16 novembro, 2010

CGD e a FUGA de Quadros

Com o devido respeito por todos os seus Quadros, mas uma Pulseira Electrónica não resolveria o problema?

"A Caixa Geral de Depósitos (CGD) questionou o Governo, por escrito, sobre a decisão de aplicar à instituição pública as medidas de austeridade inscritas no quadro do Orçamento do Estado para 2011."

Teatro - Humor é Amor


Divida Portuguesa em bancos Espanhóis


Mourinho

"Venho para ganhar, não para fazer amigos"

Marcelo

Uns segundos na TVI e na Hora Marcelo, deu para ver que o Professor virou mesmo entrevistador.

Rui Veloso estava na sua frente e Marcelo falava.

Falar, falar, falar

"O presidente do Tribunal de Contas disse, ontem, o seguinte: é "indispensável (sic) que não se multipliquem, neste momento de crise aguda, declarações que façam estremecer, ainda mais, os malvados mercados. Oliveira Martins disse mais: disse que é "impensável" (sic) apontar a saída do euro como solução para os problemas que temos pela frente. Cavaco Silva também disse: disse que "existem palavras a mais na vida pública portuguesa". Enfim, vozes lúcidas, depois de termos assistido, nos últimos dias, a um conjunto de tiradas entre o perigoso e o louco.

Exemplo um: ontem, o ministro das Finanças disse que o risco de entrada do FMI é "elevado" (ai sim?). Depois disse que, apesar disso, não há contactos oficiais para a consumação do facto. Exemplo dois: Paulo Portas acha que a coisa só já lá vai com um governo de salvação nacional, ao qual ele, naturalmente, deveria pertencer. Ele e mais uma série de luminárias capazes de nos resgatarem de vez deste atávico deixa-andar que faz parte do nosso ADN.

O líder do CDS/PP pode dar- -se a estas excentricidades verbais, porque conta pouco, neste momento. O mesmo não deve dizer--se, contudo, do ministro dos Negócios Estrangeiros, Luís Amado, e de proeminentes figuras socialistas que, à beira do desespero, não confiam já em si mesmos (logo, no primeiro-ministro) para levar a bom porto esta monstruosa empreitada em que nos metemos por incapacidade própria.

Luís Amado entende que o país não se endireita sem uma coligação - e, de preferência, já! Sem essa volátil entidade que ajuda a atirar culpas para todos os lados quando a situação escalda, o ministro acha mesmo que, mais cedo do que tarde, teremos de sair do euro. "O país precisa de uma grande coligação que permita ultrapassar a actual situação", declarou Luís Amado ao "Expresso" do último fim-de-semana.

Lá longe, em Macau, Sócrates enrugou o sorriso e respondeu: a Oposição não quer nada connosco. Ou seja: se isto afundar, a culpa há-se ser deles também.

Pequeno pormenor: estas intervenções aconteceram dias antes do início de uma nova ronda de negociações entre Governo e PSD, tendo em vista a aprovação, no final da próxima semana, do Orçamento do Estado para 2011. Grande pormenor: esta vozearia acontece num momento em que os mercados medem cada uma das palavras, das intenções e dos movimentos de quem manda no nosso país. Imagino que os analistas internacionais estejam hoje (mais) um bocadinho confusos com tudo isto. Ajuda: não tem que enganar - há quem continue a achar que vive num país cheio de irredutíveis portugueses, certos de que nada do que acontece ou do que possa dizer-se, por muito abstruso que seja, influenciará decisivamente as suas vidas. É mentira, mas é uma doce mentira."

Perturbações psiquiátricas

Qual será o padrão para a grande maioria dos nossos políticos?

"Dois em cada dez portugueses sofrem de perturbações psiquiátricas e o país revela "um padrão atípico, em termos europeus", de prevalência destas doenças, com números que se aproximam dos dos Estados Unidos, o país com a maior taxa de população com doenças mentais no mundo."

Cavaco Silva – porque não te calas

Para quem tanto tem falado nos últimos tempos, não está nada mal.

"O Presidente da República escusou-se hoje a comentar as declarações do ministro das Finanças sobre o risco "elevado" de Portugal recorrer ao apoio financeiro da União Europeia, alegando que "já existem palavras a mais na vida pública".

"

14 novembro, 2010

Jose Niza - escreve

Por:
José Niza

Isto quando se fala de dinheiro é como nas heranças e nos divórcios é só discussões e porrada e com os políticos também é a mesma coisa porque eles só lá estão para andarem às cabeçadas uns aos outros e é a isto que chamam democracia e se não fosse a magistratura da fluência do Caneco Silva já estavam todos arranhados porque o problema é o seguinte o José Aristóteles gastou os carcanhóis que recebeu da malta e os gajos laranja dizem que vão acabar com os impostos por causa dos votos e que depois logo se vê e tal e por causa disto até já andaram a dançar o tango mas o Paços deu uma pisadela no calcanhar de Aquiles do Aristóteles e nunca mais se falaram mas arranjaram quem falasse por eles isto é mais ou menos nem tanto ao mar nem tanto à terra porque nunca se sabe o que é que vai na cabeça deles e vai daí o Aristóteles contratou o Toupeira dos Campos e mais o Jorge Alarcão e o Paços e o Caneco não se ficaram atrás e foram buscar o Leonardo Cartola ao museu de cera e fecharam-nos à chave numa sala da assembleia a jogar à manilha e cada um levou uns artistas a servir de guarda-costas e cá fora um jornalista até disse que o Toupeira dos Campos era muito bom na sueca só não disse é se era na cama e o Cartola até levou uma máquina fotográfica escondida no telemóvel para o que desse e viesse mas nunca mais vinha nada e durante uns dias uns estavam lá dentro e outros cá fora à espera com microfones e fios e essas coisas e só saía fumo negro e os bombeiros involuntários até julgaram que era fogo mas não era e o que era era que o Caneco gritava pró Cartola que até era padrinho de casamento de uma tia meio sobrinha dele que vivia em Moliqueime quando vivia pelo menos foi o que eu li no Expresso vê lá mas é se acabas com isso que eu logo à tarde vou-me candidatar e não sei o que é que vou dizer como é costume e assim nem o pai morre nem a gente almoça até que se abriu a porta da sala e os jornalistas atropelavam-se uns em cima dos outros e também uns em cima das outras e afinal era só para pedir o orçamento porque se tinham esquecido de o levar e já ninguém se lembrava do que estava lá escrito e o Cartola até dizia que tanto lhe fazia que só estava ali para as fotografias e que só lhe tinham dito para negociar mas ninguém lhe tinha dito para chegar a acordo e aquilo nunca mais andava nem desandava porque uns queriam o TGV e os outros nunca tinham andado de combóio e uns queriam o leite achocolatado com mais chocolate e os outros queriam o chocolate com mais leite e o tempo ia passando e os muros da dívida soberana já iam com 7% de altura e os mercados estavam a ficar furiosos especialmente o mercado da Ribeira e o mercado do Bulhão e o Cartola dizia pró Toupeira se não te portas bem chamo o FMI e depois foi pró corredor falar aos jornalistas para dizer que tinha estado quatro horas à espera e que tinha tido um problema qualquer com um componente do agregado familiar e que ia pra casa e que a conversa acabava ali e pronto mas o Toupeira dos Campos é que não desistiu porque só faltavam 500 euros pró acordo e que ia ao multibanco levantar dinheiro porque o José Aristóteles já lhe tinha gasto os cheques todos e então o Cartola disse-lhe olha anda mas é cá a minha casa que a minha mulher faz uns scones que a Maria do Caneco até se péla por eles e o Toupeira dos Campos aceitou que ainda nem sequer tinha almoçado mas teve que pôr uns bigodes e uma peruca não fossem os jornalistas descobri-lo e até entrou de marcha-atrás na garagem e atirou-se aos scones e o Cartola a dizer então os meus 500 euros e o Toupeira lá foi à caixa do multibanco da esquina mas só dava 200 e o Cartola pronto está bem não se fala mais nisso são contas do Porto e até tirou uma fotografia com o telemóvel que era para mostrar aos netos vejam lá como o avô era importante e aquele senhor ali em baixo é o Toupeira e eram 23 horas e 19 minutos mas nunca se ficará a saber quantos segundos e é por isso que a história não é uma ciência exacta.

Nat King Cole

10 novembro, 2010

Fabrica da Pólvora - Barcarena





Titanic III

Jose Niza escreve:

"É um injusto erro pensar que Portugal é o único e mau exemplo da excepção à regra. Não é. Então a Islândia não era o país mais rico do mundo? E a Irlanda não era o exemplo do país modelo? E a Espanha, aqui tão perto, não era para nós motivo de inveja e frustração? E a Grécia? E a Itália? E a Inglaterra? E os Estados Unidos?

Como na história do TITANIC – embora viajando em camarotes diferentes – todos os passageiros iam no mesmo barco. E todos se afundaram juntos.

Bem sei que o mal dos outros não deve servir-nos de consolo. Mas, pelo menos, é reconfortante sabermos que não estamos sós. Ou, como dizem as canções, “não, não sou o único” … “afinal havia outra”.

Porque todos cometemos os mesmos erros. Porque todos embarcámos nos TITANICS das ilusões. Porque todos fomos gastando o que não podíamos. E há muito que se acabaram as especiarias das Índias, o ouro do Brasil, a exploração das colónias. Ponto final.

Porque chegámos onde chegámos?

Simplesmente porque andámos muito tempo a divertirmo-nos nos luxos do TITANIC, o barco mais seguro do mundo. E porque nunca acreditámos em icebergues.


Ps:- Se foi possível ir buscar os mineiros chilenos ao fundo da mina, também é possível saírmos do buraco onde nos metemos. É possível. Mas é preciso tempo – muito tempo – muito trabalho, e muita preserverança "

09 novembro, 2010

Academia de Santo Amaro

Revista à Portuguesa

Titanic II

Jose Niza escreve:

Portugal está a bater no fundo. E não é de agora, já vem de longe, de muito longe.

Mas só agora, quando o icebergue da crise internacional destapou a realidade das contas do País, é que nos demos conta do tamanho do rombo que nos ameaça.

Não adianta nada estar agora a fazer julgamentos sumários, a atirar pedras aos que estão mais à mão, ou a apontar culpados. Porque, no fundo – uns mais, outros menos – todos fomos e somos responsáveis (excepto naturalmente aqueles cujas vidas já se afundavam mesmo antes do naufrágio).

O erro fatal foi a confusão que fizemos entre Liberdade e Prosperidade. É que a Liberdade não é nenhuma árvore das patacas. E pensámos que era.

Quando entrámos para a Europa fizemo-lo como se fosse uma espécie de seguro de vida contra as ditaduras. E isso nos bastava. Eu era deputado na altura. E confesso que na minha cabeça – como na dos outros – não dominava a ideia de que, com a adesão, Portugal viria a ser inundado com rios de dinheiro durante muitos anos.

E o que fizemos desses biliões?

Os subsídios à agricultura – em vez de servirem para a sua modernização – foram desbaratados em jeeps e vivendas no Algarve. E a CAP, que agora tanto barafusta, o que fez para o impedir?

E quanto à “formação” dos trabalhadores portugueses, o que aconteceu? – Cursos fantasmas e virtuais, onde muita gente se encheu de dinheiro e ninguém aprendeu coisa nenhuma. E os sindicatos – que agora até vão fazer uma greve nacional – o que é que então fizeram para moralizar este forrobodó?

E quantos barcos de pesca os subsídios europeus mandaram para o fundo, deixando Portugal a importar 70% do peixe que consome?

E os filantrópicos bancos a oferecerem cartões de crédito a tudo o que mexia: Uma casinha nova? Um carrinho de último modelo? Uma viagenzinha ao Brasil? Era o “gaste agora e pague depois”!

Canes - festival de cinema


08 novembro, 2010

Presidenciais


"Basta de pastéis, Coelho a Belém"

É com este slogan de campanha que o deputado do PND-M na Assembleia Legislativa, José Manuel Coelho, se vai candidatar à Presidência da República.

Titanic I

José Niza escreve:
(Talvez se possa adaptar à euforia dos comentário de Marcelo à victória do PSD no acordo
do OE 2011)
"Era uma noite nórdica, loira e calma. No meio do mar o TITANIC vestia-se para a festa. As senhoras passeavam-se no convés ostentando jóias e sorrisos. Os cavalheiros, de smoking, saboreavam cognacs e havanos. A orquestra animava o baile inaugural do paquete mais moderno e mais seguro do mundo. O champanhe corria a rodos e a lua iluminava a efémera felicidade daqueles rostos.

Inesperadamente, um terrível estrondo. O TITANIC cambaleou e, do porão, subiram jactos de água. O pânico instalou-se por dentro da confusão da gritaria. Lentamente o barco afundou-se a pique nas entranhas do mar.

Tudo naquela viagem tinha sido cientificamente estudado, previsto e programado. Menos aquele iceberg gigantesco do qual – como aprendemos na escola – apenas se via uma quinta parte. Ele andava por ali a rondar, à espreita. Mas, nos festejos da festa, ninguém o pressentiu, ninguém o viu no fundo dos binóculos.

E no entanto, colossal, ele estava lá. "

Porto Salvo

Marco da antiga extrema da Freguesia de Barcarena em Porto salvo