17 novembro, 2014

Miguel Macedo partiu

Assim tivessem feito outros ministros

Ontem, depois de anunciar a sua saída do MAI às 19h30, Miguel Macedo saiu do salão nobre do Ministério da Administração Interna (MAI) tão depressa quanto entrou e sem responder a perguntas. Num discurso que durou menos de três minutos, o ex-ministro rejeitou qualquer "culpa" ou "responsabilidade pessoal" no escândalo dos vistos gold, mas assumiu que o caso tem consequências políticas. E que se sentiu diminuído nas suas funções. "O ministro da Administração Interna tem de ter sempre uma forte autoridade para o exercício pleno das suas responsabilidades. Essa autoridade ficou diminuída, pelo que tomei a decisão de apresentar ao primeiro-ministro a minha demissão, que foi hoje aceite", justificou.
Miguel Macedo começou por afirmar que é preciso "respeito pela separação de poderes" e que o que tiver de ser investigado "deve ser investigado", rejeitando qualquer envolvimento nas suspeitas de corrupção na atribuição dos vistos dourados: "Tenho pautado a minha conduta pelo respeito pela lei. Não sou responsável por nada". Antes de abandonar a sala, seguido pelo secretário de Estado, agradeceu o "apoio" de Passos Coelho e confirmou que a decisão de abandonar o governo foi tomada na quinta-feira. (Ionline)

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