19 setembro, 2009
Vila Fria - Ex-Vila da Arte
18 setembro, 2009
O «Bloco» e a classe média. Para onde vai o Bloco de Esquerda?
É claro: o Bloco de Esquerda ambiciona substituir-se ao PS como força de governo alternativa à direita. Francisco Louçã não se cansa de o repetir. Não se alia a ele, quer substituir-se-lhe. É natural e legítimo. É esta a vocação dos partidos políticos. Mas não sei se é a dos movimentos. Esta opção tem, todavia, um problema, que passo a enunciar. O PS corresponde a um espaço de valores, de ideais e de programas que vem sendo definido como socialismo democrático ou social-democracia, onde a liberdade (individual) ocupa uma posição decisiva ao lado da igualdade, entendida como igualdade de condições e de oportunidades, onde ao Estado cabe garantir os bens públicos essenciais. Este espaço político tem uma longa história e nele tem vindo a reconhecer-se uma faixa muito consistente dos eleitores de meio mundo. É por isso que os partidos socialistas se têm constituído como as verdadeiras forças alternativas quer à direita quer às esquerdas igualitaristas e radicais. Este espaço está lá, não é uma construção mental ou um resultado artificial do consumismo eleitoral. Está lá e, sendo a identificação concreta dos cidadãos com este espaço variável, não o é suficientemente de modo a mudar a distribuição essencial da representação política. As variações mais significativas têm-se verificado sobretudo em conjunturas muito especiais, com lideranças fracas e titubeantes, em períodos de crise ou, então, motivadas por fracturas, muitas vezes graves, como aconteceu em França ou em Itália. Mas, no essencial, o espaço sempre continuou a ser ocupado por estes partidos.
«Partidos-âncora» e »Partidos-charneira»
Poderia fazer um raciocínio equivalente para a direita moderada, democracias cristãs, republicanos ou conservadores. E elencar casos em contexto histórico: democratas e republicanos, trabalhistas e conservadores, democracias cristãs e sociais-democratas, socialistas e populares. A história dos partidos nos últimos 60 anos dá-nos bem conta desta bipolarização essencial. Mas dá-nos também conta da emergência de «partidos-charneira», que nunca conseguiram ocupar o lugar dos «partidos-âncora», acabando por aliar-se com eles. Os liberais e, depois, os verdes, na Alemanha. Os socialistas em Itália, aliados da direita, desempenhando o PCI o papel de «partido-âncora» da esquerda moderada. Os liberais em Inglaterra, embora prejudicados pelo sistema eleitoral inglês. Em França, a bipolarização verificou-se também entre o PS e os gaullistas ou os liberais da UDF, de Giscard’Estaing. Em boa verdade, só em 1981, com Mitterrand, esta se viria a concretizar. Em Portugal, o CDS/PP tem assumido algumas vezes a função de «partido-charneira» (com o PSD e, uma vez, com o PS) e Paulo Portas não esconde esta sua vocação, assumida também como aspiração. Mas o mesmo não acontece à esquerda: nem com o PCP, pela sua rigidez político-ideológica, nem com o «Bloco», embora até possa parecer plausível, pelas suas características, uma sua aspiração a «partido-charneira», à esquerda.
«Middle-class»
Mas a verdade é que estes grandes espaços político-ideológicos, de centro-esquerda e de centro-direita, de que falo, estão lá, não são invenções de iluminados, correspondem a sentimentos fundamentais perante a vida de grandes faixas das populações, em ambientes politicamente estáveis. Correspondem a uma relação complexa com a vida que envolve muitas variáveis, sobretudo aquelas variáveis que resultam das experiências microcomunitárias (da família à aldeia, ao bairro, à freguesia). Uma relação avessa aos experimentalismos sociais, cheia de mediações e de rituais quotidianos de convivência, amiga da estabilidade e das microcomunidades naturais, pouco propensa a radicalismos e com uma dose razoável, e saudável, de individualismo proprietário. Estes espaços não se reconhecem no experimentalismo social nem se identificam com os voluntarismos construtivistas, sejam eles de esquerda ou de direita. Hoje, muitos designam estes espaços como lugar onde respira politicamente a «middle class», a nova classe média.
Que modelo de desenvolvimento?
Ora, perante isto, como pode o Bloco aspirar a substituir-se a um partido que vem mantendo, ao longo da sua história recente, uma representação política tão consistente, como o PS, com cerca de 35% do eleitorado, em média, nos últimos 35 anos, ou seja ao longo de todo o arco desta III República? Como consegui-lo, mantendo esta monumental indefinição identitária do Bloco de Esquerda, que começa logo na sua caracterização como partido ou como movimento e que termina por não conseguir definir uma identidade diferente daquela que sempre foi, afinal, própria dos partidos socialistas, nem capitalistas nem burocráticos? Louçã diz-se republicano, laico e socialista. Precisamente. Não se diz revolucionário. Mas isto quer dizer que ele pretende promover o verdadeiro Partido Socialista Reconstruído? Como consegui-lo, mantendo aquela dualidade corpórea das suas tendências internas, mais radicais, que, mantendo-se como partidos/movimentos autónomos (falo sobretudo do PSR e da UDP), se exprimem também como «Bloco», virtual frente destacada para a democracia burguesa? Como consegui-lo, mantendo um projecto político fortemente fragmentário, com propostas isoladas que não conseguem referenciar um concreto modelo de desenvolvimento, a não ser por via negativa? Taxar os ricos, acabar com os offshores, democratizar a economia (eufemismo para designar a superação da propriedade privada dos meios de produção), nacionalizar bancos, seguradoras e empresas de energia, castigar o capital financeiro, impedir administrativamente os proprietários de gerir livre e eficazmente as suas empresas (sem as transformarem em instituições de solidariedade social), acabar com os benefícios fiscais à classe média, na poupança, na saúde e na educação, etc., etc., são propostas, mesmo assim, insuficientes para determinar um modelo de desenvolvimento, nem capitalista nem burocrático. Como insuficiente é identificar-se como proprietário de causas que, afinal, são comuns ou transversais aos outros partidos (emancipação da mulher, luta contra as discriminações, defesa do eco-sistema, igualdade de género, luta contra o racismo…), pela simples razão de serem causas civilizacionais. Finalmente, como consegui-lo, persistindo na obsessão de federar todos os descontentamentos, gritando sempre pelos direitos e nunca pelos deveres ou colocando os deveres sempre dum lado e os direitos sempre do outro?
Tabloidismo político
Mantendo tudo isto, não consigo compreender como é que um partido (ou movimento) destes pode ocupar uma faixa eleitoral maioritária na nossa democracia. Tanto menos se compreende que Louçã, nas inúmeras entrevistas em que se vai desdobrando, diga cada vez menos, ou seja, praticamente nada, sabendo-se, afinal, cada vez menos de um partido que aspira a crescer cada vez mais. A não ser que essa seja uma mera táctica eleitoral, mero tabloidismo político em busca de audiência (eleitoral). Louçã fala de agendas escondidas. Mas ele vai mais longe: esconde a sua identidade política atrás de um enorme reposteiro de medidas avulsas de inspiração anticapitalista, proto-socialista ou vagamente comunista. Mais: Louçã diz não querer crescer à custa do eleitorado comunista, mas sim do eleitorado socialista, imaginando que esse eleitorado possa um dia vir a reconhecer-se num movimento/partido sem identidade ou com identidade escondida, lá onde se cimentam todas as tendências do imenso caldeirão ideológico submerso, federando descontentamentos e exibindo apenas uma «ideologia do negativo».
Ora eu não creio que a história dê razão a Louçã e aos pequenos taumaturgos que pululam no «Bloco». Também não creio que, com esta identidade submersa, possa representar uma classe média que, apesar da sua maior instabilidade ideológica, da sua mobilidade profissional e patrimonial, dos seus interesses corporativos conjunturais e do seu nomadismo cultural, se rege por padrões de estabilidade, de segurança, de liberdade e de complexidade existencial algo incompatíveis com o movimentismo político-ideológico e fracturante do «Bloco».
Tudo isto, independentemente das fracturas internas que sobreviriam se o «Bloco» renunciasse ao seu ADN, como partido do descontentamento, sendo chamado às responsabilidades governativas, e das ondas de choque que uma sua acção política reformista (nem iconoclasta nem revolucionária) desencadearia nos grandes grupos sociais com fortes interesses corporativos instalados.
Noutro lugar («Para onde vai o Bloco de esquerda?») designei por «angústia feliz» as dores por que um bloco em crescimento já está a passar, a começar pela crescente afasia identitária do líder. Imaginemos o que não seria se ele crescesse eleitoralmente muito mais.
Mesmo assim, a pergunta que cada vez mais será feita é esta: será capaz o «Bloco» de descer ao compromisso, viabilizando uma solução governativa de esquerda sem correr o risco de implodir? Esta, a pergunta. Este, o desafio. Esta, a angústia. [ in Simplex]
Manuela Ferreira Leite e o D Quixote
Dom Quixote, quando partiu em busca de aventuras, confundiu os moinhos com inimigos e investiu contra eles julgando que eram ajudantes da feitiçaria. Séculos depois, sem Sancho Pança, Manuela Ferreira Leite investe contra o TGV com as certezas do fidalgo que cavalgava o Rocinante.
O TGV é o moinho de vento de Manuela. A líder do PSD faz da leitura dos livros de cavalaria a sua política. Se quer ser a versão portuguesa do Dom Quixote, Manuela comete os equívocos daquele e confunde uma manada de ovelhas com um exército inimigo. ... continua [In Jornal de Negócios]
Quem lá esteve não se importa de lá voltar
Memória. Fonte Luminosa. Oportunismo.
Por Tomás Vasques | Sexta-feira, 18 Setembro , 2009, 15:48 – [ In Simplex]
Os argumentários políticos estão cada vez mais afanados. O PSD passou meses à sombra dos ataques políticos de Francisco Louçã e do BE ao primeiro-ministro, seguindo a «estratégia» de que quanto mais o BE subisse eleitoralmente mais possibilidades o PSD teria de ganhar as eleições.
Manuela Ferreira Leite, no debate com Francisco Louçã, disse meia dúzia de vezes que estava de acordo com o dirigente do Bloco. Agora, depois de tanta simpatia derramada sobre a extrema-esquerda (por oportunismo táctico), é que, quase a mijarem-se pelas calças abaixo, vêm alertar contra o perigo «revolucionário» de um governo PS-BE.
O PSD pode dormir descansado, como no passado, porque o PS tem história, tem memória e encabeçou, só para exemplo, a grande jornada pela liberdade e pela democracia na Fonte Luminosa.
Mnauela Moura Guedes
José Manuel Fernandes ao i: " não sei de nada, não fui informado "
Escutas?
A pouca vergonha está instalada entre a LAPA e BELEM para derrotar S BENTO
Isto é muito grave
Vale a pena ler a notícia do DN aqui reproduzida no essencial pelo Jornal de Notícias:
«Fernando Lima, assessor de Cavaco Silva, é apontado como o responsável pela notícia do Público a sugerir que a presidêncida da República suspeita que está a ser escutada. No jornal que avançou a notícia, em Agosto, cresce também "a suspeita" de ingerência dos Serviços Secretos.
Fernando Lima, assessor de longa data de Cavaco Silva, é apontado como o homem que sugeriu ao jornal “Público” a ideia de que a presidência da República suspeitava estar sob escuta do Governo ou do PS. A informação terá sido divulgada ao editor de política daquele jornal, Luciano Alvarez, numa conversa num “café discreto da Avenida de Roma”, em Lisboa, em Abril de 2008.
O DN apoia-se num email, supostamente enviado por Luciano Alvarez ao jornalista Tolentino Nóbrega, correspondente do Público na Madeira, a contar a história, datada de 23 de Abril de 2008. Mais de uma ano depois, a notícia chegou à primeira página do “Público”, porque “outras fontes revelaram novos dados de uma história que ainda não está toda contada” disse José Manuel Fernandes, director de o “Público”, em declarações à rádio Antena 1.
Considerando que não era possível alguém ter acesso ao email, José Manuel Fernandes levanta a “suspeita” de que o jornal “Público” possa estar sob escuta dos Serviços Secretos. “Não sei se há em Portugal muita gente com capacidade técnica e de meios para fazer isso”, disse, hoje de manhã, à Antena 1.
“Agora, é preciso saber a quem interessa que esta informação tenha chegado a vários jornais”, disse, apontando as suspeitas ao Governo e ao PS.
No email que o DN replica na página 2, com frases sublinhadas a amarelo, Luciano Alvarez conta a Tolentino Nóbrega que recebeu um telefonema de Fernando Lima a solicitar um encontro, que aconteceu, no dia seguinte ao primeiro contacto, num café em Lisboa. “Foi direito ao assunto, estava ali para falar comigo a pedido do presidente da República”, lê-se no documento publicado pelo Diário de Notícias.
“O presidente da República acha que o gabinete do primeiro-ministro o anda a espiar”, escreve Alvarez a Tolentino, “e a prova grande disso terá sido dada na Madeira”. Surge, assim, a justificação para o caso ser tratado pelo jornalista na Madeira, “para não parecer que não foi Belém que passou esta informação, mas alguém ligado ao Jardim”, lê-se ainda no documento, que Alvarez, contactado pelo DN, diz ser forjado. Nóbrega não quis comentar, mas, em editorial, o DN diz que “a autenticidade” do documento foi “confirmada por um dos destinatários”.
No email, Alvarez revela que Fernando Lima levanta suspeitas sobre Rui Paulo Figueiredo, assessor jurídico de Sócrates, que viajou para a Madeira na comitiva de Cavaco aquando da visita ao arquipélago governado por Jardim. O editor de política do Público revela a Tolentino Nóbrega algumas das perguntas sugeridas pelo assessor de Cavaco Silva, que terá facultado, ainda, um dossiê sobre Rui Paulo.
“Isto pode ser paranóia do PR e do Lima, mas, mesmo sendo paranóia, não deixa de ser grave que o PR pense isto e que ande a passar a informação ao Público”, pode ainda ler-se no suposto email de Alvarez para Nóbrega. “O Lima sugeriu que tratasse com ele desta história por email porque estão com medo das escutas”, lê-se ainda.»
Da notícia resulta o envolvimento claro de um assessor do Presidente, senão mesmo de Cavaco Silva na tentativa de criação de um facto político que criasse a suspeita em relação ao comportamento democrático do primeiro-ministro. Uma estratégia montada a partir de Abril que encaixa na perfeição no tema preferido de Manuela Ferreira Leite, a suposta asfixia democrática.
O envolvimento de Cavaco Silva e dos seus assessores na tentativa de levar Manuela Ferreira Leite a São Bento concentrando no PSD cavaquista o poder da República não passou apenas, percebe-se agora, pelo envolvimento de assessores de Belém e votos comprados na eleição de Ferreira Leite para a liderança do PS, pela colaboração na elaboração do programa ou nas insinuações que Cavaco tem lançado, esse envolvimento inclui também o assassínio político de José Sócrates.
As declarações de José Manuel Fernandes, director do jornal Público são, no mínimo patéticas, diz que o mail foi forjado e ao mesmo tempo insinua que o Público também estará sob escuta, lança mesmo a insinuação de envolvimento dos serviços de informações. O director do Público, que em breve vai abandonar a direcção do jornal e, ao que parece, vai para assessor de Durão Barroso, parece ter pouca consideração intelectual pelos portugueses. Se o mail foi forjado para que seria necessário os envolvimento dos serviços de informações? Como pode garantir que esse mail não chegou a ninguém de fora do jornal? Porque razão não solicita uma investigação à PGR se acha que houve um crime de intrusão no sistema informático do jornal.
Porque razão sai esta notícia neste momento? É evidente que esta notícia ajuda a desmontar a teoria da asfixia democrática, não faz sentido falar de asfixia democrática quando os assessores do Presidente da República tratam os portugueses como idiotas e tudo fazem para transformar o país numa república das bananas. Mas também o é que sai num momento em que a campanha de Manuela Ferreira Leite entra num impasse com o esgotamento da sua imagem e dos seus argumentos, desta forma as eleições legislativas são transformadas naquilo que sempre foram, a primeira volta das presidenciais.
Qual o papel de Cavaco em tudo isto? É evidente que Fernando Lima nada fez sem o conhecimento, apoio ou mesmo inspiração de Cavaco Silva, é evidente que as notícias do jornal Público foram lançadas quando os assessores do Presidente entenderam ser conveniente, a crítica de dirigentes do PS ao envolvimento de uma assessora de Cavaco Silva na elaboração do programa do PSD foi apenas uma oportunidade que surge no momento certo. Uma oportunidade idiota mas mesmo assim uma uma oportunidade, o que passou foi as supostas dúvidas de Belém em relação ao governo.
Porque sai esta notícia num momento crítico da campanha eleitoral para as legislativas? É provável que tenha sido agendada segundo os critérios jornalísticos do Diário de Notícias, mas também se pode sugerir que obedece a uma campanha negra.
O PS pouco ganha com esta notícia num momento em que as sondagens e o comportamento dos dirigentes do PSD evidenciam dificuldades por parte deste partido. Mas isso não exclui a possibilidade de ou a Presidência ou o PSD estar interessado neste debate, neste caso teremos de concluir que perante o receio de derrota de Manuela Ferreira Leite os homens de Belém tenham decido meter “toda a carne no grelhador”, com esta notícia Ferreira Leite desaparece e a disputa eleitoral passa a ser entre José Sócrates e Cavaco Silva, a líder do PSD não passa de uma marioneta do cavaquismo.
De qualquer das formas é evidente que o grande candidato a primeiro-ministro não é Manuela Ferreira Leite, há muito que Cavaco Silva lançou o tema da ingovernabilidade, o termo é dele e foi lançado quando muito antes das legislativas já falava que ia reunir com os partidos para discutir a situação de ingovernabilidade que sairia das eleições legislativas. A própria Manuela Ferreira Leite apontou como objectivo político da sua candidatura retirar a maioria absoluta a José Sócrates, ou seja, dar o poder e o protagonismo político ao Presidente da República.
É cada vez mais evidente que a candidatura de Manuela Ferreira Leite não passa de uma encenação cavaquista, o seu governo não passaria de um governo de assessores do Presidente, o seu programa mais não seria do que o ditado pelos interesses desses assessores e dos sectores empresariais do cavaquismo, de que o BPN e o BPP são dois bons exemplos.
Os objectivos políticos de Manuela Ferreira Leite são claros, lançar a crise política devolvendo o poder a Cavaco Silva e salvar o cavaquismo e todos os interesses que ao longo de mais de duas décadas nasceram, cresceram e viveram à sua sombra.
Os cavaquistas não hesitam em pôr em causa os fundamentos da democracia portuguesa para defenderem os seus interesses. Cabe agora aos eleitores decidir que querem uma democracia ou um caudilho. [In O Jumento]
Escutas - Sr Presidente e agora?
Num curto comunicado, o SIS desmente "categoricamente o envolvimento" do organismo "em qualquer actividade de escutas ou intercepção de comunicações" referente a este caso.
Hoje, o DN divulga um e-mail interno do jornal Público que aponta o assessor do PR Fernando Lima como a fonte de uma manchete em Agosto sobre eventuais escutas feitas em Belém.
Perante a divulgação do e-mail, o director do Público afirmou à TSF que este "é um trabalho dos serviços de informações ou de alguém desse género".
No comunicado, o SIS vem também "repudiar as declarações" do director do Público, negando qualquer envolvimento do caso.""
Escutas em Belem
Na correspondência electrónica datada de 23 de Abril 2008, Luciano Alvarez, editor do Público, informa Tolentino de Nóbrega, o correspondente do jornal na Madeira, que se reuniu com Fernando Lima e que este o informou que estava ali a pedido de Cavaco Silva para falar de um assunto grave.
Durante a conversa, o assessor terá dito a Alvarez que o Presidente da República suspeitava estar a ser vigiado pelo gabinete do primeiro-ministro e mencionou o facto de José Sócrates ter enviado um funcionário do Ministério da Administração Interna à Madeira para espiar os passos do Presidente. Neste encontro, Lima também entregou um dossiê sobre o alegado "espião" Rui Paulo da Silva Figueiredo.
Ao correspondente da Madeira, Luciano Alvarez sublinhou que a história precisava de ser contada a partir do Funchal, uma vez que Belém não queria deixar transparecer que um membro da Casa Civil da Presidência da República lançava a história. Segundo Luciano Alvarez, apenas o presidente da República, Fernando Lima, o director do Público José Manuel Fernandes e ele próprio sabiam da história.
Por último, o editor do Público diz que o assessor de Cavaco lhe sugeriu que alimentassem a história por e-mail porque a Presidência estaria com medo de ser alvo de escutas.
O DN ainda contactou o editor de Nacional do Público, que negou a existência do e-mail: "É tudo forjado", disse Alvarez. Já Tolentino de Nóbrega escusou-se a comentar "assuntos internos do jornal".
Ouvido esta manhã pela TSF, o director do Público garantiu que parte do e-mail publicado hoje pelo DN terá sido forjado. José Manuel Fernandes acredita que a correspondência electrónica de Luciano Alvarez, editor do jornal, só pode ter sido "alguém fez uma intrusão dentro do Público e colocou isso nalguns jornais". Para José Manuel Fernandes, "é um trabalho dos serviços de informações", que confirma as suspeitas do Presidente da República. Foi já pedida uma auditoria às comunicações da empresa." - [ionline]
Escutas
Sobre o alegado pedido de Cavaco Silva ao assessor, Fernando Lima, para tornar públicas as suspeitas de escutas em Belém, José Sócrates apenas disse que o Presidente da República "tem procurado e tem feito tudo o que deve fazer para ser completamente independente nesta campanha eleitoral". Voltou também a repetir a convicção já afirmada no mês passado: “Tenho a certeza que não se deixará instrumentalizar por ninguém”.
Ouvido antes pela TSF, o director do Público garantiu que parte do e-mail publicado hoje pelo DN terá sido forjado. José Manuel Fernandes acredita que a correspondência electrónica de Luciano Alvarez, editor do jornal, só pode ter sido "alguém fez uma intrusão dentro do Público e colocou isso nalguns jornais". Para José Manuel Fernandes, "é um trabalho dos serviços de informações", que confirma as suspeitas do Presidente da República. Foi já pedida uma auditoria às comunicações da empresa.
Sondagens
Isto só lá vai com beberetes?
Eleições autárquicas
ISABEL MEIRELLES e a COLIGAÇÃO MAIS OEIRAS
CONVIDAM ( Quêm?)
para a apresentação da recandidatura de
JOSÉ PEDRO BARROCO
à JUNTA DE FREGUESIA DE LINDA-A-VELHA
Dia 25.09.2009 - 6ª. feira - 18.30 horas
Fundação Marquês de Pombal
Palácio dos Aciprestes, Av. Tomás Ribeiro 18, Linda-a-Velha
A acção estará terminada às 19:40
Haverá um beberete
Sr Presidente, e agora ?
«Assessor de Cavaco Silva encomendou caso de escutas».
“O Diário de Notícias confirma hoje que a historia da "espionagem" do Governo sobre Belém foi forjada pelo assessor do Presidente da República Fernando Lima, que a "plantou" no Público, nao tendo havido a mínima confirmação factual da inverosímil história.
O episódio revela um inaudito grau de paranóia política em Belém, que só pode comprometer Cavaco Silva, mesmo que não tenha fundamento a alegação de que a acusação foi feita a pedido do próprio Presidente.
O Presidente só tem uma saída para varrer a sua testada: afastar imediatamente a conspirativa personagem. Quem tem assessores destes tem de se responsabilizar por eles.” [ in Causa Nossa]
Vila Fria - Grupo Cultural
17 setembro, 2009
PSD - O voto fácil e barato
“Os militantes são propostos nas secções, são as secções que os aprovam e a distrital não tem intervenção absolutamente nenhuma no processo de admissão”, declarou António Preto.» [Diário de Notícias]