12 outubro, 2014

Divida baixa mas não pelo Governo

João Pereira Leite 
"Dívida abaixo dos 128% não se deve às políticas do Governo"
O diretor de investimentos do Banco Carregosa alerta que a redução da dívida pública estimada para 2014 não se deve às medidas do Governo, mas à nova metodologia europeia, alertando para a "muita confusão" que poderá surgir em 2015.
 0"Quando agora o Governo diz que o rácio dívida/PIB vai ficar sensivelmente igual ao que estava no ano passado, isto pode levar as pessoas a concluir que houve um esforço feito pelos portugueses - também um mérito do Governo" para que essa redução se alcançasse, alerta João Pereira Leite, em entrevista à agência Lusa.
 O economista do Banco Carregosa afirma que, no entanto, esse "não foi o caso" e que "o rácio é [praticamente] igual este ano face ao final do ano passado por força da alteração da metodologia de cálculo desse rácio".
 E sublinha: "Se não houvesse nenhuma alteração da metodologia, o rácio da dívida pública face ao PIB seria próximo de 131%", já que, na anterior metodologia (SEC1995), o Governo estimava que a dívida pública se fixasse nos 130,9% do PIB, mais 1,9 pontos percentuais do que o alcançado em 2013 com os cálculos anteriores (129%).
 "Isto dá a ideia de que é mérito das políticas do Governo e dos esforços feitos pelos portugueses, mas a verdade é que não. Isto é resultado de uma alteração na metodologia de cálculo", sublinha João Pereira Leite.
 O diretor de investimentos do Banco Carregosa considera, assim, que o novo sistema Europeu de Contas vai criar "muita confusão" no próximo ano, quando o défice, em SEC2010, terá de ficar abaixo dos 2,5% do P
Os países da União Europeia têm de aplicar até ao final do mês o SEC2010, que materializa várias alterações metodológicas que, entre outros aspetos, alteram a contabilização dos saldos orçamentais.
 Entre os principais impactos do SEC2010 em Portugal está o aumento do PIB nominal em 5.000 milhões de euros, a penalização dos défices em 2010 e 2011 e da estimativa para este ano (com medidas extraordinárias) e a melhoria dos défices de 2012 e 2013.
 Já no que diz respeito à dívida, a nova metodologia piora os rácios entre 2010 e 2012 e melhora-os a partir de 2013 até à previsão do próximo ano, estimando o Governo que a dívida pública se fique pelos 125,7% do PIB em 2015 (contra os 128,7% na anterior metodologia).
 Entre as alterações no cálculo está a reclassificação das despesas de investigação e desenvolvimento (I&D) e das despesas com equipamento militar como investimento e à delimitação dos setores institucionais, que fazem com que cerca de 280 empresas públicas passem a ser classificadas dentro do perímetro das Administrações Públicas.
Eu é que sei

Ricardo Salgado

Zangam-se as comadres, descobrem-se as verdades

Nuno Crato - a vergonha



Nuno Crato ainda é Ministro?

Ricardo Salgado ~almoços caros

Por alguma razão o BES faliu

Manuela Moura Guedes

Aqui está a radiografia perfeita desta "senhora" - vale tudo para atingir os seus fins

11 outubro, 2014

Manuela Moura Guedes - a Santinha

Esta menina não queria fazer mal a Sócrates?

Por onde anda tanta hipocrisia?

Nesta entrevista, é a única coisa eu faz.

 

 

Democracia de ...

In “ O Jumento )

 

“O país está assistindo impávido e sereno à maior destruição de riqueza colectiva, à entrega ao estrangeiro e a custo reduzido de grandes empresas estratégicas e á destruição de sectores fundamentais para o futuro do país como o ensino público, a justiça e a saúde. E ninguém faz nada contra isto?”

10 outubro, 2014

Mentem - todos

«A primeira notificação chegou a Bruxelas, à direcção-geral da concorrência, no dia 30 de Julho, dois dias antes da suspensão das acções do BES, ou seja, a Comissão não está a desmentir o Económico, está a mentir aos milhares e milhares de investidores que perderam centenas de milhões naquelas 48 horas.

A resposta da Comissão não é apenas uma mentira, é um insulto à inteligência e não convence ninguém, sobretudo os que acreditaram que o mercado de capitais português é um sítio bem frequentado. Já desconfiávamos, ficamos agora a saber que as próprias autoridades europeias também têm pouco respeito pelos que aforram através de investimento em acções ou obrigações. Serão especuladores, portanto, sem direitos.

 

A Comissão deu cobertura às iniciativas do Governo e do Banco de Portugal, mas escolheu o pior caminho para as fazer. É claro que houve uma notificação preliminar à Comissão no dia 30 de Julho, é também claro que a aprovação formal ocorreu no dia 3 de Agosto. O que nos disse, afinal, a Comissão? Depois da resposta de Carlos Costa, segundo a qual alguém deveria dar explicações sobre as datas que estão no ‘site' da Comissão, depois da ministra das Finanças ‘atirar' a responsabilidade e as respostas sobre o dia 30 para Bruxelas, lá veio o favor: a Comissão, por auto-recreação preventiva, decidiu notificar-se a si própria na quarta-feira, dia 30 de Julho, por uma decisão que jura não conhecer, a intervenção do Estado no BES no domingo seguinte, dia 3 de Agosto. Portanto, adivinhou, e pena é que os milhares e milhares de investidores que perderam milhões também não tivessem adivinhado que a Comissão iria ‘apadrinhar' a resolução do banco.

 

Prefiro acreditar - e acredito - na tese de que a Comissão Europeia está a mentir, e a prestar-se a este lindo papel. A alternativa é pior, a falta de respeito pelo Estado português, pelos portugueses e pelos investidores, portugueses e estrangeiros. A data de 30 de Julho não surge do nada, não surge de uma informação oficiosa, está num documento oficial da Comissão Europeia que o Económico revelou na edição de ontem. Ou seja, para acreditar na tese da Comissão, que deixa tantas e tantas perguntas por responder, tenho também de acreditar que Portugal voltou a ser um espaço de experimentalismo europeu. Só nos faltava mesmo uma Comissão Europeia que toma a liberdade de interpretar o que se deve seguir à apresentação dos prejuízos de um banco privado.

 

O mercado de capitais em Portugal está de rastos, e a Comissão também ajudou. Carlos Costa foi, aliás, de uma transparência cândida quando disse ontem, no Parlamento, que a preocupação do Banco de Portugal foi proteger os depositantes. O problema é que, neste caso, os depositantes e os investidores são, em muitos casos, os mesmos.

 

É agora a CMVM, o regulador do mercado, que tem de salvar a honra deste convento, cheio de pecadores que tentam expiar os seus pecados à custa dos outros, dos investidores.» [DE]

09 outubro, 2014

TRIO ARRUINA.....! PARA QUEM GOSTA DE MUSICA!!!!!



 


Carlos Costa - o dito por não dito

Nem queria acreditar no que ouvi este senhor dizer:  O BES estava de boa saúde…para os depositantes.

Este Portugal está transformado num autentico enxame de contorcionistas da palavra

 

Maria Luís Albuquerque e Carlos Costa foram ouvidos no parlamento. Tudo ficou novamente por esclarecer

Cinco horas de audição no parlamento não foram suficientes para começar sequer a tirar um bocadinho da poeira que envolve o caso BES. Carlos Costa e Maria Luís Albuquerque foram ontem ouvidos na comissão de Orçamento e Finanças, que visava esclarecer a saída da equipa de Vítor Bento do Novo Banco. Mas aquilo a que se assistiu foi a uma audição preliminar da comissão de inquérito que arranca nos próximos dias.

Ontem de manhã o "Diário Económico" noticiou que a decisão de resolução do BES chegou à Direcção-Geral da Concorrência (DGComp) dois dias antes de a negociação das acções ter sido suspensa, e a partir daí Vítor Bento ficou esquecido. Os deputados confrontaram os responsáveis com a informação e Carlos Costa foi categórico: "Faço um desmentido formal de que tenha havido qualquer decisão antes do dia 1 [de Agosto] ao início da tarde."

Já Maria Luís Albuquerque refugiou- -se no facto de o assunto "não fazer parte da ordem de trabalhos da comissão" para remeter esclarecimentos para Bruxelas. Recorde-se que o governo é o único interlocutor da DGComp nestes casos. Na mesma ocasião, a ministra das Finanças aproveitou para voltar a elencar responsabilidades quando confrontada pelos deputados com o modelo escolhido para resgatar o banco então liderado por Ricardo Salgado. "Quem decide o modelo é o Banco de Portugal e nunca o governo." Mas não deixou de, com ironia, responder à provocação da deputada Mariana Mortágua (BE), que acusou o governo de fazer os contribuintes pagarem mais um resgate no sistema financeiro. "Se bem percebi, devíamos ter adoptado uma medida que imediatamente colocasse os custos nos contribuintes, ao invés de uma solução que com muitos 'ses' pode atirar alguns custos para os contribuintes", ironizou. Maria Luís Albuquerque recusou-se ainda a atribuir um valor ao Novo Banco. "Até que o Novo Banco seja vendido, mantém-se a incerteza em relação ao valor dessa venda. É preciso ter muito cuidado para não desvalorizar a instituição. Até que a instituição seja efectivamente vendida, podemos todos, incluindo os mercados, especular sobre eventuais valores." A ministra esclareceu ainda que o Novo Banco tem um limite máximo de dois anos de vida, uma vez que é um banco de transição, e que "uma instituição de transição é algo que deve permanecer pelo tempo estritamente necessário". (IIIIII)

 

08 outubro, 2014

FMI - não acerta uma - Portugal piora

 

Depois de este Governo ter feito o que fez, ter posto a maioria dos portugueses na miséria, estes (artistas, que mais não são que uns malabaristas dos números) ainda tem a distinta lata de virem com esta conversa.

Victor Gaspar


Aqui de longe, com uma remuneração do outro mundo e depois de ter feito o que fez em Portugal, vai dando uns palpites

Ricardo Salgado - que futuro?

Batista Bastos - despedido do DN escreve assim

Batista Bastos - despedido do DN escreve assim

 

"As palavras, meus dilectos, nunca são uma memória a fundo perdido. A pátria está um pouco exausta de tanta vilania, mas não soçobra porque há quem não queira. Se me aceitarem, estou entre esses. Não quero nem posso pôr um derradeiro ponto final no texto sem o dedicar a todos os que fizeram do Diário de Notícias o jornal que tem sido. E aos leitores que o ajudaram a ser."

 

 

Juizes aumentados

Depois das isenções… os aumentos.
Será por terem muitos processos com atrasos?

Banco de Portugal


Tantas são as viagens que a regulação deu no que deu com o BES

Submarinos e não só

Submarinos e o resto na AR: Inquérito inacabado, relatório viciado


Concordo com a Oposição na Comissão de Inquérito sobre os submarinos e outro equipamento de Defesa da AR: o inquérito está inacabado e o relatório final está viciado.

A relatora, a deputada Mónica Ferro - que conheço de antes da sua entrada na AR e por quem tinha consideração - prestou-se a um vergonhoso exercício de branqueamento das responsabilidades dos decisores e de encobrimento dos corruptos, que desprestigia a AR, o seu partido, o PSD, e o parceiro, CDS-PP.

A maioria fez tudo o que pode para dificultar a análise dos assuntos tratados pela Comissão de Inquérito, desde logo alargando o objecto inicial - o contrato dos submarinos - a outros fornecimentos de equipamento militar. E o respeitante aos tanques Pandur mereceu, entretanto, também a abertura de investigação judicial.

A maioria impôs um ritmo de mata-inquérito, com prazos apertados para o início das audições e pouco espaço entre elas. E não permitiu o prolongamento da Comissão, impedindo a análise de  documentação complexa recebida, e de outra pedida mas ainda não recebida, além das  transcrições de muitos depoimentos prestados;

A decisão de por fim apressadamente  aos trabalhos  da Comissão de Inquérito teve lugar, ironicamente, logo numa semana em que vieram a público na imprensa - jornal i - detalhes sobre as comissões pelo negócio dos submarinos pagas pelos fornecedores alemães, via empresa ESCOM UK, a membros da família Espírito Santo.

Por imposição da coligação PSD/CDS, esta Comissão de Inquérito recusou-se escandalosamente a seguir o rasto do dinheiro recebido pela empresa do grupo Espírito Santo ESCOM,  pago pelo consorcio fornecedor alemão dos submarinos, via ESCOM UK e BES e fundos offshore; a comissão de inquérito poderia ter  requerido a documentação referente ao Grupo Espírito Santo e offshores conexos  ao Banco de Portugal e também ao Novo Banco/BESmau, mas nao o fez;

A maioria parlamentar também chumbou diligências junto da Alémanha, para recolha de mais elementos sobre os processos judicias em que a empresa Ferrostaal, integrante do GCS, e  cidadãos alemães foram condenados  por corrupção  em Portugal no contrato dos submarinos e respectivas  contrapartidas.

A maioria parlamentar chumbou nova  audição a Paulo Portas, para responder  a questões suscitadas posteriormente á sua primeira audição, designadamente sobre declarações feitas pelo ex-gestor da Ferrostaal Hans Muehlenbeck, que revelou à comissão de Inquerito ter reunido com o então ministro da Defesa em 2003, no Guincho.

A maioria parlamentar chumbou que se chamasse o Dr. Mário David, então assessor do Primeiro ministro  Durão Barroso, o qual, segundo os diários do cônsul alemão, teve várias reuniões com a Ferrostaal antes da adjudicação do contrato, inclusive para discutir a engenharia financeira do mesmo - que acabou por cair no regaço do BESI! Sim, o banco do GES/BES dirigido por aquele membro da direcção do grupo Espírito Santo, o banqueiro  Ricciardi,  que o PM há dias teve por conviva sentado à sua mesa no Algarve.

Muito fica por esclarecer, nomeadamente o processo  através do qual o GES, via o consórcio Credit Suisse/BESI, ganhou do Estado em 2004 o contrato de financiamento da compra dos submarinos, ao mesmo tempo que a sua ESCOM de há muito assessorava os fornecedor alemães.

E faltou escandalosamente que os administradores da ESCOM tivessem sido instados a revelar  para quem a ESCOM UK encaminhou a maior parte dos 30 milhões de euros que recebeu dos fornecedores alemaes. Porque haviam recorrido a manobras fiscais e fundos sediados em offshores para fazer esses pagamentos e quem são os beneficiários últimos desses pagamentos.  Além dos 5 milhões que foram parar às contas na Suíça dos dirigentes do Grupo Espírito Santo e do milhão encaminhado para o "sexto homem" referenciado pelo jornal i - o tal que ninguém quer, aparentemente, identificar.

A relatora Mónica Ferro dispensou-se de apurar responsabilidades de quem, por suprema incompetência ou expediente doloso, deixou os prazos do processamento legal do contrato dos submarinos correr contra o Estado e onerar em 64 milhões de euros a mais o erário publico, além dos 5 milhões/ano que ficámos a pagar em encargos de manutenção. E dispensou-se  de atentar nas respostas escritas a perguntas da Comissão de Inquérito dadas pelo então PM Durão Barroso, que revela não ter sabido então, nem querer mais saber nada, como PM e depois como Presidente da Comissão Europeia, dos detalhes, encargos e do esquema de financiamento do maior contrato de compra de armamento que Portugal jamais fez - um contrato onde há alemães condenados por corromperem decisores em Portugal e que  endividou o país em mais de mil milhões de euros...

Apesar de todos os esforços da maioria no Governo para abafar a investigação, desviar atenções e impedir a a exposição dos responsáveis, a verdade é que esta Comissao de inquérito acabou mesmo por revelar muita coisa importante de que haverá lições a tirar e sobretudo que há-de levar a identificação dos corruptos, mais tarde ou mais cedo. Decerto a prosseguir no quadro da Comissão de Inquérito sobre o GES/BES, em breve a iniciar-se.

Resta me saudar a atitude do deputado José Magalhães, do PS, ao abrir aos cidadãos toda a documentação veiculada para a Comissão de inquérito, através da sua publicação no site http://submarinos2014.wordpress.com/.

Uma nota final de protesto - sobre o silêncio sepulcral do Presidente da República relativamente a estes casos de corrupção em compras de equipamentos militares pelo Estado.


(Transcrição da minha crónica hoje no Conselho Superior, ANTENA 1)

07 outubro, 2014

Conselho de Ministros

Só fazem miséria durante a semana e agora fingem que trabalham no fim de semana!|

António Aleixo - Sempre atual, este Senhor!

 -Sempre actual, este Senhor!
   

Estátua de António Aleixo em Loulé

CINCO QUADRAS

DE ANTÓNIO ALEIXO

Acho uma moral ruim
trazer o vulgo enganado:
mandarem fazer assim
e eles fazerem assado.

Sou um dos membros malditos
dessa falsa sociedade
que, baseada nos mitos,
pode roubar à vontade.

Esses por quem não te interessas
produzem quanto consomes:
vivem das tuas promessas
ganhando o pão que tu comes.

Não me deem mais desgostos
porque sei raciocinar...
Só os burros estão dispostos
a sofrer sem protestar!

Esta mascarada enorme
com que o mundo nos aldraba,
dura enquanto o povo dorme,
quando ele acordar, acaba.

António Aleixo