Dunem tomar posse.

Num país no qual uma importante parte da população é negra, a renitente invisibilidade desta em cargos de representação política e de primeira linha mediática não pode ser considerada "natural". A não ser que se considere que essas pessoas têm "naturalmente" menos capacidades - como, pelos vistos, se considera que as mulheres têm "naturalmente" menos capacidades do que os homens e daí, apesar de estarem em maioria em universidades e doutoramentos, é "natural" que quando se forma um governo seja "tão difícil" encontrá-las "competentes". E se chegue mesmo a dizer que fazer um governo paritário "só por causa da igualdade" implicaria "abdicar do critério da competência".

Grande parte destas coisas que se dizem para justificar a invisibilidade e a exclusão de mulheres e outros grupos discriminados são, em muitos casos sem que quem as diz tenha disso consciência (para tal teria de pensar um bocado no assunto), simplesmente insultuosas. Mas estar imerso no insulto, mesmo como objeto dele, retira-nos às vezes a capacidade de perceber o quanto ele nos pesa. Daí que ontem me tenha surpreendido a comoção com que vi Van Dunem, com quem nunca na vida falei, a avançar, de forma que me pareceu particularmente altiva (imperial, apetece dizer), para a declaração e a assinatura. Tive a noção de estar a assistir a um momento histórico - quase tão importante, à nossa dimensão, como o foi a eleição de Obama nos EUA. E creio que também Van Dunem o sentiu - assim interpretei a maneira como, de olhos levantados, recitou a frase ritual.

E se assim o senti, suponho que os negros portugueses - essa categoria constitucionalmente interdita, já que a lei fundamental proíbe a anotação ou a contabilidade nessa matéria - o terão sentido também. Mas, li ontem várias vezes e vindo de várias vozes, falar na cor de Van Dunem é errado e reforça a discriminação: o que interessa é a qualificação para o cargo. O mesmo foi dito em relação aos secretários de Estado Ana Sofia Antunes e Carlos Miguel, ela cega e ele de ascendência cigana. Percebo a preocupação, mas não concordo. Sim, deveria ser natural e normal ver negros no governo, como deficientes e ciganos; deveria ser normal termos muitas mulheres nos executivos. Mas não tem sido; não é. Daí que faça sentido relevar quando sucede; daí que seja tristemente inevitável contar o número de mulheres. Sabendo distinguir entre a absoluta grosseria de um Correio da Manhã que titula "Costa chama cega e cigano para governo", reduzindo as pessoas a uma classificação puramente discriminatória e até chocarreira, e os jornais que fizeram jornalismo. E fazer jornalismo é dizer, proclamar, festejar isto: ontem fez-se história. E foi muito bom. “”

In DN

 

Passos Coelho foi...

Foi disto que nos livramos. Uma lista para a posteridade

 

 

Ainda o novo governo não tinha sido empossado e já alguns representantes da ala ressabiada à direita nas redes sociais disparavam contra os escolhidos por António Costa, essencialmente por existirem, e iniciavam um processo de difamação dos mesmos, ao bom velho estilo Maria Luz. Apeados do poder e privados do monopólio do tacho, elites, colaboracionistas e respectivo rebanho da ressabia estão e fúria e o espectáculo está a ser bonito de ser ver. É sempre interessante ver o que está por trás da máscara dos falsos democratas.

Os melhores argumentos até ao momento são que um é filho do Mário Soares, outro é advogado do Sócrates, uma não sabe escrever e um outro foi mesmo ministro do infame nº44. 

Inspirado por esta onda de indignação, elaborei uma lista alternativa à lista das virgens ofendidas da direita. Ofendidas e sempre dispostas a proteger os seus traficantes de influências, gestores danosos, boys e quejandos.  Ora vamos lá:

  1. Pedro Passos Coelho (primeiro-ministro cessante): figura central no caso Tecnoforma, sob investigação do Organismo Europeu de Luta Antifraude. Fuga ao fiscoViolação do estatuto de deputado em regime de exclusividade;
  2. Paulo Portas (vice-primeiro-ministro cessante): Caso Moderna.Dossier Submarinos. No dia da sua demissão irrevogável, a bolsa portuguesa registou perdas de 2,3 mil milhões de euros e os juros da dívida subiram para a casa dos 8%. Recuou após ser promovido;
  3. Rui Machete (ministro dos Negócios Estrangeiro cessante): ex-presidente do conselho superior da SLN, dona do BPN, facto queomitiu do seu CV quando chegou ao governo. Envergonhou o país quando pediu desculpa ao regime ditatorial angolano por uma investigação legal em curso;
  4. Maria Luís Albuquerque (ministra das Finanças cessante): responsável pela execução e aprovação de vários swaps altamente danosos para o erário público enquanto directora financeira da Refer e dirigente do IGCP, contribuindo para a ruína financeira destas empresas públicas;
  5. José Pedro Aguiar-Branco (ministro da Defesa cessante): negócios pessoais com funções governativas parecem misturar-seNomeou ex-assessores para funções chave em empresas públicas que posteriormente transitaram para empresas privadas habitualmente incluídas em comitivas do ministério por si tutelado;
  6. João Calvão da Silva (quase ministro da Administração Interna):autor do parecer que procurou provar à justiça portuguesa que uma “prenda” de 14 milhões de euros, oferecida por um empresário a Ricardo Salgado, é algo normal;
  7. Carlos Costa Neves (quase ministro dos Assuntos Parlamentares): um dos ministros que, a poucos dias das Legislativas de 2015, colocou a sua assinatura no despacho para o abate ilegal de sobreiros, central no Caso Portucale;
  8. Fernando Leal da Costa (quase ministro da Saúde): no auge da tragédia do Inverno passado nas urgências portuguesas, enquanto secretário de Estado da Saúde, afirmou que as urgências estavam muito bem e que informações que contrariassem as suas palavras tinham origem em agendas comunistas;
  9. Pedro Mota Soares (ministro da Solidariedade, Trabalho e Segurança Social): se João Soares, ex-vereador da Cultura da CM de Lisboa, não tem habilitações para ministro da Cultura, que dizer deste centrista que foi parar à pasta da Solidariedade, Trabalho e Segurança Social com experiência zero, para tutelar o ministério recordista na distribuição de tachos?

Mas este foi apenas o governo mais curto da história e antes desse tivemos 4 anos de PSD e CDS-PP. Olhemos para os ilustres ausentes da primeira lista:

  1. Miguel Macedo (ex-ministro da Administração Interna): acusado recentemente pelo Ministério Público da prática de 3 crimes de prevaricação e 1 de tráfico de influências. Implicado no caso Vistos Gold;
  2. Paula Teixeira da Cruz (ex-ministra da Justiça): durante o seu mandato, a justiça atravessou momentos críticos com destaque para o crash na plataforma Citius. Tentou passar as responsabilidades para terceiros, sem sucesso. Usou recursos do estado em favor da campanha eleitoral da coligação e mentiu deliberadamente aos portugueses;
  3. Miguel Relvas (ex-ministro dos Assuntos Parlamentares):Tecnoforma/Programa ForalCaso Lusófona (o célebre turbo curso de Miguel Relvas que tantos e bons memes deu ao país).Falsificação de morada com vista à obtenção de incrementos salariais no Parlamento.
  4. Nuno Crato (ex-ministro da Educação): deixou o ensino de rastos, permitiu que sobre ele incidissem grande parte dos cortes no sector público, foi responsável pelo caos na abertura dos anos lectivos e cultivou a discórdia entre os diferentes agentes do sector.

Fiquei pelos ministros, de outra forma estaria horas nisto. Quero, contudo, deixar algumas menções honrosas para Marco António Costa e “seus homens de mão” Agostinho Branquinho Virgílio Macedo, para Franquelim Alves, outro que tal como Rui Machete viu apagada do seu CV a passagem pelo BPNCarlos Moedaso tal que o conselho de administração do BES queria pôr a funcionarPaulo Núncioactor central no embuste da devolução da sobretaxa e alegadamente implicado no caso dos Vistos GoldPaulo Braga Lino, o ex-administrador da catastrófica Metro do Porto que usou o carro e o motorista da secretaria de Estado para actividades profissionais paralelas,João Almeida, o tal que revelou aos portugueses aquilo que todos sabíamos, que mentir aos eleitores é prática comum para políticos do seu calibre, Sérgio Monteiro, o rei das privatizações em saldos que mal saiu do governo foi contratado a peso de ouro pelo Banco de Portugal (ganha o dobro do salário de Carlos Costa) para tratar da venda do Novo Bancoe mais uns quantos boys e amigos do regime democraticamente afastado da governação do país.

Para finalizar, a pergunta que na minha opinião se impõe: que moral têm estas pessoas para falar de qualquer governante que seja, depois de mais de 4 anos em silêncio perante tudo isto?

Já era tempo de nos livrarmos disto. Quanto aos que agora iniciam funções, cá estaremos para dizer de nossa justiça quando a hora chegar. Ao contrário de outros blogues, cuja acção se pauta pelo colaboracionismo com determinadas forças políticas, o Aventar não serve clientelas.