08 março, 2012
Na hora
06 março, 2012
Mario Soares explica
"1. O Tratado que resultou da cimeira de Bruxelas da semana passada, intitulado pomposamente Tratado de Estabilidade, Coordenação e Governação da União Económica e Financeira, apesar de subscrito por 25 chefes de Governo dos Estados membros (com a exceção do Reino Unido e da República Checa) não parece ter trazido à crescente inquietação da opinião europeia e mundial nenhum benefício que possa dar à União alguma esperança quanto ao futuro próximo. Primeiro porque o Tratado só entrará em vigor - se lá chegar - depois de ratificado pelos Parlamentos nacionais, pelos Tribunais Constitucionais e pelo referendo da Irlanda.
É talvez possível que os mercados especulativos não rejubilem com o Tratado. A promessa vaga e futura de uma governação financeira e económica talvez lhes suscite alguns engulhos. Mas como o que continua a contar é a redução dos deficits - e o não crescimento das economias reais - os desempregados, cada vez mais, como as desigualdades e a pobreza crescem avassaladoramente, os mercados especulativos, que comandam os Estados, continuam satisfeitos. Têm amplas razões para isso...
A verdade é que sem os mercados - e as agências de avaliação - serem postas na ordem, a crise global que afeta a União Europeia não terá solução. Não se trata só dos Estados da Zona Euro mas também dos que não lhe pertencem, como o Reino Unido, que não estará, seguramente, numa situação melhor do que a Itália ou a Espanha.
Não se espere que os Estados vítimas das medidas de austeridade - como a Grécia, a Irlanda ou Portugal - estejam pior do que os outros Estados membros, mesmo os considerados mais ricos, como França e a Alemanha. Enquanto não for mudado o paradigma de desenvolvimento da União e os líderes europeus não quiserem perceber que com austeridade sem crescimento económico e sem um combate sério contra o desemprego a situação da Europa irá sempre de mal a pior. Não há troikas que lhes valham. Bem pelo contrário. Principalmente os governantes que consideram as troikas beneficiárias (em vez de usurárias) e não ficam chocados no seu patriotismo, quando as veem a tutelar os Estados e os Governos, democraticamente eleitos. Que aberração! Quanto às desgraças que criam as políticas de austeridade, contribuindo para aumentar a recessão, o desemprego e as desigualdades sociais, leiam-se dois artigos muito lúcidos de Pacheco Pereira e Miguel Sousa Tavares, no Público e no Expresso, do fim de semana passado."
Álvaro e André, gémeos separados
"Ontem, ao fim da tarde, Portugal sobressaltou-se: o Álvaro foi encontrar--se com o Abramovich dele e temeu- -se que tivesse o destino do André despedido. Mas não. Treinador sem balneário é mais grave do que ministro sem pasta: Álvaro continua na Economia. Infelizmente, porém, mais treinador de bancada do que outra coisa. Porque aquilo do sem pasta, e sem QREN, é como dizer que se manda em Stamford Bridge tendo o Lampard, o Terry e o Ashley Cole (que todos juntos valem o Gaspar) a darem-lhe a volta na Gomes Teixeira. Mas, soube-se ontem, tiveram destinos diferentes, o Álvaro e o André. No entanto, começaram gémeos, só cinco dias separaram o anúncio das suas contratações: Álvaro, a 17 de junho de 2011, André, a 22. Ambos sem conseguirem ser special one (Mourinho e Gaspar não deixaram), mas especiais. Um, vindo diretamente da Universidade de Vancouver, outro do jardim-escola. Um sublinhando ser professor no estrangeiro, outro sendo aluno de um estrangeirado. "Sou o Álvaro", apresentou- -se um, mostrando anglofilia nos costumes. O outro, mostrando dicção e sintaxe anglófonos. Contas feitas, secaram aí as cartas dos dois. Mas continuaram com um percurso similar, embora com variantes: um com uma equipa grande e sem verbas, o outro com milionários mas sem equipa. Nove meses depois, chegaram ao mesmo ponto: resultados medíocres. Só ontem os seus destinos divergiram: André sem emprego e rico, Álvaro com emprego e sem dinheiro." ( Ferreira Fernandes no DN )
Hoje foi assim
05 março, 2012
Novas?
02 março, 2012
Na hora ?
01 março, 2012
[Artigo partilhado] Correio da Manhã: a história de uma paixão que virou doença
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ISALTINO nada preocupado com os prejuizos do SATU
Segundo o Anuário Financeiro dos Municípios Portugueses de 2010, divulgado na terça-feira, o Sistema Automático de Transportes Urbanos de Oeiras (SATUO) é a segunda empresa municipal com piores resultados económicos em 2010, depois da VRSA - Sociedade de Gestão Urbana de Vila Real de Santo António (4,5 milhões de euros).
Confrontado com este dado, o presidente da Câmara de Oeiras, Isaltino Morais, afirmou hoje à agência Lusa que «isso não é importante», até porque «o SATUO nem sequer é gerido pela câmara».
«O SATU não é gerido pela Câmara de Oeiras. A câmara foi desafiada a fazer o SATU por uma empresa privada e o SATU não está a funcionar, tem apenas um quilómetro, quem o abriu não devia ter aberto e portanto se dá prejuízo, dá prejuízo, qual é o problema?», questionou Isaltino Morais.
«O importante é valorizar que Oeiras tem os melhores serviços municipalizados do país e é o município que menos depende do Estado», frisou o autarca referindo-se ao ranking divulgado pela revista Exame, que colocou os Serviços Municipalizados de Água e Saneamento de Oeiras e Amadora como a «Melhor Empresa para Trabalhar em 2012».
Sobre o dado apresentado pelo Anuário Financeiro de 2010, Isaltino Morais ironizou: «Estou muito satisfeito porque enquanto estiver a dar prejuízo é porque os accionistas ainda não abandonaram a ideia».
Os municípios e as empresas municipais devem globalmente cerca de 10 mil milhões de euros e estão a demorar mais a pagar aos fornecedores, prejudicando as economias locais, revelam as conclusões do Anuário Financeiro dos Municípios Portugueses.
O município de Lisboa encabeça a lista dos mais endividados, com uma dívida que representa 12% do montante global de todos os municípios.
Também há municípios sem dívidas, apesar de representarem uma minoria. As autarquias de maior dimensão são as que mais dívidas têm. "