Ao que se sabe, Ribeiro e Castro nunca fez nada na vida, a não ser política.
Antigo dirigente e militante histórico do CDS-PP
Narana Coissoró: candidatura de Ribeiro e Castro às europeias seria "merecida"
Ao que se sabe, Ribeiro e Castro nunca fez nada na vida, a não ser política.
Antigo dirigente e militante histórico do CDS-PP
Narana Coissoró: candidatura de Ribeiro e Castro às europeias seria "merecida"
Cada dia que passa, se fica com a sensação de que os professores são "gente rara".
Qualquer ignorante, analfabeto, estúpido ou não, como eles costumam chamar a todos os que não concordam com as suas tomadas de posição e ideias, há-de pensar?
Depois de mais de 2 anos:
Decobriram agora que vão fazer propaganda contra o Governo? Então já não o têm feito durante todo estes anos?
Vão fazer plenários nas escolas, discutir os problemas, as formas de luta?
Mas que é isto?
Então e o NOGUEIRA, não diz nada ? Já foi destituido, ou já causava enjoo a quem o via quase diariamente?
Senhores professores. Basta.
Sabem que na maioria dos casos, não há razão nenhuma para todas as atitudes que tem vindo a tomar.
Não lhes interessa os alunos, as escolas, as matérias a dar – apenas lhes interessa o fim do mês e um ordenado chorudo e pouco suado, mas sempre certo. Sorte que a grande maioria dos pais dos alunos que deveriam ensinar com profissionalismo dedicação e dignidade, não o têm. Muitos desses pais de alunos, não sabem se no dia seguinte tem trabalho, muito menos salário.
Tende vergonha e um pouco de siso, que ficando bem a qualquer, ficará muito melhor a um professor.
Movimentos de professores aprovam crachá contra voto no PS e em Sócrates
Os cinco movimentos independentes de professores reunidos hoje, em Leiria, aprovaram por maioria a proposta de realização de um crachá com inscrições "Sou professor não voto neste PS" e "Sou professor não voto em Sócrates".
No Encontro Nacional de Professores em Luta, foi ainda decidido solicitar aos sindicatos que junto das escolas "discutam as acções a encetar até ao final do ano", revelou o responsável do Movimento para a Mobilização e Unidade dos Professores, Ilídio Trindade.
Segundo o docente, o objectivo é que os sindicatos "discutam nas escolas com propostas concretas, nomeadamente, se se há-de fazer uma greve às avaliações ou uma greve prolongada, de três dias no mínimo".
"Terá de ser feito o levantamento da vontade dos professores para se saber qual é a forma de luta mais dura a tomar até ao final do ano", explicou Ilídio Trindade, sublinhando que uma greve de três dias "tem alguns prós e alguns contras", não podendo ser decidida "como fazer uma manifestação", pelo que defendeu a sua ponderação, insistindo na "auscultação dos professores".
"Gostaria que essa sugestão, a ser dada, a ser decidida, fosse feito pelo conjunto de professores", declarou. Os cerca de 150 professores presentes decidiram ainda realizar um encontro ou um fórum nacional no qual os partidos políticos vão ser desafiados a fazer um compromisso educativo. "Para nós sabermos claramente quais são as suas posições para quando se apresentarem às eleições", disse o dirigente.
A tropa de choque do PCP e do BES. Afinal tanto que eles se odeiam?
Para que servem os Sindicatos?
Para fazerem manifestações? 15 mil sindicalistas erguem "Manif" . Ora aqui está para onde vai parte do nosso dinheirinho, pago a essa gentalha que anos e anos seguidos, no Estado, nos CTT, na PT, nas Escolas, por tudo o que é funcionalismo público, gozam da regalia de ter os vencimentos pagos pelos contribuintes e defendem sempre em primeiro lugar os paridos que apoiam.
"Numa altura em que o desemprego é o maior problema com que a nossa comunidade se debate, mais do que nunca seriam necessários sindicatos fortes e preocupados em encontrar soluções e não dispostos a ser instrumento de forças partidárias". <Diário de Notícias>
Pois, só não foi explicada razão porque o "homem" andava na rua – à solta, a monte, como?
De quem foi a culpa?
Afinal que noticia é esta?
A Polícia Judiciária (PJ) deteve em Vila do Conde e conduziu ao Estabelecimento Prisional de Guimarães um homem que devia estar a cumprir pena de prisão há quatro anos, disse à Lusa uma fonte policial.
A fonte explicou que o homem, de 37 anos, foi detido quarta-feira por efectivos do Departamento de Investigação Criminal de Braga da PJ.
Os crimes que lhe foram imputados são de roubo, furto qualificado e ofensa à integridade física grave.
Será que alguem já perguntou a Carvalho da Silva o que a manif vai resolver?
Será que por causa da manif as empresas vão facturar mais?
Vão ter mais encomendas nacionais e do estrangeiro.
Vamos deixar de importar e produzir em Portugal mais frutas e legumes em vez de as importarmos da estranja?
Os Jornalistas que fazem as reportagem não sabem quantos colegas foram despedidos nos últimos tempos ? Não conseguiram resolver a situação, pois não?
Será que a maioria do Zé Povinho acredita que as manifestações de rua, obrigam os empresários a ser mais honestos e os banqueiros a não ganharem tanto dinheiro?
Será que esse mesmo Zé Povinho não sabe como são e donde são mobilizados a maioria desses "trabalhadores"?
Ou vamos voltar aos tempos da Cintura Industrial de Lisboa e à reforma agrária que tanto desenvolvimento e lucro deu a este país?
Manifestação ultrapassou as 200 mil pessoas, afirma secretário-geral da CGTP
Lá se vai uma boa parte da cotização para os sindicatos e para a CGTP – menos dinheiro para a organização das manifestações.
Não será esse o problema?
Alguem acredita nestes números da FENPROF ?
Estão previstas 20.603 vagas, mas apenas 2600 serão novas entradas no sistema
Sindicatos
entregam abaixo-assinado contra regras do concurso de professores
O poeta anda com delírios.
O carnaval já passou e se não fosse o estarmos na Quaresma, sinal de luto, seria uma óptima altura de umas estridentes gargalhadas.
O Poeta Alegre, vai ter que pedir desculpas a muitos milhares de portugueses por tudo o que nos ultimos tempos tem feito contra o PS e vai ter que dar contas, do muito pouco ou nada que tem feito enquanto deputado.
Terão que ser contabilizadas as faltas sistemáticas aos plenarios e comissões do Parlamento.
Arrota a postas de pescada e anda de buço emproado como os perús em vesperas de Natal.
Que se cuide com a água benta, pois do resto já tem de sobra.
Manuel Alegre exige que José Sócrates se demarque das declarações de José Lello
O deputado Manuel Alegre exigiu hoje uma demarcação da direcção e do secretário-geral, José Sócrates, das declarações de José Lello, caso queira contar com ele nas listas de deputados às próximas legislativas.
Mais uns milhões, para uns tantos "autarcas" que pouco mais fazem que "assinar papelada" e aumentar os seus vencimentos no final de cada mês.
Veja-se, em Porto Salvo, como o dinheiro dos contribuintes é gasto por um Presidente que nem se dá por ele.
Qunatas centenas não haverá por esse país fora?
A Associação Nacional de Freguesias (ANAFRE)
deverá esta sexta-feira entregar uma acção contra o Estado pelo incumprimento da legislação na remuneração dos presidentes de junta que exercem a tempo inteiro, escreve a Lusa.
A garantia do processo foi dada na terça-feira pelo presidente da ANAFRE, Armando Vieira, que referiu que a acção poderá ser entregue também em outros pontos do país.
Esta decisão vem no seguimento da reclamação dos autarcas junto do Governo e dos grupos parlamentares, para a inclusão de uma verba de cinco milhões de euros no Orçamento de Estado de 2009, para pagamento de salários dos presidentes das 330 maiores juntas de freguesia do país, que exercem o cargo a tempo inteiro.
Este ano, segundo a ANAFRE, o Governo entendeu que a verba em causa poderia ser retirada do Fundo de Financiamento das Freguesias (FFF), o que a associação considera ilegal face à legislação em vigor, que enquadra o regime aplicável ao exercício do mandato em termos de remunerações
Se a Fenprof continua a pensar que o ME é uma instituição de caridade para dar guarida a todos aqueles que quizeram ou querem ser professores, deve estar enganada. Já basta o pagamento dos vencimentos das centenas de sindicalistas que não deram nem dão uma única aula e estão a ser "alimentados" pelos bolsos dos contribuintes.
Como as avaliações e tudo o resto já deram o que tinham a dar, agora trouxeram mais esta bandeira para a opinião pública.
Já chega.
O Ministério da Educação negou a intenção de despedir professores em consequência das novas regras de concursos, uma acusação feita pelos sindicatos e reiterada pelo PCP na Assembleia da República.
Um comunicado do ministério divulgado esta tarde «desmente categoricamente a existência de qualquer despedimento de professores», apresentada «como resultante das novas regras para o concurso de professores».
Na quarta-feira, a Federação Nacional dos Professores (Fenprof) afirmou que o concurso que começa sexta-feira será «o maior despedimento de sempre de professores», estimando em 20 mil o número de lugares a extinguir, uma vez que há 33 mil docentes dos quadros de zona pedagógica (QZP), mas o ministério só vai abrir 18 mil lugares para os professores transitarem para os quadros de agrupamento ou escola
Lá diz o velho ditado popular – cada cabeça sua sentença
Los líderes europeos rechazan los planes de Obama contra la crisis
Sarkozy y Merkel creen que superar el deterioro no es cuestión de más gasto, si no de regulación
Muitos destes, chamados Xicos Espertos, pensavam que não seriam "apanhados". Afinal, foram.
O Fisco
actualizou hoje a lista de devedores com a entrada de mais de 3.753 novos devedores, ultrapassando agora os 18 mil.
Desde que se iniciou a publicitação da "lista negra" em Julho de 2006, o Fisco já arrecadou 689 milhões de euros. Do total, 58 milhões foram pagos pelos contribuintes faltosos em 2006, 243 milhões em 2007, 351 milhões em 2008 e 37 milhões já este ano
Será que Balsemão não se aconselhou com Manuela Ferreira Leite?
Ou Balsemão não acredita na "Bíblia" de Ferreira Leite para a resolução dos problemas das empresas e do país?
A Impresa
sofreu prejuízos de 26,9 milhões de euros em 2008, contra os lucros alcançados no ano anterior.
Os resultados são muito piores do que o esperado pelo mercado.
Os analistas consultados pelo Diário Económico e pela Bloomberg apontavam para prejuízos de 8,7 milhões de euros.
A empresa de Francisco Pinto Balsemão explica, em comunicado, que os prejuízos se devem a custos de reestruturação de 11,6 milhões de euros e a imparidades de 14,1 milhões de euros.
Face a estes resultados, a dona da SIC vai reduzir em 10% os salários dos membros do conselho de administração.
Louça, tem envelhecido muito nos últimos tempo. Terá sido pelo violento esforço de muito falar? Terá sido pela dificuldade em encontrar a "varinha mágica" que resolveria todos os problemas de Portugal?
BE: «Mais desemprego, mais dificuldades para licenciados»
O líder do Bloco Esquerda (BE), Francisco Louçã, criticou hoje o Governo socialista por em quatro anos de governação existir «mais desemprego, mais dificuldades para jovens licenciados e menos subsídios de desemprego».
A diferença. Como reagem os que têm pouco . . .
Sócrates recebido em festa numa escola da Cidade da Praia
O primeiro-ministro, José Sócrates, foi hoje recebido em ambiente de festa por centenas de crianças numa escola em que prometeu ajudar o Governo cabo-verdiano no seu programa de distribuição de computadores a alunos do Ensino Básico.
Sem comentários Magalhães: Mais 200 trabalhadores
A JP Sá Couto prevê contratar em 2009 mais 200 pessoas e produzir até ao final do ano 2,7 milhões de computadores Magalhães, disse hoje, em Matosinhos, o director de marketing da empresa
Gente que assim escreve, mesmo quando "velhos", de corpo e alma, deixa de merecer respeito.
Como os antigos devotos da unicidade comunista, hoje, são assim . . .
" Nas últimas semanas temos ouvido e lido uma palavra que, de repetida, se torna numa fastidiosa obstinação: "estabilidade." Há uma falsa serenidade, uma ilusória mansuetude no bojo desta palavra solitária. Lembrou-me, com as distâncias que a sensatez recomenda, a famosa "paz dos cemitérios", de António Sérgio. A sua utilização sempre me sugeriu, por associação de ideias, algumas frases intranscendentes que, rigorosamente, a explicam e justificam: "tenha paciência", "coma e cale-se", "quietinho no seu cantinho."
Há um tédio recíproco entre o partido que nos pede o voto na "estabilidade" e nós, amolgados pelo triste horror do dia-a-dia, e desalentados com a nossa própria imprevidência, que, um pouco levianamente, lhe deu, há quatro anos, a maioria absoluta.
Por outro lado, no conclave de Espinho foi demonstrado que existe um fervor militante espantoso, o qual permitiu, à maneira de Kim Jong-il, um unanimismo jubiloso e compacto a apoiar o líder." In Diário de Notícias"
À distãn para se compreender melhor
Vasco Gonçalves pouco mais tempo esteve no Governo. Em Almada "terminou" como Primeiro Ministro
Há 34http://barnabe.weblog.com.pt/arquivo/078352.html anos, o General Spínola tentou um golpe de Estado. Seria derrotado e dessa derrota nasceria um contra-golpe. É dos dias mais confusos que Portugal viveu nos últimos 30 anos. E dos mais contraditórios.
Deste dia resultaria um início do processo de nacionalizações, que seria fundamental para contrariar a descapitalização e o abandono das empresas e alguns fenómenos de sabotagem económica por parte de uma oligarquia protegida durante décadas pelo Estado Novo, habituada a viver num ambiente de monopólio que concentrava a economia nas mãos de meia dúzia de famílias. As nacionalizações, como garantia de uma efectiva mudança de regime, não eram uma novidade na Europa. Em França, com De Gaulle, e em Itália, elas seriam o instrumento fundamental de regeneração de um tecido empresarial intimamente ligado ao poder colaboracionista e fascista, que resistia ao processo de democratização.
Mas, com o 11 de Março, começaria também o afunilamento do processo revolucionário, a concentração de poderes políticos nos militares e o reforço do poder do PCP nos sucessivos governos e nas chefias militares. O Pacto partidos/MFA garantiria que os resultados eleitorais que saissem das eleições de 25 de Abril de 1975 não criariam uma nova legitimidade democrática. O PCP já sabia, nesse momento, que o seu peso eleitoral dificilmente lhe daria a legitimidade de que precisava para comandar o processo revolucionário que então se vivia.
Com o 11 de Março, a extrema-direita foi definitivamente derrotada, as tentativas de regresso ao passado também. Algumas das conquistas fundamentais, que hoje temos como adquiridas, foram institucionalizadas. Mas também foi ali que a revolução deixou de ser apenas uma festa. E foi então que começou a preparar-se o inevitável 25 de Novembro.
Há 29 anos deu-se um importante facto histórico. Contraditório, como quase todos. Há quem prefira rescrever a história e procure em cada data a bandeira que não teve então. Durão Barroso diz hoje que não é do 11 de Março. A questão é esta: qual 11 de Março? O de Spínola? O do PCP? O dos que, estando longe do PCP, resistiram a um golpe que contava, entre as suas fileiras mais activas, com uma extrema-direita que viria a mostrar, no Verão quente, até onde estava disposta a ir na violência e no assassinato como armas políticas? Recorde-se que o então PPD não só condenou violentamente a tentativa de golpe spinolista como apoiou as acções militares para o deter. Como se vê, houve muitas esquerdas e direitas, muitos erros e acertos, nestes tempos conturbados. Escolher, agora, é um processo de desonestidade política.
Por mim, que tinha cinco anos e tenho desses dois anos as memórias contraditórias de outros, prefiro pensar que tanto o 11 de Março como o 25 de Novembro foram indispensáveis. Cada um deles travou os perigos que o outro transportava. Recuso-me a escolher datas e refazer a história. Limito-me a achar que Portugal viveu, naqueles dois anos, um dos mais empolgantes momentos históricos do seu Século XX. Um sobressalto cívico de quem vivera 48 anos de mediocridade e repressão. E recordar que tudo isto aconteceu sem que uma guerra civil tivesse começado. E sentir que, se há coisas que ainda hoje não aceitamos, se há abusos e prepotências que não toleramos, se há direitos que temos como inatacáveis, é porque os conquistámos, enquanto povo, na rua. Ninguém os deu a ninguém. E não aceitar, por parte daqueles que são sempre tão benevolentes para com uma ditadura de 48 anos, dedos apontados a todos os que, nos vários quadrantes políticos, procuraram o caminho nos primeiros dias de liberdade.
Não, o PREC não foi uma infelicidade. Foi uma inevitabilidade. Como canta Sérgio Godinho, que deu o nome ao nosso blogue, «só quer a vida cheia quem teve a vida parada».
Para rever o dia, segue no link em baixo uma cronologia dos acontecimentos de há 29 anos.
00:00: (Tancos) Começam a chegar à B.A.3 mais elementos conspiradores que se reúnem em casa do major Martins Rodrigues.
08:00: O coronel Moura dos Santos reúne alguns oficiais e sargentos da unidade, aos quais dá conhecimento do que se vai desenrolar. Simultaneamente o mesmo é feito por alguns oficiais, comandantes esquadra, major Mira Godinho, major Neto Portugal, e capitão Brogueira em relação aos pilotos das suas esquadras, atribuindo-lhes em seguida as missões respectivas.
09:00: O general Spínola faz uma alocução aos pilotos dos helicópteros e dos T-6, em que se afirma estar a assistir-se à prostituição das Forças Armadas e ser necessário intervir para manter a continuidade e a pureza do processo desencadeado no 25 de Abril. Os meios aéreos destinados a atacar o R.A.L.1, aviões T-6, helicópteros e helicanhões começam a ser municiados.
09:40: (Montijo) Por ordem do comandante da B.A.6, coronel Moura de Carvalho são postos de alerta todos os meios aéreos.
10:45: (Tancos) Começam a descolar os primeiros meios aéreos destinados a atacar o R.A.L.1.
11:30: (Monte Real) Aterra o avião Aviocar vindo de Tancos (B.A.3), o qual transporta o coronel Orlando Amaral e o tenente-coronel Quintanilha. Estes vão à presença do comandante da B.A.5 a quem, na presença dos majores Simões e Ayala, anunciam a existência de uma operação comandada superiormente pelo general Spínola e pelo C.E.M.F.A., no caso da Força Aérea, a qual pretende repor a pureza do espírito do 25 de Abril. O tenente-coronel Quintanilha revela que a operação já se terá iniciado com um ataque aéreo ao R.A.L.1 e pede então ao coronel Velhinho que envie aviões F-86F para fazer passagens baixas de intimidação sobre o R.A.L.1, Avenida da Liberdade e COPCON. O comandante da base hesita, telefona para os seus superiores em Lisboa donde não obtém esclarecimentos.
Entretanto o major Simões faz uma sessão de esclarecimento aos pilotos da esquadra dos F-86F, explicando-lhes por sua vez aquilo que ouvira no gabinete do comandante da base. Nessa sessão alguns oficiais manifestam-se abertamente desconfiados e descrentes do que lhes é dito, opondo-se a colaborar naquilo que consideram um golpe da direita.
11:50: O R.A.L.1 é atacado e são atingidas as casernas dos soldados e os principais edifícios do aquartelamento, resultando na morte do soldado Joaquim Carvalho Luís e 14 feridos.
12:00: (Aeroporto de Lisboa) É encerrado o tráfego civil.
(Quartel do Carmo) Oficiais da G.N.R. no activo e outros já afastados do serviço, comandados pelo general Damião, prendem o comandante-geral e outros oficiais.
12:20: (Tancos) Descolam 3 Allouette, transportando 12 elementos para uma acção armada contra as antenas do R.C.P., em Porto Alto.
12:50: (Lisboa) A 5.a Divisão do E.M.G.F.A. emite a seguinte mensagem a todas as Unidades do Exército, Armada, Força Aérea, G.N.R., P.S.P. e G.F.
"O COPCON, a Comissão Coordenadora do M.F.A. e a 5.a Divisão do E.M.G.F.A. alertam todas as unidades para se colocarem em estado de mobilização para destruir forças rebeldes contra-revolucionárias que neste momento atacam unidades do M.F.A.."
13:00: (Porto Alto) Um grupo de civis armados e comandados por 2 militares atacam o emissor do Rádio Clube Português, interrompendo a emissão desta estação em onda média.
Os atacantes faziam-se transportar em 2 helicópteros seguindo num o major Silva Marques, António Simões de Almeida, João Alarcão Carvalho Branco e José Carlos Champalimaud e no outro o 1°tenente Nuno Barbieri, José Maria Vilar Gomes, Eurico José Vilar Gomes, António Ribeiro da Cunha e Miguel Champalimaud.
O general Spínola tenta aliciar, pelo telefone, o major Jaime Neves, comandante do Batalhão de Comandos nº 11, que lhe responde só obedecer à hierarquia a que está sujeito, o COPCON, com quem aliás já tinha estado em contacto. O general Spínola procura, ainda, falar com o tenente-coronel Almeida Bruno que está presente, mas que se esquiva.
Pouco antes ou depois desta diligência o general Spínola estabelece contacto com o tenente-coronel Ricardo Durão tentando obter por via deste e do capitão Salgueiro Maia, a adesão da E.P.C. O capitão Salgueiro Maia não atende este telefonema.
13:10: (Lisboa) A Emissora Nacional interrompe a sua programação normal e passa a transmitir directamente do Centro de Esclarecimento de Informação Pública da 5.a Divisão do E.M.G.F.A., aconselhando a população de Lisboa a manter-se calma e vigilante em união com o M.F.A. e seus órgãos representativos
13:20: O major Rosa Garoupa telefona para o major Casanova Ferreira comandante da P.S.P. de Lisboa, a pedir-lhe a ocupação do Rádio Renascença e que pusesse "no ar" esta Emissora (na altura em greve) com o fim de emitir comunicados dos revolucionários, acções que se não concretizam.
13:30: (Lisboa) É transmitido pela E.N. o primeiro comunicado da 5.a Divisão.
13:50: (Tancos) Descola um helicóptero Allouette III, pilotado pelo tenente-coronel Quintanilha o qual se desloca com o major Cóias à B.A.5, seguido por dois aviões Aviocar transportando pára-quedistas. Aí tenta garantir a neutralidade da base, ameaçando, inclusivamente, que os pára-quedistas a ocupariam. Em seguida, quando alguns sargentos, alertados por camaradas de Lisboa, tentam prender o tenente-coronel Quintanilha, este evade-se no helicóptero acompanhado pelos Aviocar com pára-quedistas que, entretanto, se tinham mantido sobrevoando a base de Monte Real. As três aeronaves regressam então a Tancos.
14:45: É transmitido o primeiro comunicado emanado do Gabinete do Primeiro-Ministro do seguinte teor:
"Esclarece-se a população terem-se verificado hoje, de manhã, incidentes envolvendo forças militares reaccionárias em tentativa desesperada de travar o processo revolucionário Iniciado a 25 de Abril. Tais incidentes consistiram numa tentativa de ocupação do R.A.L.1, envolvendo meios aéreos e terrestres. A situação encontra-se sob controle, pelo que se apela para que a população se mantenha calma, sem abrandar contudo a sua vigilância. A aliança entre o Povo e as Forças Armadas demonstrará, agora como sempre, que a revolução é irreversível".
15:00: (Tancos) Soldados e sargentos da B.A.3 amotinam-se contra os conspiradores e arrombam as viaturas civis utilizadas pelos elementos estranhos donde retiram armamento.
15:15: A grande maioria dos pára-quedistas que atacaram o R.A.L.1 depõem as armas e juntam-se aos militares desta Unidade. O brigadeiro Otelo Saraiva de Carvalho dá conta ao País da normalização da situação.
17:15: O primeiro-ministro, brigadeiro Vasco Gonçalves, dirige, pela TV e Rádio, uma alocução ao povo português na qual denuncia a acção como tendo sido "um golpe contra-revolucionário"
19:00: (Badajoz) O general Spínola, acompanhado de sua mulher, chega à Base Aérea de Talavera la Real.