16 novembro, 2008

Ministra da Educação – Entrevista (1)



16 Novembro 2008 - 21h00

Entrevista

"Se o Governo suspendesse a avaliação seria uma vergonha"


Maria de Lurdes Rodrigues, ministra da Educação, não conhece uma única escola em que a avaliação de professores esteja suspensa. "Uma vergonha" é como classifica uma eventual decisão do Governo que levasse à suspensão do processo.


Correio da Manhã/Rádio Clube – Em três anos e meio de governação esta foi a pior semana que passou?

- Não sei dizer. Não me recordo se foi a pior semana.


ARF – Os alunos estiveram nas ruas, em manifestações selvagens, convocadas por SMS, contra o regime de faltas, não querem exames, os professores não querem ser avaliados ou estão a contestar a este modelo. Ninguém quer nada na Educação? Está tudo contra na Educação? Será sito assim?


- Não podemos dizer que é tudo. Penso que há sempre em todas as matérias, em todos os sectores, diferentes pontos de vista, diferentes posições e opiniões até. Todos somos livres de exprimir esses nossos pontos de vista, essas nossas opiniões, das mais diversas formas. Eu tenho que lhe confessar que o que vi em relação aos alunos não gostei. Ninguém gosta de ver. Há muitas outras formas que felizmente a vida democrática nos trouxe.


ARF – Também acha que são grupos radicais que estão a manipular os estudantes?


- Eu acho que há uma tentativa de envolvimento da questão dos alunos, misturar essa questão com outras questões. Acho que há uma tentativa de envolvimento que me desagrada e que me preocupa.


ARF - Uma aluna explicou que estava numa aula, o professor criticou o regime de faltas e eles decidiram fazer um cartaz e manifestar-se. Isto é normal acontecer num País democrático?


- Não, não é normal. O que caracteriza a democracia é justamente um quadro de regras muito claro, com a possibilidade de participação e mudança das regras nas situações próprias. E, portanto, não acho normal, também não gosto do que vejo. Mas eu vi com atenção o que os alunos têm vindo a reclamar. E há um aspecto ao qual eu sou bastante sensível.


ARF – Qual?


- Quando um aluno me refere que na sua escola as faltas por doença são tratadas em termos dos efeitos da mesma forma que as faltas por outra razão qualquer isso não está correcto. Não é esse o espírito do Estatuto do Aluno.

N. D.Foi deturpado o espírito?

- Repare. Não é esse o espírito. O Estatuto do Aluno é uma lei que tem de ter tradução nos regulamentos internos das escolas. Eu mandei já fazer o levantamento dos regulamentos internos das escolas, já tínhamos aliás sido alertados pela CONFAP, e mandámos fazer uma verificação de todos os regulamentos internos para ver em que casos é que há um desvio tal daquilo que é o espírito da lei. E, portanto, estou eu própria disponível para analisar essa situação. Estou, aliás, a analisar a situação porque isso não é aceitável. Isso foge completamente ao espírito da lei, tem de ser corrigida.

Professores

Impressão digital

A batalha dos ovos

"Só o regresso ao espírito da Democracia [...] pode devolver a dignidade a todo este processo".

Pois é, mas . . .

Moita Flores, esqueceu-se de falar nos Sindicatos ?

Ou será que o espírito da Democracia não passa pela verdade que deve nortear uma das partes interessadas (?) na resolução (?) da situação ?

BE e PCP, não estamos em 1975

Poetizando:

LAVRENTTI BERIA, Lisboa, Portugal

Estes partidos crescem com a demagogia nos tempos de dificuldade e incerteza, que contentes devem estar, é na crise que medram, quais fungos venenosos... Vamos lutar para que o País resista neste mar encapelado e deixemos

Manuel Alegre – que tristeza . . .

Entrevista ao "Diário de Notícias" e TSF

Manuel Alegre "dificilmente" será candidato às próximas eleições legislativas


Manuel Alegre considera que "dificilmente" será candidato nas próximas eleições legislativas e afirma estar "num período de reflexão" sobre a sua participação numa campanha ao lado de José Sócrates, numa entrevista ao "Diário de Notícias" e TSF


Quem disse a Manuel "submarino" Alegre, que Sócrates o queria a seu lado em campanhas eleitorais em futuro próximo.


Alegre, com tantas diatribres que tem feito ao PS, sujeita-se a que quando se candidatar a Presidente da Republica, muitos votantes do PS não votem nele.


Que ser presidente, ninguem lhe contesta esse direito, agora, não tem necessidade de andar como andar, numa altura de crise generalizada, em que o seu Partido, aquele por onde foi eleito para o Parlamento, tem a oposição sempre a morder-lhe os calcanhares, de ter um dos "seus" a proceder da mesma maneira.


Saia, será a atitude mais honesta, entre em reflecção, primeiro pelas actitudes que tem vindo a tomar contra o PS e contra o Governo e depois por aquilo que no futuro quizer fazer.


Mas saia, pois mesmo que não possa ser empurrado a sair, seria esse o seu caminho se tal fosse possível.



Ministério da Saúde - Ministério da Educação

As voltas que deram.
Televisões, Rádios, Jornais, Presidentes de Camaras, etc, etc.
A todo o momento, situações de mortes, partos nas ambulâncias, o INEM não chega a horas ou atrasado...
Semanas, meses, com hospitais e maternidades a fechar, postos da Segurança Social a não terem atendimento permanente, etc, etc.
Nascimentos em Espanha ....
Ministro para a rua ...... já......
Por obra e graça da saída do Ministro do Governo, tudo acabou.
Será que não houve mais mortes, mais partos nas ambulâncias, hospitais sem terem serviço permanente 24 horas, etc, etc., só porque o ministro saiu ?
Não cremos em tal.
A contestação acabou
O esquema estava bem organizado, na mesma medida do Verão Quente de 1975, talvez com uma mistura de protogonistas, mas com a mesma finalidade.
Agora com as avaliações, o principal protogonista está bem referenciado.
Se a avaliação aos professores já existisse desde há uns anos, talvez esse professor já teria mudado de profissão. Será que ele não conhece umas centenas ou milhares que poderão estar em semelhante situação ?
Os pais , os encarregados de educação, os avós e os familiares dos milhares de alunos sabem bem o que se passa nas escolas deste país.
Muita incompetência grassa por aquelas escolas
Sócrates e a Ministra não podem ceder mais a chantagens deste tipo.
A avaliação tem que seguir, as leis são para se cumprirem. Não se pode estar a negociar com alguem que utiliza por sistema a má fé nas negociações. Isso tem um nome - vigarice.
Não pode o mais modesto contribuinte continuar eternamente sustentar uma chusma de incompetentes que poor detrás da capa de que fazem ou trabalham muito, mesmo que isso possa ser verdade, o que não será, não deixam de ser incompetentes
Governo, avaliação para a frente, custe o que custar.
Com mais fichas, menos fichas, mais ou menos reuniões, mais ou menos greves, avaliação para a frente.
A partir deste momento, muitos dos que pensavam que o governo não tinha razão, passaram a pensar de outra maneira.
O Governo pode, deve
e tem que continuar com a sua politica para a educação

Avaliações- professores fogem delas como o Diabo da Cruz

Por Miguel Sousa Tavares

«Seja qual for o desfecho final desta interminável batalha entre os professores e a ministra da Educação (e se algum dia houver desfecho...), parece que só restarão vencidos. Para começar, a ministra, derrotada politicamente e desacreditada perante os seus próprios pares; os professores, cuja guerra, apesar de tanta cobertura e apoio mediático, não convenceu ainda a maioria da opinião pública e, sobretudo, os pagadores de impostos para o ensino: até podem vir a ganhar circunstancialmente a batalha contra a ministra, mas o que passará para fora é que se bateram pela manutenção tal qual de uma situação que, em muitos aspectos, é insustentável; e perderão também os pais e alunos, com a sensação de que, por razões certas ou erradas, a primeira verdadeira reforma que se tentou no ensino não universitário falhou e tão cedo ninguém se atreverá a tentar outra. Fica tudo ou quase tudo como dantes - o que quer dizer que fica pior para o futuro.

Na verdade, se algum vencedor desta guerra há, até à data e no futuro previsível, é a Fenprof e, por extensão, o PCP, que dela fez o seu batalhão de elite no combate ao Governo - este ou qualquer outro, conforme é de sua tradição. Basta ter reparado no entusiasmo com que o secretário-geral da Fenprof, Mário Nogueira, viu chegar Setembro e o fim desse período morto das férias de Verão, o fervor com que prometia um ano escolar agitado de princípio a fim (e antes mesmo de saber o que faria a ministra), para adivinhar qual é o seu objectivo final: ganhar na rua o que se perdeu nas urnas, impor nas escolas o voto de vencido do parlamento. Dizem muitos professores, e eu acredito, que não são os sindicatos que extremaram a luta e conseguiram pôr os professores nas ruas, mas sim a própria ministra, a sua intransigência e incapacidade de ler o descontentamento da classe. Talvez seja mesmo assim, já que a própria ministra parece ter sido levada ao engano, quando achou que, tendo negociado a avaliação com a Fenprof, o acordo atingido lhe garantiria agora um ano de tréguas - para depois perceber que, afinal, nem uma grande parte dos professores se reconheciam no acordo feito, nem a Fenprof, tendo-o percebido, estava disposta a honrá-lo.

Facto é que, liderando a batalha ou cavalgando a onda, Mário Nogueira tem conseguido manter-se sempre no topo da agenda política, como nenhum outro dirigente sindical do PCP consegue desde há muito. O seu estatuto é tal que já ninguém, por exemplo, ousa contestar ou ao menos verificar os dados que ele fornece para a opinião pública. Se a Fenprof anuncia que estão 120.000 manifestantes em Lisboa, nem a polícia, o governo civil, o Governo ou a imprensa se dão já ao trabalho de duvidarem: ficam 120.000 de números oficiais e esse passa a ser um facto. E se, logo a seguir, a Fenprof e Mário Nogueira vêm dizer que a ministra, em mais uma demonstração de autoritarismo e terrorismo político, proibiu os professores de se reunirem nas escolas, toda a imprensa publica essa informação como facto adquirido e o 'Público' sente-se obrigado a tomar posição editorial, escrevendo que isso "é feio, nada democrático e revelador de um espírito pouco honesto na forma como se pretende fazer vingar o modelo de avaliação". (Detalhe: a notícia era falsa - simplesmente e completamente falsa. Mas nem o 'Público' se sentiu motivado em pedir desculpas à ministra por a ter chamado desonesta, nem Mário Nogueira se sentiu atrapalhado por ter andado a divulgar uma mentira - pelo contrário, até conseguiu ver nisso uma confirmação de que "os professores vivem em clima de medo, gerado pelas sucessivas ameaças da ministra").

Sozinha contra toda a oposição, desamparada dentro do próprio partido - onde se começa a temer os reflexos eleitorais da sua 'teimosia' - a pobre Maria de Lurdes Rodrigues vê saltar punhais de todas as esquinas e só lhe resta o apoio do primeiro-ministro para não meter baixa psiquiátrica ou fugir para muito longe daqui. O que há-de pensar um governante que vê toda a oposição criticar o seu "autismo" e "autoritarismo" na defesa de uma reforma feita "contra os professores", mas sem que ninguém tenha a coragem de dizer que é contra a avaliação ou que, chumba esta mas propõe outra? Veja-se o caso de Manuela Ferreira Leite, que é exemplar: em Março, depois da primeira manifestação nacional dos professores, ela, na sua posição de comentadora política e «outsider» do PSD liderado por Menezes, dizia que a ministra não podia recuar de forma alguma; sete meses volvidos, já na sua qualidade de candidata a primeiro-ministro e na véspera de nova manifestação de professores, vem dizer que a ministra tem de desistir, porque há muita "crispação" entre os professores.

Este é, aliás, o ponto central da polémica. Dou de barato que o processo de avaliação seja insuportavelmente burocrático, que afaste os professores do que interessa para os fazer gastar energias no supérfluo. Mas a avaliação, em si mesma, é tudo menos uma coisa supérflua e sem importância. Cá fora, na 'vida civil', a avaliação é regra número 1 do contrato de trabalho: progride-se na profissão, é-se aumentado ou não, conforme os superiores hierárquicos ou o patrão avaliam o trabalho dos empregados. Sempre foi assim, nunca ninguém estranhou e ninguém quer de outra maneira. Mas no Estado as regras são diferentes: progride-se simplesmente pela passagem dos anos, seja qual for o desempenho - por isso é que se diz que ali a antiguidade é um posto. Tanto faz que um trabalhador falte muito ou falte pouco, que produza resultados ou não, que seja criativo e empenhado ou não: basta ficar sentado, deixar passar o tempo e há-de subir sempre. Muitas vezes penso que a nossa administração pública funciona em autofagia administrativa: existe, não para prestar um serviço público, mas para servir quem a serve. A ausência de avaliação profissional, no ensino como em tudo o resto, não é apenas um prémio aos medíocres, é também um castigo e um factor de desmoralização para os bons.

Por isso, em voz alta, ninguém se atreve a dizer que a avaliação proposta para os professores é uma coisa injusta e sem sentido. Dizem que esta não serve, mas não propõem nenhuma outra - é típico do sindicalismo que temos. Alguém já ouviu a Fenprof propor outra avaliação ou outro qualquer método de premiar os melhores professores e castigar os professores dos falsos atestados médicos? Eu ouvi a alguns professores que até não alinham com a Fenprof que não se sentiam capazes de avaliar colegas. Antes também recusaram, e julgo que com razão, a proposta da ministra para que os pais participassem também na avaliação. Então, quem a deve fazer? Manuela Ferreira Leite propôs subitamente uma "avaliação externa". Mas quem a fará, com competência para tal? E será que os professores, que, pelos vistos, não querem uma avaliação interna, aceitariam uma externa? Imagine-se...

Assim, como as coisas estão, não há saída. Acontecerá uma de duas coisas: ou a ministra começa a ceder no essencial, mantendo o acessório (como já parece estar a acontecer com o deferimento para mais tarde dos efeitos da avaliação), ou acaba por desistir e tudo volta à estaca zero. Esse é o objectivo final das corporações que governam de facto entre nós e do sindicalismo conservador que, em associação com elas, visa tornar o país ingovernável. Todos sabemos que é assim: na educação, como na saúde, na justiça, na administração pública, no poder local, no sector empresarial ligado ao Estado. Por isso é que, independentemente do seu feitio, do seu método ou das suas razões até, a derrota final de Maria de Lurdes Rodrigues representará o último sopro de vida de um país eternamente adiado. Depois disso, é inútil tentar reformar o que quer que seja porque está dada a receita para o insucesso. Quem vier a seguir para governar o Estado escusa até de ter programa político: pode limitar-se a dizer que não vai deixar de pagar salários, pensões e subsídios, e toda a gente ficará tranquila.»

Avaliação dos Professores Universitários

Lobo Antunes defende a avaliação dos professores universítários

O que vai acontecer ?

Todos sabemos de grandes e poderosas incompetências ao nível do ensino universitário e de algumas universidades, que se tem encapotado por detrás do seu estatuto de independência.

Todavia vivem com o dinheiro do Zé Povinho.

Curioso foi ter sido dito neste programa por aquele professor que em determinada reunião se discutia o aumento das propinas, constava na ordem dos trabalhos os lugares para estacionamento dos carros do alunos.

Dou nota da maneira "submissa" como José Manuel Fernandes e Graça Franco se "comportaram" durante toda a entrevista, contrastando com algumas outras entrevistas anteriores, em especial Graça Franco que na entrevista anterior com o Ministro do Trabalho, de maneira persistente e falaciosa, pretendeu obter respostas do ministro que o levassem a "enterrar" o Governo

Mãe

Uma mãe para tantos filhos

15 novembro, 2008

Professores - Avaliações

Activo político 

Não tendo conseguido evitar a guerra da maioria dos professores contra a avaliação (e contra as demais reformas no ensino), o Governo só tem uma via a seguir, se não a quiser perder -- tornar claro que não cede, aguentar firme e ganhar a população a seu favor contra a tentativa de boicote corporativo, invocando o interesse geral (e sobretudo o interesse da escola e dos alunos) contra os interesse sectoriais e profissionais.
Esta é, aliás, a "regra de ouro" na luta reformista contra os grupos de interesse, como escrevi a seu tempo
a outro propósito.
Ao contrário do que alguns defendem, o Governo pode bem suportar a perda eleitoral entre os professores, que aliás nenhuma cedência agora recuperaria. O que não deve arriscar são as perdas bem maiores que teria entre os eleitores em geral, caso fosse vencido e perdesse a autoridade reformadora, que constitui o seu grande activo político e eleitoral

TVI – Sexta-feira- Jornal Nacional




Não pensava ser possível, mas já por duas semanas seguidas, presenciei por momentos, o triste espectáculo de dois exemplares de protogonismo televisivo que pensava que já haviam sido postos na prateleira das velharias do museu da TVI.



O que se passa por ali, é um atentado à inteligência e ao bom gosto de qualquer telespectador.



Não tenho comigo, miúdos a jantar, senão teria que lhes dizer – ou comem a sopinha toda, ou obrigo-vos a ver até ao fim o Jornal Nacional da TVI.

14 novembro, 2008

Palácio Fronteira - Lisboa

A 15 de Outubro, publicamos no Blog esta foto com as nossas críticas

A 15 de Novembro
Embora sendo uma propriedade privada, não se justificava o "mamarracho de aço" que afrontava a beleza do edificio, assim como as viaturas sobre o passeio, com um estacionamento em frente.
Será para durar?

Santa Lopes , Carmona Rodrigues, Isaltino e Cª

As Camaras são lugar de previlégio.

Será que vái acontecer o mesmo que aconteceu em Felgueiras com Felgueiras - 23 crimes passaram a 3 de reduzida importância ?


 

Pela unidade de investigação de Maria José Morgado

Lisboa:

Santana Lopes e Carmona Rodrigues investigados por suspeitas de corrupção

Professores

Anónimo disse...

O autor deste texto levanta uma questão que, num estado de direito, faz todo o sentido: o cumprimento da Lei.Mas já em 1965 eu via essa questão de modo muito particular. Nessa altura inscrevi, num dos calcários dos poetas no Penedo da Saudade, em Coimbra, clandestinamente, como só poderia ser, o seguinte dístico:«ONDE ESTÁ A LEI, DO DIREITO NÃO SEI».Não pretendi, como não pretendo agora, confundir as coisas. Mas defendo que tanto a Lei como o Direito partam, antes do tudo, da perspectiva natural, cósmica, para serem adaptados, sábia e humildemente, às exigências éticas e humanas das sociedades.Ora,sabemos que a maior parte das leis, mesmo que não despreze totalmente aquela perspectiva, comporta sempre e sobretudo intenções sub-reptícias que interessam sobretudo aos ditos ESTADOS DE DIREITO. Intenções que, por vezes, até escapam a quem legisla ou decreta.Aqui deixo este modo de ver a questão,esperando que o leitor reflicta sobre ela.Sendo mais directo, pergunto:Se em Portugal houvesse a PENA DE MORTE, legalmente instituída, justificar-se-ia o seu cumprimento?As organizações, fossem elas quais fossem, não poderiam manifestar-se ou incentivar os cidadãos a manifestarem-se contra tão execrável acção?Isto para dizer que no caso da avaliação dos professores, não é a avaliação que está em causa, é o modelo imposto por quem não sabe o que é ser professor, mesmo que diga que já o tenha sido, e por qum não está interessado em avaliar. Tal modelo serve apenas para fazer de conta..., coloca os profissionais uns contra outros, diminuindo-lhes a sua força colectiva, engana a opinião pública tentando pô-la contra a classe docente - profissionais que são e têm de ser o motor do nosso aprender a saber, da nossa vida cultural e cívica - que desvaloriza a própria vocação para a docência, despreza os direitos básicos de quem apenas procura ser bom profissional, conduz a injustiças, desmotiva e desmoraliza quem um dia sonhara poder contribuir para o engrandecimento do nosso país, deste belo Portugal que não é pequeno em território, que tem um potencial valioso nos mais variados domínios, mas que nunca teve a sorte de ser bem dirigido.Não é a avaliação que está em causa, mas o modelo imposto por quem não sabe o que esta a fazer, ou se sabe... pior ainda.De resto os professores, de uma maneira ou de outra, foram sempre avaliados. E quem diz que isso não acontecia, como o fez Sua Exª. o Sr. Primeiro Ministro, ou mente, ou não tem a noção do cargo que ocupa, preferindo distribuir brinquedos "Magalhães", pagos com o meu dinheiro, a pôr o país a andar para diante. MAGALHÃES andou para a frente. José Sócrates anda para trás.Forma "inovadora" de fazer o que Salazar fez, pois, como Salazar, ele sabe que com um povo atrasado é mais fácil... O Povo Português não é propriamente néscio. Não teve é tempo de abrir os olhos, e muitas vezes até fica contente com diplomas gratuitos, com passagens de ano à borla dos seus filhos e netos, não podendo adivinhar o que lhes vai suceder futuramente sem a aquisição das competências que o mundo,manobrado pelo capitalismo selvagem,lhes vai exigir.É por isso e por muito mais que há leis que não podem ser cumpridas.Para descançar os espíritos mais tacanhos, devo dizer que não sou filiado em qualquer partido. Apenas cidadão português que deseja o melhor para Portugal.Tenho dito.
Quinta-feira, 13 Novembro, 2008

Anónimo disse...
Continuamos a não entender a razão porque os professores (os Sindicatos não o querem fazer) e o próprio Ministério, frente a frente, não fazem, eles próprios um teste, uma explicação, uma demonstração da avaliação.Toda a gente ficaria a saber das razões porque um professor, certamente com uma licenciatura, tem tanta dificuldade tratar com os formulários.Eu, continuo a pensar que, os professores se habituaram a todos os anos dar a mesma matéria, os mesmos pontos, as notas nos primeiros dias das férias que vão tendo durante o ano e depois é só esperar o crédito no banco do seu salário. Quando se pretende mudar a "lenga lenga", está tudo tramado.Quem foi aluno, professor, pai e avó, sabe bem como as coisas foram funcionando, desde 1956 até aos dias de hoje.Sabe-se bem com muitos, e são muitos mesmo, professores ensinam, melhor, não ensinam.Falam que o produto do seu trabalho, conta para a sua classificação - as notas dos seus alinos - ora, isso acontece em qualquer profissão, com uma agravante, em percentagem muito maior que nos professores.As férias do Natal estão à porta.Quais são as profissões que têm férias nesta época do ano ?Entre o Natal e o Ano Novo, não haverá tempo para preencher os formulários, para "estudar" o sistema?Se não houver tempo, há mais uns dias pelo Carnaval e logo a seguir, temos igualmente as férias da Páscoa. Não haverá tempo ?Nem queremos falar dos mais antigos, aqueles que já têm um horário tão reduzido que passam a ter a vida diária como que uma "reforma" antecipada em tempo de trabalho.Que se cuidem os professores, porque os pais levam uma vida de trabalho e de preocupações e dificuldades, gastam imenso dinheiro nos livros e meios necessários para os seus trabalhos e um dia vão-se revoltar.Nesse dia, cada professor será apontado a dedo como um "chulo" da sociedade. E por uns, pagarão todos
Sexta-feira, 14 Novembro, 2008

Anónimo disse...
Salazar, não os deixava ir à Escola.Hoje são os alunos que não querem ir à escola.Se os alunos não aprendem, não será por falta de escolas ou de professores.Se o seu futuro pode estar em causa por não aprenderem, uma das causas, não será do Magalhães, será antes dos Nogueiras dos Sindicatos que de professores nada devem ter (ao que suponho terá tirado o seu curso superior enquanto sindicalista, com os seus vencimentos pagos pelos contribuintes como eu, será sim duma grande parte considerados funcionários publicos, mas afinal não passam disso mesmo.Muitos foram para o ensino, não por vocação, mas por nrcesssidade de arranjar sustento, emprego.Não convem falar muito nos contribuintes relativamente a certas situações, pois há muitos telhados de vidro.
Sexta-feira, 14 Novembro, 2008

13 novembro, 2008

“polícia perseguido, ladrões à solta ...”

A filosofia política da grande maioria dos nossos politicos funciona assim.

Na interpelação a Vitor Constâncio, nem uma palavra sobre os "criminosos", preferiu-se atacar o "polícia" e a sua "esquadra"


 

Armando Esteves Pereira, director-adjunto do Correio da Manhã escreveu assim:

Crimes branqueados

" O mundo da Banca mudou muito nas últimas duas décadas.

A liberalizaçãodo mercado, a globalização, o aparecimento de novos operadores e as offshores alteraram rapidamentea estrutura dos agentes do negócio

Mas apesar das falhas – e com Vítor Constâncio a ser o principal alvo de todas as críticas – é importante repetir que o governador não é o criminoso.

Uma pequena trupe ligada à administração de Oliveira Costa é que cometeu os actos de gestão danosa.

E são esses os responsáveis que têm de ser punidos da Banca mudou muito nas últimas duas décadas.

A liberalizaçãodo mercado, a globalização, o aparecimento de novos operadores e as offshores alteraram rapidamentea estrutura dos agentes do negócio. ... "

Saúde – Hospitais modernizam-se

Sempre surgem indícios de modernização

"Alentejo tem todos os hospitais ligados à Internet
O Alentejo é a única região do país em que todos os hospitais têm ligação à Internet, através de banda larga, e onde se praticam mais actos de telemedicina, revelam dados divulgados hoje pelo INE. "


Professores - obrigação de cumprir a Lei

Cavaco Silva lembrou que a manifestação é um direito constitucional.

Tem toda a razão e não haverá ninguem que o conteste.

Mas, não se terá esquecido algo tão ou mais importante que isso – o cumprimento da lei.

Na balança da convivência, estão as obrigações, num lado, no outro, os direitos.

Ora se a Leis são para se cumprir, quer gostemos delas ou não.

Os Sindicatos não podem, num estado de direito, incentivar ao não cumprimento da lei, mesmo que possam ser contra, discordar delas, muito menos fazer o incentivo ao seu incumprimento

Cavaco Silva, nada disse, ele que é o sumo garante político do cumprimento da Constituição

A Procuradoria Geral da República não terá algo a dizer sobre isto ?

Isaltino-Fátima-Morais-Felgueiras

Pergunta-se: A vereação opositora não diz nada?

Também tem o "seu carrinho" à conta do Orçamento dos Contribuintes ?

A Assembleia Municipal, esconde-se à espera de tambem receber alguma "buxa"

Pelos vistos o problema não é do Isaltino, é de toda a Câmara.

Que se denunciem os nomes e as matrículas do carros, para se conhecerem os seus utilizadores e as funções que exercem no Município.

Fátima em Felgueiras foi acusada.

Isaltino não é?

Porque falta regulamento para a utilização das viaturas?

Então Isaltino pode dispor dum bem móvel que pode custar, 20,30 ou 40.000,00 € por 114 vezes a seu belo prazer discriccionário sem que ninguem nem nenhuma autoridade que o fiscalize?

Nem o Tribunal de Contas?

Todos admitimos que a maior "pouca vergonha", que se passa neste país está concentrada nas Câmaras e, não haverá interesse em regulamentar situações como estas?

Não foi tambem Santana Lopes que comprou para seu uso na Camara de Lisboa, um monumental carro, igual ao célebre carro que Durão Barroso comprou quando Primeiro Ministro e após uma ida de férias ao Brasil para as instalações do representante daquela marca em Portugal ?

Pelos vistos a crise só está para durar para alguns.


 

"Isaltino Morais

Oeiras dá 114 carros a funcionários

A Câmara de Oeiras distribuiu carros de serviço a 114 funcionários camarários. "O elevado número de viaturas atribuídas", segundo o diagnóstico da Direcção Central de Investigação da Corrupção e da Criminalidade Económica e Financeira (DCICCEF) num inquérito realizado à autarquia já este ano, diz respeito ao período "entre 1 de Janeiro de 2003 e o momento presente [Julho de 2008]." O inquérito resultou de uma denúncia anónima sobre o alegado "uso pessoal reiterado e abusivo [de um carro municipal]"."

Ministério da Defesa – reorganiza Imobiliário

"Defesa - Cerca de 200 imóveis para rentabilizar

Severiano vende o seu Ministério

O edifício onde está instalado actualmente o Ministério da Defesa vai ser colocado à venda. O prédio integra a lista de cerca de 200 imóveis a rentabilizar pelo Governo, que prevê arrecadar mais de 834 milhões de euros nos próximos 12 anos com a alienação de património militar.

A venda do Ministério da Defesa está dependente da "relocalização dos serviços", mas ainda não foi definido o local para as novas instalações. Segundo apurou o CM, o ministro da Defesa, Nuno Severiano Teixeira, já deu ordens à Direcção-Geral de Infra-Estruturas para procurar um novo edifício para instalar o Ministério, que actualmente está situado na avenida da Ilha da Madeira, em Lisboa.

Além do próprio Ministério da Defesa, mais de 20 quartéis, cinco fortes e três conventos integram a lista de património militar que o Governo pretende rentabilizar através da Lei de Programação das Infra-Estruturas Militares. O Convento de Santa Clara, em Coimbra, o forte da Graça, em Elvas, e de São Neutel, em Chaves, e o quartel de cima da Calçada da Ajuda, em Lisboa, são alguns dos imóveis que poderão ser alienados, arrendados ou concessionados.

Mas há mais, incluindo prisões (Elvas), antigos hospitais militares (Leiria e Angra do Heroísmo), carreiras de tiro e residências para oficiais e sargentos. Só em Lisboa foram disponibilizados 21 imóveis, entre eles o Colégio de Campolide e o convento de Chelas. Em Oeiras, estão disponíveis o palácio e a quinta de Caxias, o forte do Areeiro e o quartel da Medrosa

A verbas arrecadadas com a rentabilização do património militar serão destinadas à modernização e construção de novas infra-estruturas para as Forças Armadas. Dos 834 milhões de euros que o Governo prevê arrecadar, mais de 334 milhões serão, no entanto, para assegurar os fundos de pensões dos militares."

Ora aqui está.

Em que se voltar para os Hospitais militares que são um poço sem fundo em gastos dos contribuintes.

Tantos anos após a Guerra de África ter terminado que justificação há para tantos imóveis, especialmente quartéis. (não esquecer que para cada uma dessas unidades são precisos efectivos que custam muito dinheiro, para lém das despesas de manutenção.

Já agora, que se apure se não há dezenas e dezenas de oficiais generais em excesso, no ativo da Força Aérea, Exercito e Marinha.

(Para meia duzia de barcos de guerra e aviões, serão precisos tantos generais e almirantes ?)

Sócrates tem razão, Manuel Alegre, começa a passar dos limites do bom senso para o mais comum do cidadão.

Que crie o seu próprio movimento de candidatura a Presidente da Republica, que concorra à Autárquicas, às Legislativas, a Presidente, mas se se sente tão mal com a políticca do PS, arrume as poucas coisas que terá no Parlamento e dê lugar a quem lhe segue.

Esta seria a actitude mais coerente.

Condena o PS porque não ouve a "barafunda" dos professores. Então terá que ser condenado, porque só ele e muitos poucos mais do PS condenam a sua politica, a sua estratégia.

Que fez ele por este país para além de ser Deputado com lugar cativo ? Nada ou quasi nada.

Talvez uma cura de caça ou de pesca servisse para lhe arejar as ideias.

Pasa a vida atrelado ou a querer atrrelar-se a algo que o PS faça para à posteriori "publicar uns versos "sem rima e métrica" no intúito de serem lidos por Gregos e por Troianos.

Sócrates tem muita razão

«O primeiro-ministro, José Sócrates, acusou Manuel Alegre de "estar sempre disponível para dar razão a toda a gente, menos ao Governo e ao PS", a propósito das críticas que aquele deputado socialista fez à ministra da Educação.

Professores, ainda

"Nunca conheci um sistema de avaliação do desempenho que não desse lugar a resistências e recriminações. Nunca vi um que não comportasse sérios defeitos e injustiças. Nada disso, porém, desmente a sua utilidade. O tema é árduo, especialmente tratando-se de serviços públicos complexos prestados por profissionais qualificados como a saúde ou a educação."

Joao Pinto e Castro

Sem mais comentários:


 

«Sucede, porém, que a comunidade escolar não pode nem deve viver em roda livre. Ela tem por força que prestar contas perante os alunos, as famílias e o País (representado pelo Governo) e é aqui que entra o tema da avaliação. Para que as coisas melhorem, as normas internas de auto-regulação (as únicas que agora existem) têm que ser complementadas com normas externas e depois transformadas em função delas. Não se trata de negar a importância das normas internas, mas de retirar-lhes o carácter exclusivo de que actualmente beneficiam, visto que, na prática, a presente situação configura um predomínio dos pontos de vista e dos interesses dos professores, sobre os do país que devem servir.

Diz-se, com razão, que o sistema proposto tem falhas. Por mim, encontro pelo menos duas, que, por falta de espaço, não aprofundarei: a variação do modelo de escola para escola e a ligação que nele se estabelece entre o desempenho dos alunos e o dos professores. E haverá decerto outras que desconheço.

Será isto razão bastante para interromper o processo de avaliação? Para, como alguns dizem, "parar para pensar"? De forma nenhuma. A busca do modelo perfeito é uma doença da nossa cultura empresarial e organizacional que conduz directamente à procrastinação. Esperar pela solução sem mácula para só então avançar não passa, as mais das vezes, de uma desculpa para a inércia.» [Jornal de Negócios]