Vejamos:
As medidas adicionais em estudo pelo Governo não serão, caso sejam postas em prática, uma novidade para Portugal. O imposto extraordinário e retroactivo sobre o 13.º mês foi aprovado em 1983, era Mário Soares primeiro-ministro e Ernâni Lopes ministro das Finanças. O imposto incidiu sobre os rendimentos da contribuição predial, sujeitos a impostos de capital de 1982 e "independentes" (6 por cento) e sobre os salários, tanto do sector privado como da função pública, relativos ao período de Janeiro a Setembro de 1983. O imposto foi de 2,8 por cento sobre as remunerações, ou seja, cerca de um quarto do subsídio de Natal. retido na fonte entre Novembro e Dezembro.
Portugal vivia uma crise grave das contas externas que obrigou à intervenção do FMI. Para o ex-governador do Banco de Portugal José Silva Lopes, no seu livro A Economia Portuguesa desde 1960, a principal causa esteve na orientação da política económica, já que Portugal, com Cavaco Silva como ministro das Finanças do Governo PPD/CDS, executou em 1980 políticas "claramente expansionistas". Cavaco Silva explica nas suas memórias que Sá Carneiro e Morais Leitão, já falecidos, o pressionaram a aplicar medidas eleitoralistas.
Em relação ao aumento das taxas de IVA, a rapidez de obtenção de receita e a forma dissipada com que os contribuintes o sentem têm-na tornada popular entre os governos, apesar da subida dos preços, geralmente sentida por quem tem menores rendimentos.
A taxa normal de IVA subiu de 17 para 19 por cento em 2002, quando o Governo Durão Barroso, era Manuela Ferreira Leite ministra das Finanças, quis atenuar a quebra de receitas fiscais e evitar uma derrapagem do défice, mantendo-o nos 2,8 por cento.
A 1 de Julho de 2005, uma das primeiras medidas do Governo Sócrates, era Campos e Cunha ministro das Finanças, foi aumentar a taxa de 19 para 21 por cento para cortar o défice, avaliado pelo Banco de Portugal em 8,3 por cento do PIB. Mas em Março de 2008, o mesmo Governo decidiu baixar para 20 por cento, porque o défice de 2007 - de 2,6 por cento- fora, segundo Teixeira dos Santos, "o mais baixo dos últimos 30 anos".
por João Ramos de Almeida
Sobre questões desta natureza não adianta conversa. Acabo de ouvir que o governo vai castigar, uma vez mais, o povo, com mais impostos sobre os salários.
ResponderEliminarA mim já me vem roubando, todos os anos, uma migalha que para mim não é assim tão pequena. Tem-lo feito de modo a que eu não dê por tal. Pensa, certamente, que eu sou parvo e não sei fazer contas. Agora, pelos vistos, vai ser às claras.
Mas eu não contribui, em nada, para a crise que Portugal atravessa. Pelo contrário, sempre actuei, tanto no âmbito das minhas "missões" como cidadão, como pedagogo, como homem público, como no domínio da minha vida privada, no sentido da preservação da nossa economia, e não só.
Porque razão tenho de ser eu, tem de ser o povo, seja ele "Zé", "Manel", "Tone" ou "Micas" a pagar as "favas"?
Essas centenas de traidores que vivem à minha/nossa, custa que as pague!
E, de uma vez por todas, elejamos Homens para nos governar!
UM PATRIOTA
Muito bem, Sr. Patriota. Subscrevo o seu comentário, mas poderia ir mais além ainda.
ResponderEliminarAssim sou eu a ter de o fazer.
Estes governantes de meia tigela, sobretudo o chefe, estava tão bem a escorregar nos baloiços aqui da sua aldeia transmontana. Mas não, quisemo-lo para chefe, agora aguentamos. Na primeira quem quer cai, mas na segunda... francamente!
Eu já não caí.
Ele continua a fazer que faz, e faz, mas sempre a favor dos da ceita. Um exemplo: vai retirar-me 1% do meu vencimento e tem a lata de retirar SÓ 5% aos deputados e outros que tais, enganando uma vez mais o povo com essa medida.
Já não falando do IRS, onde ele ainda me vai roubar mais, eu, que até nem ganho muito mal, vou ficar sem menos cerca de 3.500$00/mês, para falar na moeda antiga.
Um deputado, que ganha mais do dobro de mim, ficaria sem menos cerca de 37.000$00. Mas se os 5% recaírem apenas sobre o que passa do escalão anterior, sujeito a 1%,
então o deputado receberá menos do que hoje apenas 20 e quê contos.
Só que a mim os 3.500$00 fazem falta, e ao deputado 20, 40 ou 100 contos a menos não fará falta nenhuma. Isto quer dizer que se o governo retirasse aos deputados, ministros e outros abutres deste país 200 ou 300 contos, ainda ficariam a ganhar muito para aquilo que fazem, ou melhor, que desfazem, e bem mais do que eu, que trabalho muito mais do que eles e julgo-me muito mais útil à sociedade e ao país. Trabalho que me farto e não tenho mais do que tinha há trinta anos.
É ver esses que comem tudo e não deixam nada. Terão os mesmos bens que tinham há 30 anos? Onde os foram buscar?
Atendendo à situação do país, é fácil de saber...
O povo é cego e lorpa. Pena é que uns paguem as culpas dos outros.
TRANSMONTANO
Bem visto, Srs. Comentadores. Só que se esqueceram de dizer que este governo, que nos saca compulsivamente os nossos cêntimos, oferece MILHÕES aos da sua estirpe: bancos, banqueiros, gestores, deputados, e toda a corja de corruptos legais que infestam este país.
ResponderEliminarCIDADÃO ATENTO