09 maio, 2008

Pagador de promessas



Não queria creditar que tal podesse acontecer no seculo XXI.
Afinal o vil metal, compra a promessa.
Certamente feita com pouca devoção.
Até nisto o mais pobres tem "religião" diferente.
Não faltará o dia em que o maratonistas arredados das competições passem para esta nova profissão.
Se a moda pega, até as Finanças passam a controlar o "pagadores"

08 maio, 2008

Desporto ?

A propósito do jovem hoquista da Parede, agredido barbaramente dentro do próprio recinto de jogo pelos seus adversários.
Desporto, Cultura e Recreio, ora aqui está . . .


Jogadores jovens têm por hábito dizer palavrões mas os pais fazem pior na bancada
Pais transformam competições dos filhos em jogos de bolinha vermelha
Nas imediações do Estádio Municipal de Tomar já se ouve a gritaria e os assobios. Lá dentro a equipa da casa defronta o C.A.D.E do Entroncamento. Em campo, os jogadores têm entre 8 e 12 anos e, concentrados, raras são as vezes que abrem a boca. “Passa a bola car…..”, diz um jogador. “Chuta a bola, po….”, diz outro para o colega de equipa.
Fora do rectângulo de jogo, ambas as claques fazem bem o seu papel e são incansáveis a puxar pela equipa. Por vezes os ânimos aquecem e é aqui que a boca, que nestes casos parece estar directamente ligada ao coração, tem dificuldade em controlar o vernáculo. Especialmente as senhoras que se encontram a assistir ao jogo.

"Ó seu grande filho da p…. não viste que foi falta” ou “ Isto é obstrução na minha terra, ó palhaço”, são alguns dos impropérios dirigidos ao árbitro da partida, que parece ignorar as ofensas.

Com o aproximar do final do jogo, com os visitantes a ganhar, os nervos parecem aumentar e a dismonorreia de palavrões sucede-se. “Vai para casa, ó meu c…..”, “Não tens relógio, ó palhaço?!!!!.
A instituição do cartão azul, proposta recente de Rui de Mâncio, coordenador das selecções de futebol da Madeira, para controlar os "palavrões" em jogos de futebol das camadas jovens poderia muito bem ser estendida a outros actores: os pais dos próprios jogadores que, durante os jogos, chegam a usar vernáculo de fazer corar uma freira.
O ambiente que se vive no Estádio Municipal de Tomar é, segundo o pai de um dos jogadores da escola de futebol daquela cidade, que por medo de represálias preferiu não se identificar, o mesmo que se vive em outros estádios da região, sempre que duas equipas de jovens se defrontam.

“É incrível, já assisti na bancada a cenas e provocações entre pais de miúdos que chegaram mesmo a vias de facto”, diz, admitindo que também ele se exalta quando é picado pela claque da equipa adversária.

“Não sei se é por ser a equipa do meu filho que está a jogar mas o certo é que os níveis de adrenalina sobem ao máximo na bancada”, aponta.
“Ora p….., outro chapéu”, “Fod… até que enfim que marca falta” e por aí fora até ao apito final do árbitro, momento em que os jogadores da equipa visitante correm eufóricos a abraçar os elementos da sua claque, onde se encontram os pais, alguns que ficaram afónicos de tanto gritar. “É mais forte do que eu, não consigo controlar as emoções enquanto estou a assistir ao jogo. Não é pelo meu filho mas sim pela equipa toda”, diz a mãe de um dos pequenos jogadores, antes de o felicitar pela vitória.
Numa outra competição, desta feita que coloca a equipa do U. Tomar ao Rio Maior, o ambiente vivido nas bancadas é em tudo semelhante.

Um grupo constituí-do maioritariamente por mulheres, mães de alguns jogadores, com idades ente os 14 e 17 anos, puxa pela equipa visitante que acaba por ganhar a partida por 1-0. “Somos a melhor claque do mundo”, dizem em uníssono, admitindo que, por vezes, soltam alguns palavrões no decurso da partida, incendiadas pela “falta de jeito” do árbitro da partida, justificam. “Nessas alturas temos que cantar mais alto para que não se oiça o que algumas de nós dizemos”, confessam a rir.
Segundo Luís Faria, treinador das escolinhas do C.A.D.E. o comportamento dos pais na bancada é algo excessivo, devendo estes ter mais calma enquanto assistem aos jogos dos filhos. “Os pais dizem muito mais asneiras que os filhos.

Os miúdos querem é jogar à bola e se batem uns nos outros pedem logo desculpa. Isso não se vê nos graúdos”, apontou o técnico. Para Luís Faria, esta atitude representa uma “carga psicológica” muito grande para miúdos de pouca idade e a quem é exigido o mesmo que um jogador adulto. “Os pais vivem demais o jogo e penso que não há necessidade de arranjarem chatices e trocarem palavrões uns com os outros”, atesta.
No campo dos Bugalhos, em Alcanena, a equipa da casa, constituído por jogadores entre os 8 e 12 anos, ganha ao visitante, de Ferreira do Zêzere por 3-0. O ambiente é mais calmo do que o que se assiste nos campos de Tomar ou do Entroncamento. Mesmo assim por vezes ouvem-se frases mais picantes. “Ponham-lhe àgua-ráz (solvente) no rabo para ver se corre mais”, diz um homem, de pé. Na bancada há uma voz que se sobrepõe entre as demais. É a de Cândida Alves, mãe do jogador n.º 6, Pedro Alves. Acompanha o filho para onde quer que ele vá, já lá vão cinco anos. Apesar de viver intensamente a partida, da sua boca não sai um único palavrão. “Não temos esse costume aqui. Sabemos ganhar e perder. Mas há aí sítios que meu Deus, se for assistir a uma partida sai de lá corada”, diz.
Também o árbitro da partida, Nelson Campos, prefere fazer orelhas moucas ao que ouve dentro e fora das quatro linhas: “Os jogadores, como são muito jovens, é normal que digam alguns palavrões entre eles mas os pais, na bancada, são mil vezes piores”.

Do jornal o Mirante

07 maio, 2008

PSD - Família desavinda em dia de aniversário








Cada um puxa para seu lado, mesmo emdia de aníversário.
Até um dos pais dos PSD se transforma em Padrinho e escolhe uma Afilhada.
Isto ainda vái acabar mal

06 maio, 2008

Camara Municipal de Oeiras,

Tudo é possível.
Sabe-se que Isaltino Morais, irá gastar uma verba "astronómica" num "retiro" com os seus colaboradores mais próximos e mais "responsáveis".
Não terá encontrado local apropriado para deixar a vultuosa verba aqui por uma das diversas unidades hoteleiras do burgo e vái daí, em excursão para fora de portas.
Longe da vista, longe do coração. Dos municipes.
Quais os motivos para tão vestuta reunião ?
Alguém saberá explicar a razão de tal escolha ?
Aqui fica a pergunta.

05 maio, 2008

PSD sem dinheiro e sem crédito

Como é que se pode acreditar na politica, na maioria dos politicos, nalguns partidos politicos.
Nem com dinheiro "clandestino", são solventes.
Não sabem governar a sua própria casa, e querem ( des)governar o país.

Pedro Passos Coelho, nem sequer acredita nas contas dos seus concorrentes à liderança do Partido




Partido sem dinheiro para pagar multa do processo Somague

Bancos não dão crédito ao PSD e situação é "muito delicada"

A coima aplicada ao PSD no âmbito de um financiamento ilegal realizado pela empresa Somague poderá ser paga até 2010, em quatro prestações, sem juros. O presidente do Tribunal Constitucional (TC) foi sensível aos argumentos de que o partido se encontra mal financeiramente e sem hipótese de conseguir crédito junto da banca.

Os restantes condenados no processo tiveram dez dias para liquidar a coima e já o fizeram.


In Jornal Publico

03 maio, 2008

Jose Niza - Poemas da Guerra




José Niza fala dos seus Poemas de Guerra
O primeiro livro do médico, político e compositor, José Niza, foi apresentado publicamente, na passada segunda-feira, 21 de Abril, no Largo do Seminário em Santarém, pelas seis e meia da tarde.
“Poemas de Guerra (Angola 1969 – 1971)”, tem prefácio de Francisco Pinto Balsemão.
É editado por O MIRANTE e teve uma edição de trinta mil exemplares que foram oferecidos aos assinantes do jornal, com a edição dessa semana em que se assinala mais um aniversário do 25 de Abril.
O autor explicou a O MIRANTE TV as circunstâncias em que os poemas foram escritos e revela que tem na sua posse um diário de guerra com mais de oito mil páginas que poderá servir de base a um novo livro.

01 maio, 2008

Quinta feira da Espiga




Tradições que infelizmente se vão perdendo!

Lembro-me bem de correr os campos com os meus pais e amigos, no Dia da Espiga.
Era então feriado, hoje ainda o é em muitas terras.
Um farnel, umas mantas e lá iamos para um local não muito longe de nossas casas porque o percurso era todo feito a pé.
O dia todo no campo.
Que tradição.
Para conseguirmos o tão desejado raminho que, se a memória não me falha, incluia e inclui tambem nos nossos dias, espigas de trigo, papoilas, pequenos ramos de oliveira, malmequeres brancos e amarelos.
Depois era pendurado atrás da porta até ao ano seguinte, para trazer a fartura aos nossos lares, conforme rezava a tradição.
Tenho bem na memória, num dia da espiga, uma viagem a Lisboa.
Ao Bairro da Encarnação em Lisboa, ter passado o dia no pinhal que ainda lá existe parte, para ver os aviões a aterrar e a levantar voo no aeroporto.
Bons tempos em que adultos e jovens se divertiam com estas tradições.


Dia do Trabalhador





Dia do trabalhador



Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
História

Em 1886 realizou-se uma manifestação de trabalhadores nas ruas de Chicago nos Estados Unidos da América. Essa manifestação tinha como finalidade reivindicar a redução da jornada de trabalho para 8 horas diárias e teve a participação de milhares de pessoas. Nesse dia teve início uma greve geral nos EUA. No dia 3 de Maio houve um pequeno levantamento que acabou com uma escaramuça com a polícia e com a morte de alguns manifestantes. No dia seguinte, 4 de Maio, uma nova manifestação foi organizada como protesto pelos acontecimentos dos dias anteriores, tendo terminado com o lançamento de uma bomba por desconhecidos para o meio dos policiais que começavam a dispersar os manifestantes, matando sete agentes. A polícia abriu então fogo sobre a multidão, matando doze pessoas e ferindo dezenas. Estes acontecimentos passaram a ser conhecidos como a Revolta de Haymarket.
Três anos mais tarde, a 20 de Junho de 1889, a segunda Internacional Socialista reunida em Paris decidiu por proposta de Raymond Lavigne convocar anualmente uma manifestação com o objectivo de lutar pelas 8 horas de trabalho diário.
A data escolhida foi o 1º de Maio, como homenagem às lutas sindicais de Chicago. Em 1 de Maio de 1891 uma manifestação no norte de França é dispersada pela polícia resultando na morte de dez manifestantes. Esse novo drama serve para reforçar o dia como um dia de luta dos trabalhadores e meses depois a Internacional Socialista de Bruxelas proclama esse dia como dia internacional de reivindicação de condições laborais.
A 23 de Abril de 1919 o senado francês ratifica o dia de 8 horas e proclama o dia 1 de Maio desse ano dia feriado.
Em 1920 a Rússia adota o 1º de Maio como feriado nacional, e este exemplo é seguido por muitos outros países. Apesar de até hoje os estadunidenses se negarem a reconhecer essa data como sendo o Dia do Trabalhador, em 1890 a luta dos trabalhadores estadunidenses conseguiram que o Congresso aprovasse que a jornada de trabalho fosse reduzida de 16 para 8 horas diárias.

Dia do Trabalhador em Portugal

Em Portugal, só a partir de Maio de 1974 (o ano da revolução do 25 de Abril) é que se voltou a comemorar livremente o Primeiro de Maio e este passou a ser feriado. Durante a ditadura do Estado Novo, a comemoração deste dia era reprimida pelas polícia.
O Dia Mundial dos Trabalhadores é comemorado por todo o país, sobretudo com manifestações, comícios e festas de carácter reivindicativo, promovidas pela central sindical CGTP-Intersindical (Confederação Geral dos Trabalhadores Portuguêses - Intersindical) nas principais cidades de Lisboa e Porto, assim como pela central sindical UGT (União Geral das Trabalhadores).
No Algarve, é costume a população fazer pic-nics e são organizadas algumas festas na região.

Pequena nota do autor

Durante o período da ditadura de Salazar e Caetano, a opressão contra todo o tipo de manifestação popular, de trabalhadores ou estudantil foi sempre manifesta e violenta.
Recordo, por residir à data na margem Sul, o que acontecia na Cova da Piedade, Almada e Laranjeiro.
Viaturas repletas de soldados da GNR, patrulhas apeadas ou a cavalo, circulavam intimidando a população com medo de qualquer tipo de manifestação, por mais insignificante que fosse.
Cova da Piedade e Almada, sempre foram núcleos de conspiração activa contra o governo de então.
Quando sáimos da escola eramos escoltados por alguns professores até às imediações das nossas residencias ou então junto das paragens dos autocarros para seguirmos para nossas casas.
A cavalaria da GNR, muitas vezes ao perseguir alguem de quem desconfiava, chegou a entrar, cavalgando, para dentro dos estabelecimentos comerciais onde aqueles procuravam refúgio.
Na Cova da Pidade e Larangeiro, saida dos marinheiros da Base Naval do Alfeite ou do Quartel do Corpo de Marinheiros da Armada e dos operários do Arsenal do Alfeite, era motivo mais que suficiente para que um vasto numero de viaturas, cavalos e GNR's por alí ficassem muitas horas, em atalaia, na defesa dos ideais do Estado Novo, não deixando que alguem de manifestasse de modo algum.
Grande parte do operariado das várias fábricas de transformação da cortiça que aí existiam, tambem criavam grandes problemas à "segurança do Estado" de então.
Razão para que as ditas forças muitas vezes por lá pernoitarem em sentinela constante contra os "inimigos" de então.
O Portão Verde, que ainda hoje existe no Laranjeiro, era a sáida e entrada para o Arsenal do Alfeite, onde a grande maioria do operariado daquele estaleiro naval do estado trabalhava.
Mais uma boa razão para as dores de cabeça dos guardiões da ordem pública de então.
Por aí, em carrinhas, os GNR ficavam horas a fio em sentinela, para o que desse e viesse.
Até ao 25 de Abril de 1974 foi assim.
O 1º de Maio após 25 de Abril, foi a maior e a mais genuina manifestação popular de repudio contra o Estado Novo acabado de desaparecer da historia de Portugal.
Tive a felicidade de nela ter participado.
Hoje, merce da apropriação partidária dos sindicatos, o dia do Trabalhador, pouco mais é que um feriado.
Terá o mesmo significado que a maioria de muitos outros - dia de descanso para quem trabalha

30 abril, 2008

Janelas - Lisboa


Durante muitos anos a arquitectura utilizou os azulejos na cobertura dos edificios, especialmente nas fachadas.
Deram resultados extraordinários, em beleza e durabilidade.
Vastas areas dos bairros de Lisboa, ainda hoje mantem os seus prédios da época coberta com este material.
Aqui fica um exemplo de um prédio completamente degradado - os azulejos lá estão, passadas muitas intempéries e maus tratos.

28 abril, 2008

Oeiras e tudo à volta

Alcântara

Obras vão desatar nó ferroviário em Lisboa.
O conforto e os ganhos nos tempos de viagem para os passageiros da Linha de Cascais são os grandes benefícios da ligação à Linha de Cintura, sublinhou ontem ao Correio da Manhã a secretária de Estado dos Transportes. A intervenção em Alcântara, que é anunciada hoje pelo Governo, vai não só ligar as duas linhas ferroviárias como também ampliar o porto de Lisboa, num investimento de mais de 400 milhões de euros.
O novo sistema ferroviário de Alcântara vai permitir, por exemplo, que um passageiro de Cascais possa chegar, sem qualquer transbordo, à Gare do Oriente. 'A ligação actual é de 80 minutos e passará a ser de 54 minutos', sublinhou ao CM Ana Paula Vitorino.
A ligação entre a linhas de Cascais e de Cintura, bem como a que serve a transferência de mercadorias entre o porto de Lisboa e a estação de Alcântara-Terra, serão enterradas, libertando toda a área actual para a circulação rodoviária.
As obras deverão iniciar-se no final de 2009, estando a conclusão prevista para 2013, data em que deverá entrar em funcionamento a terceira travessia do Tejo, entre Chelas e o Barreiro. Com a entrada em funcionamento do novo aeroporto de Lisboa, em 2017, o tempo de percurso ferroviário entre Cascais e Alcochete será de 65 minutos.
A própria Linha de Cascais sofrerá uma profunda intervenção, entre 2010 e 2013, num investimento calculado em 180 milhões de euros. A modernização das composições, defendida pela CP, será efectuada em simultâneo com a intervenção na infra-estrutura, garantiu a governante.
Paralelamente, será ampliado o terminal de contentores do porto de Lisboa. Com esta obra, 'triplica-se a capacidade de mercadorias do porto de Lisboa', sublinha a secretária de Estado.
As ligações ferroviárias, entretanto melhoradas, permitirão uma maior transferência das mercadorias do modo rodoviário para o ferroviário, ou seja, de camiões para comboios. As obras no porto, por sua vez, permitirão o transporte fluvial entre o porto de Lisboa e Castanheira do Ribatejo, que será efectuado por barcaças.
Actualmente, cerca de 80 por cento das mercadorias é transportada por camiões e apenas 20 por cento por comboio.
O objectivo é duplicar a quota da ferrovia e incentivar o transporte de mercadorias por via fluvial. 'Queremos reduzir cerca de mil camiões por dia ', sublinha Ana Paula Vitorino.
DETALHES DO PLANO

LINHAS NO SUBSOLO
As linhas ferroviárias cruzam a zona de Alcântara pelo subsolo, aliviando a superfície dos actuais constrangimentos, sobretudo decorrentes do transporte de mercadorias. A nova estação de Alcântara-Terra será também enterrada.
ESPAÇO PORTUÁRIO
A superfície de acostagem dos navios será aumentada dos actuais 630 metros para os 1630 metros. A transferência do terminal de cruzeiros para Santa Apolónia vai permitir, igualmente, aumentar a capacidade de armazenagem de contentores.
INVESTIMENTO
O investimento previsto para as intervenções ferroviárias e marítimas está orçado em 407 milhões de euros. Mais de 200 milhões ficarão a cargo do sector privado e o restante dividido entre o porto de Lisboa e a Refer.
REQUALIFICAÇÃO
A secretaria de Estado dos Transportes prevê ainda a requalificação da própria Linha de Cascais. A intervenção ao nível das linhas ferroviárias está calculada em cerca de 180 milhões de euros, mas o custo vai aumentar com a renovação dos comboios, uma necessidade defendida pela CP.

26 abril, 2008

Cavaco Silva e a ignorância e o desinteresse dos jovens

Aquilo que o Presidente da República hoje trouxe ao conhecimento público, já era do conhecimento da grande maiorias dos portuguesesdesde há muito.
Não seria necessário uma sondagem especifica para o efeito, nem fazer roteiros pelo país.
As motivações da grande maioria dos jovens não passa pelo conhecimento dessas nenharias.
As grandes facilidades "oferecidas" aos jovens nos dias de hoje, pela sociedade e pelos próprios familiares, conjugam e incutem uma vasta panóplia de ideias nos jovens, que os "obriga" a justificar o não "pensar" em coisas sérias.
A politica é demasiado séria para que se não possa deixar de pensar e reflectir sobre ela e sobre as suas vastas consequencias no futuro de todos nós, mas em esepecial no futuro dos jovens.
Esses terão muitos mais anos de preocupações e dificuldades, se as houverem.
O PR pode ter chegado tarde, com a denúncia de tal situação, mas certamente ainda terá muito tempo, para que possa dar uma contribuição activa, pedagógica e consequente, não só pelo exemplo da sua prática politica, mas ainda mais, promovendo e dando acolhimento a manifestações, programas e iniciativas no sentido de fazer aumentar o interesse da juventude pela actividade politica no seu todo.
As escolas, cabe em primeiro plano, dado o contacto diário com a maioria dos jovens, fomentar o gosto pelo conhecimento das actividades politicas no seu todo, devendo particularizar temas e aspectos que possam cativar e fazer interessar todos nos assuntos em estudo, discussão ou análise.
Aos partidos politicos, mas em especial a todos o que a nível individual fazem politica, muitos deles, como profissão, lhes é remetida a responsabilidade de fazer mudar o rumo à presente situação.

25 abril, 2008

25 de Abril

Que

a simbologia

desta foto

se mantenha

para

sempre



Dia 25 de Abril
de
2 008
20 Horas
Jornal da Noite da TVI
Primeira Notícia
Sondagem dos concorrentes a Presidente do PSD
Manuela F Leite
em
primeiro
lugar
*
*
Observação:

O 25 de Abril
anda
mesmo
muito
por
baixo





Vila Fria - Oeiras





Num completo esquecimento


(o 25 de Abril, anda muito arreado de Vila Fria)

23 abril, 2008

Tratado de Lisboa

Depois de tantos "ditos e mexericos", sob hoje, finalmente ao Parlamento, para aprovação o Tratado de Lisboa.
Os prós e os contras que fundamentaram tanta crítica, estão desvanecidos.
A situação no PSD criada com o abandono de Luis Filipe Menezes, vái deixar ficar em segundo plano muita matéria que, eventualmente, mereceria estar mais visível na comunicaçõao social

22 abril, 2008

Poemas da Guerra - Jose Niza



Estivemos em Santarém, numa memorável e inolvidável tarde.
Na apresentação pública do livro de poemas - Poemas da Guerra - do Dr José Niza.
Aquele que foi médico do Batalhão 2877 onde fomos camaradas, nos dois anos mais tristes das nossas vidas.
Como Francisco Pinto Balsemão, diz no prefácio ao livro, por si subscrito, "Jose Niza é um médico praticante, um compositor e autor de letras consagrado e um músico amador competente . . . "
Dizemos nós, que com ele partilhamos muitos momentos bons e maus, que é um homem com um raro sentido de humor, um conversador nato, um companheiro e acima de tudo um raro utilizador da verticalidade na sua postura e no modo como tem praticado a vida.
Bem haja


19 abril, 2008

25 de Abril



25 de Abril

Da janela do meu coração, continuo a ver o 25 de Abril de 1974 a passar.
Algumas vezes temos conversado.
Não passa agora tantas vezes e, quando passa, já o faz, com um passo curto, muito miudinho.
Ainda trás consigo uma áurea de esperança.
Mesmo para os velhos, o futuro não se perde nunca de vista
Está a ficar velho, mas, como todos os velhos, está rico em experiência e em sabedoria acumulada.
Tenho notado que nalguns dias, passa como que se estivesse um pouco envergonhado.
Creio que não será com ele próprio.
Não sendo de muitas palavras e mais de actos, prefere que o tempo vá passando para que muitos dos que mal dele disseram e alguns ainda hoje dizem, se compenetrem da sua razão.
Os bons corações são generosos, compreensivos e humildes.
Ele foi.
Ele assim é
Houve tantos que precisaram dos seus favores, o que ele nunca regateou e muitos desses, hoje tanto mal dele dizem.
Houve tambem quem pretendesse aproveitar as ruinas do casarão que ele escancarou, para o transformar em outro quase igual, apenas pintando com outras cores a fachada e as paredes.
Noto-lhe no semblante a esperança de quem sabe que um dia virá o reconhecimento das suas qualidades.
Nunca mo disse, mas eu já me apercebi, que tem perdoado a essas pequenas minorias, a sua maledicência e oportunismo.
Estando mais velho, já com as rugas a começarem a cobrir-lhe a face tisnada pelas intempéries da dura vida terrena, sabe que não foi perfeito em tudo o que até agora fez.
Também têm consciência de que, com a sua idade, agora, não pode fazer muito mais.A sua sina, foi abrir para uma grande maioria, as portas do casarão, velho, com as paredes a derrocarem e o vigamento dos tectos cheios de teias de arenha, quando não, de ninhos de vespas e com o telhado a desmoronar-se, devido aos maus tratos de 50 anos de abandono e isolamento.
Depois das portas abertas, todos entraram.
Minto, alguns, fugiram, pois tiveram medo que algum pedaço do velho edifício lhe caísse em cima.
Outros que durante anos foram habitantes privilegiados do edificio, aproveitaram a camuflagem do pó da derrocada e passam por aí, despercebidos.
… A minha janela continua aberta.
Será bom continuar a vê-lo passar.
Nem acredito que não possa assim ser.
Estamos os dois a ficar cada vez mais velhos.
Eu mais, quando ele nasceu, já tinha quase 30 anos. Com três de serviço militar obrigatório, dois deles passados nas matas de Angola.
No regresso trouxe comigo o sedimento dessa dura passagem, muito dele, ainda me acompanha hoje no dia a dia.
Desejo que nos continuemos a ver, por longos, felizes e saudáveis anos.
Bem-haja

18 abril, 2008

Jose Niza - Africa, 25 de Abril, sempre hoje e amanhã


Aqui fica uma pequena homenagem aquele que foi durante 2 anos, na Guerra de Africa, o médico do BCAÇ2877, companheiro de armas do editor deste Blog




Festa dia 21 de Abril, a partir das 18h30 com Tonicha e Paco Bandeira





Primeiro livro de José Niza apresentado em Santarém



O primeiro livro de José Niza é editado por O MIRANTE e distribuído gratuitamente com a edição da semana em que se comemora mais um aniversário do 25 de Abril.
No prefácio que escreveu para o livro Poemas de Guerra, de José Niza, o seu amigo, Francisco Pinto Balsemão desafia-o a escrever mais. “Devia consagrar muito mais do seu tempo à poesia, recuperando e dando versão definitiva ao que decerto já escreveu e guarda só para si. E, sobretudo, criando, escrevendo novos poemas. Podemos e devemos exigir a José Niza que não fique por aqui, que escreva e publique mais poesia.”
Para Francisco Pinto Balsemão o livro revela “um grande poeta português, na linha e na tradição de Pessoa e de O’Neil – do sarcasmo, da crítica, da tomada de posições políticas corajosas, mas também da ternura pelas crianças, da absorção contemplativa e participativa da natureza, de alguma sensualidade comedida.”
Apesar de José Niza ter centenas de poemas que são conhecidos do grande público através de canções, para além de inúmeros textos sobre cantores e artistas, Poemas da Guerra (Angola 1969 – 1971) é o seu primeiro livro.
Numa linguagem simples e directa o autor coloca os leitores num tempo e num lugar distantes. Através de uma inspirada ironia mostra como lhe foi possível resistir a uma guerra injusta e sem sentido, como foi a guerra colonial. “A forma como encarei a guerra e com ela me confrontei, teve algo de ingenuidade e de loucura lúcida”, diz José Niza. E acrescenta. “A minha confrontação com a guerra foi – no fundo – não a levar a sério. Melhor dito: não a levar a sério... mas não convinha que ela soubesse disso.”
O lançamento do livro está marcado para dia 21 de Abril, às 18h30, no largo do Seminário em Santarém.
Em caso de mau tempo a cerimónia decorrerá no salão nobre da câmara municipal.
Autor fala sobre a guerra colonial em entrevista



José Niza fala longamente sobre o que viveu em Angola entre 1969 e 1971, numa entrevista que concedeu a O MIRANTE e que será publicada na próxima edição.



O médico, escritor e político conta alguns episódios passados no aquartelamento ( Zau Évua) onde cumpriu uma comissão de serviço, que estava situado a dezenas de quilómetros de qualquer povoação.


Zau Évua ( Vista parcial)


O Carnaval em Zau Évua



Aqui o Carnaval é todo o ano
Desde o içar da bandeira
Ao cair do pano
Trezentos soldados
Mascarados
Suam bem suados
bagas de suor de um confetti
amarelo verde e encarnado
que não é daqui
um clarim toca
várias vezes ao dia
(o Pavlov descobriu
que os reflexos condicionados
também serviam para os soldados)
eu vou estando
e não esqueço
adeus
até ao meu regresso.