16 novembro, 2009

PROFESSORES

Para ser lido com calma, atenção e respeito pela verdade dos factos
Fica claro que muitos professores sempre se acharam ter o  Rei na barriga.  As vacas gordas, acabaram.
Oxalá Alçada não dê uam "facada nas costas" do trabalho feito pela anterior Ministra.
A grande maioria do Povo Português aceitou o seu trabalho no Ministério ou será que há dúvidas?

Coisas do Circo



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Oxalá Isabel Alçada consiga esse milagre, sem deitar para a valeta o esforço de milhares de professores.

Há quatro anos, quem ousasse falar numa reforma do ensino em Portugal era considerado "persona non grata" pela corporação, que estava "gorda e anafada" gozando os seus privilégios, sem nexo. Os relatórios das instituições internacionais especializadas davam conta da existência de um sistema de ensino anacrónico, um dos mais atrasados da Europa, com índices de aproveitamento escolar de bradar aos céus, com faltas de assiduidade dos professores em percentagens elevadas. O ensino profissionalizante tinha sido condenado à insuficiência, o parque escolar mantinha-se degradado, o começo dos anos lectivos nunca se verificava a tempo e horas.

Sócrates tomou posse como primeiro-ministro de um Governo de maioria absoluta e anunciou ao País que a modernização do ensino era uma prioridade do Governo.

Maria de Lurdes Rodrigues assumiu a pasta da Educação e começou então uma longa e difícil batalha para mudar aquilo que era uma evidência. Passados quatro anos não se pode sequer comparar a situação que este Governo herda com aquilo que Maria de Lurdes Rodrigues recebeu. As mudanças foram em todas as áreas. Nenhuma foi fácil. Todas encontraram resistências tremendas. No entanto, como a determinação era grande, as alterações foram-se sucedendo.

Obviamente que nada disto poderia ir por diante sem a criação de uma carreira docente e de um sistema de avaliação consequente. Tocou-se nos privilégios, e aí foi o ‘inferno’.

Os sindicatos, que são puras correias de transmissão dos partidos, envenenaram todo o ambiente e desencadearam uma guerra ao Governo e ao ministério, a propósito, sobretudo, do sistema de avaliação. Não aceitavam que fosse adoptada uma solução séria que premiasse os bons e punisse os maus. Maria de Lurdes Rodrigues foi embora, e eu, que não a conheço de lado nenhum, só posso, como cidadão, agradecer-lhe o que fez pela modernização do ensino em Portugal.

Temos agora uma nova ministra neste Governo de maioria simples de Sócrates. Isabel Alçada já distribui muitos sorrisos e garante que numa semana se põe de acordo com as 14 organizações sindicais a propósito da carreira profissional e de um sistema de avaliação que sirva mesmo para avaliar. Oxalá Isabel Alçada consiga esse milagre, sem deitar para a valeta o esforço de milhares de professores que cumpriram a lei. "CM"

10 comentários:

Anónimo disse...

Este artigo acerta no alvo, com singeleza e perfeição na escrita.
O que aqui está escrito é o que a grande parte dos portugueses reconhece como a verdade que se passa com os professores e estes não a podem desmentir.
Claro que quanto às avaliações, todas serão más, menos as que sejam propostas pelo Ministério do Sindicato da Fenprof. O Ministro Mário Nogueira tem andado muito desaparecido - será da gripe que começou a apanhar com o contágio da nova ministra?

Anónimo disse...

Dizer-se que éramos os «mais atrasados da Europa, com índices de aproveitamento escolar de bradar aos céus», sem explicar as razões dessa situação é, no mínimo, tentar empoeirar os olhos da opinião pública, como convém a quem governa e seus cúmplices.
Deixo uma "dica": uma significativa percentagem dos meus alunos não perdeu o comboio, ocupando hoje dos mais altos cargos, em Portugal e além fronteiras, com responsabilidade, saber e honestidade profissional. Porquê? Simplesmente porque eu tive a coragem de não ir na conversa dos responsáveis do ministério. Só isso.
Portanto, não culpem, sem mais nem menos, a classe docente. Ela cumpriu com o que lhe fora imposto superiormente. Eu NÃO!
Hoje passa-se a mesma coisa. Se for cumprido o que os governantes querem, recuaremos. Não hajam dúvidas.
Há que modernizar o Ensino, mas a modernização preconizada por Sócrates só demonstra a sua ignorância nesse domínio.
As mudanças operadas por Lurdes Rodrigues em nada beneficiaram o sistema, pelo contrário, deixaram-no pior.
A carreira docente e a avaliação consequente não foram criadas por Lurdes Rodrigues. Ela tentou simplesmente acabar com o pouco que subsistia de aceitável.
Os professores não foram privilegiados. Tinham de trabalhar, muitas vezes doentes, com 38 ou 39º de temperatura, como se passou comigo algumas vezes, o que deixou de acontecer desde que Sócrates e Rodrigues começaram a brincar às "escolinhas". Mas isso não se passava somente comigo porque a maioria dos colegas com quem tenho trabalhado tinham e têm a mesma "paixão" pelo trabalho que desempenham. Por isso não admito que mintam, que rebaixem a classe docente, que nos preguem a bofetada com que tentaram molestar-nos.
Falar em premiar uns e punir outros, como se lê no texto deste "post", mostra bem o espírito que subjaz a todo o processo criado pelo governo Sócrates. Premiar e punir?
Premiar leva-nos na direcção dos previlégios tão combatidos por quem fala contra a classe docente.
Punir exprime o que os ressabiados pretendem, como tentativa de se livrarem dos seus próprios recalcamentos.
A propósito de punir, pergunto: porque punir quem pode não ter o devido talento para ensinar, e premiar quem o tem para roubar, corromper, mentir, falsear, ser saloio esperto, etc., etc., como vem acontecendo todos os dias no seio de outras classes profissionais e até dos políticos?
As únicas palavras decentes e aceitáveis do presente "post" são as últimas. Também desejo que Isabel Alçada consiga o milagre de, em conjunto com todos os intervenientes no processo, consiga um modelo de avaliação que avalie de facto. Mas não o conseguirá se não puser de lado o tal «esforço» de milhares de professores que cumpriram a lei.
É que aqui se levanta outra questão: quem cumpriu a lei fê-lo por livre vontade ou por medo e cobardia?
Na verdade, quem cumpriu a lei não o fez de bom grado. Disso eu sei.
De resto, as leis mal feitas não devem ser cumpridas.
PROFESSOR

Anónimo disse...

Este Professor bebe água benta e presunção aos alguidares durante o dia e à noite, antes de adormecer profundamente, um clister do resto da agua benta que não conseguiu beber.
Será que não lhe falta uma camada de sarna para se coçar ?

Anónimo disse...

AO ÚLTIMO COMENTADOR:
Se a conversa fosse comigo, mandava-te os dejectos resultantes do clister a que te referes para te refrescares quando te apetecesse.
És mesmo estúpido pá! Respeita as palavras desse sábio! Aproveita a sua lição. Ou nem aproveitar o que te oferecem de bom tu sabes?
Tudo o que esse Senhor Professor escreveu está correcto.
Se ele me dá licença, acrescento às suas palavras mais estas:
REBATO VEEMENTEMENTE O ARGUMENTO DEIXADO NO ÚLTIMO PARÁGRAFO DO TEXTO QUE ENCIMA O "post" PROFESSORES.
É QUE, AO CONTRÁRIO DO QUE NELE SE LÊ, A GRANDE MAIORIA DO POVO PORTUGUÊS NÃO ACEITOU O TRABALHO DE SÓCRATES.
SERÁ QUE NEM FAZER CONTAS ESSA GENTE SABE?
E MAIS: MUITA GENTE QUE VOTOU PS REJEITOU A POLÍTICA DA MINISTRA DA EDUCAÇÃO!
Mas é assim:há muita gente que não sabe ler nem fazer contas. E depois é contra os professores!

CIDADÃO ATENTO

Anónimo disse...

Quando um dito professor diz: "De resto as leis mal feitas não devem ser cumpridas", está tudo dito e explicado. Se cada um entender uma quaqluer lei está mal feita, não a cumpre.
Aqui está um óptimo pedagogo

Anónimo disse...

Agora sou eu, o professor, a responder ao comentador anterior.
Eu não disse que entendia que a lei está mal feita. Eu afirmo categoricamente que está.
Aliás não é apenas essa lei. Há mais...
E um óptimo pedagogo não é o que se acobarda perante o que ditatorialmente lhe é imposto. É, sim, o que suscita autonomia, pensamento, exercício mental, ajudando os seus discípulos a crescer inteiramente, como cidadãos de corpo e alma, com carácter e ideal, e não criaturas moldadas à feição dos interesses ideológicos de qualquer sociedade ou grupo político.

Talvez o caro comentador não tenha tido essa sorte quando frequentou a escola. Daí a postura que o caracteriza.

PROFESSOR

Anónimo disse...

Será que os senhores professores ainda não entenderam que os principais actores do filme da educação são os alunos?
Que o realizador do filme, é o Governo. E que os espectadores são os encarregados de educação dos alunos.

Anónimo disse...

Pois, senhor comentador. Até parece que tem razão. Mas não tem.
Exclua os professores e espere pelo filme o resto da vida.
Também parece, e há quem o diga, que Portugal evoluiu muitíssimo depois de 1974. Mas não evoluiu, não! Há mais cimento armado, mais alcatrão, mais campos de futebol, mais meios de comunicação, mais tecnologia, mas a ignorância continua, por muito esforço que os nossos professores façam.

Anónimo disse...

Aqui não há razão. Há realidade.
Se muitos tivessem a mesma linha de pensamente deste comentador, ainda hoje a roda não teria sido decoberta. Por exclusão de partes - só os professores não são ignorantes.
Muito bem.
Então como explica com tanta inteligência nos professores e estes não conseguem passar a sua sabedoria para os alunos?
Ou seja quem é inteligente é professor.

Anónimo disse...

AINDA NÃO ENTENDEU?
ALGUÉM, AÍ BEM PARA TRÁS DEU UMA EXPLICAÇÃO PLAUSÍVEL. PROCURE-A E VEJA SE FICA A SABER ALGUMA COISA.

UMA COISA É A PAIXÃO E O TRABALHO DOS PROFESSORES.
OUTRA COISA, COM BEM MAIS FORÇA PORQUE NÃO DÁ TRALHO NENHUM, É A PRESSÃO DO GROSSO DA SOCIEDADE, DESSE GRANDE GRUPO A QUE PERTENCEM TODOS OS QUE ESTÃO CONTRA A VERDADEIRA EMANCIPAÇÃO DO SER HUMANO. DESSE GRUPO FAZ PARTE O EX.MO COMENTADOR!

Professor