06 maio, 2015
Passos Coelho - um sem vergonha
"Estas declarações de Passos Coelho só aconteceram porque isto está mesmo tudo ligado: só o sentimento de impunidade reinante é que imbui um Primeiro Ministro de uma tal desfaçatez, de uma tal sem vergonha".
VERGONHA ??????? Túnel do Marquês tavez...
UMA VERGONHA!
Recebido por email
Vejam no fim a foto dos inquilinos do Túnel do Marquês!
INDECOROSO
Acerca da sustentabilidade das reformas...
VERGONHA é comparar a Reforma de um Deputado com a de uma Viúva.
VERGONHA é um Cidadão ter que descontar 35 anos para receber Reforma e aos Deputados bastarem somente 3 ou 6 anos conforme o caso e que aos membros do Governo para cobrar a Pensão Máxima só precisam do Juramento de Posse.
VERGONHA é que os Deputados sejam os únicos Trabalhadores (?) deste País que estão Isentos de 1/3 do seu salário em IRS.
VERGONHA é pôr na Administração milhares de Assessores (leia-se Amigalhaços) com Salários que desejariam os Técnicos Mais Qualificados.
VERGONHA é a enorme quantidade de Dinheiro destinado a apoiar os Partidos, aprovados pelos mesmos Políticos que vivem deles.
VERGONHA é que a um Político não se exija a mínima prova de Capacidade para exercer o Cargo (e não falamos em Intelectual ou Cultural).
VERGONHA é o custo que representa para os Contribuintes a sua Comida, Carros Oficiais, Motoristas, Viagens (sempre em 1ª Classe), Cartões de Crédito.
VERGONHA é que s. Exas. tenham quase 5 meses de Férias ao Ano (48 dias no Natal, uns 17 na Semana Santa mesmo que muitos se declarem não religiosos, e uns 82 dias no Verão).
VERGONHA é s. Exas. quando cessam um Cargo manterem 80% do Salário durante 18 meses.
VERGONHA é que ex-Ministros, ex-Secretários de Estado e Altos Cargos da Política quando cessam são os únicos Cidadãos deste País que podem legalmente acumular 2 Salários do Erário Público.
VERGONHA é que se utilizem os Meios de Comunicação Social para transmitir à Socied ade que os Funcionários só representam encargos para os Bolsos dos Contribuintes.
VERGONHA é ter Residência em Sintra e Cobrar Ajudas de Custo pela deslocação à Capital porque dizem viver em outra Cidade.
VERGONHA é os privilegiados, de que se fala, não pensarem na existência dos inquilinos do Túnel do Marquês!
Esta deveria ser uma dessas correntes que não deveriam romper-se, pois só nós podemos erradicar TUDO ISTO.
05 maio, 2015
Carlos Santos Silva - Prisão - Factos eloquentes
O texto «A Vida de Carlos Santos Silva na Prisão» do jornalista Plácido Júnior, e inserido na «Visão» desta semana, é bastante elucidativo quanto à falta de escrúpulos dos responsáveis judiciais pela prisão dos supostos arguidos da «Operação Marquês».
Não é difícil concluir que a estratégia empreendida por rosário teixeira, carlos alexandre, e quem com eles se agita na sombra, para conseguir o assassinato político de José Sócrates está a falhar em toda a linha. E só lhes resta prolongar o mais possível a farsa até que o castelo de cartas em que assentaram a acusação acabe por ruir confrontando-os com a indignidade dos seus comportamentos.
O texto em causa alinha alguns episódios lapidares das estratégias do ministério público e do juiz de instrução, que deveriam seriamente preocupar o Conselho Superior da Magistratura pela má imagem dada à Justiça por quem deveria estar na primeira linha a defender-lhe a irrepreensibilidade.
Sintetizemos, pois, os casos revelados no artigo:
- em 27 de janeiro era enviado de Genebra um envelope com documentos importantes endereçados à advogada de Carlos Santos Silva e que, chegado a Lisboa a 2 de fevereiro, seria desviado pela Autoridade Tributária, que tem uma equipa a trabalhar com rosário teixeira;
- a 6 de fevereiro, decerto querendo demonstrar a impunidade com que está a tratar deste caso, quem procedeu a esse desvio possibilitou a entrega do envelope, ostensivamente rasgado e dentro de um invólucro de plástico hermeticamente fechado, à advogada Paula Lourenço;
- os documentos que constavam desse envelope, relativos ao movimento de contas bancárias de Carlos Santos Silva na Union des Banques Suisses até final de 2009, já eram do conhecimento de rosário teixeira desde novembro de 2013, pois recebera-os por email e os entregara a carlos alexandre. Só assim e explica que os interrogatórios ao empresário e ao antigo primeiro-ministro tivessem tais dados como principais fundamentos. Quer o procurador, quer o juiz, demonstraram bem a sua falta de carácter ao contrariarem o dever de «verdade e lealdade» para com as partes.
- Paula Lourenço já deparara, entretanto, com as manobras dilatórias do ministério público português junto da UBS e das autoridades suíças, quer ao criarem-lhe dificuldades em aceitarem a procuração do seu cliente - obrigando-a a duas viagens a Genebra -, quer pelo pedido de rosário teixeira ao seu colega suíço para que atrasasse durante mais de um ano o envio da documentação recebida por email (e por isso mesmo ainda apenas oficiosa) para conseguir sustentar o pedido de prisão preventiva;
- a 13 de fevereiro, rosário teixeira contacta Paula Lourenço para marcar novo interrogatório ao seu cliente para dia 19, mas ela não compareceu no escritório nesse dia por estar adoentada só tomando conhecimento dessa convocatória no dia 16, altura em que , sem êxito, procura mudar a data proposta por já ter a agenda preenchida;
- a 15 de fevereiro e sem adivinharem esse desconhecimento de Paula Lourenço quanto à nova inquirição ao seu cliente, alguém do ministério público incumbe o controverso António Morais, (conhecido por ter sido o professor que passara Sócrates em cinco cadeiras da Universidade Independente) de convidar um gestor de uma das empresas de Carlos Santos Silva para um encontro num centro comercial lisboeta, onde o insta a convencer este último a prescindir dos serviços da advogada e a inculpar Sócrates quando fosse ouvido no dia 19. Seria interessante conhecer de António Morais a forma como tomara conhecimento dessa nova audição e que contrapartidas lhe teriam sido oferecidas…
- Nesse mesmo domingo, dia 15, o mesmo António Morais convence um primo de Carlos Santos Silva a vir da Covilhã a Lisboa para um encontro na pastelaria Mexicana. Nesse encontro o familiar do empresário depara com um interlocutor desconhecido - e ainda por identificar - que se mostra agressivo a chantagear Carlos Santos Silva com a prisão da esposa se na audição do dia 19 não inculpar Sócrates. Segundo terá dito a filha do casal Santos Silva, ainda com 13 anos, veria os dois progenitores na prisão se não cumprissem com o que se lhes exigiria.
- Saindo para a rua ainda perturbado com a experiência, o primo de Santos Silva seria abordado por António Morais, aparentemente a chegar ali nessa altura e a repetir-lhe as condições da chantagem;
- Posteriormente, quando a defesa de Carlos Santos Silva procurou aceder às câmaras de vigilância da pastelaria para identificar o indivíduo, deparou-se com avaria das mesmas em singular coincidência;
O pasquim da Cofina e outros media da sua igualha trataram de enfatizar o silêncio de Carlos Santos Silva na audiência do dia 19 de fevereiro como se tal postura indiciasse culpabilidade, mas de facto, ela mais não representou do que um veemente protesto pelas tortuosas práticas da Acusação.
Estamos, assim, a caminho de seis meses de infame humilhação a Sócrates e ao seu amigo, sem que rosário teixeira e carlos alexandre consigam apresentar uma única prova da absurda tese, que construíram e fizeram passar para os jornais. Pior ainda, quando apostariam em que a já longa prisão enfraquecesse o ânimo dos dois amigos, deparam-se com a força de carácter de quem se sabe inocente e está disposto a bater-se pela sua demonstração.
Em desespero de causa andam agora a disparar tiros em todas as direções a ver se algum consegue acertar num alvo minimamente utilizável para fundamentarem o que carece de qualquer fundamento. No íntimo já se adivinham futuros réus de um caso destinado a ficar como uma indelével mancha na Justiça portuguesa.
Aproximando-se o fim de um ciclo político em que muito do que aconteceu na sociedade portuguesa nos fez regressar aos tiques vigentes a 24 de abril, será imprescindível que o novo ciclo volte a reabrir as portas que a Revolução de 1974 tinha escancarado e, entretanto fechadas … nomeadamente neste tortuoso caso do ministério público. Com punição exemplar a quem se comprovar merecê-la!
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Publicada por Blogger às Ventos Semeados a 5/04/2015 01:49:00 da manhã
Passos Coelho - biografia
Cavaco Silva - não dá uma
04 maio, 2015
PNEUS- Eles aí estão... sem ar...!
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02 maio, 2015
01 maio, 2015
28 abril, 2015
Socrates escreve
justificar mantê-lo em prisão preventiva. "Foi a caça ao homem - esta 'Operação Marquês", queixa-se ainda José Sócrates na missiva de cinco páginas.
"Ao fim de cinco meses em prisão preventiva, o nosso estimado Ministério Público não teve ainda tempo para me apresentar os factos e muito menos as provas", critica o ex-governante na carta divulgada pela SIC, acrescentando que não sabe de que crime é acusado. "Não sei nem o MP sabe. Até porque não cometi crime algum".
Sócrates diz ainda que o MP tem a sua teoria e parece convencido de "que não precisa de provar nada para me manter preso ou até obter uma condenação", admitindo que poderá ser condenado dada a "situação a que o processo chegou", que descreve como "patética".
Na missiva, o ex-primeiro-ministro fala ainda da detenção do administrador do Grupo Lena, Joaquim Barroca, com quem diz ter estado apenas uma "meia dúzia de vezes". E nega qualquer favorecimento ao grupo Lena: "em termos relativo, só o governo atual adjudicou a este grupo mais empreitadas de obras públicas do que o governo anterior".
Sócrates diz também que há um "facto novo que tem sido escondido", escreve, especificando que nas "informações bancárias" relativas às contas na Suíça, "em lado algum sou referido", algo que diz estar a ser "propositadamente escondido".
Já no final da carta, o antigo governante pede ao amigo António Campos para não se preocupar com o seu ânimo. "Estou forte e confiante", escreve, dizendo que o caso não lhe tirou "a alegria".
27 abril, 2015
Laranjinhas
Laranjinhas
Herminio Cerqueira
PNEUS- Eles aí estão... sem ar...!
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Clara Ferreira Alves explica
(Clara Ferreira Alves, in Expresso, 25/04/2015)
Clara Ferreira Alves
Na vulgata bíblica, o nosso coelho seria um bem-aventurado, bem-aventurados os pobres de espírito porque deles será o reino dos céus.
Temos de considerar os pronunciamentos do primeiro-ministro como indissociáveis do dr. Passos Coelho. O que quer dizer que quando diz uma palurdice com jovialidade ou desdém, o primeiro-ministro fala. E Passos Coelho diz não uma mas várias palurdices. Anote-se a imaginativa comparação de Portugal com Singapura e a aposta na “competitividade” da economia portuguesa (a sétima mais lenta do mundo). É a comparação do sétimo cágado do mundo com o galgo asiático. Calcula-se que o nosso primeiro nunca tenha posto um pé em Singapura e muito menos passado os olhos pelas obras completas de Lee Kwan Yew. Um fez do prostíbulo e entreposto colonial de Singapura um país moderno, próspero e que trata bem os seus nacionais, outro esqueceu-se de pagar a Segurança Social e em vez de escrever e fazer obra entretém-se a denunciar os pecados alheios e a desculpar-se dos próprios. Na vulgata bíblica, o nosso Coelho seria um bem-aventurado, bem-aventurados os pobres de espírito porque deles será o reino dos céus. Um simples. Mas teria de ser um simples de coração e quanto a isto não estou certa. Vem à tona na pior altura um rancor ou uma malícia que diminuem qualquer primeiro-ministro. José Mariano Gago, um ex-ministro e um colega da política e de Governo morreu. Morreu discretamente, como viveu. Os homens com obra não precisam de portadores de recados nem de agências de comunicação. O ex-ministro da Ciência morreu e o que se espera de um chefe de Governo é que, educadamente, lamente a perda, cumprimente a família e faça o elogio institucional. Não se trata aqui de mortuis nihil nisi bonum e sim de um ato de justiça. E não se ajustam contas nem se fazem insinuações com mortos. Li nos jornais que no pronunciamento público sobre a perda, o primeiro-ministro introduziu um “apesar de”. Deu um contributo inestimável “apesar de” ter feito parte de governos socialistas. É como entrar num funeral e dar os pêsames à família dizendo: foi um grande homem apesar de ser vosso parente. Porque José Mariano Gago foi não apenas um ministro visionário, competente e dedicado que mudou a educação e qualificação científica em Portugal, fê-lo com o Partido Socialista e com os socialistas. Tinha sido um resistente, um chefe estudantil da oposição que não tinha medo do regime e que conseguia ser ao mesmo tempo um aluno brilhante, destemido e convicto. José Mariano Gago trabalhou com António Guterres e com José Sócrates como primeiros-ministros e nunca renegou essa companhia. O problema de Passos Coelho, e do corpo expedicionário que o acompanha na intimidade do boudoir político e aos quais, como dizem as notícias, ele “ouve”, e que “consulta”, é o da falta de juízo e conselho. Deviam obrigá-lo a medir as palavras porque há um limite para a palurdice. Ou o primeiro-ministro pensa o que diz, e acha que se Mariano Gago não fosse socialista aumentava o seu capital humano, político e científico, ou então o primeiro-ministro estava a fazer humor à custa de um adversário político prematuramente morto por doença. O diabo que escolha.
Há uns bons anos, se a memória não me falha e a memória do então vivo Vasco Graça Moura também não, o romancista Fernando Namora tinha num dos romances a frase: “o ruído ensurdecedor da máquina de cortar fiambre”. Namora teve o seu período de esplendor e foi sepultado sem ter ressuscitado mas no tempo em que isto se passava estava muito vivo e era muito lido e vendido. O Vasco e eu tínhamos uma pequena coleção de pérolas literárias, uma coleção de péssimas imagens da literatura portuguesa, e esta era uma delas. Uma descoberta do Vasco, juntamente com esta de outro estro: “O pôr do sol no Tejo parecia a hemoptise de um príncipe russo”. Ou mais ou menos isto… Eu gosto particularmente do ruído ensurdecedor da máquina de cortar fiambre, que me parece um arranjo minucioso de insignificâncias. Suponho que o autor comparava o ruído ensurdecedor da máquina de cortar fiambre a uma orgia sonora destinada a contrastar ou reforçar o resto da frase. Nunca li o livro nem li a frase mas confio na memória seletiva do Vasco Graça Moura. Se não fosse de Namora seria igualmente válida a proposição. Utilize-se o ruído ensurdecedor da máquina de cortar fiambre quando há necessidade de um termo que defina a frase destituída de sentido, nula, prodigiosamente vazia. O “cant.” Muito do jargão político oficial é isto. E muito do discurso político do PSD de Passos é isto, o ruído ensurdecedor da máquina de cortar fiambre. Se quisermos associar à imagem a ideia de austeridade, cortar o fiambre, a frase é perfeita. E o autor um génio porque o que não resultou na literatura resultou, por metáfora e metonímia, na vida