06 maio, 2015

Dias Loureiro no Correio da Manhã

 

 

 

Passos Coelho - um sem vergonha

Ora vejamos o que escreve Ana Gomes  no seu Blog, sobre as declaraçoes de Passos Coelho acerca de Dias Loureiro.

"Estas declarações de Passos Coelho só aconteceram porque isto está mesmo tudo ligado: só o sentimento de impunidade reinante é que imbui um Primeiro Ministro de uma tal desfaçatez, de uma tal sem vergonha".

VERGONHA ??????? Túnel do Marquês tavez...

Mas maior vergonha são os deputados que foram eleitos pelo povo ,terem regalias infames e deixarem acontecer esta indignidade a um ser humano...

UMA VERGONHA!
Recebido por email
Vejam no fim a foto dos inquilinos do Túnel do Marquês!
INDECOROSO
Acerca da sustentabilidade das reformas...

VERGONHA é comparar a Reforma de um Deputado com a de uma Viúva.
VERGONHA é um Cidadão ter que descontar 35 anos para receber Reforma e aos Deputados bastarem somente 3 ou 6 anos conforme o caso e que aos membros do Governo para cobrar a Pensão Máxima só precisam do Juramento de Posse.
VERGONHA é que os Deputados sejam os únicos Trabalhadores (?) deste País que estão Isentos de 1/3 do seu salário em IRS.
VERGONHA é pôr na Administração milhares de Assessores (leia-se Amigalhaços) com Salários que desejariam os Técnicos Mais Qualificados.
VERGONHA é a enorme quantidade de Dinheiro destinado a apoiar os Partidos, aprovados pelos mesmos Políticos que vivem deles.
VERGONHA é que a um Político não se exija a mínima prova de Capacidade para exercer o Cargo (e não falamos em Intelectual ou Cultural).
VERGONHA é o custo que representa para os Contribuintes a sua Comida, Carros Oficiais, Motoristas, Viagens (sempre em 1ª Classe), Cartões de Crédito.
VERGONHA é que s. Exas. tenham quase 5 meses de Férias ao Ano (48 dias no Natal, uns 17 na Semana Santa mesmo que muitos se declarem não religiosos, e uns 82 dias no Verão).
VERGONHA é s. Exas. quando cessam um Cargo manterem 80% do Salário durante 18 meses.
VERGONHA é que ex-Ministros, ex-Secretários de Estado e Altos Cargos da Política quando cessam são os únicos Cidadãos deste País que podem legalmente acumular 2 Salários do Erário Público.
VERGONHA é que se utilizem os Meios de Comunicação Social para transmitir à Socied ade que os Funcionários só representam encargos para os Bolsos dos Contribuintes.
VERGONHA é ter Residência em Sintra e Cobrar Ajudas de Custo pela deslocação à Capital porque dizem viver em outra Cidade.
VERGONHA é os privilegiados, de que se fala, não pensarem na existência dos inquilinos do Túnel do Marquês!


Esta deveria ser uma dessas correntes que não deveriam romper-se, pois só nós podemos erradicar TUDO ISTO.

05 maio, 2015

Carlos Santos Silva - Prisão - Factos eloquentes

O texto «A Vida de Carlos Santos Silva na Prisão» do jornalista Plácido Júnior, e inserido na «Visão» desta semana, é bastante elucidativo quanto à falta de escrúpulos dos responsáveis judiciais pela prisão dos supostos arguidos da «Operação Marquês».

Não é difícil concluir que a estratégia empreendida por rosário teixeira, carlos alexandre, e quem com eles se agita na sombra, para conseguir o assassinato político de José Sócrates está a falhar em toda a linha. E só lhes resta prolongar o mais possível a farsa até que o castelo de cartas em que assentaram a acusação acabe por ruir confrontando-os com a indignidade dos seus comportamentos.

O texto em causa alinha alguns episódios lapidares das estratégias do ministério público e do juiz de instrução, que deveriam seriamente preocupar o Conselho Superior da Magistratura pela má imagem dada à Justiça por quem deveria estar na primeira linha  a defender-lhe a irrepreensibilidade.

Sintetizemos, pois, os casos revelados no artigo:

- em 27 de janeiro  era enviado de Genebra um envelope com documentos importantes endereçados à advogada de Carlos Santos Silva e que, chegado a Lisboa a 2 de fevereiro, seria desviado pela Autoridade Tributária, que tem uma equipa a trabalhar com rosário teixeira;

- a 6 de fevereiro, decerto querendo demonstrar a impunidade com que está a tratar deste caso, quem procedeu a esse desvio possibilitou a entrega do envelope,  ostensivamente rasgado e dentro de um invólucro de plástico hermeticamente fechado, à advogada Paula Lourenço;

- os documentos que constavam desse envelope, relativos ao movimento de contas bancárias de Carlos Santos Silva na Union des Banques Suisses até final de 2009, já eram do conhecimento de rosário teixeira  desde novembro de 2013, pois recebera-os por email e os entregara a carlos alexandre. Só assim e explica que os interrogatórios ao empresário e ao antigo primeiro-ministro tivessem tais dados como principais fundamentos. Quer o procurador, quer o juiz, demonstraram bem a sua falta de carácter ao contrariarem o dever de «verdade e lealdade» para com as partes.

- Paula Lourenço já deparara, entretanto, com as manobras dilatórias do ministério público português junto da UBS e das autoridades suíças, quer ao criarem-lhe dificuldades em aceitarem a procuração do seu cliente - obrigando-a a duas viagens a Genebra -, quer pelo pedido de rosário teixeira ao seu colega suíço para que atrasasse durante mais de um ano o envio da documentação recebida por email (e por isso mesmo ainda apenas oficiosa) para conseguir sustentar o pedido de prisão preventiva;

- a 13 de fevereiro, rosário teixeira contacta Paula Lourenço para marcar novo interrogatório ao seu cliente para dia 19, mas ela não compareceu no escritório nesse dia por estar adoentada só tomando conhecimento dessa convocatória no dia 16, altura em que , sem êxito, procura mudar a data proposta por já ter a agenda preenchida;

- a 15 de fevereiro e sem adivinharem esse desconhecimento de Paula Lourenço quanto à nova inquirição ao seu cliente,  alguém do ministério público incumbe o controverso António Morais, (conhecido por ter sido o professor que passara Sócrates em cinco cadeiras da Universidade Independente) de convidar um gestor de uma das empresas de Carlos Santos Silva para um encontro num centro comercial lisboeta, onde o insta a convencer este último a prescindir dos serviços da advogada e a inculpar Sócrates quando fosse ouvido no dia 19. Seria interessante conhecer de António Morais a forma como tomara conhecimento dessa nova audição e que contrapartidas lhe teriam sido oferecidas…

- Nesse mesmo domingo, dia 15, o mesmo António Morais convence um primo de Carlos Santos Silva a vir da Covilhã a Lisboa para um encontro na pastelaria Mexicana. Nesse encontro o familiar  do empresário depara com um interlocutor desconhecido - e ainda por identificar - que se mostra agressivo a chantagear Carlos Santos Silva com a prisão da esposa se na audição do dia 19 não inculpar Sócrates. Segundo terá dito a filha do casal Santos Silva, ainda com 13 anos, veria os dois progenitores na prisão se não cumprissem com o que se lhes exigiria.

- Saindo para a rua ainda perturbado com a experiência, o primo de Santos Silva seria abordado por António Morais, aparentemente a chegar ali nessa altura e a repetir-lhe as condições da chantagem;

- Posteriormente, quando a defesa de Carlos Santos Silva procurou aceder às câmaras de vigilância da pastelaria para identificar o indivíduo, deparou-se com  avaria das mesmas em singular coincidência;

O pasquim da Cofina e outros media da sua igualha trataram de enfatizar o silêncio de Carlos Santos Silva na audiência do dia 19 de fevereiro como se tal postura indiciasse culpabilidade, mas de facto, ela mais não representou do que um veemente protesto pelas tortuosas práticas da Acusação.

Estamos, assim, a caminho de seis meses de infame humilhação a Sócrates e ao seu amigo, sem que rosário teixeira e carlos alexandre consigam apresentar uma única prova da absurda tese, que construíram e fizeram passar para os jornais. Pior ainda, quando apostariam em que a já longa prisão enfraquecesse o ânimo dos dois amigos, deparam-se com a força de carácter de quem se sabe inocente  e está disposto a bater-se pela sua demonstração.

Em desespero de causa andam agora a disparar tiros em todas as direções a ver se algum consegue acertar num alvo minimamente utilizável para fundamentarem o que carece de qualquer fundamento. No íntimo já se adivinham futuros réus de um caso destinado a ficar como uma indelével mancha na Justiça portuguesa.

Aproximando-se o fim de um ciclo político em que muito do que aconteceu na sociedade portuguesa nos fez regressar aos tiques vigentes a 24 de abril, será imprescindível que o novo ciclo volte a reabrir as portas que a Revolução de 1974 tinha escancarado e, entretanto fechadas … nomeadamente neste tortuoso caso do ministério público. Com punição exemplar a quem se comprovar merecê-la!

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Publicada por Blogger às Ventos Semeados a 5/04/2015 01:49:00 da manhã

 

Passos Coelho - biografia

Esqueceu-se de escrever que mentiu descaradamente aos portugueses antes e depois das eleições.

"Neste livro, da editora Alêtheia, que vai para as bancas a cerca de cinco meses das eleições legislativas, Passos Coelho é descrito como um homem racional, corajoso e desapegado do poder que "levantou Portugal do chão" na chefia do Governo PSD/CDS-PP. A sua história pessoal e política é narrada com recurso a declarações do próprio e de outras pessoas próximas, destas duas esferas."

Ministra das Finanças rouba aos pensionistas?


Cavaco Silva - não dá uma


Na sua viagem de ida para mais uma passeata para a Noruega, vai daí e desata a falar sobre o que não sabe. E...
""A verdade é que o Presidente estava mesmo animado e, vai daí, resolveu dar uma de simpatia para com os jornalistas que o acompanhavam e disse-lhes que a lei eleitoral é “anacrónica” e que se ele pudesse a mudava como fez quando era primeiro-ministro com a lei da reforma agrária. Disse também que a culpa é da CNE porque mudou a interpretação dessa lei quanto à cobertura jornalística das campanhas e não o avisou de que a lei é anacrónica.

Azar dos Távoras! o Presidente não se saíu bem. É que porta-voz da CNE veio logo rejeitar a classificação de “anacrónica”e negar que a CNE tenha mudado a interpretação dessa lei, explicando ao Presidente, com ar de quem desculpa um ignorante, que há “muita confusão” e “tensão” e que depois dessa lei foi aprovada a lei eleitoral da ALAçores que manteve os mesmos princípios sobre a cobertura jornalística.

Esperemos agora que no voo de regresso o Presidente diga mais coisas sobre os mesmos ou outros assuntos. Um Presidente que fala, mesmo que diga asneiras, é preferível a um Presidente que se cala.""

04 maio, 2015

PNEUS- Eles aí estão... sem ar...!


                                                                                                              
Eles aí estão... sem ar...! preparem-se!!!

 Eles aí estão... sem ar...! Para quem não acreditava que fosse nos nossos dias...

             

 
 Novos Pneus surpreendentes ........................
Pneus Michelin ... Absolutamente assustador ...
Eles são feitos na Carolina do Sul , EUA .
Concepção Radical do novo pneu da Michelin .

A próxima geração de pneus.
          







Estes pneus são sem ar e estão programados para estar no mercado muito em breve.
A má notícia para a aplicação da lei é que as tiras de perfuradores de pneus que a polícia usa
para bloqueio de transito não funcionará neles.
Basta pensar no impacto na tecnologia existente:
A. Não há mais válvulas de ar ...
B. Não há mais compressores de ar em postos de gasolina ...
C. Não há mais kits de reparação ...
D. Não há mais pneus vazios...
E. Não há mais "calibragem" de pneus ...
Estas são imagens reais tiradas na Michelin na Carolina do Sul.






Cavaco Silva - nova viagem

 

 

 

Aníbal e Maria no país do bacalhau


28 abril, 2015

Socrates escreve

Para José Sócrates, o Ministério Público (MP) tem elaborado uma tese "patética" e "absurda" para 

justificar mantê-lo em prisão preventiva. "Foi a caça ao homem - esta 'Operação Marquês", queixa-se ainda José Sócrates na missiva de cinco páginas.
"Ao fim de cinco meses em prisão preventiva, o nosso estimado Ministério Público não teve ainda tempo para me apresentar os factos e muito menos as provas", critica o ex-governante na carta divulgada pela SIC, acrescentando que não sabe de que crime é acusado. "Não sei nem o MP sabe. Até porque não cometi crime algum".

Sócrates diz ainda que o MP tem a sua teoria e parece convencido de "que não precisa de provar nada para me manter preso ou até obter uma condenação", admitindo que poderá ser condenado dada a "situação a que o processo chegou", que descreve como "patética".

Na missiva, o ex-primeiro-ministro fala ainda da detenção do administrador do Grupo Lena, Joaquim Barroca, com quem diz ter estado apenas uma "meia dúzia de vezes". E nega qualquer favorecimento ao grupo Lena: "em termos relativo, só o governo atual adjudicou a este grupo mais empreitadas de obras públicas do que o governo anterior".

Sócrates diz também que há um "facto novo que tem sido escondido", escreve, especificando que nas "informações bancárias" relativas às contas na Suíça, "em lado algum sou referido", algo que diz estar a ser "propositadamente escondido".

Já no final da carta, o antigo governante pede ao amigo António Campos para não se preocupar com o seu ânimo. "Estou forte e confiante", escreve, dizendo que o caso não lhe tirou "a alegria".

27 abril, 2015

Laranjinhas

Laranjinhas
 Herminio Cerqueira
Cegos com o ódio ao outro, estes "laranjinhas" andam à por aí solta e ao assalto do que é de todos nós ! É fartar vilanagem !!!
"Negócio pouco transparente entre o Estado e a Salvador Caetano !!!
Ex-responsável pela imagem de Passos Coelho e ex-adjunto do Governo intervieram na negociação de um contrato que está a ser investigado pelo Ministério Público. Um tornou-se sócio da Salvador Caetano, o outro foi contratado por esta empresa.
A Airbus vendeu ao Estado português, em 2006, 12 aviões C-295, destinados a operações de busca e salvamento
Empresa espera facturar 20 milhões por ano com nova fábrica

Artur Mendes e Manuel Pinheiro conheceram-se numa reunião no ministério da Economia. No encontro, que teve lugar no início de 2012, estavam ainda Álvaro Santos Pereira, o ministro da Economia, de quem Pinheiro era adjunto, e Miguel Caetano Ramos, neto do fundador do Grupo Salvador Caetano e gestor de topo do grupo. Na reunião falaram de negócios.

Quer Artur Mendes, quer Manuel Pinheiro, estavam há muito tempo do mesmo lado, embora só se conhecessem de nome. O primeiro, do Porto, tinha sido, desde as campanhas internas do PSD, “conselheiro de imagem” de Pedro Passos Coelho. O segundo, de Lisboa, era um bloguer activo no apoio ao actual primeiro-ministro (escrevia no Cachimbo de Magritte). Pertenciam ao grupo de activistas (quase todos bloguers) mais empenhados nas batalhas do líder do PSD. Depois da vitória nas legislativas de 2011, a maioria passou a exercer funções governativas.
Artur Mendes era a excepção. Acabada a campanha eleitoral, não integrou nenhum gabinete do Governo. “Desde essa altura e até hoje não mais houve qualquer tipo de colaboração que não seja a manutenção de uma relação de amizade” com o primeiro-ministro, explica ao PÚBLICO. Isso não o impediu de frequentar, assiduamente, alguns ministérios, onde tinha amigos e ex-colaboradores da sua empresa de comunicação, a Elec3city, ou E3C. Marta Sousa, que foi adjunta do primeiro-ministro, e é a actual mulher de Miguel Relvas, e António Vale, ex-assessor do ministro-adjunto, e actual quadro da AICEP, eram dois dos funcionários da E3C contratados pelo Governo. No ministério da Economia, que vivia eternos “problemas de comunicação”, Artur Mendes era “uma das vozes conselheiras do ministro [Álvaro Santos Pereira]”, adianta ao PÚBLICO o ex-adjunto Manuel Pinheiro.
E foi precisamente nessa dupla qualidade que participou na reunião com a Salvador Caetano e o ministro. Era, ao mesmo tempo, conselheiro de Santos Pereira e sócio de Miguel Caetano Ramos, com quem partilhava o Conselho de Administração da empresa de comunicação E3C-Caetsu, desde Julho de 2011.
Em Julho de 2011, um mês após a vitória do PSD nas legislativas, a Caetsu, empresa de publicidade do Grupo Salvador Caetano, anunciava nos jornais uma fusão com a E3C de Artur Mendes. Na prática, explica ao PÚBLICO o responsável dessa empresa, Sérgio Leitão, tratou-se de “um contrato de trespasse da actividade de publicidade”. A razão para o “trespasse” é simples: a E3C atravessava “dificuldades financeiras”. A Caetsu, do Grupo Salvador Caetano, adquiriu-lhe então todos os “activos, passivos e recursos humanos”.
A sociedade durou pouco mais de um ano. Artur Mendes deixou a empresa de comunicação E3C-Caetsu em Novembro de 2012. Sérgio Leitão, responsável da Caetsu explica o que se passou: “A posterior situação financeira da E3C Comunicação e Eventos não contribuiu para o expectável sucesso desta relação, levando à cedência da posição no capital da Caetsu. Com a saída da accionista E3C Comunicação e Eventos, o capital da Caetsu passou a pertencer exclusivamente ao Grupo Salvador Caetano com a natural alteração da denominação.”
Mas, enquanto durou a sociedade, Artur Mendes ajudou a concretizar um negócio importante para o seu sócio, a Salvador Caetano. Era esse o tema da reunião, que terá ocorrido no início de 2012.
Nesse encontro, a Salvador Caetano apresentou ao ministro o seu projecto para iniciar actividade no sector da aeronáutica. Artur Mendes diz ao PÚBLICO que não se recorda. “Participei em muitas reuniões com o ministro Álvaro Santos Pereira, pessoa de quem gosto muito. Mas não me recordo de ter participado em nenhuma com a Salvador Caetano.” Pelo contrário, Manuel Pinheiro, o adjunto do ministro, recorda-se, por ter sido nessa ocasião que contactou Mendes pela primeira vez. “Não conhecia o Artur até essa reunião.”
O projecto de reconversão para o sector aeronáutico, explica Pinheiro, “tinha cabeça, tronco e membros” e terá deixado o ministro “entusiasmadíssimo”. De facto, o projecto da Salvador Caetano Aeronautics representa um investimento avultado e tem uma dimensão apreciável (ver texto nestas páginas). Mas estava dependente de um outro processo negocial nas mãos do Governo. A empresa pretendia integrar o lote de beneficiários das garantias devidas pelo gigante europeu da aeronáutica militar, a Airbus Space and Defense (na altura, Airbus Military). E é aqui que os dois assessores têm um papel.
A Airbus vendera ao Estado português, em 2006, 12 aviões C-295, destinados a operações de busca e salvamento. Anexo ao contrato de compra, foi assinado um contrato de contrapartidas, um conjunto de obrigações a que o fornecedor se submetia para fomentar a economia portuguesa, através de investimentos directos ou compras de material. Entre 2006 e 2012, a execução desse contrato deixava muito a desejar. A Airbus queria renegociar uma parte, nomeadamente o valor da garantia bancária de 25% para fazer face ao seu possível incumprimento. O Governo, por seu lado, temia pela execução das contrapartidas. Havia um pré-acordo, desde 2010, que não contemplava nenhum contrato com a Salvador Caetano. Mas nunca tinha sido implementado.
É nessa altura que o fabricante tenta contactar com o Governo. Mas não sabe bem como… O secretário de Estado da Defesa da altura, Braga Lino, recebeu uma carta da Airbus, com esta e outras questões, mas não deu resposta. Só no gabinete do primeiro-ministro houve disponibilidade para receber a Airbus. Carlos Sá Carneiro, assessor de Passos Coelho, encontrou-se duas vezes com os responsáveis do fabricante dos C295. Curiosidade: Artur Mendes e Sá Carneiro dividem uma casa, em Lisboa, que arrendaram juntos.
Empresa criada depois do contrato assinado

O tempo urgia, pois o contrato estava a chegar ao fim, e anunciava-se um litígio (que seria decidido em tribunal arbitral). No dia 1 de Agosto de 2012, Álvaro Santos Pereira assinou um aditamento ao contrato com a Airbus. A garantia bancária foi reduzida, para 15%. E a Salvador Caetano passou a ser o maior parceiro do novo contrato revisto, estimado em 292 milhões de euros, num total de 464 milhões gerados pelas contrapartidas dos C295. Em Setembro de 2012, já após o contrato, foi criada a Salvador Caetano Aeuronautics.

Artur Mendes ajudou a Salvador Caetano a mostrar o seu interesse ao Governo, via ministério da Economia, e Manuel Pinheiro, o adjunto de Álvaro Santos Pereira, fez chegar a informação à Airbus. Luís Nogueira, consultor da Airbus para as contrapartidas em Portugal, revela que o grupo tomou conhecimento do projecto da Salvador Caetano através de “um pedido do gabinete do Ministro da Economia”. De Manuel Pinheiro? “De Manuel Pinheiro, exactamente.”
Manuel Pinheiro nega ao PÚBLICO que tenha feito esse contacto. “Nunca sugeri a Salvador Caetano.” Porém, admite ter falado com o consultor da Airbus. “Julgo que Luís Nogueira não está a mentir. É perfeitamente plausível que eu tenha dito que interessa à indústria portuguesa produzir componentes e trabalhar em materiais compósitos para a aeronáutica.” E até elogia o acto: “Quem ajudou a pôr estas empresas em contacto, fez muito bem.”
O director comercial da Airbus Defense & Space, o espanhol António Rodriguez Barberán, explicou ao PÚBLICO como a empresa geria estas questões. “A Airbus faz perguntas aos governos sobre quais os parâmetros que interessam ao país”. Foi a partir desses contactos com o Executivo que chegaram à Salvador Caetano. A escolha justificou-se, explicou Barberán, por ser a opção “mais rentável e melhor qualificada”. A Salvador Caetano adianta ao PÚBLICO outra versão, bem diferente: Tratou-se de uma “iniciativa directa da Airbus com a Salvador Caetano, sem qualquer relação com o Governo”.
O ministério da Economia, que é liderado por António Pires de Lima desde Agosto de 2013, desconhece boa parte desta renegociação. “As suas perguntas dizem respeito a um período temporal anterior à actual equipa (Ministro da Economia e actual Secretário de Estado Adjunto e da Economia) ter tomado posse. Situam-se, também, num período de transição em que, já não existindo Comissão Permanente de Contrapartidas, por um lado, e estando as competências legais já cometidas à DGAE (desde o dia 1 de Junho 2012), por outro, esta última ainda não teve qualquer intervenção no processo.”
Ou seja, o período em causa, entre o início da negociação, em Janeiro de 2012, e a assinatura do contrato revisto com a Airbus, em Agosto de 2012, é uma espécie de “terra de ninguém”. O mesmo confirma ao PÚBLICO o ex-presidente da Comissão Permanente de Contrapartidas (CPC), Pedro Catarino, que à data já não estava em funções, por ter sido nomeado pelo Presidente da República, em Abril de 2011, Representante da República nos Açores. “Enquanto existiu a CPC os procedimentos para a aprovação dos projectos de contrapartidas foram sempre bem claros e transparentes”, começa por dizer o embaixador Pedro Catarino. “No período transitório que se seguiu à extinção da CPC os procedimentos passaram a ser ad hoc. Houve processos que ficaram na Defesa, outros que foram para a Economia. O processo dos C295 foi aparentemente para a Economia e entregue a um assessor do Ministro, salvo erro o Dr. Pinheiro que pouco terá feito, tal como o próprio Ministro, para se inteirar de forma minimamente aprofundada, da complexidade do dossier e da problemática das contrapartidas.”
E é precisamente esse o problema desta renegociação do Estado com a Airbus Space and Defense. Um problema que pode mesmo ser de legalidade. “O Ministério Público no Tribunal Administrativo encontra-se a recolher elementos, com vista a decidir o tipo de procedimento a adoptar”, revela ao PÚBLICO a Procuradoria-Geral da República.
Pedro Catarino aponta as falhas: “Tudo passou a ser feito com tábua rasa dos procedimentos que cuidadosamente tinham sido estatuídos e postos em prática dentro do princípio da transparência e de acordo com um plano para a prevenção de corrupção que tinha sido oportunamente elaborado e apresentado ao Presidente do Conselho Nacional de Prevenção da Corrupção.”
Um desses princípios era, precisamente o de não ser o Governo a escolher os projectos que beneficiariam de contratos de contrapartidas com os fornecedores de material militar. Os projectos eram tratados, explica Pedro Catarino, de forma independente, e deixavam registos: “Todos eles eram sujeitos à análise do Gabinete Técnico da CPC, dos membros executivos da CPC, da assessoria técnica externa contratada para o efeito, da Direcção dos Serviços Jurídicos do Ministério da Defesa Nacional e finalmente sujeitos à decisão da CPC como orgão colegial (com representantes da Defesa, da Economia, das Finanças e da Ciência e Tecnologia) que fazia um exame rigoroso a todos os aspectos dos projectos nomeadamente a sua valorização e respectivos multiplicadores ficando registada em acta a sua decisão e respectiva fundamentação.”
Neste caso, como vimos pela resposta do ministério da Economia não há registos de nada. Nem das reuniões, nem da fundamentação das decisões.
Algo mudou, desde então, no Governo, garante o gabinete de Pires de Lima: “Com a entrada em funções da actual equipa responsável pelo dossiê das contrapartidas, todas as questões administrativas e processuais são integralmente acompanhadas pela DGAE, com metodologias cujos resultados são transparentes e escrutináveis”.
Mas a história não acaba aqui. Artur Mendes, depois de ter vendido a E3C à Salvador Caetano deixou de ser presença assídua nos gabinetes ministeriais. “Tal como para milhões de portugueses, a crise afectou também a minha atividade empresarial. Como não tive e não tenho contratos com o Governo ou com o Estado nem fui nomeado para nenhum cargo, tenho nos últimos anos procurado, tal como milhares de portugueses obter rendimentos para mim e para a minha família trabalhando em grande parte no estrangeiro.”
Manuel Pinheiro, o adjunto de Álvaro Santos Pereira trabalha hoje numa das empresas do Grupo Salvador Caetano. Considera que esta sua passagem directa do Governo (onde além de adjunto do ministro foi também chefe de gabinete de Pedro Gonçalves, secretário de Estado da Inovação, até Dezembro passado) para uma empresa com a qual lidou, enquanto adjunto do ministro, não é eticamente questionável. “Trabalhei com quase todas as empresas portuguesas. Nunca fiz por uma empresa algo que não decorresse da própria natureza das funções governativas. Legalmente não havia qualquer impedimento. Se fico constrangido por essa circunstância não posso ter nenhum emprego em Portugal”, justifica Manuel Pinheiro.
O contrato de contrapartidas terminará, se tudo correr bem, em 2018. Até 2014 tinha uma taxa de execução de 23%, a segunda mais baixa de todos os contratos deste tipo em vigor em Portugal."
- 27/04/2015

Ex-responsável pela imagem de Passos Coelho e ex-adjunto do Governo intervieram na negociação de um contrato que está a ser investigado pelo...
PUBLICO.PT

Fairplay - Passa-me o secador

Passa-me o secador

PNEUS- Eles aí estão... sem ar...!

                                                                                                              

Eles aí estão... sem ar...! preparem-se!!!

 

 Eles aí estão... sem ar...! Para quem não acreditava que fosse nos nossos dias...



            

 

 Novos Pneus surpreendentes ........................

Pneus Michelin ... Absolutamente assustador ...

Eles são feitos na Carolina do Sul , EUA .

Concepção Radical do novo pneu da Michelin .

A próxima geração de pneus.

          

Estes pneus são sem ar e estão programados para estar no mercado muito em breve.

A má notícia para a aplicação da lei é que as tiras de perfuradores de pneus que a polícia usa
para bloqueio de transito não funcionará neles.

Basta pensar no impacto na tecnologia existente:

A. Não há mais válvulas de ar ...

B. Não há mais compressores de ar em postos de gasolina ...

C. Não há mais kits de reparação ...

D. Não há mais pneus vazios...

E. Não há mais "calibragem" de pneus ...

Estas são imagens reais tiradas na Michelin na Carolina do Sul.

 

 

 

 

 

Clara Ferreira Alves explica

(Clara Ferreira Alves, in Expresso, 25/04/2015)

                Clara Ferreira Alves

Na vulgata bíblica, o nosso coelho seria um bem-aventurado, bem-aventurados os pobres de espírito porque deles será o reino dos céus.

Temos de considerar os pronunciamentos do primeiro-ministro como indissociáveis do dr. Passos Coelho. O que quer dizer que quando diz uma palurdice com jovialidade ou desdém, o primeiro-ministro fala. E Passos Coelho diz não uma mas várias palurdices. Anote-se a imaginativa comparação de Portugal com Singapura e a aposta na “competitividade” da economia portuguesa (a sétima mais lenta do mundo). É a comparação do sétimo cágado do mundo com o galgo asiático. Calcula-se que o nosso primeiro nunca tenha posto um pé em Singapura e muito menos passado os olhos pelas obras completas de Lee Kwan Yew. Um fez do prostíbulo e entreposto colonial de Singapura um país moderno, próspero e que trata bem os seus nacionais, outro esqueceu-se de pagar a Segurança Social e em vez de escrever e fazer obra entretém-se a denunciar os pecados alheios e a desculpar-se dos próprios. Na vulgata bíblica, o nosso Coelho seria um bem-aventurado, bem-aventurados os pobres de espírito porque deles será o reino dos céus. Um simples. Mas teria de ser um simples de coração e quanto a isto não estou certa. Vem à tona na pior altura um rancor ou uma malícia que diminuem qualquer primeiro-ministro. José Mariano Gago, um ex-ministro e um colega da política e de Governo morreu. Morreu discretamente, como viveu. Os homens com obra não precisam de portadores de recados nem de agências de comunicação. O ex-ministro da Ciência morreu e o que se espera de um chefe de Governo é que, educadamente, lamente a perda, cumprimente a família e faça o elogio institucional. Não se trata aqui de mortuis nihil nisi bonum e sim de um ato de justiça. E não se ajustam contas nem se fazem insinuações com mortos. Li nos jornais que no pronunciamento público sobre a perda, o primeiro-ministro introduziu um “apesar de”. Deu um contributo inestimável “apesar de” ter feito parte de governos socialistas. É como entrar num funeral e dar os pêsames à família dizendo: foi um grande homem apesar de ser vosso parente. Porque José Mariano Gago foi não apenas um ministro visionário, competente e dedicado que mudou a educação e qualificação científica em Portugal, fê-lo com o Partido Socialista e com os socialistas. Tinha sido um resistente, um chefe estudantil da oposição que não tinha medo do regime e que conseguia ser ao mesmo tempo um aluno brilhante, destemido e convicto. José Mariano Gago trabalhou com António Guterres e com José Sócrates como primeiros-ministros e nunca renegou essa companhia. O problema de Passos Coelho, e do corpo expedicionário que o acompanha na intimidade do boudoir político e aos quais, como dizem as notícias, ele “ouve”, e que “consulta”, é o da falta de juízo e conselho. Deviam obrigá-lo a medir as palavras porque há um limite para a palurdice. Ou o primeiro-ministro pensa o que diz, e acha que se Mariano Gago não fosse socialista aumentava o seu capital humano, político e científico, ou então o primeiro-ministro estava a fazer humor à custa de um adversário político prematuramente morto por doença. O diabo que escolha.

Há uns bons anos, se a memória não me falha e a memória do então vivo Vasco Graça Moura também não, o romancista Fernando Namora tinha num dos romances a frase: “o ruído ensurdecedor da máquina de cortar fiambre”. Namora teve o seu período de esplendor e foi sepultado sem ter ressuscitado mas no tempo em que isto se passava estava muito vivo e era muito lido e vendido. O Vasco e eu tínhamos uma pequena coleção de pérolas literárias, uma coleção de péssimas imagens da literatura portuguesa, e esta era uma delas. Uma descoberta do Vasco, juntamente com esta de outro estro: “O pôr do sol no Tejo parecia a hemoptise de um príncipe russo”. Ou mais ou menos isto… Eu gosto particularmente do ruído ensurdecedor da máquina de cortar fiambre, que me parece um arranjo minucioso de insignificâncias. Suponho que o autor comparava o ruído ensurdecedor da máquina de cortar fiambre a uma orgia sonora destinada a contrastar ou reforçar o resto da frase. Nunca li o livro nem li a frase mas confio na memória seletiva do Vasco Graça Moura. Se não fosse de Namora seria igualmente válida a proposição. Utilize-se o ruído ensurdecedor da máquina de cortar fiambre quando há necessidade de um termo que defina a frase destituída de sentido, nula, prodigiosamente vazia. O “cant.” Muito do jargão político oficial é isto. E muito do discurso político do PSD de Passos é isto, o ruído ensurdecedor da máquina de cortar fiambre. Se quisermos associar à imagem a ideia de austeridade, cortar o fiambre, a frase é perfeita. E o autor um génio porque o que não resultou na literatura resultou, por metáfora e metonímia, na vida

 

Cavaco Silva - Uma história de amor "mesmo" vale a pena !!