"Campino" nome do ferry que faz a travessia entre as duas margens
Quem observa de bem perto o que estas imagens pretendem transmitir, ainda fica mais apavorado com o que se passa com os "nossos portos"
Há bem mais de 20 anos, já muita da sardinha pescada na costa algarvia e desembarcada em Vila Real de Santo António, era transportada por camiões, para as fábricas de conserva no Norte, para Matosinhos.
Hoje, já não há barcos, pelos vistos não haverá sardina, nem sequer, carapau de gato, como se dizia nos tempos de minha mãe, que o comprava, fresco, vindo da Fonte da Telha, pela manhã, sobre as albardas de um burro que deixava o seu dono bêbado numa das várias tabernas que existiam ao longo do percurso da sua longa e penosa caminhada e seguia só, para casa, certamente na ansia de que por lá haveria algo para comer, após ter aligeirado a penosa carga de pescado.
Com portos assim, não há industria ou comércio que resista.
Num breve passeio de barco até ao outro lado do rio Guadiana e aí, então, nota-se a
diferença.