27 fevereiro, 2010

Cada vez mais chega à lembrança alguns títulos de jornais dos anos sessenta e setenta.

Mesmo com a censura sempre pronta, existia uma casta de jornalistas que mereciam o respeito e a admiração dos leitores.

Os antigos títulos do Diário de Lisboa, Popular, Capital e República, o Século e o Diário de Notícias, tinham o crédito e o respeito dos seus assíduos leitores.

Hoje os títulos dos jornais, pouco mais servem do que vender papel a preço de notícia ou opinião.

Movimentam-se esses jornais, debaixo dos interesses comerciais mais imediatos de alguns grupos financeiros e até políticos.

Os operários dessa fábrica de factos e notícias, os ditos jornalistas, servos vendidos como Judas a interesses politicos e mercantilistas, tem vindo a contribuir para o minar dos principais alicerces da democracia.

Querem ser e são, na maioria das situações, os senhores poderosos da verdade pura, permitindo-se acolitar sob a capa do seu estatuto para a denúncia sem escrupulos de todo o tipo de situações que não são "obrigados" a provar.

O triste espectáculo que temos vindo a observar na Ass da Republica, na dita Comissão de Ética, não passa do espelho que reflecte o estado a que chegou a democracia representada por deputados que se sujeitam a observar a palhaçada que tem sido dada pelos diversos personagem que por lá estão a passar. O descrédito está implantado.

Exemplos como o de um jornalista que se diz honesto e respeitado que leva uma "camisa de dormir" para mostrar ou um outro que afirma que sofreu diversas pressões há anos atrás e que só agora as denuncia, ou outro que diz que sofreu igualmente há tempos atrás a "asfixia" financeira, nada provando, que créditos merecem.

Que se finem os jornais e os jornalistas.

26 fevereiro, 2010

Politica enlameada

"Este primeiro-ministro vai deixar de o ser quando, em eleições, os portugueses assim decidirem. Mas a lama em que a luta política se afundou (afundando com ela a Justiça e as instituições democráticas, incluindo o Parlamento), nos últimos tempos, essa, vai ficar entranhada." (A canhalhocracia.)

Insecto

Jornal Nacional

Visto por Miguel Sousa Tavares

Quando terminou o 'Jornal Nacional de 6.ª', disse que era o fim do 'jornal nacional de manipulação'...

E disse que era um atentado à liberdade. Nunca vi, em nenhuma televisão do Mundo, um jornal como aquele.

Considera que esteve demasiado tempo no ar?

Acho que nunca deveria ter estado no ar. Pense-se o que se pensar do actual primeiro-ministro, aquilo era um jornal para atacar uma pessoa concretamente. E às vezes perguntava por que não se fazia uma emissão contra o Paulo Portas ou a Manuela Ferreira Leite, outra contra o Jerónimo de Sousa ou o Louçã. Não há nada? Porque não investigam os submarinos ou os dinheiros da Festa do 'Avante!'. Lembro-me de ter dito à [jornalista] Ana Leal: o que acontece ao vosso jornal no dia em que Sócrates for absolvido? Se a justiça chega ao fim e não apura nada. O jornal morre por falta de objecto. O caso Freeport dura há seis anos por uma única razão: porque ainda não conseguiram entalar o Sócrates. Se fosse o Zé dos anzóis já tinha sido arquivado. Acho inconcebível que um primeiro-ministro viva sob suspeita de corrupção durante seis anos e que os contribuintes estejam a pagar esta investigação. Nós não podemos ser governados por alguém que não sabemos se é corrupto ou não. O Ministério Público tem obrigação de, rapidamente, apurar aquilo. Ou tem indícios, ou não tem indícios. Agora, permitir que o primeiro-ministro seja queimado em lume brando na Imprensa enquanto eles arrastam o processo à pesca à linha, a ver se alguém morde o anzol, é inconcebível. Eu não quero ser julgado assim. Não quero ter um primeiro-ministro julgado assim.

Mas acabou por sair da TVI após a saída de José Eduardo Moniz e do fim do 'Jornal de 6.ª'. Não teme ficar ligado a essa linha editorial?

Ao 'Jornal de 6.ª' não fico ligado de certeza, ao José Eduardo Moniz sim. E eu não saí da TVI antes porque ele estava lá. ( CM )

Miguel Sousa Tavares

Para mais tarde recordar.

Irritou-se com algumas perguntas.

Ora leiam.

"Mas sobre o branqueamento de imagem, diz-se que Sócrates saíu fortalecido...

Vou tentar responder sem me irritar... Para não me acusarem de ser José Sócrates. Se não entrevistamos é porque estamos a ser cúmplices do silêncio dele. Se entrevistamos, quando toda a gente queria a entrevista, é porque pode ser um branqueamento... Nem comento. Ou comento. Bardamerda. Adiante.

...

Os casos de Manuela Moura Guedes e Mário Crespo não foram censura?

Você acha? Há um director de jornal que recusa publicar uma crónica e, no dia seguinte, o texto está no site do Instituto Sá Carneiro e, uma semana depois, editado em livro. Eu já vivi num país com censura, já conheci países com censura, e não me lembro de censura assim. E quando vejo a Manuela Moura Guedes ter direito a 20 minutos em directo do telejornal para dizer que há censura... Sinceramente, tomara a líder da oposição birmanesa.

O que se passa então agora entre a classe política e a classe jornalística?

...um director de jornal recusou publicar uma crónica do Mário Crespo

...Eu não publicava. Já fui director, e não me considero um ditador nem um censor, e não publicava. Porque se publico um artigo desses, amanhã qualquer jornalista meu pode vir dizer 'fulano, que não posso dizer quem é, ouviu isto num restaurante'. E o meu jornal é uma coisa baseada em fontes anónimas de restaurante. Não pode ser.  

E ele sabe do que fala, ora aí está outra

""Mas a sua crítica é ao facto de virem a lume conversas que estavam em segredo de justiça?

Isso é o ponto número 1. Ponto número 2 é como se faz um jornalismo com base nisso. No outro perguntavam-me o que faria se me tivessem enviado as escutas. Era muito simples. Pedia ao jornalista que investigasse. Não publicava assim. Agora, ter um amigo no Ministério Público ou na Polícia Judiciária que, à socapa, lhe manda o processo das escutas, isso não tem nada de investigação. Nada. Não venham cá falar do rigor jornalístico. Isso são balelas, tretas.""

Há mais, muito mais em (CM)

Freeport

Que irá acontecer com este caso.
Será que se vai contabilizar as centenas  de milhares de euros gastos em função do desvario de muitos políticos, comentadores, jornalistas e outros tantos, daqueles que gostam de passar a vida a saber da vida dos outros?

O Sol na Face Oculta da Procuradoria

Nunca o Sol se interessou pelas fugas ao segredo de Justiça.

Apenas as recolheu e "trabalhou" para "vender papel".

Hoje está preocupado com algumas fugas ao segredo de justiça, apenas as que lhe interessam.

Felícia cabrita e Companhia, começam a estar com o manancial a secar, e vai daí, nada melhor que lançar umas atoardas sem provas, como é useira e vezeira, sobre o PGR.

Este agora vem dizer que há tribunais. Esperemos bem que sim, pelo menos para acabar com a impunidade de alguns jornalistas que colocam notícias sobre tudo e todos a seu belo prazer, a bem da "sua liberdade de expressão e opinião"

"A fuga de informação no inquérito Face Oculta – que, conforme o SOL já revelou em anteriores edições, permitiu a Armando Vara e a outros arguidos mudarem de telemóveis para ludibriar a Justiça – ocorreu a partir do momento em que o Departamento de Investigação e Acção Penal (DIAP) de Aveiro informou a Procuradoria-Geral da República, em Lisboa, na manhã de 24 de Junho de 2009, da primeira certidão que tinha emitido para que fosse aberto um inquérito a José Sócrates. Esta é a conclusão óbvia que se retira, analisando algumas datas-chave do processo Face Oculta."

«Nunca da Procuradoria Geral da República (PGR) saiu alguma informação. Essa é uma manobra concertada, não tem o mínmimo de fundamento e têm de se apurar as responsabiliades. Os tribunais têm de apurar e sancionar isto», afirmou Pinto Monteiro, à margem de uma reunião de trabalho com os magistrados de Portimão." ( SOL )

Assembleia da Republica

Ontem passei um "mau bocado" a ver a ouvir uma das sessões de trabalhos da comissão da "Etica".

Fiquei enjoado.

As perguntas dos deputados e as respostas do inquirido, foram de louvar aos céus.

Por favor acabem com a comissão rápidamente, Não devia ter começado.

Os desputados deveriam pagar ao Zé Povinho, o vencimento que eles usufruem para fazer esta tristissimo "trabalho"

Não admira que esta gente ande nas bocas do Povo pelas piores razões.

25 fevereiro, 2010

Laranjas

Andam a pisar as laranjas?

Jornais, directores e jornalistas – sem tirar nem por


""Publicada por Jumento )A comissão parlamentar de palhaços e choramingas

 
O mínimo que se pode concluir do que estamos a assistir no parlamento a propósito da suposta fala de liberdade, para uns de expressão e para outros de imprensa, é um espectáculo ridículo, uma comédia onde se mistura a patetice de deputados, a cagança de alguns directores de jornais e a arrogância de jornalistas. É quase deprimente ver o director do Expresso ir, anos depois, fazer queixinhas aos deputados dizendo que há uns anos atrás o primeiro-ministro lhe terá telefonado numa sexta-feira numa suposta tentativa de impedir a saída de uma notícia, o primeiro-ministro até terá estado ao telefone durante uma hora. Só espero que José Sócrates não dedique um hora por cada notícia que sai a seu respeito pois o país estaria sem governo há mais de dois anos. Mas o director do Expresso esqueceu-se de contar e os deputados esqueceram-se de o questionar porque razão o Expresso deixou de publicar qualquer notícia sobre o "caso mensalão" (um caso de corrupção ocorrido no Brasil em que o Grupo Espírito Santo estaria envolvido) desde o momento em que Ricardo Salgado ameaçou o jornal de não voltar a colocar publicidade naquele jornal. Pinto Balsemão e o director do Expresso bem protestaram e afirmaram a independência do jornal, mas a verdade é que nunca mais se ouviu falar de "mensalão" em Portugal, nem o Expresso nem qualquer outro órgão de comunicação social voltaram ao assunto. Aquilo a que temos assistido é a um espectáculo de cobardia com jornalistas e directores de jornais a irem ao parlamento fazerem queixinhas, mais parecem crianças de um infantário a queixarem-se à professora de que o menino Sócrates lhe puxou o cabelo. Outro queixinhas foi o José Manuel Fernandes que se esqueceu de quando Ferreira Leite, então ministras das Finanças lhe telefonou furiosa porque o Público deu conta de um negócio estranho envolvendo o edifício da Direcção de Finanças de Lisboa, Ao que parece o jornalista João Ramos de Almeida teve que aguentar a fúria de José Manuel Fernandes por ter feito publicar a notícia num dia em que ele não estava em Lisboa, ao ponto de ter motivado a revolta da redacção do jornal. A verdade é que o jornalismo português está muito longe de ser exemplar em matéria de isenção, quando leio uma notícia favorável a uma empresa nem esperam pela semana seguinte para publicarem a publicidade paga por essa empresa, basta procurar na mesma edição para a encontrar. Se os directores dos nossos jornais e os seus jornalistas são assim tão intimidados pelo poder, como explicam os milhares de notícias contendo mentiras e insinuações sobre o primeiro-ministro? O regabofe a que temos assistido em relação a alguns processos é tão grande que os directores de alguns jornais deveriam sentir vergonha de irem ao parlamento com queixinhas. Como pode uma jornalista que se diz de investigação (terá assaltado o Ministério Público para roubar cópias de processos?) de falar em falta de liberdade de expressão se há vários anos que vive à conta da publicação de cópias de processos que se encontram em segredo de justiça? O debate sobre a liberdade de imprensa até poderia ser um debate com muito interesse mas isso implicaria que em vez de chamarem o Mário Crespo que ganha milhares ouvissem os jornalistas que foram despedidos, os que escrevem o que os directores mandam a troco de um contrato precário. Antes de ouvirem choramingas deveriam fazer um estudo apurado sobre o que se publica, a veracidade do que foi publicado, os objectivos político-partidários ou os interesses empresariais que motivam certas notícias ou estão por detrás da linha redactorial de alguns órgãos de comunicação social. Além de ouvirem directores e jornalistas que mais não são do que homens de mão desses mesmos directores, deveriam ouvir também outros jornalistas, se necessário a coberto da protecção da identidade, aí sim, saberíamos muito sobre a liberdade de imprensa em Portugal.""
(

Hotel Casarão

Socrates o último a saber?

«A 21 de Junho de 2009, o ex-administrador da PT Rui Pedro Soares diz ao administrador do BCP Armando Vara que "Belém, na sexta-feira [dia 19 de Junho] à tarde, já estava com preocupações [relativamente ao negócio PT/TVI], pois terão sabido de alguma forma".

Rui Pedro Soares identifica a fonte da Presidência como sendo José Eduardo Moniz, uma vez que acreditava que, na PT, só ele e Zeinal Bava sabiam do que se estava a passar. Nas escutas interceptadas, Armando Vara terá demonstrado preocupação com a "fonte" que estava a informar o Presidente da Repúblico, Aníbal Cavaco Silva. Dias depois, Cavaco volta a ser referenciado nas escutas como alguém que "não quer" o negócio da PT/TVI. A 25 de Junho, Paulo Penedos também fala do PR em conversa com Rui Pedro Soares dizendo - na sequência da polémica e das declarações do PR e da líder do PSD - que "pode ser a morte dela e do Cavaco, que se precipitaram..." » ( DN)

Mario Crespo mentiu

Ora, toma... falar por falar!!

«O director do Jornal de Notícias (JN) assegurou ontem, no Parlamento, que não "houve censura" no caso da não publicação da crónica de Mário Crespo, que o pivô da SIC Notícias "mentiu" porque o "jornal não estava fechado" quando falou com ele e ainda porque "houve uma tentativa de acordo" e foi Crespo quem "não aceitou". José Leite Pereira entregou na Comissão Parlamentar de Ética um extracto das suas conversas telefónicas no dia em causa, provando dessa forma que falou com Mário Crespo muito antes da edição desse dia ter fechado. "O jornal fechou às 00.57 nesse dia e eu falei com o Mário Crespo às 23.06. Está registrado e a conversa durou cerca de oito minutos" informou, adiantando que as declarações do jornalista da SIC eram "pura e simplesmente mentira".»
( DN )

24 fevereiro, 2010

Medrosos?

Há medrosos e merdosos em todas as profissões, mas no jornalismo, há um excesso de ambos.

Este, esteve calado até agora, sabe-se lá porquê. Agora, porque teve alguma companhia em denúncias que não podem ser comprovadas, vem com a conversa datreta das pressões.

Pois, o BES tem todo o direto de colocar a sua publicidade onde quer.

Ao Governo cabe fazer o mesmo, ou há concurso público para a publicidade do Estado?

Não oteve no sítio no momento próprio e agora é fácil dizer disto e daquilo não apresentado provas.

Tretas.

""O director do Expresso disse hoje ao Parlamento que o semanário já foi alvo de pressões políticas e económicas, alegando ter sido alvo de boicotes quer por parte do Governo quer por parte do Banco Espírito Santo."" (DN)

Ferreira Leite – algo de errado na resposta

Ainda vamos saber mais sobres tudo isto.

""Ferreira Leite diz que soube do negócio PT/TVI 'no dia em que toda a gente soube'

A presidente do PSD, Manuela Ferreira Leite, disse hoje que soube do negócio de tentativa de compra de parte da TVI pela PT «como toda a gente soube» e «no dia em que toda a gente soube» "" (Sol)

Cuba das amplas liberdade

""Morreu hoje num hospital de Havana, em Cuba, o preso político Orlando Zapata Tamayo, depois de ter estado 85 dias em greve de fome, como forma de reivindicar que fosse tratado como "prisioneiro de consciência".

Zapata, de 42 anos, era um dos 73 dissidentes detidos em 2003, tinha várias condenações que totalizavam 36 anos e estava, desde 2004, na lista dos prisioneiros de consciência da Amnistia Internacional.

Orlando Zapata, preso desde 20 de Março de 2003, tinha sido transferido de um centro médico para detidos na capital cubana para o hospital Amejeiras."" Económico

Desculpas jornalisticas

Com a rrogância , a sobranceria e a subordinação aos seus "mais altos valores da infomação objectiva, nem pensar em tal coisa

""...a imprensa que participou no prolongado e malévolo "julgamento popular" de Sócrates deveria agora retractar-se e pedir desculpas ao visado e aos seus leitores.
 ""
( Causa Nossa )

Manuela Ferreira Leite sabia tudo...

O SOL não publicou esta parte das escutas..., sabe-se lá porquê.

"Escutas apanharam Rui Pedro Soares a contar a Paulo Penedos que a líder do PSD chegou a dizer aos 'Ongoing' que apoiava o negócio

A presidente do PSD, Manuela Ferreira Leite, está desde Junho de 2009 a par dos pormenores do negócio PT/TVI e, segundo o ex-administrador da PT Rui Pedro Soares, chegou a estar de acordo com a compra da estação televisiva. As conversas entre Rui Pedro Soares e o advogado Paulo Penedos - capturadas através das escutas do processo "Face Oculta" - envolvem a líder social-democrata, que estaria, paralelamente, a ser informada do negócio através "dos Ongoing" e "do [José Eduardo] Moniz".

Questionada pelo DN sobre se o conteúdo das escutas (ver relacionado) corresponde à verdade, Manuela Ferreira Leite limitou-se a dizer: "Ora essa, e qual é o crime que está a ser cometido por ser informada? Agora não posso ser informada? Se fui informada, isso só prova que de facto o esquema estava a ser montado e que o crime estava a ser cometido."

O momento-chave de todo este processo acontece a 24 de Junho de 2009. Nesse dia, Rui Pedro Soares encontra-se em Madrid para finalizar o contrato (o que não acontece), o assunto "rebenta" no Parlamento e Manuela Ferreira Leite dá uma entrevista na SIC Notícias onde critica o eventual negócio e mostra-se "preocupada" com uma eventual alteração da "linha editorial".

No entanto, nas conversas interceptadas nos dias seguintes e às quais o DN teve acesso, Rui Pedro Soares e Paulo Penedos revelam outras versões dos acontecimentos. É que se a 25 de Junho, o ex-administrador da PT começa por comentar com Penedos que "agora temos Sócrates que não quer, a Manuela que não quer, o Cavaco que não quer...", dois dias depois apercebe-se de que tinha sido "enganado" num esquema paralelo de que Ferreira Leite, alegadamente, tinha conhecimento.

A 27 de Junho, Rui Pedro Soares diz a Paulo Penedos que ambos foram vítimas de uma "cilada", acrescentando: "A pessoa que mais sabia deste negócio era a Manuela Ferreira Leite, mas enganou-se quando disse que o negócio estava feito, e o negócio devia estar feito uma hora antes." A decisão de recuar terá sido de Rui Pedro Soares, à última da hora, pelo que o "informador" de Ferreira Leite não terá tido tempo de a avisar. Assim, a presidente do PSD terá ido à SIC Notícias convencida de que "o negócio estava fechado."

O conhecimento que a presidente do PSD demonstrou "na entrevista à SIC" levou o ex-administrador da PT a ter uma conclusão: "Os tipos da Prisa foram instrumentalizados pelo Moniz que, de certeza, passou informações pelo menos à Manuela Ferreira Leite."

Já a 30 de Junho, Rui Pedro Soares - novamente em conversa com Penedos - possui mais dados sobre os informadores de Ferreira Leite. Excluindo "o Henrique [Granadeiro]" (chairman da PT) e "o Abílio [Martins]" (director de comunicação da PT), Rui Pedro Soares conta que no dia em que Ferreira Leite deu a entrevista à SIC "os 'ongoing' telefonaram-lhe a dizer que tinham falAdo com o PSD (…) e que a própria Ferreira Leite ia dizer na entrevista que estava de acordo com a operação porque era trazer de Espanha para Portugal um activo da comunicação social que era importante por causa das guerras com a Telefonica no Brasil".

"Alguém falou com PSD"

Em todo o processo Ferreira Leite nunca se mostrou defensora do negócio. Pelo menos, em público. E não só não apoiou a compra como na tal entrevista de 24 de Junho à SIC disse que um possível afastamento de Moniz da TVI seria "gravíssimo e escandaloso" e que tinha a "certeza absoluta" que José Sócrates conhecia o negócio.

Relatando a alegada mudança de planos de Ferreira Leite, Rui Pedro Soares desabafa com Penedos: "Alguém, desastradamente, andou a falar com o PSD para este também estar de acordo e em vez de conseguir o tal acordo foi enrolar o negócio, e foi traído". Numa conversa que também decorreu a 30 de Junho de 2009, o advogado Paulo Penedos responde que "ela [Manuela Ferreira Leite] até podia estar de acordo mas quando foi para a entrevista reuniu o staff mais directo e devem-lhe ter dito que ela não podia estar de acordo." (DN)

Hospitais Militares

Finalmente. Acabar com a s diversas "capelinhas" que são os vários hospitais militares, racionalizando meios humanos e materiais é um imperativo urgente a ser posto em prática.

Aliás, continuamos a pensar que a grande maioria das "doenças militares" podem bem ser tratadas em hospitais dos SNS.

"O ministro da Defesa anunciou hoje que dentro de dois meses vai ter "uma proposta para a racionalização" das valências na área da saúde militar, com o objectivo de ter um único hospital, com pólos em Lisboa e Porto." (Publico)

23 fevereiro, 2010

FCPorto 5 – Braga 1

Coincidências?

"Tudo coincidência, como é bom de ver. Porque não passará pela mente de ninguém pensar noutro motivo qualquer para justificar o facto de os jogadores daquelas equipas correrem muito mais e demonstrarem uma atitude muitíssimo mais agressiva quando jogam contra o Glorioso. Quando, numa das próximas jornadas o Braga se deslocar ao Estádio da Luz, veremos que qualquer semelhança entre a equipa que lá se apresentar e a que jogou ontem no Dragão será mera coincidência" KRUZES KANHOTO