04 junho, 2010

Apito Dourado, justiça de Lata

A Justiça é assim.
Os factos ocorreram, mas ninguem foi por agora punido.

"Traduzindo: tudo o que fizeram ao longo de anos – viciação das classificações dos árbitros, criando juízes de aviário e penalizando os obstinados com o rigor e a independência – é como se não existisse. O problema é que, para lá da sentença, a viciação das classificações existiu mesmo – e é dada como provada. É provado o expediente informático que foi expressamente criado para o efeito, mas o tribunal entendeu que há uma valorização excessiva das escutas telefónicas como meio de prova. Tal entendimento não significa, como é óbvio, que os factos não tenham ocorrido, que não sejam moralmente censuráveis e não tenham minado a verdade desportiva ao longo de anos e que, em sede de recurso, não venham a ser olhados de forma diferente em termos criminais. A sentença não é um mata--borrão, porque os factos ocorreram mesmo, mas tão só o resultado de uma avaliação divergente das provas. Goste-se ou não este é o sistema da Justiça." (CM)

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