02 maio, 2012

Mario Soares - a Europa está a mudar

1. A semana passada trouxe-nos fortes sinais de que a Europa está a mudar. Os europeus, dos vários Estados, perceberam, finalmente, que as políticas de austeridade, para agradar aos mercados usurários, não nos conduzem a nada de bom. Levam os Estados europeus e a Europa da zona euro à desagregação e à decadência. A chanceler Merkel sentiu, finalmente, que os seus parceiros europeus não só não querem obedecer-lhe - como sucede desde há cerca de três anos - e, pelo contrário, começam a conspirar contra a sua política, procurando reduzir a recessão, que paralisa a economia real, em favor da virtual, e aumenta, por forma socialmente inaceitável, o desemprego.
Já não são só a Grécia, a Irlanda e Portugal as vítimas dos mercados e das perigosas agências de avaliação. Também o são países grandes como a Espanha e a Itália, e outros pequenos mas ricos, como a Holanda, cujo Governo caiu, e a Roménia, cujo Governo foi deposto e substituído por um novo primeiro-ministro socialista. E outros, que começam a estar em dificuldades, como a Eslováquia, a Eslovénia, a República Checa e a própria Finlândia. Com um panorama tão sombrio e num tal contexto, a chanceler Merkel, com problemas internos que se estão a agravar e uma Oposição a crescer - tanto a Social Democracia como os Verdes - parece óbvio que vai ter de mudar de política: em vez da austeridade usurária, que até agora considerou bem-vinda nos outros Estados - não na Alemanha - terá de aceitar a luta contra a recessão e, igualmente, contra o desemprego.
A "conspiração" dos Estados acima referidos iniciou-se numa reunião de socialistas, sociais-democratas e democratas progressistas, que teve lugar em Roma e como referência a próxima vitória (mais do que provável) de François Hollande em França que, apesar dos desvarios de Sarkozy, continua um país chave, em termos europeus.
Entretanto, o Reino Unido entrou também em recessão, muito perigosa por sinal. E os Estados Unidos, pela voz de Ben Bernanke, presidente do banco central americano, manifestaram-se muito inquietos - e percebe-se bem porquê - pelos perigos do contágio da recessão agora vinda da Europa.
São as tristes ironias desta globalização desregulada, da ideologia neo-liberal e da crise global, que se desencadeou na América do Norte, contagiou a União Europeia e, em menor escala Estados de vários continentes e agora os americanos têm medo que volte a atacar os Estados Unidos. Como diz o Povo, quem semeia ventos colhe tempestades...
2. França vai a votos E, naturalmente, a Europa está inquieta. Porque a França foi um dos países fundadores do projeto europeu, para não dizer o principal, e, não obstante estar hoje em crise, financeira, económica, política e social, continua a contar muito - como uma referência política e histórica - em termos europeus.
Curiosamente, as eleições presidenciais - e a França é um Estado semi-presidencial - terão lugar em 6 de maio, o mesmo dia em que a Grécia terá também eleições legislativas, por sinal dificílimas.
Depois da primeira volta - e da vitória de François Hollande sobre Nicolas Sarkozy - por escassa margem, mudou bastante a psicologia dos europeus. Não pelo contraste das figuras dos dois candidatos rivais na segunda volta - que é abissal - mas pela votação inesperada que tiveram Marine Le Pen, da Frente Nacional, e Jean-Luc Mélenchon, da Frente de Esquerda. Porquê? Porque Marine Le Pen teve um excelente e não previsto resultado, cujos votos, embora da extrema-direita, não se espera que vão favorecer Sarkozy; enquanto que os votos da Esquerda que teve Mélenchon vão, na segunda volta, passar-se na quase totalidade para Hollande.
Além disso, François Hollande teve o discernimento político - que Sarkozy nunca compreendeu - de que todos os Estados da zona euro dependem do futuro da União, a qual deve mudar. Como ele disse com toda a clareza, para que o projecto europeu não se desagregue e entre em irremediável decadência. Por isso resolveu, com inesperada audácia, contribuir para mudar a União Europeia e a ajudar a sair da crise.
Sarkozy, durante todo o seu mandato, tem sido um bailarino político, sem princípios nem valores. Defende tudo e o seu contrário, tanto em política interna como externa. E aceitou ser uma espécie de lacaio de Angela Merkel. A maioria dos franceses passaram, como é óbvio, a não o suportar e votaram anti-Sarkozy, antes de qualquer outra escolha. Por isso, há uma grande probabilidade de não ter um segundo mandato. Daí a posição inequívoca de Marine Le Pen, quando, na primeira fase das eleições presidenciais, lembrou que proximamente haverá eleições legislativas, que para o futuro da Frente Nacional - e dela própria, Madame Le Pen - são decisivas. Sarkozy que lhe quis "comer" o eleitorado - tornou-se mais à Direita do que a própria Senhora Le Pen. E, assim, não pode permitir-se que, especialmente neste momento, o eleitorado da Frente Nacional se passe para Sakozy. O qual Sarkozy, para de algum modo o conseguir, fez tais piruetas, que deve ter perdido também uma parte do eleitorado do centro.
O escritor e politicólogo francês Bernard-Henri Lévy publicou um grande artigo no El País em que expressa o seu temor por Marine Le Pen poder vir a ser, no futuro, o árbitro do jogo político francês. Penso que não será assim, embora ela o deseje. O fenómeno da Direita extrema que representa sempre foi e é circunstancial. E a vitória de François Hollande vai varrer todas essas preocupações. Vai ajudar a mudar de paradigma, para acabar com a crise. O que cria um clima novo na França e na Europa. Assim o espero.
3. E Portugal? Os portugueses estão muito descontentes e temerosos. O caso não é para menos. Com a troika a comandar - em nome dos mercados - grande parte dos portugueses, os trabalhadores e parte da classe média perderam os seus empregos e estão a passar muito mal, alguns com fome. Os suicídios cresceram, bem como a criminalidade. Portugal, com uma história tão gloriosa e sendo o mais velho país da Europa, com as mesmas fronteiras, tornou-se numa espécie de protetorado. O que não pode agradar a nenhum patriota que se preze. Dizem-nos, os neoliberais, que se trata de uma inevitabilidade. Ora em política não há inevitabilidades. Há boas e más políticas: tudo depende da vontade e da inteligência dos eleitores, nas democracias, claro. Mas as conjunturas mudam, quando as pessoas assim querem.
A austeridade, como se está a reconhecer agora em toda a zona euro - mesmo no Reino Unido -, não nos leva a lado nenhum. A não ser, para os que a sofrem, cada vez a pior. As próprias instituições europeias começam a reconhecê-lo. O presidente europeu, Van Rompuy, convocou uma cimeira - pela primeira vez - para lutar contra a recessão e o desemprego, sem o que, com ou sem austeridade, entraremos em irremediável decadência. No mesmo sentido o americano Spencer Oliver, secretário-geral da Assembleia Parlamentar da Organização de Segurança e Cooperação na Europa (OSCE), de visita ao Algarve, deu uma larga entrevista ao jornal Barlavento em que afirmou: "a crise financeira foi provocada pela ganância de Wall Street". E que para a vencer é preciso, como demonstrou o Presidente Obama, de que é correligionário, lutar contra a recessão, o desemprego e em favor do Estado Social. Cito-o de novo: "As críticas devem ser apontadas aos sistemas financeiros, aos resgates e aos estímulos que canalizaram avultadas somas para salvar muitos banqueiros, que foram os primeiros responsáveis pela actual situação."
O Governo português é democraticamente legítimo porque resultou do voto popular. Nesse sentido, deve ser respeitado. Mas não está isento de críticas. Pelo contrário. Dado que os seus dirigentes, na sua maioria, são convictos neoliberais, só vêem a austeridade, ignorando - o que pode vir a ser trágico - a recessão, o inaceitável desemprego, sempre a crescer, e o desespero em que se encontra a maioria dos portugueses. O Governo que se acautele porque, como disse acima, está a remar contra a corrente europeia. Além disso, está paralisado, não explica ao Povo as medidas que toma nem as privatizações que pretende fazer e, por isso, está cada vez mais isolado...
4. Parabéns Diário de Notícias. Apesar de colaborador do DN, procuro ser imparcial. No entanto, o DN de domingo passado lançou um dossier completíssimo intitulado "Fraude no Banco Português de Negócios", com 19 páginas, que merece ser lido e estudado. Segundo o DN, a fraude pode custar 8,3 mil milhões de euros. O diretor, João Marcelino, escreveu um corajoso editorial que intitulou "A promiscuidade e, claro, o roubo".
Diz mais: "Que se trata de facultar aos leitores o máximo de informação possível sobre o caso, para que todos possam formar a sua opinião." E acrescenta: "Para isso recorremos a inúmeras conversas, à consulta de milhares de documentos, num trabalho que levou meses a ser executado." E a terminar: "O verdadeiramente fundamental é que, em qualquer circunstância, se apure no plano judicial tudo aquilo que houver para apurar." Não é tolerável, com efeito, que na sociedade portuguesa continue a fazer caminho a perigosa ideia de que a Justiça é cega e incapaz de agir perante os poderosos.
É aqui que está o busílis. A criação do BPN começou em 1983, a Sociedade Lusa de Negócios, em 1988. Em 2007 o Banco de Portugal pediu ao Grupo SLN/BPN que clarificasse a sua estrutura e procedesse à separação das duas instituições. Aí começaram as dificuldades. Em 2008 Miguel Cadilhe foi eleito presidente do Grupo. E numa entrevista que deu ao mesmo Diário de Notícias de domingo passado, diz, com a sua autoridade - cito - "O que se passou no BPN é a maior, a mais continuada e ostensiva fraude na banca portuguesa." E, no entanto, a Justiça parece estar cega e silenciosa perante as personalidades que são referidas como responsáveis dos abusos e também praticadas pelo BPN. Algumas delas, como se escreve no referido DN, na mais alta esfera do Estado, como o actual Presidente da República.
Ora a Justiça não pode manter o silêncio sobre tais acusações. Porque se o fizer está a dar um golpe fatal no pouco ou nenhum prestígio que a Justiça ainda possa ter. O que é gravíssimo para o nosso Estado de Direito e para a nossa Democracia. Sobretudo no período de emergência que temos tido e com os golpes profundos nas pensões e nos empregos dos nossos trabalhadores e da classe média... O Ministério da Justiça tem o dever de atuar. ( DN)

Paasos Coelho, mas que enjoo


Ouvir e ver Passos Coelho torna-se fastidioso.
Recordar o que disse quando da campanha para as eleições com o que agora diz e faz, enoja e causa náuseas.
Os tiques de tirar e por os óculos já não escondem as dificuldades que sente  por não conseguir passar a sua mensagem de político impoluto e cumpridor da palavra dada. Se for católico, em cada dia que se for confessar à igreja, deve deixar o seu confessor corado tal  é o numero do incumprimento das suas promessas.
Para quem o não pode suportar, será melhor não o ouvir ou ver - ler os jornais não causa tanto mal estar.

Portugal pequenino

Onde vai este "sacar" o dinheiro?

Que novidade!!!

Uma malandragem!!!

Outra novidade?

Por onde anda a Lei do arrendamento?

30 abril, 2012

Notícias

Ou há moral ou há feriados para todos

Cada dia "caga uma sentença"

Uma malandragem!!!

Que se passa com este, tão diferente de Isaltino!!!


Com tanta indefinição, ainda vai pagar hotel de 5 estrelas



O dinheiro na mão destes artistas e como manteiga em focinho de cão.
Com a velocidade com que a Justiça actua, o dinheiro onde andará então?

Jornais - hoje nas capas

Governo "à rasca" !

Eles andam mesmo à rasca e o Zé Povinho é que paga a factura da incompetência
 
"Tanta falta de estudo, tantos erros de diagnóstico, tanto tempo perdido em discussões estéreis, provam que grande parte do pessoal dos gabinetes ministeriais, muitos secretários de Estado e ministros incluídos, tem falta de conhecimento da vida real, do país e do mundo." (PUBLICO)

Ministra da Justiça

Quando um Bastonário da Ordem dos Advogados, chama "barata tonta" a uma Ministra, algo vai muito mal neste país e em especial na Justiça.
A Ministra é a figura máxima e responsável pela administração da Justiça, o Bastonário empunha a vara que orienta e defende o seu rebanho, neste caso, até com uma legitimidade acrescida face ás últimas eleições a que concorreu e que voltou a a ganhar.
Assim sendo, a Ministra não se pode calar, não pelo epíteto que recebeu, antes pelos diversos ataques que recebeu e que ripostou, mas que sempre tem perdido.
A Ministra caiu definitivamente em descrédito, não só ela, mas todo o Governo.
Marinho Pinto, tem sido sempre destemido, tem enfrentado os ataques da Ministra a si próprio e à sua Ordem, com uma ousadia e com uma argumentação que lhe sendo reconhecida, lhe tem dado, vitorias sucessivas nesta Guerra que desde há muito que deixou de ser "surda" para em cada espadeirada trocada entre ambos, deixa um alarido alucinatório, mesmo  nos espíritos mais abertos.
Esperemos que o fim da Ministra não seja trágico, porque para tragédia já basta o estado em que se encontra desde há muito esta coisa a que em Portugal chamam de Justiça.
Invente uns motivos pessoais e saia de mala aviada do Ministério quanto antes.

29 abril, 2012

França - eleições

Não está certo que o caminho da França não mude de hoje a uma semana.
Certo, quase certo, é.
O que vai acontecer a seguir, não será fácil para a França e em especial para a Alemanha.  Para a França, porque vai mudar o percurso e as mudanças trazem sempre algumas  dificuldades, em especial por aqueles que desde há muito, cavaram as suas trincheiras políticas obviando ao óbvio - quem vem de novo deve implantar as suas políticas.
Não serão substancialmente diferentes das actuais, mas, serão diferentes até onde possam ser aplicadas.
Estamos em crer que o novo presidente da França por diferente do actual como se espera, não vai aceitar os recados que a "baronesa" alemã já lhe mandou por encomenda urgente. Os sorrisos de hoje entre a Alemanmha e França, não serão mais os mesmos daqui a uma ou duas semanas.
Vamos aguardar as novidades e saber até quando o nosso Primeiro continua ligado ao colete de forças da política alemã, deixando o nosso país definhar em cada dia que passa.
Novidades, vamos esperar por elas.

JARDIM um autentico cromo

Um autentico "Jardim"
só fala assim
Do principio ao fim
em português ou em latim
lá foi gastando o "nosso" pilim

Semana - esta semana foi assim

Semanada  d ( O Jumento ),  - uma análise nua e crua, como sempre
 
Esta semana ficará para a história do país como aquela em que Cavaco Silva pensou que Sócrates tinha falecido e decidiu fazer o seu elogio póstumo na cerimónia evocativa do 25 de Abril, uma cerimónia em que até o Lambretas apareceu de cravo na lapela, arriscando-se a uma ida para a urgência hospitalar pois, como é sabido, o homem só de ouvir falar de cravos tem um ataque de asma. Ver Cavaco Silva enunciar os sucessos de Sócrates prolongando o espaço temporal da sua realização de forma a dar a entender que também tinha dado o seu contributo enquanto primeiro-ministro só não nos levou a pensar que o Cavaco se tinha passado porque percebemos que era o Cavaco de Sempre quando ignorou o prémio Nobel de Saramago.
    
Enquanto Cavaco parecia querer fazer as pazes com Sócrates o primeiro-ministro estalava o verniz com a primeira crítica que lhe foi dirigida por Seguro. Desta vez o líder do PS deu um tiro no porta-aviões e deixou Passos Coelho em sérias dificuldades, até porque já começa a ser deprimente ver o primeiro-ministro ir para os debates parlamentares como um aluno calão que se apresenta a uma oral, o homem não sabe o que disseram os seus ministros, desconhece o que foi publicado em portarias governamentais, só falta saber se estamos perante um caso de falta de memória, de desconhecimento ou de incompetência.
 
Mais uns dias e Passos Coelho será um defensor de políticas de criação de emprego, Vitor Gaspar nunca disse que Álvaro que não havia dinheiro para estímulos à economia, com o Sarkozy a caminho de uma derrota eleitoral, a economia portuguesa à beira do colapso e a Europa a mudar de ideias o nosso primeiro-ministro está quase a declarar-se um keynesiano militante, mesmo que todos saibamos que ele pensa que Keynes foi um inglês adepto do Manchester United que no ano passado se afogou em Albufeira por ter ido tomar banho bêbado que nem um cacho.
 
Bêbados que nem uns cachos também parecem estar os nossos governantes, é preciso emborcar uma garrafa de bagaço para acreditar que a economia portuguesa vai crescer no segundo semestre como prevê Cavaco Silva e para acreditar em Vítor Gaspar quando diz que o défice estar sob controlo ou para estarmos convencidos de que vamos ao mercado no próximo ano. A bebedeira colectiva é tão grande, o optimismo dos nossos responsáveis é tão hilariante que chegamos a pensar que a Sogrape lançou uma opa sobre os palácios governamentais e transformou os Palácios de Belém e de São Bento em adegas. Dir-se-ia que querem enganar os portugueses como quem quer matar um peru, os que condenaram a classe média à miséria estão agora tentando embebedá-la na esperança de que esta gaste o que resta para evitar a espiral de recessão que o Gaspar tanto desejava, para depois aparecer como um Oliveira salvador da pátria.
   
Também digno de uma taberna é o debate  e elição dos juízes do tribunal constitucional com uma presidente do parlamento a dar ares de seriedade. Dizem que os juízes devem ter experiência de tribunal e no caso de terem sido governantes devem ser sujeitos a prolongado tratamento de desintoxicação. Só que o PSD esquece que que a sua bela presidente do parlamento foi juiz do TC sem ter passado antes por um tribunal e quando foi eleita seguiu directamente do parlamento para o tribunal. Bem, parece que ser deputado é mais saudável do que ser governante." in ( O Jumento)
 
 
 

Cavaco Silva e os terrenos do Monte da Coelha

Cavaco Silva, foge como o diabo da cruz em falar sobre este tema.
"Por outro lado, nunca foi explicada de forma forma clara a relação do
Presidente Cavaco Silva com os seus "amigos, pessoais e políticos, em
particular a permuta do terreno onde construiu a casa de férias na
Quinta da Coelha, avaliada pelo mesmo valor da casa de Montechoro,
ficando assim isento de impostos - negócio que avaliado a luz do
mercado imobiliário, tem todos os ingredientes para fazer inveja a
qualquer português. Mais uma vez, apesar da várias tentativas e das
perguntas que endereçamos ao Presidente, não houve respostas." (João
Marcelino no DN de 29 de Abril 2012)

Carcavelos - 29 de Abril 2012

28 abril, 2012

Policia e UGT


 Ninguem duvidava, só a UGT?


Muito mal vai a Polícia

Institutos públicos

Para alem de não acabar com muitos deles, conforme promessa (não cumprida) ainda cria outros novos e com salários à vontade do freguês

"O Governo decidiu alargar o regime especial dos institutos públicos a, pelo menos, quatro novas entidades, libertando-as da obrigação de indexar os salários dos seus gestores aos praticados na administração central."

27 abril, 2012

Lisboa




No "Vai e Vem", para ler, ver, ouvir e meditar a quem está entregue a
governação do nosso país. O vídeo demonstra bem quem é Passos
Coelho.

"Hoje, no frente-a-frente da SIC Notícias, quando Alfredo Barroso no
seu estilo truculento de criticar o Governo, citou uma frase do
"padrinho político" de Pedro Passos Coelho, Mário Crespo encrespou-se
e disse a Alfredo Barroso que "não tinha legitimidade para chamar
padrinho político ao engenheiro Ângelo Correia" e que era
"subjectividade sua" falar em "padrinho político", dizendo a Barroso
que entra "num campo que não convém".

Crespo "admoestou" Alfredo por tal expressão, dizendo que não
conhecia a frase, duvidando do rigor da citação. A frase era sobre
"direitos adquiridos como invenção do pós-25 de Abril". Perante a
dúvida de Crespo, Alfredo prometeu enviar-lhe o vídeo.

Alfredo Barroso contracenava com Diogo Feio que, diga-se, esteve à
altura de um contraditório aguerrido na defesa do Governo, apesar de
muito demagógico, que também é para isso que lá vão os políticos no
activo, como é o caso dele, isto é, para defenderem as ideias dos
seus grupos.

No fim do programa, depois de muita discussão sobre neo-liberalismo,
Crespo dá a palavra a Alfredo Barroso para o seu "minuto final" e,
quando este, entre irónico e chateado, lhe pergunta "para falar sobre
quê? Crespo, com sorriso melífluo, responde-lhe "sobre o que
entender", "o senhor que tem uma agenda própria"!

A discussão termina com Crespo a pedir à régie para lhe pôr a câmara
em cima" , Alfredo Barroso a dizer que a conversa era de lhe "virar as
tripas" e Crespo a pedir que não fizesse isso em directo, não sem que
Feio começasse a elogiar pessoas de esquerda - Correia de Campos- e
Alfredo a acrescentar Vital Moreira e outros e a dizer que já não
são de esquerda."

26 abril, 2012

Segurança Social

A INSUSTENTABILIDADE DA SEGURANÇA SOCIAL

Sobre a notícia das dificuldades da Segurança Social e que levou o Governo a suspender as Reformas antecipadas, respondi ontem a um Amigo de seguinte forma:
A Segurança Social nasceu da Fusão (Nacionalização) de praticamente todas as Caixas de Previdência existentes, feita pelos Governos Comunistas e Socialistas, depois do 25 de Abril de 1974. As Contribuições que entravam nessas Caixas eram das Empresas Privadas (23,75%) e dos seus Empregados (11%). O Estado nunca lá pôs 1 centavo. Nacionalizando aquilo que aos Privados pertencia, o Estado apropriou-se do que não era seu. Com o muito, mas muito dinheiro que lá existia, o Estado passou a ser "mãos largas"! Começou por atribuir Pensões a todos os Não Contributivos (Domésticas, Agrícolas e Pescadores). Ao longo do tempo foi distribuindo Subsídios para tudo e para todos. Como se tal não bastasse, o 1º Governo de Guterres(1995/99) criou ainda outro subsídio (Rendimento Mínimo Garantido), em 1997, hoje chamado RSI. E tudo isto, apenas e só, à custa dos Fundos existentes nas ex-Caixas de Previdência dos Privados. Os Governos não criaram Rubricas específicas nos Orçamentos de Estado, para contemplar estas necessidades. Optaram isso sim, pelo "assalto" àqueles Fundos. Cabe aqui recordar que os Governos do Prof. Salazar, também a esses Fundos várias vezes recorreram. Só que de outra forma: pedia emprestado e sempre pagou
Em 1996/97 o 1º Governo Guterres nomeou uma Comissão, com vários especialistas, entre os quais os Prof's Correia de Campos e Boaventura de Sousa Santos, que em 1998, publicam
o "Livro Branco da Segurança Social". Uma das conclusões, que para este efeito importa salientar, diz respeito ao Montante que o Estado já devia à Segurança Social, ex-Caixas de Previdência, dos Privados, pelos "saques" que foi fazendo desde 1975.
Pois, esse montante apurado até 31 de Dezembro de 1996 era já de 7.300 Milhões de Contos, na moeda de hoje, cerca de 36.500 Milhões €. De 1996 até hoje, os Governos continuaram a "sacar" e a dar benesses, a quem nunca para lá tinha contribuído, e tudo à custa dos Privados.
Faltará criar agora outra Comissão para elaborar o "Livro NEGRO da Segurança Social", para, de entre outras rubricas, se apurar também o montante actualizado, depois dos "saques" que continuaram de 1997 até hoje.
Mais, desde 2005 o próprio Estado admite Funcionários que descontam 11% para a Segurança Social e não para a CGA e ADSE. Então e o Estado desconta, como qualquer Empresa
Privada 23,75% para a SS? Claro que não!...
Outra questão se pode colocar ainda. Se desde 2005, os Funcionários que o Estado admite, descontam para a Segurança Social, como e até quando irá sobreviver a CGA e a ADSE?
Há poucos meses, um conhecido Economista, estimou que tal valor, incluindo juros nunca pagos pelo Estado, rondaria os 70.000 Milhões €!... Ou seja, pouco menos, do que o
Empréstimo da Troika!...
Ainda há dias falando com um Advogado amigo, em Lisboa, ele me dizia que isto vai parar ao Tribunal Europeu dos Direitos do Homem. Há já um grupo de Juristas a movimentar-se nesse sentido.
A síntese que fiz, é para que os mais Jovens, que estão já a ser os mais penalizados com o desemprego, fiquem a saber o que se fez e faz também dos seus descontos e o quanto irão ser também prejudicados, quando chegar a altura de se reformarem!...
Para finalizar e quem pretender fazer um estudo mais técnico e completo, poderá recorrer ao Google e ao INE. (Manuel Almeida)

Oeiras - Moita Flores candidato?

"Só tenho pena que Moita Flores não tenha sido convidado para ser candidato à Câmara de Oeiras há sete anos. Talvez tivesse aceitado e Santarém teria certamente ganho muito com isso". O comentário foi feito por José Marcelino, dirigente da CDU de Santarém, durante uma conferência de imprensa realizada esta segunda-feira onde, a pretexto das contas de 2011, considerou a gestão de Moita Flores e do PSD à frente do município escalabitano "quase criminosa".

José Marcelino, que já foi vereador no município, diz que a grave situação financeira da autarquia vai impedi-la de fazer um bom aproveitamento dos fundos comunitários disponíveis para investimentos até final de 2013, referindo que sintoma disso mesmo é o arrastar de obras ou projectos como o da requalificação do antigo matadouro ou de remodelação do mercado municipal.

Moita Flores anunciou há poucas semanas que pode estar a caminho uma solução para a dívida da câmara, que passará por uma espécie de resgate financeiro tutelado pelo Governo, mas a CDU tem dúvidas que a autarquia, "com esta gestão" seja merecedora dessa oportunidade. E recordou que apesar dos 23 milhões de euros do Programa de Regularização Especial das Dívidas do Estado (PREDE) que a câmara recebeu em 2009 para pagar dívidas de curto prazo a fornecedores, o montante dessa rubrica aumentou nos anos seguintes, cifrando-se actualmente em cerca de 40 milhões de euros.

A solução inevitável, diz a CDU, é recorrer a um programa de saneamento financeiro, como essa força política já vem defendendo há alguns anos. A coligação liderada pelo PCP considera também essencial a extinção de todas as empresas municipais "

25 abril, 2012

Marcelo aconselha

Marcelo Rebelo de Sousa gosta de dar conselhos.
Ontem, passou uma boa parte do seu tempo
 dominical a avisar Passos Coelho
 sobre o que devia e não devia fazer.
como a franquezado professor
 tem os seus dias, não foi capaz de lhe dizer
que as intervenções diárias
que fez a partir de Moçambique
 foram manifestações da cobardia
 política
 que afecta o primeiro-ministro desde o dia
 em que tomou posse.
Antes, não era primeiro-ministro….

O professor bem sabe que os cobardes só se safam pela calada, e é por isso que o conselho que dá a Passos Coelho, de “não se expor tanto”, faz todo o sentido. Doutra forma, nem os anjinhos conseguiria enganar.

O que o professor parece não saber é que tentar desculpar os dislates de Passos é o mesmo que tentar tapar o sol com uma peneira. Não que Passos seja um sol, o professor é que não consegue tapar tanta asneira.

de Abril, os contra


"Este governo não gosta dos Capitães de Abril. 
O Presidente da República também não.
Alberto João Jardim ainda menos.
Se lhes derem corda, um dia acordamos no 24 de Abril…
Os que não hesitaram em se aliar a esta gente para deitar abaixo o "governo de direita do PS”, continuam a garantir que não lhes falte o cordame... "