13 maio, 2012

Passos Coelho - “Nunca tenho dúvidas e raramente me engano”

Este "cavalheiro" é mesmo um atrazo...

"Foi assim que o primeiro-ministro reafirmou hoje que “o desemprego poder ser uma oportunidade para Portugal”. Fez lembrar a célebre frase de Cavaco Silva “Nunca tenho dívidas e raramente me engano”.
O primeiro-ministro anda irritado nos últimos tempos. Nota-se-lhe no rosto, nos lábios apertados, no gesto nervoso de pôr e tirar os óculos, na maneira como olha ou não olha os interlocutores no Parlamento e fora dele.
Tem razão para andar irritado. O ícone deste governo, Vítor Gaspar, meteu água nas últimas semanas com a “novela” do DEO (novo nome do PEC) que não enviou ao Parlamento, não se sabe se por desrespeito pelos deputados se por negligência dele ou dos serviços do Ministério, e não sei qual é pior. Pior que isso, o conteúdo do DEO é um desastre para o País (quem sabe se foi para que não se discutisse a sua substância que o ministro desviou a discussão não o enviando ao Parlamento para com isso provocar a ira dos deputados).
Passos confia cegamente em Gaspar e Gaspar não pode nem quer “levantar cabelo” perante os seus colegas da troika (quem sabe depois disto se não irá juntar-se a eles, enquanto os que resistirem às “novas oportunidades” de desemprego oferecidas pelo primeiro-ministro continuarão por cá).
Como se isto não bastasse, junta-se agora a bagunça das secretas, com osjornais a envolverem os nomes de dois companheiros de partido e de governo que mais ajudaram Passos Coelho a chegar à direcção do partido e depois à chefia do governo.
São razões mais que suficientes para o primeiro-ministro andar irritado, convenhamos. Mas não ser capaz de mostrar alguma humildade e reconhecer, ao menos, que não tinha intenção de atingir os desempregados, enfim, qualquer coisa que mostrasse sensibilidade, humanidade, era o mínimo que podia fazer.
Em vez disso, o primeiro-ministro engrossou a voz, reafirmou tudo e ainda acrescentou que Portugal “está cansado das crises artificiais”.
Era bom para os portugueses que “as crises fossem artificiais” mas, infelizmente, são bem reais. Só a arrogância e a cegueira do primeiro-ministro o impedem de ver isso.
Quem diria que apenas um ano após chegar ao Governo já fala assim! ( vaievem.wordpress )

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