08 novembro, 2011
Face Oculta
Não será difícil adivinhar o futuro deste processo.
Em resumo - vai acontecer o mesmo que tem acontecido nestes últimos tempos. Milhares de acusações para dezenas de arguidos que em final de julgamento e depois de recursos e mais recursos, não irão dar em nada.
Anda toda a gente a trabalhar ou a fingir que trabalha, mas mesmo assim, mal muito mal o trabalho feito.
Talvez uma reciclagem para muitos destas "trabalhadores da justiça" nas Novas Oportunidades não seria mau para aprenderem a rentabilizar o trabalho executado e a racionalizar os gastos que suportam esse trabalho.
Vamos esperar, calmamente, pelo final desta peça teatral.
Isaltino na cadeia - sim ou não?
Vamos aguardar mais uns folhetins desta tristissima, mas empolgante novela, em vários actos e em muitos palcos em simultâneo e que se chama: A Justiça Portuguesa
"O Tribunal da Relação de Lisboa rejeitou o pedido de Isaltino Morais para afastar do processo em que está acusado de corrupção a juíza que ordenou a sua prisão há cerca de um mês."
Rui Rio tem razão
"Depois de Cavaco e Seguro é mais uma voz de peso a considerar "extraordinariamente injusto" o corte só na Função Pública.
O presidente da Câmara do Porto, Rui Rio, apelou hoje ao Parlamento para substituir a eliminação dos subsídios de Natal e férias aos funcionários públicos e pensionistas por uma taxa equitativa que abranja todos os trabalhadores.
"Entendo que aquela norma de cortar subsídios de Natal e de férias só aos pensionistas e funcionários públicos é uma medida extraordinariamente injusta. Penaliza só alguns e ainda por cima os mesmos que, já este ano, levaram cortes que outros não levaram", considerou Rio, em entrevista à Agência Lusa.
Para o autarca, "era bom que a AR melhorasse o OE no sentido de pôr os pagamentos e sacrifícios de forma mais equitativa. Da maneira que está, um funcionário público que ganhe 1.000, 1.300 euros por mês vai levar um corte de mais de 14% no rendimento anual. Imagine alguém que ganha 10 mil, 20 mil euros mensais, que só por não trabalhar na função pública não paga nada".
Admitindo que "numa situação dificílima do país é evidente que não é possível fazer um Orçamento que dê novidades positivas às pessoas" e que "não há possibilidade nenhuma de as pessoas ficarem contentes com ele", sublinhou que "há possibilidade de o fazer da forma mais justa e equitativa".
"O pensionista e o funcionário público que já este ano contribuíram unilateralmente, vão fazê-lo outra vez. Acho que era isto que o Presidente da República dizia que não é equitativo - e manifestamente não é. Pode haver aqui alguma questão até do foro ideológico, mas acho isto tão óbvio que é difícil encontrar alguém que não defenda que, num momento destes, devemos todos pagar e que deve pagar um pouco mais quem ganha mais.
"Um rol de injustiças horríveis"
Da maneira que está, quem ganha mais não paga e quem ganha menos paga tudo, e pela segunda vez", frisou. Rui Rio alertou que "medidas nestes termos geram todo um rol de injustiças horríveis, mesmo dentro da Função Pública, porque depois diz-se que dentro dela o Banco de Portugal, a TAP e, eventualmente, a CGD não são afectados".
"A única forma justa, correta e equitativa, diria mesmo prudente, de agir será criar uma sobretaxa em que pagam todos um pouquinho. Em vez de poucos pagarem tudo, esse tudo é dividido por toda a gente. E, sendo progressivo, quem ganha mais paga mais. Parece-me lógico que quem ganhar 40 ou 50 mil euros deve pagar um bocado mais do que quem ganha 1.100 ou 1.300", considerou. O autarca sublinhou que o seu apelo "é à AR toda, não só à maioria. É verdade que governo e maioria têm mais responsabilidade, a proposta é deles, mas não vi ainda PCP, BE, PS ou mesmo sindicatos a pedirem a ponderação que estou a pedir: todos a pagar um bocadinho, em vez de pôr uns a pagar tudo".
O que eles dizem mais à esquerda é: não se pode cortar. Isso é demagógico e significa atirar o país para o buraco. O que eles não pedem é uma distribuição equitativa. É uma questão de gestão do seu eleitorado: não querem ser antipáticos em relação àqueles que neste momento nada pagam", criticou.
Rui Rio sublinhou existirem a seu favor "argumentos de constitucionalidade", já que aprovar assim o OE pode levantar "problemas de constitucionalidade em que é pior a emenda do que o soneto". "Mas vou só pela justiça: o respeito pelas pessoas que trabalham e ganham pouco deve ser suficiente, não é preciso falar da Constituição. A AR tem todas as condições para em conjunto, sem tentar produzir manchetes de que o governo recua ou anda para o lado, mudar isto. Referindo-se à "ideia recente do PS", Rio considerou que "é melhor cortar um [subsídio] do que dois, mas mesmo assim é possível agir de forma mais justa. Cortar um subsídio equivale a pouco mais de 7% no rendimento anual. Pois que seja 2% a toda a gente".
07 novembro, 2011
Cavaco Silva - pai do monstro
Justiça
Recordamos o processo Casa Pia, processo Isaltino, e tantos outros, cuja sentença ditada pelos "media" ia sendo ditada dia a dia e gota a gota.
Hoje, ainda alguns jornais, continuam a fazer manchetes diárias com notícias sobre e da justiça.
A procura do lucro abre mão de todos os meios para produzir os seus fins.
Todavia, na maioria destas situações não é a "informação" que está em causa.
06 novembro, 2011
05 novembro, 2011
Francisco Louçã não aprende
"Francisco Louçã é um típico troca-tintas político. Contribuiu para o derrube do governo socialista. Agora diz que está no poder a «direita pura e dura». Esqueceu-se de acrescentar: está lá com o meu voto contra o PEC IV. Fez toda a campanha eleitoral arrumando o PS ao CDS-PP e ao PSDD – os partidos de direita. Ontem, na Moita, dirigindo-se ao PS, disse: «a esquerda devia votar contra a proposta de OE». E gastou meio discurso a criticar os socialistas – a sua grande obsessão. Não aprendeu nada com os resultados eleitorais de Junho. Segue feliz para o próximo desastre."
04 novembro, 2011
Alberto João Jardim "O Desaparecido"
Passos Coelho
Justiça assim, não
Isto não se pode chamar Justiça, quando um condenado reclama porque alguns dos crimes que cometeu já prescreveram, quando interpõe recurso atrás de recurso para dilatar o tempo de espera até vir a ser encarcerado, ou não, pela prescrição dos crimes que foi acusado.
Uma vergonha
Nada disto tem a ver com o apertar do cinto, tem sim a ver, com todos aqueles que fazem a Justiça a seu modo e fazem da Justiça a sua profissão.
Mal daquele que sem dinheiro ou poder cai nas mãos Dela
03 novembro, 2011
Isaltino Morais irá para os calabouços?
Paulo Portas - de nacional a internacional
DEMOCRACIA - O Medo que ela mete
"Bastou o primeiro-ministro grego anunciar que consultará o povo, através de referendo, sobre as novas e gravosas medidas de austeridade e perda total da soberania orçamental impostas ao país pelos "mercados" e seus comissários políticos em Bruxelas e nos governos de Berlim e Paris para cair a máscara democrática desta gente.
Na pátria da Democracia, o Governo decide-se por um processo democrático básico e Sarkozy fica "consternado" e considera a decisão "irracional" enquanto alemães e FMI se mostram "irritados" e "furiosos" com ela. E Merkel e Sarkozy assinam um comunicado conjunto dizendo-se "determinados" a fazer com que a Grécia cumpra as suas imposições e lhes ceda o que ainda lhe resta de soberania; só lhes faltou acrescentar "queiram os gregos ou não queiram" e mobilizar a Wehrmacht e a "Force de Frappe"...
Até Paulo Portas, ministro de uma coligação eleita com base em compromissos eleitorais imediatamente rasgados mal tomou posse, está "apreensivo".
O medo que esta gente, que tanto fala em Democracia, tem da Democracia é assustador. Aparentemente, o projecto de suspensão da Democracia por 6 meses (ou por 48 anos) estará já em curso. Pinochet aplicou no Chile as receitas de Milton Friedman suspendendo sangrentamente a Democracia. Como é que "boys" de Chicago como Gaspar ou Santos Pereira, que chegaram a ministros sem nunca antes terem governado sequer uma mercearia, o fariam em Democracia?"