Longe vão os tempos do serviço militar obriga~´orio, mas não raro o dia em que momentos há, que afloram ao meu espírito, muitos momentos relembrados e passados durante esse período negro da minha vida.
Para o caso, apenas referenciar aquilo que durante esse tempo estudei, tomei conhecimento de situações análogas ou semelhantes e que fui obrigado a partilhar ou praticar.
Tem tudo a ver com o boato, a guerrilha e a contra-guerrilha, a informação e a contra-informação.
Por tudo isto, este Governo faz-me lembrar todas essas situações.
O Governo está em guerra contra a grande maioria do seu Povo. O próprio Governo, confronta-se no dia a dia com a guerrilha que lhe é feita dentro das suas próprias hostes e até nas tropas amigas. Não há dia em que o boato não lhe serve para defesa ou para ataque. A informação e a contra-informação, não sendo agora lançada pela rádio da Maria Turra, é colocada na boca, na escrita ou nas diversas passagens pelas televisões por muitos dos que ontem eram amigos e hoje passaram para as tropas do inimigo.
Este exército governamental vai-se desgastando, o seu estado maior muitas vezes está confrontado com as contradições dos seu sub-alternos, mas, por enquanto, mesmo mostrando enormes brechas nas suas trincheiras lá se vai aguentado.
Tem um grave problema quando se movimenta, com as suas armas por entre as populações que pretende subordinar, estas amotinam-se e tem que retirar-se com medo de ficar prisioneiro no território que pretende dominar.
Tem utilizado a" psico" de um modo que hoje já começa a ser rejeitado - pretende lançar a confusão, a dúvida, a incerteza da próxima ofensiva contra o inimigo.
Grande parte da população inimiga do território "conquistado", já não aceita, nem acredita nos alarmes que o estado maior vai colocando na rua.
Guerrilheiros da oposição, já não escondem a ideia duma sublevação popular contra este exército de intrusos.