28 julho, 2014
27 julho, 2014
banqueiros e políticos
“Banqueiros e políticos: veja as diferenças
Publicado em Julho 24, 2014por estrelaserrano@gmail.com
Tomemos apenas dois casos: Ricardo Salgado e José Sócrates.
O primeiro caíu definitivamente em desgraça. Já não lhe bastavam os escândalos do BES/GES, hoje caíu-lhe em cima o caso Monte Branco, a maior rede de branqueamento de capitais, que se arrasta desde 2005, segundo dizem as notícias.
Salgado, hoje constituído arguido e sujeito a uma caução de 3 milhões de euros, é agora suspeito de práticas fraudulentas e de crimes graves. Já tinha sido ouvido como testemunha e o Ministério Público chegou a declarar que não era suspeito no caso Monte Branco. Coincidência ou não, arredado do BES e perdido o poder que detinha, a justiça foi hoje buscá-lo a casa e nem lhe permitiu que fosse ele a apresentar-se de livre vontade.
E sobre o caso GES/BES ficámos também hoje a saber pela boca do presidente da CMVM, no Parlamento, que havia indícios de actividade ilícita que foram entregues às autoridades. Em causa estavam, entre outros, eventuais crimes de abuso de informação privilegiada e abuso de confiança. Salgado andava afinal a ser vigiado e o regulador diz agora que ele tudo fazia para o enganar. Soube-se também que a CMVM sofreu pressões fortíssimas de responsáveis do grupo para que nada se soubesse porque um banqueiro não pode ser suspeito.
Temos, pois, que muitos sabiam muitas coisas sobre Ricardo Salgado mas não o disseram. Não houve sobre o banqueiro fugas de informação nem transcrições de escutas nos jornais. Nenhum agente da justiça ajudou os jornalistas a publicarem as patranhas do banqueiro. É que um banqueiro não pode ser suspeito. Hoje foram buscá-lo a casa porque já não é banqueiro no activo nem Dono Disto Tudo. Já pode ser suspeito, arguido e detido. Antes não!
Comparemos então o tratamento dado ao banqueiro no activo com o tratamento dado a um primeiro-ministro, o último, José Sócrates, enquanto esteve no activo: fustigado pelos jornais e televisões, durante os últimos anos do seu governo, acusado e suspeito de corrupção – no Freeport, diziam que tinha recebido luvas; no Face Oculta, queria derrubar o estado de direito e correr com a Moura Guedes da TVI; no SOL queria que o Vara cortasse a publicidade do BCP ao jornal do arquitecto. Sem nunca ter sido ouvido pela justiça nem constituído arguido, este primeiro-ministro foi meses e anos crucificado na TVI e no SOL, escutado a falar com meio mundo com as escutas escarrapachadas nos jornais, a sua vida privada espiolhada até à medula, Sócrates, primeiro-ministro, foi isco em tudo quanto era caso de justiça.
Enquanto esteve em funções, este primeiro-ministro foi sempre “suspeito” para jornais, televisões, procuradores e polícias. Ninguém se interrogou (ao contrário do que fizeram com o banqueiro Salgado) se um primeiro-ministro podia ser suspeito. Quando deixou o cargo, calaram-se e nada se provou contra ele.
Moral da história: um banqueiro no activo não pode ser suspeito. Um primeiro ministro em funções pode sê-lo. Quando saem de funções é ao contrário: o banqueiro tem de pagar pelos crimes; o primeiro-ministro não tem crimes mas entretanto foi corrido em eleições. Esse era o objectivo.
26 julho, 2014
Ricardo Salgado - que informação
Pasmo de respeito e medo pela actuação da nossa informação.
Devo recordar com toda a atenção o comportamento de muito e conhecidos políticos da nossa proeminente praça politica, dos assalariados jornalistas deste pais e em especial daqueles que no dia a dia, às mais diversas horas e circuntãncia comentam o dia a dia dos factos político mais proeminentes.
A diferença de tratamento mediático entre o caso Ricardo Salgado, Monte Branco ou Furacão, nada tem a ver com o caso Freport.
O peso do “dinheiro” faz , ainda hoje e agora, pender a balança da critica e da informação, apenas num único sentido.
A combinação que terá sido feita com Ricardo Salgado, no dia anterior à sua detenção e o seu pedido para não ser levado pela própria polícia deve e tem que ser mencionado.
Temos, desde há muito, questionado o facto de não mais terem surgido na comunicação social notícias relacionadas com tantos casos mediáticos, tanto ou mais que o Freeport, não terem sido alvo daqueles jornalistas de investigação, masculinos e femininos.
Reformaram-se?
Vamos aguardar
25 julho, 2014
Paulo Portas os submarinos
sábado, 19 de Julho de 2014
Paulo Portas na AR sobre submarinos
Pano para mangas na audição #AR a Paulo Portas s/ #submarinos e outros contratos Defesa. Deixo umas questões telegráficas. Só pra preparos...
1. Paulo Portas assumiu que decidiu entregar o contrato a alemães. E que se articulou com PM Barroso sobre LPM (Lei de Programação Militar 2003) inerente. Porque o negou Barroso?
2. Portas decidiu dar contrato a alemães, renegoceia 2 em vez de 3 submarinos, mas não contrapartidas que diz já virem mal do PS. E não corrigiu porquê?
3. Contrapartidas foram um desastre, admite Portas, dizendo já as ter herdado. Mas não tentou renegociá-las. Por "compromisso permanente"?
4. PS foi quem aceitou arbitragem em vez de tribunal estadual, diz Portas. Não mudou porque "era compreensível que Estado quisesse agilizar..."?
5. Porque Portas iludiu perguntas sobre falta condições da CPC (Comissão Permanente das Contrapartidas) para fiscalizar a execução das contrapartidas e sobre a extinção da CPC por este Governo?
6. Portas, grande cavaleiro dos ENVC - a quem deu 52% das contrapartidas - larga a dama por Hotel Alfamar e cobre a renegociação por este Governo?
7. Portas não branqueia Aguiar: trabalhou para dar trabalho a ENVC, não comenta Governo desistir de contratos da Armada. Diz "concessão é privatização"...
8. Portas conta que alemães eram malandros, queriam Lisnave nas contrapartidas como investimento. Ele não deixou. Então porque deixou o resto?
9. Portas invoca ter feito um leilão bancário que não era obrigatório para escolher consórcio financeiro com BES. Mas não aparecem documentos. Procurou nas 60.000 fotocópias que levou para casa do MDN?
10. Portas: "consórcio bancário só era 25% de BES, dominava o Crédit Suisse"- esse poço de probidade que não acaba de ser condenado nos EUA, nem nada...
11. Portas gaba-se de incluir custos de manutenção nos contratos que negociou. Mas então porque nada há no contrato e Estado está a pagar 5 milhões/ano/submarino em manutenção?
12. "O que é que eu tenho a ver com isso?" - perguntou Portas sobre minudência de MDN ter contratado consórcio bancário com BES/GES, sabendo que ESCOM (GES) desde sempre servia os vendedores alemães...
13. Semedo inquiriu sobre estranhas contas do CDS em 2004. Portas defendeu honra dos seus "modestos funcionários". Inclui depositante "Jacinto Leite Capelo Rego"?
14. "Maçador" Cônsul honorário de Portugal em Munique escreveu a Ferrostaal "difamando" Portas. Apesar de acusado na Alemanha, o Cônsul não é processado em Portugal, onde continua a residir. O ex-MDN/MNE e actual Vice-Primeiro-Ministro passa?
15. Na Alemanha há condenados por subornos em Portugal. Mas isso que importa ao ex-MDN/MNE e hoje Vice-Primeiro-Ministro de Portugal?
16. "Compromisso permanente" entre partidos do arco europeu/atlantista não exclui "mãos limpas", frizou José Magalhaes. Porque é que Portas tanto invocou o tal "compromisso"? (que eu não sei o que é).
Ricardo Salgado já sabia...
A Justiça é igual para todos mas mais para uns que para outros
“Salgado já sabia de mandado de detenção desde ontem
Banqueiro ofereceu-se para se deslocar pelos próprios meios ao tribunal. O pedido foi negado. O escritório improvisado que Ricardo Salgado montou no Hotel Palácio foi alvo de buscas.
Ricardo Salgado foi ouvido ontem no Ministério Público por Rosário Teixeira, no âmbito do processo Monte Branco.
O ex-presidente do BES já sabia que esta quinta-feira ia ser presente ao juiz Carlos Alexandre e ofereceu-se para se deslocar pelos próprios meios ao tribunal. O pedido foi-lhe negado. O Ministério Público (MP) fez questão de o ir buscar à sua residência em Cascais. Foi tudo combinado com Ricardo Salgado, que ontem, depois de ser ouvido, foi jantar a casa.
Esta não foi a primeira vez que Ricardo Salgado prestou declarações no âmbito do processo Monte Branco e das investigações da Akoya. Mas na quarta-feira ficou a saber que era arguido, que iria ser presente a tribunal esta manhã e que sobre ele pendia um mandado de detenção.”
Ler mais: http://expresso.sapo.pt/salgado-ja-sabia-de-mandado-de-detencao-desde-ontem=f882914#ixzz38T45rjKu
CPLP - A nova CP LP
A nova CPLP - Comunidade de Países com Ligação ao Petróleo
António José Teixeira |
18:00 Quinta, 24 de Julho de 2014
Já muito se escreveu em Portugal sobre a velha Comunidade de Países de Língua Portuguesa.
Escreveu-se menos sobre a nova Comunidade de Países com Ligação ao Petróleo.
Ambas respondem por CPLP.
Uma morreu ontem, depois de 18 anos de retórica.
A outra está aí, prometendo muitos anos de mais-valias.
Faz toda a diferença.
A transição fez-se com algum embaraço.
Mas tudo não passou, como esclareceram Cavaco Silva e Pedro Passos Coelho, de um incidente protocolar.
E os nossos dignitários não quiseram acrescentar outro incidente para não causar nenhum problema à condução dos trabalhos.
Foi isto que disseram.
Também para não causar problemas não houve votação.
Afinal, havia consenso.
Evitou-se assim a maçada de termos de votar a favor ou, quem sabe, de nos abstermos.
Até o imprevisto de se chamar para a mesa quem ainda parecia não ter sido admitido foi bem pensado.
Foi a prova provada de que não é preciso admitir quem já está admitido, não é preciso votar a admissão de quem já entrou em casa.
Organização sofisticada, rápida e prática.
24 julho, 2014
Monte Branco ficou salgado com o Furacão?
Os depositantes do BES tinham o dinheiro em “boas mãos”
Compilado das notícias online
“”O antigo presidente executivo do BES, Ricardo Salgado, foi detido esta manhã na casa onde reside, no Estoril, na sequência de uma operação desencadeada pelo Ministério Público, avança o jornal Correio da Manhã.
Processo Monte Branco permitiu lavagem de quase 100 milhões
Depois de hoje Ricardo Salgado ter sido detido e numa altura em que o antigo líder do BES está já a ser presente em Tribunal, o Expresso republica esta quinta-feira uma peça onde lembra alguns dos principais implicados neste caso de branqueamento de capitais. Entre os nomes mais conhecidos, surge à cabeça Duarte Lima, responsável pela lavagem de três dos 99,7 milhões que estarão ‘implicados’ neste processo.
Monte Branco Salgado detido por risco de destruição de documentos
A detenção de Ricardo Salgado terá sido precipitada por existir o risco de destruição de documentos, avança o Diário Económico. O antigo presidente executivo do BES chegou ao Tribunal Central de Instrução Criminal cerca das 10h30 para ser ouvido na qualidade de arguido pelo juiz Carlos Alexandre, no âmbito da operação Monte Branco, que investiga a maior rede de branqueamento de capitais em Portugal.””
Cavaco e Companhia - os hipócritas
Sentaram-se ao lado dum ditador, estiveram na mesma reunião de quem aceita e promove a pena de morte.
Foram confrontados com a decisão já tomada de aceitar um país que nada tem de lusófono, entrasse para a uma organização apenas pelo peso do “seu petróleo”
Todos as palavras de circunstância que a seguir vomitaram, não são mais que isso mesmo.
Os trés portugueses – Cavaco, Coelho e Machete não tem mesmo vergonha na cara, mancharam e muito a honra de muitos milhoes de portugueses.
18 julho, 2014
BES - será que acabou o reinado?
Ana Sá Lopes esceve assim:
Existe uma espécie de omertá entre os poderosos do país - que, todos juntos, não enchem uma casa da Quinta da Marinha -, que permitiu que o escândalo BES fosse abafado quase até ao momento do estertor final. Foi a mesma omertá que fez com que o BPN se aguentasse tanto tempo de pé, com o patrocínio de muitos poderosos do país, e muito depois de as irregularidades no banco de Dias Loureiro terem vindo a público.
As elites portuguesas não primam pela "ética republicana" e habituaram-se a conviver com uma fórmula que o Exército dos Estados Unidos usava para lidar com os homossexuais: "Don't ask, don't tell." Irregularidades? Negócios suspeitos? Favorecimento de amigos? Tráfico de influências? Não perguntem, não contem. Esta maneira de viver tem consolado todos os comensais e permitido a cada um recolher, à vez, as respectivas fatias do bolo disponível- irmãmente, como se dizia dantes.
Foi este regime apodrecido que permitiu que o devotamente chamado "único banqueiro" do país - e hoje tratado como cão pelos que o incensavam - chegasse onde chegou, com o risco enorme de arrastar meio país consigo. O BPN não era um banco sistémico, o BES, pertença do Grupo Espírito Santo, é um banco sistémico. Dito de outra maneira: é como se fosse o nosso Lehman Brothers. E neste momento não se sabe o fim da história.
A ideia de que o Banco de Portugal teve um comportamento exemplar - ao contrário do que se tinha passado com o anterior governador, Vítor Constâncio, relativamente ao BPN - é uma teoria que resiste tão bem aos testes de stresse como resistiu o BES durante estes anos de avaliações europeias. Em Fevereiro de 2013 - há quase ano e meio -, depois de o i noticiar o esquecimento de 8,5 milhões na declaração de impostos de Ricardo Salgado, o Banco de Portugal trata de produzir um raro comunicado em que declara toda a sua confiança em Ricardo Salgado. Sim, o Banco de Portugal tinha pedido "explicações", mas depois disso ficou muito satisfeito. Naquela peça não tão antiga assim, o governador afiança que "as informações recolhidas pelo banco não fundamentam as suspeitas lançadas pela comunicação social". Enquanto o poder de Ricardo Salgado parecia imutável, o Banco de Portugal preferiu lançar as culpas para o mensageiro. Não foi o único: este é o modo de actuar da elite portuguesa, que só se distancia dos seus quando estão mortos. O BES é o regime, a crise do BES é a crise do regime.» [i]
Autor: Ana Sá Lopes.
16 julho, 2014
14 julho, 2014
A Rainha Santa
“Em nome da população de Coimbra, um padre, António Jesus Ramos, saudou a padroeira de Coimbra – Santa Isabel, a Rainha Santa, assim: Um desabafo que traduz a amargura de um povo a passar por momentos de dificuldade, com homens e mulheres vergados ao peso da opressão de alguns que se julgam donos do mundo” e continuou, lamentando que muitos do que hoje estão à frente dos destinos da nação não tenham competência, preparação e qualidade, ainda que outros, com desonestidade flagrante, foram engordando os seus cabedais, não tendo pejo em declarar como exclusivamente seu aquilo que a todos pertence. Traduz a amargura que invade o coração do povo, que vê na rainha Santa a esperança de dias melhores, os roubos descarados, assaltos ao tesouro público, s corrupções aos mais diversos níveis e hoje em dia os autores dessas más acções até tenham perdido o pudor de verem oas seus nomes publicados na praça pública.
Não podemos silenciar os atropelos que, a coberto dos mais sofisticados meios, alguns dels tornados legais de que modo e com que intenções, que se vão fazendo, já não no recanto do segredo obrigatório dos grupos organizados para destruírem a verdadeira identidade da pátria, mas em plena luz do dia” In “Diário de Coimbra”
02 julho, 2014
O país está melhor?
Que pena estes deputados não pagarem um imposto suplementar pela mentira que no dia a dia trazem nas suas palavras
“PSD "País está melhor, maioria está firme e oposição frágil"
O líder parlamentar do PSD afirmou hoje que "o país está melhor", que a maioria e a coligação governativa estão coesas e estáveis, contrapondo que a oposição está "muito frágil nas ideias" nas alternativas e na estabilidade.”
Segurança Social - dividas de 11 mil milhões
Muito deste dinheiro está a gora a ser roubado aos pensionistas
Os “empregadores” não pagam as dels e ainda ficam com as dos seus empregados – quantas vezes
“A dívida bruta à Segurança Social voltou a subir no último ano, atingindo os 11.187 milhões de euros, revela o Diário Económico. O valor representa um aumento de 1.408 milhões face a 2012, ou seja 14,4%.
A dívida total abrange contribuintes, clientes e prestações sociais a repor, sendo que só os contribuintes devem 8.982 milhões de euros à Segurança Social.
Uma parte significativa da dívida, 43,8%, encontra-se provisionada, "denotando o risco de cobrança e a elevada antiguidade de alguns desses créditos, nomeadamente aqueles que são detidos sobre os contribuintes da Segurança Social", refere o Económico”