12 outubro, 2014
11 outubro, 2014
Democracia de ...
“O país está assistindo impávido e sereno à maior destruição de riqueza colectiva, à entrega ao estrangeiro e a custo reduzido de grandes empresas estratégicas e á destruição de sectores fundamentais para o futuro do país como o ensino público, a justiça e a saúde. E ninguém faz nada contra isto?”
10 outubro, 2014
Mentem - todos
«A primeira notificação chegou a Bruxelas, à direcção-geral da concorrência, no dia 30 de Julho, dois dias antes da suspensão das acções do BES, ou seja, a Comissão não está a desmentir o Económico, está a mentir aos milhares e milhares de investidores que perderam centenas de milhões naquelas 48 horas.
A resposta da Comissão não é apenas uma mentira, é um insulto à inteligência e não convence ninguém, sobretudo os que acreditaram que o mercado de capitais português é um sítio bem frequentado. Já desconfiávamos, ficamos agora a saber que as próprias autoridades europeias também têm pouco respeito pelos que aforram através de investimento em acções ou obrigações. Serão especuladores, portanto, sem direitos.
A Comissão deu cobertura às iniciativas do Governo e do Banco de Portugal, mas escolheu o pior caminho para as fazer. É claro que houve uma notificação preliminar à Comissão no dia 30 de Julho, é também claro que a aprovação formal ocorreu no dia 3 de Agosto. O que nos disse, afinal, a Comissão? Depois da resposta de Carlos Costa, segundo a qual alguém deveria dar explicações sobre as datas que estão no ‘site' da Comissão, depois da ministra das Finanças ‘atirar' a responsabilidade e as respostas sobre o dia 30 para Bruxelas, lá veio o favor: a Comissão, por auto-recreação preventiva, decidiu notificar-se a si própria na quarta-feira, dia 30 de Julho, por uma decisão que jura não conhecer, a intervenção do Estado no BES no domingo seguinte, dia 3 de Agosto. Portanto, adivinhou, e pena é que os milhares e milhares de investidores que perderam milhões também não tivessem adivinhado que a Comissão iria ‘apadrinhar' a resolução do banco.
Prefiro acreditar - e acredito - na tese de que a Comissão Europeia está a mentir, e a prestar-se a este lindo papel. A alternativa é pior, a falta de respeito pelo Estado português, pelos portugueses e pelos investidores, portugueses e estrangeiros. A data de 30 de Julho não surge do nada, não surge de uma informação oficiosa, está num documento oficial da Comissão Europeia que o Económico revelou na edição de ontem. Ou seja, para acreditar na tese da Comissão, que deixa tantas e tantas perguntas por responder, tenho também de acreditar que Portugal voltou a ser um espaço de experimentalismo europeu. Só nos faltava mesmo uma Comissão Europeia que toma a liberdade de interpretar o que se deve seguir à apresentação dos prejuízos de um banco privado.
O mercado de capitais em Portugal está de rastos, e a Comissão também ajudou. Carlos Costa foi, aliás, de uma transparência cândida quando disse ontem, no Parlamento, que a preocupação do Banco de Portugal foi proteger os depositantes. O problema é que, neste caso, os depositantes e os investidores são, em muitos casos, os mesmos.
É agora a CMVM, o regulador do mercado, que tem de salvar a honra deste convento, cheio de pecadores que tentam expiar os seus pecados à custa dos outros, dos investidores.» [DE]
09 outubro, 2014
Carlos Costa - o dito por não dito
Nem queria acreditar no que ouvi este senhor dizer: O BES estava de boa saúde…para os depositantes.
Este Portugal está transformado num autentico enxame de contorcionistas da palavra
Maria Luís Albuquerque e Carlos Costa foram ouvidos no parlamento. Tudo ficou novamente por esclarecer
“Cinco horas de audição no parlamento não foram suficientes para começar sequer a tirar um bocadinho da poeira que envolve o caso BES. Carlos Costa e Maria Luís Albuquerque foram ontem ouvidos na comissão de Orçamento e Finanças, que visava esclarecer a saída da equipa de Vítor Bento do Novo Banco. Mas aquilo a que se assistiu foi a uma audição preliminar da comissão de inquérito que arranca nos próximos dias.
Ontem de manhã o "Diário Económico" noticiou que a decisão de resolução do BES chegou à Direcção-Geral da Concorrência (DGComp) dois dias antes de a negociação das acções ter sido suspensa, e a partir daí Vítor Bento ficou esquecido. Os deputados confrontaram os responsáveis com a informação e Carlos Costa foi categórico: "Faço um desmentido formal de que tenha havido qualquer decisão antes do dia 1 [de Agosto] ao início da tarde."
Já Maria Luís Albuquerque refugiou- -se no facto de o assunto "não fazer parte da ordem de trabalhos da comissão" para remeter esclarecimentos para Bruxelas. Recorde-se que o governo é o único interlocutor da DGComp nestes casos. Na mesma ocasião, a ministra das Finanças aproveitou para voltar a elencar responsabilidades quando confrontada pelos deputados com o modelo escolhido para resgatar o banco então liderado por Ricardo Salgado. "Quem decide o modelo é o Banco de Portugal e nunca o governo." Mas não deixou de, com ironia, responder à provocação da deputada Mariana Mortágua (BE), que acusou o governo de fazer os contribuintes pagarem mais um resgate no sistema financeiro. "Se bem percebi, devíamos ter adoptado uma medida que imediatamente colocasse os custos nos contribuintes, ao invés de uma solução que com muitos 'ses' pode atirar alguns custos para os contribuintes", ironizou. Maria Luís Albuquerque recusou-se ainda a atribuir um valor ao Novo Banco. "Até que o Novo Banco seja vendido, mantém-se a incerteza em relação ao valor dessa venda. É preciso ter muito cuidado para não desvalorizar a instituição. Até que a instituição seja efectivamente vendida, podemos todos, incluindo os mercados, especular sobre eventuais valores." A ministra esclareceu ainda que o Novo Banco tem um limite máximo de dois anos de vida, uma vez que é um banco de transição, e que "uma instituição de transição é algo que deve permanecer pelo tempo estritamente necessário".” (IIIIII)
08 outubro, 2014
Batista Bastos - despedido do DN escreve assim
Batista Bastos - despedido do DN escreve assim
"As palavras, meus dilectos, nunca são uma memória a fundo perdido. A pátria está um pouco exausta de tanta vilania, mas não soçobra porque há quem não queira. Se me aceitarem, estou entre esses. Não quero nem posso pôr um derradeiro ponto final no texto sem o dedicar a todos os que fizeram do Diário de Notícias o jornal que tem sido. E aos leitores que o ajudaram a ser."
Submarinos e não só
07 outubro, 2014
António Aleixo - Sempre atual, este Senhor!
CINCO QUADRAS
DE ANTÓNIO ALEIXO
Acho uma moral ruim
trazer o vulgo enganado:
mandarem fazer assim
e eles fazerem assado.
Sou um dos membros malditos
dessa falsa sociedade
que, baseada nos mitos,
pode roubar à vontade.
Esses por quem não te interessas
produzem quanto consomes:
vivem das tuas promessas
ganhando o pão que tu comes.
Não me deem mais desgostos
porque sei raciocinar...
Só os burros estão dispostos
a sofrer sem protestar!
Esta mascarada enorme
com que o mundo nos aldraba,
dura enquanto o povo dorme,
quando ele acordar, acaba.
António Aleixo
06 outubro, 2014
Cavaco Silva
Este último discurso de Cavaco Silva, já ultrapassou há muito o velho Principio de Peter – o presidente de lguns portugueses deve querer passar atestados de estupidez a uma grande parte do povo português que tem sido tão maltratado por ele?
Ricciardi
“Uma pequena dúvida: um banqueiro que recebia comissões da venda se submarinos tem ideoneidade para estar à frente de uma instituição bancária, neste caso o BESI que pertence ao novo BES? De um lado o governador manda congelar-lhe as contas bancárias, do outro anda aos braços com Passos Coelho e é mantido à frente de uma instituição financeira suportada pelo dinheiro dos contribuintes.
Mas que grande bandalhice!” ( o Jumento)