31 dezembro, 2011

Bando de Mentirosos

Dá vómitos ouvir
"O capitão de Abril referiu este sábado que o poder foi tomado por um "bando de mentirosos", justificando a conclusão com um vídeo que "corre" na Internet com declarações de Passos Coelho que foram "renegadas" nos actos do Governo."

30 dezembro, 2011

Presidente promulgou Orçamento do Estado         

Cavaco Silva - uma nódoa

Esqueceu-se do que andou dizendo aqui, ali e acolá.
Será que desta vez, tambem manda ao Parlamento um postit com uma nota, como o fez anteriormente?
Uma nódoa
 
"Foi um autêntico contra-relógio: segundo a edição de hoje do Diário da República, a ordem de promulgação do Presidente da República é de hoje mesmo, tal como a data do referendo do primeiro-ministro.

Apesar dos pedidos que tem recebido e até das críticas que fez publicamente às opções do Governo acerca de medidas de austeridade constantes no Orçamento do Estado, o Presidente da República acabou por não enviar qualquer norma do documento para o Tribunal Constitucional para averiguar da sua constitucionalidade.

Cavaco Silva mostrou-se várias vezes em desacordo com algumas medidas que foram sendo tornadas públicas pelo Executivo, pelo que havia a possibilidade de vir a pedir a fiscalização do Tribunal Constitucional. As críticas públicas chegaram mesmo a causar mal-estar entre os membros do Governo e algumas figuras do PSD.

Poucos dias depois de Pedro Passos Coelho anunciar o corte dos subsídios de férias e de Natal dos funcionários públicos e pensionistas, o Presidente da República disse publicamente julgar que o caso constituía uma "violação do princípio básico de equidade fiscal" e que estavam a ser ultrapassados os limites admissíveis nos sacrifícios que se estavam a pedir. E não se coibiu mesmo de repetir a ideia em outras ocasiões, levantando a dúvida sobre a sua posição no momento de apreciar o documento remetido pelo Parlamento." ( publico )

Deputados viajam em executiva

Alguns, merecem viajar a pé.  São tantos os  deputados que só fazem verbos de encher, outros tantos, mais, tem os seus negócios e aproveitam estas oportunidades para umas viagens de turismo e negócio, à conra do Orçamento - por conta do Zé Povinho.
Esta obrigação, já vem tarde.
 
"Os deputados da Assembleia da República vão passar a deslocar-se em classe económica nas viagens de avião com duração inferior ou igual a quatro horas, sendo permitido viajar em executiva apenas em deslocações de duração superior." (CM)

Madeira - a crise paga pelos "cubanos"

A teoria dos desgraçadinhos de que Jardim é o grande responsável. Afinal os "cubanos" é que pagam a maior parte dos desvarios do que se tem passado na Madeira
 
"Os madeirenses vão pagar o preço da irresponsabildiade financeira do goveno regional da Madeira . Mas vão continuar a beneficiar de um elevado montante anual de transferências do orçamento da República, para o qual não contribuem um cêntimo, e da isenção de contribuição para as despesas gerais da República, que só os contribuintes do Continente suportam.
Há privilégios que custam a desaparecer... "

Vila Fria


VILA FRIA - sem passadeiras e bandas sonoras - 25/10/2011

A Camara de Oeiras continua com a sua habitual "mala pata" com a população de Vila Fria.
Há mais de 10 anos que foram pedidas algumas modificações ao transito em Vila Fria.
Tudo se mantem na mesma.
O último acontecimento - encontro com o Presidente Isaltino Morais, antevia que se resolvessem algumas situações.  Essa foi a sua promessa.
Foi feita uma consulta à população mais directamente prejudicada com o transsito que passa pela Avenida 25 de Abril, conforme adesão ao abaixo assinado que Isaltino Morais pediu que se efectuasse para garantir que as passadeiras e as bandas sonsoras fossem colocadas.
Não queremos pensar que vão passar mais 10 anos sem que as passadeiras e as bandas sejam colocadas em Vila Fria

VILA FRIA - sem passadeiras e sem bandas sonoras - 30/09/2011

Isaltino Morais, não teve tempo para cumprir o que prometeu.
Não admira, pois tanto que prometeu e não cumpriu.
As passadeiras para peões e as bandas sonoras que foram mprometidas há mais de 10 anos, ainda não foram colocadas.
Nem o abaixo assinado da população foi suficiente para que o autarca levasse por diante o pedido da população e desse cumprimento à sua promessa.
Para quem acredita na Justiça, tal como Isaltino terá dito que acreditava, vái sofrer as consequências dos seus actos pouco dignos.
Isaltino, depois destes dois anos que vai passar de férias, terá tempo para gozar a  reforma paga por todos nós.
Que se sujeite a ELA à JUSTIÇA

Coreia do Norte - acreditem que é mentira





Daqui a algum tempo, será que vão chorar de alegria?

CRISE? Para quem?

É preciso que se saiba:
 

...Os portugueses comuns (os que têm a sorte de ter trabalho) ganham cerca

de metade (55%) do que se ganha na zona euro.
 
...Mas os nossos gestores recebem, em média:

       Mais 32% do que os americanos;
       Mais 22,5% do que os franceses;
       Mais 55 % do que os finlandeses;
       Mais 56,5% do que os suecos;

     
(dados de Manuel António Pina, Jornal de Notícias, 24/10/09)
 
...E são estas "inteligências sem escrúpulos" que estão a contribuir para «afundar» o país e que têm a pouca vergonha de afirmar:

2011 - Os desaparecidos

2011 - Os desparecidos

O governo de Passos tem sido um autêntico tsunami que deixa atrás de si uma lista imensa de desaparecidos ainda que também haja a realçar os sobreviventes, é o caso desse autêntico "emplastro" da política portuguesa de quem ninguém se lembra de grandes feitos mas que continua armado em polícia económico da Nação, mesmo quando morrer Medina Carreira vai recusar-se a fazer os seus comentários televisivos.

Mas se Medina Carreira é um exemplo de sobrevivência ao tsunami, só lhe falta mesmo aparecer à porta das televisões usando uma camisola da selecção nacional, outros serão exemplos de desaparecimento. O caso mais evidente é o do João Duque, o presidente do ISEG que promoveu o licenciado dos pentelhos a professor catedrático a tempo parcial 0%, ainda se manteve à tona de água e acabou por desaparecer vítima do cação provocado pela RTP.

Outra ilustre desaparecida foi Manuela Ferreira Leite, de início sempre que se ouvia Cavaco Silva tossir ainda a antiga líder do PSD aparecia a espirrar, mas desde há algum tempo parece que Manuela Ferreira Leite desapareceu definitivamente. EM compensação, Paulo Rangel que tinha mergulhado definitivamente nas lides parlamentares bem remuneradas de Estrasburgo reapreceu há poucos dias à superfície para dar graça a Passos Coelho. Parece que o tsunami está a fazer reuir a unidade cavaquista.

Surpreendente foi o desaparecimento de Paulo Portas, aquele que se apresentou inicialmente como o único capaz de surfar nas vagas do tsunami. Agora aparece e desaparece em função do movimento das vagas, quando Passos quer aparece a afirmar a sua falsa lealdade canina ao primeiro-ministro, depois desaparece por mais uns tempos.

Paulo Portas não foi o único membro do governo a sofrer dificuldades, o Álvaro foi uma inesperada vítima do tsunami, depois de ter dado à costa com ares de que era uma Virgem naufragada que viria salvar a Nação tem-se vindo a aforgar, ora vem à superfície, ora se afunda bebendo uns pirolitos.

Até no PS se pode confirmar a ocorrência de alguns danos colaterais, várias personalidades quase desapareceram da cena política, designadamente, os grandes defensores da cidadania e de uma fusão do PS com a extrema-esquerda. Mas o efeito das vagas do extremismo liberal fez uma inesperada vítima, António José Seguro, que durante anos foi um opositor firme ao primeiro-ministro, com Passos Coelho desapareceu e só se sabe que sobreviveu porque de vez em quando aparece agarrado a Passos Coelho.

Mas os prejuízos à esquerda não se ficaram pelo PS, no PCP Jerónimo de Sousa não desapareceu mas ficou tão abalado com a onda gigante que ainda não sabe se é mesmo líder dos comunistas ou se é assessor do Miguel Relvas, desde então que tem um discurso político desconexo, confuso e incoerente, o mesmo mal de que parece sofrer Mário Nogueira, mas neste caso parece estarmos perante uma patologia irrecuperável que poderá levar ao seu internamento. Se no PCP ainda reina a confusão no BE a situação é mais grave, Francisco Louça desapareceu e ainda há muitas dúvidas de que o próprio Bloco sobreviva ao naufrágio. in O Jumento
 

MADEIRA a arder

 Será que Sócrates tambem foi culpado?
 
"Plano de Jardim sobe taxa do IVA de 16% para 22%, agrava ISP em 15% e alinha taxas de IRS e IRC com o Continente.

 madeirenses foram ontem apanhados de surpresa com as medidas de austeridade anunciadas por Alberto João Jardim. A Carta de Intenções com que o presidente do Governo Regional formalizou o pedido de assistência financeira à República prevê uma subida da generalidade dos impostos cuja consequência será a subida dos preços dos bens e serviços e uma redução do rendimento.

Nada escapa: a taxa máxima do IVA sobe oito pontos percentuais de uma assentada, o ISP (imposto sobre os produtos petrolíferos) agrava-se em 15% e as taxas de IRS e IRC passam a alinhar com as do Continente. Tudo isto deverá gerar uma receita extra de 160 milhões de euros." (DN)

2011 - nem tudo foi mau


Há momentos cruciais, na nossa vida, como os há na vida dos países.
Pedro Silva Pereira escreve assim, para se  ler, tudo por inteiro

«Nem tudo foi mau. Alguns factos promissores marcaram a evolução do Mundo no ano que agora termina: as “primaveras árabes” e a queda dos ditadores; a morte de Bin Laden e a retirada norte-americana do Iraque.
É cedo, porém, para dizer que futuro corresponderá às novas esperanças que estes factos legitimam.
Tentação maior será eleger como facto do ano o agravamento da crise do euro, que ameaça o projecto europeu e a economia mundial. Mas, pondo as coisas em perspectiva, é mais provável que o ano de 2011 venha a ser recordado, apenas, como mais um ano da Grande Crise. A mesma Grande Crise que se iniciou em 2007, nos Estados Unidos da América, com a crise financeira do ‘subprime', e que, em 2008-2009, se tornou numa crise económico-financeira quase global (de proporções nunca vistas desde 1929), para depois evoluir, em 2010-2011, para uma crise das dívidas soberanas, que atingiu de modo especial a zona euro, gerando a actual "crise sistémica". Em boa verdade, nada disto começou em 2011.
É certo, há uma narrativa que insiste em desligar as coisas, como se a crise internacional de 2008-2009 pertencesse a "outro filme" (já terminado e com final feliz), bem distinto do da crise das dívidas soberanas e do euro, a que agora assistimos. Mas são episódios da mesma série dramática.
De facto, a grande crise começou no sistema financeiro (não na indisciplina orçamental dos Estados) e arrastou a economia para uma recessão global. O aumento generalizado dos défices e das dívidas nos últimos anos foi, no essencial, consequência directa dessa recessão e da resposta que os Estados tiveram de dar para impedir a derrocada dos bancos e uma nova Grande Depressão, análoga à dos anos 30. No caso da zona euro, essa resposta não foi sequer um exercício avulso e muito menos uma manifestação de indisciplina: correspondeu à execução de uma estratégia europeia coordenada para enfrentar a crise.
Que este quadro de excepção tenha atingido mais as economias estruturalmente mais vulneráveis não parece que possa ser motivo de grande surpresa, embora seja sempre mais convidativo fulanizar responsabilidades, como vai sucedendo por essa Europa fora. Facto é que a agitação nos mercados não foi uma simples resposta racional à vulnerabilidade revelada pelos fundamentais das economias mais desequilibradas ou endividadas. Foi, isso sim, um movimento assimétrico e essencialmente especulativo, que se centrou na zona euro. E é preciso perceber porquê.
A ortodoxia dominante tem sobre isto, como sobre tudo o resto, uma posição simples. Continuando a supor, apesar de tudo, a racionalidade intrínseca dos mercados e das suas agências de ‘rating', não consegue ver na crise das dívidas soberanas mais do que a resposta "racional" de credores genuinamente preocupados com a "indisciplina orçamental", agravada pelos "excessos expansionistas" na resposta à recessão. Daí a estratégia de uma nota só, que pretende acalmar os mercados à custa de mais austeridade (foi essa, aliás, a nova orientação europeia adoptada no início de 2010 e que vinculou também Portugal, dando origem aos sucessivos PEC). Uma austeridade agora reforçada por um novo quadro de disciplina orçamental, acompanhado de sanções automáticas. A imperturbável ortodoxia dominante diz saber muito bem o que os mercados querem. O único problema é que os mercados não parecem estar de acordo.
A verdade é que a falha sistémica do euro não se resume aos instrumentos de garantia da disciplina orçamental. Reside, também, na ausência de instituições políticas legitimadas para prosseguir uma governação económica coerente, capaz de gerar crescimento, e, sobretudo, na ausência de instrumentos solidários de defesa das dívidas soberanas contra a especulação, num contexto de crise do crédito. Desde a crise grega - e o momento em que os parceiros do euro resolveram dizer "nós não somos a Grécia" - os especuladores sabem que esta fragilidade da zona euro pode ser perturbadora mas é também uma excelente oportunidade de negócio. Podem traçar-se "linhas vermelhas" e erguer-se "muros". Pode até gritar-se "daqui o contágio não passará" - mas a verdade é que os países atingidos se sucedem uns aos outros. O critério muda, o negócio é sempre o mesmo.
E voltamos ao princípio. Bem vistas as coisas, estamos ainda a assistir ao ajustamento telúrico dos fluxos financeiros colossais postos em movimento descontrolado e desesperadamente especulativo pela crise começada em 2007 e causada por um sistema financeiro complexo, ganancioso e desregulado. É ainda esse dinamismo financeiro especulativo que marca o ritmo e o sentido da crise que enfrentamos - e é a ele que os líderes europeus, em especial a dupla Merkel-Sarkozy, não souberam dar resposta em sucessivas cimeiras, falhando no propósito de superar a crise do euro. É certo, a recusa obstinada das euro-obrigações e da reconfiguração do BCE como credor de último recurso foi acompanhada de pretensos sucedâneos: instituição de fundos de estabilização financeira, intervenções volumosas do BCE no mercado secundário e até inéditos empréstimos massivos ao sistema financeiro. Melhor que nada, dir-se-á. Mas tudo insuficiente. A crise das dívidas soberanas - que é, praticamente desde o início, uma crise do euro - agravou-se seriamente em 2011, a ponto de ameaçar o próprio projecto europeu e de acentuar o preocupante declínio da Europa.
É este o contexto da situação portuguesa, enfrentada por uma economia com óbvias debilidades estruturais - que ninguém nega. Mas foi este contexto crítico que forças políticas de sinal contrário menosprezaram, no mês de Março, ao coligar-se no Parlamento, sob os sinais de incitamento do Presidente da República, para juntar uma crise política à crise financeira. Sucedeu assim em Portugal o que nunca tinha acontecido, nem voltou a acontecer, na zona euro: a rejeição parlamentar de um programa de estabilidade e crescimento (o PEC IV), expressamente apoiado pelas instituições europeias - sem dúvida, o facto do ano, a nível nacional.
As consequências foram imediatas: queda abrupta e sem precedentes do ‘rating' da República, seguida da queda dos ‘ratings' dos bancos e das maiores empresas; subida desmesurada e incomportável dos juros nos mercados financeiros de dívida soberana; ruptura definitiva no acesso ao financiamento por parte do Estado, dos bancos e da economia. Em menos de 15 dias Portugal foi forçado a pedir ajuda externa.
A demagogia triunfante esforçou-se por virar as coisas ao contrário e fazer do alegado "despesismo" do Estado a causa do risco de "não haver dinheiro para pagar salários e pensões". Mas se em 2011 o Estado teve mais receita e menos despesa do que no ano anterior, está bem de ver que o risco de ruptura teve outra origem: a impossibilidade de, em plena crise financeira, continuar a aceder aos mercados para o financiamento corrente da dívida pública, com o apoio prometido do BCE (como sucede hoje com a Itália ou a Espanha) - e essa impossibilidade foi consequência directa da rejeição do PEC IV.
Esta opção teve custos elevados, mesmo para além do próprio pedido de ajuda externa, que levou ao Memorando de Entendimento com a troika. Mas cumpriu o seu objectivo político: proporcionar eleições antecipadas, para uma mudança de Governo.
Se já antes o PEC IV tinha sido rejeitado em nome do argumento, hoje ridículo, de que a direita era "contra o aumento dos impostos", a campanha eleitoral do partido vencedor girou em torno de uma promessa mil vezes repetida: austeridade contra "as gorduras do Estado", não contra as pessoas. Compreende-se bem que os portugueses tenham votado na esperança de melhorar as suas vidas.
Só que a promessa não era para cumprir, como agora se vê. Obtidos os votos, o novo Governo PSD/CDS lançou o mais violento pacote de austeridade "contra as pessoas" de que há memória - sem disfarçar a intenção deliberada de ir "além da troika". Obcecado pela austeridade e disposto a utilizá-la como instrumento de uma agenda ideológica adversa ao Estado Social, do Governo só se ouve uma palavra de ordem: parar. E, de facto, está a parar o Estado e está a parar a economia. Consultam-se as Grandes Opções do Plano para 2011-2015 ou o Orçamento para 2012 e vê-se que o Governo prevê para o próximo ano uma recessão de -2,8%, embora já admita que será pior. Mas quando se procura a previsão para a economia em 2013, não há lá nenhuma. Nem boa, nem má. E talvez isto seja o pior de tudo: esta política não tem nada a dizer sobre o futuro.» [DE]

Maquinistas e médicos, que diferença

Quem passou pelos sindicatos, sabe bem como, com quem e quando se deve negociar com os Governos ou com os patrões. Há excepções, mas há regras.
Os governos andam mesmo atrás da popularidade barata, das sondagens.
Entre a greve dos maquinistas e a greve dos médicos - para uns ZERO, para outros, TUDO.
Do que se passa com a CP e os sindicatos, sabe-se. Do que se passou com os médicos e o Governo, nada.
Nem os próprios médicos sabem, por enquanto.
Este Governo, é giro.
Trabalha para a fotografia no final do ano.
Por estas e por outras é que há por aí, nesses acordos de trabalho, monumentais aberrações que dificilmente vão ser retiradas aos sindicatos.  Foram adquiridas mercê da pressão mediática e nas proximidades de eleições ou períodos críticos para os governos.

Banco de Portugal


Crise, só para alguns.
Bem prega Frei Tomás - apertem o cinto que nós gastamos o que queremos

"Quase 100 mil euros para o Hotel da Praia. Parece incrível, mas foi quanto o Banco de Portugal pagou para realizar um evento junto ao mar. Assim vai o Banco de Portugal, que tem uma sede gigante na avenida Almirante Reis (Lisboa) que parece não ter espaço suficiente para realizar eventos. Esta não é a primeira vez que a instituição aparece no radar da Má Despesa."

Palácio de Belém mais caro que Buckingham

Recordar onde se pode apertar o cinto
Assim não vamos lá

"Presidência da República emprega agora 500 pessoas. Numa recente publicação, é referido que o Palácio de Buckingham emprega 300. Será que Cavaco e a sua Maria necessitam de mais cuidados que a Rainha e o seu consorte? Ou será antes a eterna questão de os serviços públicos em Portugal empregarem muito mais gente do aquela que realmente necessitam, pagos por todos nós? No mesmo trabalho de investigação, referia-se que o orçamento da Casa Real britânica era de 46,6 milhões de euros e o da casa republicana de Portugal era de 16 milhões. Aparentemente, a monarquia é mais dispendiosa. Errado. Se dividirmos 46,6 milhões por cerca de 50 milhões de ingleses, dá bastante menos (0,93 euro) que 16 milhões por dez milhões de portugueses (1,6euro).” "(Fonte: Diário de Notícias) (madespesapublica )

27 dezembro, 2011

PS - e o pacote que assinou

Não passa pela cabeça de ninguém que o PS pode ficar definitivamente refem da assinatura do pacote IV com a Troika.
O Governo põe e tira do pacote o que melhor lhe lhe interessa e o PS tem andado a reboque dessa situação.
O PS não pode continuar assim.
Tem que denunciar a todo o momento, não só os atropelos ao pacote, bem como, e principalmente os atropelos aos bolsos da grande maioria dos trabalhadores e pensionistas deste país.
Não basta só condenar as afirmações demagocicas e simplistas de Passos Coelho, o PS tem que se afirmar como uma força de oposição consistente a esta política arruinadora do nosso país.

Conselho de Ministros

Mais um extraordinário- conselho de ministros
Porquê?
Vai sair mais uma mão cheia de nada e outra de coisa nenhuma.
Este Governo vive de ameaças - vai dizendo que vai fazer e não faz nada.
Aliás, depois de Gaspar ter desautorizado e denunciado as mentiras de Coelho e Portas, mais não restava ao Primeiro Ministro que não fosse demitir o Ministro que lhes "chamou de mentiroso".  Não fez, tal significa que o "boy" do PSD arvorado a PM, não manda nada no governo, nem nos ministros.
A esta situação vergonhosa, o que se pode chamar?

Hoje na imprensa

Não apresenta algo sobre Sócrates na primeira página

De pequenino é que se começa a... roubar.
Quem são os pais?



A TVI sempre foi fã da pornografia

Os "cubanos" vão pagar

Não é o Governo, Portugal é que não chega lá.

26 dezembro, 2011

Emigrar?

"Pudesse eu, tivesse vinte e poucos anos, não tivesse filhas nem netas, nem casa para sustentar, fosse licenciado a fazer de professor, não tivesse descontado mais de 2/3 da minha vida para garantir uma segurança na velhice que me anunciam não ir ter, não tivesse investido em Portugal, no bem dos portugueses, no ensino das minhas descendentes, na defesa do meu País, não tivesse deixado o couro (e literalmente o cabelo) na defesa da democracia, na oportunidade dada ao Primeiro-Ministro para se educar à minha custa e de ter sido tratado por médicos que eu ajudei a pagar e de usar as auto-estradas que ainda estou a pagar e que as minhas filhas e netas irão continuar a amortizar, não fossem todas essas razões e mais uma mão cheia que não direi aqui, entre elas as que inviabilizam a partida devido aos roubos na remuneração que me é devida e que servem para pagar todos os luxos de que os nossos governantes não abdicam, e faria como o Senhor Primeiro-Ministro sugere.

Emigrava
.

Não para os PALOPS ou outros de língua oficial portuguesa, mas para países onde os offshores fossem garantidos, tivesse, claro, tido oportunidade de ter poupado uma vida inteira porque não tinha criado portugueses novos, nem os tinha educado, porque não tinha descontado 2/3 de uma vida para um fundo que foi inúmeras vezes atacado pela ganância e pelo absurdo (como aquilo que agora pretendem fazer com os fundos de pensões dos bancários), não tivesse investido em Portugal e no bem dos portugueses, nem na defesa do meu País, nem tivesse pago os estudos de um homem que hoje é Primeiro-Ministro, nem as auto-estradas que ele usa, nem os médicos que o tratam nem o raio-que-o-parta, mais as meninas que já não vão receber prendinhas, a não ser a pequenina, nem os almoços no Forte de São Julião e as luzinhas de Natal com uma estrelinha que os guie.

Tivesse eu meios para emigrar, para não ter de ouvir estes tipos, não ter de me deprimir cada vez que anunciam que aquilo porque lutei uma vida inteira foi uma fantasia, embora tudo tenha feito e pago para que fosse uma realidade para mim, para as minhas filhas e netas, e já tinha emigrado ou pelo menos tinha emigrado o aforro para evitar que esta gente lhe deitasse a mão." ( barbearia )

Democratizar a economia


 "Passos Coelho arranjou um chavão para entreter os comentadores e embasbacar a populaça: "Democratizar a economia". ...
 Reconheça-se, no entanto, que depois da fase catastrofista, Passos Coelho entrou na fase eufemística.
Pode parecer um avanço, mas em nada altera a base da estratégia de comunicação deste governo: mentira, deturpação e engano.
Só muda a maquilhagem... "   ( formaeconteudo)

Gaspar - o maior

Para quem desmente o Primeiro Ministro e o Ministro dos Negócios Estrangeiros, nada mal

24 dezembro, 2011

Analgésico- top das vendas em 2012 e anos seguintes

A Troika vai montar mais duas  ou três fábricas em países  onde a mão de obra é barata e não há sindicatos,  para a produção dos novos analgésicos de efeito prolongado, nos próximos 3 ou 4 anos,  concebidos especialmente para o "pacientes e pouco reenvidicativos" doentes portugueses.

Felizes Festas ?

Dizia-me pessoa amiga - não tenho neste momento qualquer preocupação com os ladrões. Não tenho,, nem vou ter, algo para ser roubado - o Governo está a roubar-me tudo o que tinha e o que poderia vir a ter no futuro.
Uma Festa para os do Governo

Venezuela à China - um pulinho de pardal

 Sócrates criticado pelos actuais governantes por lhe vender o Magalhães
Que bom, deixar nas mãos dos chineses uma empresa estratégica portuguesa (?)

Mário Crespo

Para Sócrates diz que o copo está meio cheio -  quando opina sobre o que disse Sócrates em França nem interpreta ou considera o posterior esclarecimento de Sócrates como se isso tivesse que ser necessário
Para Passos Coelho, diz que está meio vazio, quando apoia o que o Primeiro Ministro opinou sobre a emigração dos portugueses, para este bafiento "jornalista", não há qualquer razão para tanta celeuma.
A visão pelo funil. Coloca a parte mais larga conforme lhe interessa.

Passos Coelho - as mentiras



"Nem foi preciso esperar por 2012 para Passos Coelho dizer às escondidas dos portugueses que o OE para 2012 dificilmente vai ser cumprido e que o défice é será maior do que os 4,5%. Isto significa que o orçamento é uma imensa mentira como esta foi montada para vir a justificar mais medidas de austeridade que o Gasparoika sempre defendeu." ( O Jumento)

Mentiras

Para 6 meses, lá diz o velho ditado - quem mente uma vez...

 
 

Frases soltas para meditar

  • "... da mesma forma que todos sabemos que nunca haverá qualquer investigação, da mesma forma que os casos BPN e submarinos serão abafados enquanto que o país se entretém com as mentiras judiciais do costume, os portugueses são roubados, gozados e ainda pagam o espectáculo da palhaçada judicial." (O Jumento )
 
  • "Lamentavelmente Passos Coelho não passa só por mentiroso, passa a imagem para o exterior de que neste país somos todos idiotas governados por um anoréctico mental. O pior é que o governo já parece uma pita de carrinhos de feira onde todos se atropelam uns aos outros e foi o próprio Gasparoika a vir desmentir Passos Coelho. " ( O Jumento
 
  • "A Autoridade Tributária e Aduaneira tem nada mais nada menos do que 12 subdirectores-gerais, mais 4 directores equiparados a subdirectores-gerais e 34 directores de serviços. Tive que ler a nova orgânica no Diário da República para acreditar. É certo que reuniu numa só Direcção, a DGCI, a DGAEC (alfândegas) e a DGITA (informática dos impostos), ou seja absorveu duas direcções-gerais mais pequenas. Justificar-se-ia assim, admito, uma excepção à anteriormente prometida eliminação do cargo de sub-director geral, se bem ouvi, para acabar com as "gorduras". " (Causa-nossa)
 
 
  • "O Presidente Cavaco Silva destacou o erro de Portugal ter investido excessivamente na produção de bens não-transacionáveis. Segundo ele, os portugueses beneficiaram do Euro e tiveram "uma vida fácil".

    Tem toda a razão, mas um dos principais responsáveis pela destruição da agricultura, pescas e industria foi ele próprio assim como a aposta nos tais bem não-transacionáveis, para não falar no sistema financeiro submisso aos interesses dos mercados. Foi a era dos amigos, dos novos bancos e dos Dias Loureiros, Oliveiras e Costas e Duartes Limas. E, realmente, para alguns o Euro foi uma mina de ouro, fizeram-se muitas fortunas, e houve quem tenha tido a tal vida fácil. O Sr. Silva só se esquece que nem todos tinham dinheiro e a"conselheiros" para poderem comprar e vender acções do BPN, não puderam comprar uma Casa na Coelha, nem têm amigos com Propriedades em Cabo-Verde e contas em Off-shore. Esquece-se que já então os salários dos portugueses eram dos mais baixos da Europa, havia pensões eram de miséria e a fome e a pobreza de uns já coexistia com a abastança e ostentação de outros. Nem para todos a vida era um Cabaret." (  wehavekaosinthegarden)

 

22 dezembro, 2011

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Borba

Há tantos por aí ...

Professores - agora de férias podem fazer contas à vida

 
Mário Nogueira e todos os seus comparsas, muitos do PSD, merecem agora o quê?
 
"A campanha dos professores contra o governo de José Sócrates foi a maior acção de um grupo profissional com o objectivo de derrubar um governo e se hoje o PSD governa deve-o aos professores e aos seus sindicatos e não à anorexia intelectual do primeiro-ministro. Foram os professores que derrubaram José Sócrates para ajudarem a colocar no poder um governo que fosse dócil e lhes desse tudo o que pedisse.
 
Para a história ficará o ódio dos sindicatos, as manifestações e a recusa de todas as propostas governamentais. Os professores detestaram a ideia da avaliação e os dirigentes sindicais nunca perdoarão à Lurdinhas a redução em mais de mil dos professores que a coberto da lei sindical viviam à custa do dinheiro dos contribuintes.

Quando o PSD chegou ao poder foi o que se viu, o Nogueira subserviente perante Coelho e ajudando o PSD- Madeira em plena campanha eleitoral, os sindicatos a aceitarem a avaliação que tinham recusado durante anos, os professores a apoiar o encerramento das escolas a cujo encerramento se opunham.
 
Os professores lembraram imagens do passado, caminharam para os "fornos crematórios" com a alegria de quem pensava ir para um resort de luxo. Agora estão confrontados com a dura realidade, todas as medidas adoptados pelo Cratino visaram dispensar professores, o país assiste ao despedimento em massa de professores e até o primeiro-ministro lhes diz que estão dispensados pelo país e que podem ir-se embora porque por cá só estão a empatar.

Num país com empresários sem qualificações, carente de criação de empresas e de empregos o primeiro-ministro poderia ter-lhes sugerido a criação de iniciativas empresariais, em vez de agências de exportação de mão-de-obra como proposto pelo Rangel poderia ter defendido a criação de uma agência de promoção dessas iniciativas. Mas não, ao sugerir a emigração Passos Coelho dispensou os professores, considerou-os desnecessários e inúteis em Portugal.

Pobre professores lutaram tanto, viajaram tanto para irem às manifestações, prescindiram de tantos dias de salário para fazerem greves e agora que pensavam ter direito a um merecido paraíso são obrigados a pagar a bala com que o governo os elimina da profissão e ainda os sujeita à humilhação de os considerar a mais em Portugal.

Agora que muitos professores perdem tudo, até o direito a um lugar em Portugal, faz-se silêncios, os bloggers sentaram-se na mesa do poder, o Mário Nogueira dá uns guinchos, os professores efectivos têm o que querem e ignoram velhas solidariedades. Assistimos a um imenso espectáculo miserável, de oportunismo, de traição, é o salve-se sem puder nos professores. Que espectáculo tão pouco digno." in (O Jumento)

Governo - para que serve!

"Para que serve este Governo?, a quem favorece, a quem brinda, a quem satisfaz? Podem, em consciência, os seus panegiristas passar ao lado das infâmias a que assistimos, e continuar omissos ou desbragadamente cortesãos? Podem. É ao que temos vindo a assistir. O Governo administra o ódio e o desprezo com a indiferença gélida de quem não é por nós. Diz-se que o anterior Executivo vivia da e na mentira. Este subsiste de quê?"
 

Cabo das Tormentas para o Zé Povinho, isso sim!

O Zé Povinho é que, mesmo dobrado vai ter que o passar - estes políticos tem o futuro garantido.  Ou será que precisam de emigrar? Para o parlamento Europeu?

"Ao longo do discurso, Passos falou num "futuro de esperança e optimismo": tem sentido um "notável apoio permanente das pessoas àquilo" que está a ser feito pelo Executivo e as "pessoas sabem que este esforço vai conduzir, não amanhã nem depois de amanhã, mas num prazo de vista a um futuro sustentável". E se 2012 será "um ano muito difícil", 2013 será diferente: "Tenho a convicção e a certeza de que atingiremos as metas de 2012 e a partir de 2013 estamos confiantes de que Portugal terá dobrado o cabo das tormentas", disse."

Madeira - salários atrazados

 
As flores começaram a murchar na Madeira do Jardim

"Para fazer face a dificuldades imediatas de tesouraria, nomeadamente o pagamento aos funcionários públicos dos salários de Dezembro que totalizam cerca de 26,5 milhões e a prestação da divida acumuladas às farmácias, o governo regional da Madeira decidiu contrair um empréstimo de curto prazo no montante de 75 milhões de euros."

Boys em acção

Num jornal diário, surgiu terça-feira uma notícia que merece ser contada.
Assim, uma militante do PS que exercia funções num departamento estadual, foi exonerada cerca de ano e meio antes do final do seu mandato.
Foi substituída por um militante do PSD, presidente de uma Câmara Municipal que já não poderia voltar a concorrer por acumulação de mandatos.
Por curiosidade, o Estado vai ter que indemnizar quem é  exonerado fora de tempo por uma verba de cerca de 60.000,00 €.
O despacho de exoneração foi assinado por um cavalheiro do PSD que até há bem pouco era vereador a tempo inteiro duma câmara municipal  da beira Douro e que tanto criticou o anterior governo pela nomeação de boys.

Exportação de Portugueses

Passos Coelho deu a ideia, aliás brilhante- há demasiados portugueses no nosso rectangulo e vai dai, iniciou a promoção da sua exportação. Resta a dúvida se levam na bagagem us Magalhães para angariarem uns vinténs para os gastos da ida e primeiros tempos de estadia.
Um outro da mesma organização comercial (exportado para o Parlamento Europeu, ondeoos vencimentos e mordomias, na maioria dos casos não andam de mãos dadas com a qualidade e quantidade de trabalho produzido), veio logo dar uma dica, certamente apoiado em empresa de marketing e promoção de mão de obra barata para exportação e propõs em  conselho ao primeiro (ministro) ideia de montar uma fábrica de exportação para o efeito.
Não será caso para pensar, que faltaram por cá estes "idiotas" nos anos 50 e 60 para ensinarem aos portugueses como se deveriam exportar para a França, Alemanha, Suiça, etc, etc?
Porque não se cala esta gente?
Terá sido a troika que deu esta "ordem"?  Ou há um desmentido daqui a uns dias?

Mario Soares

Mas as dificuldades da União não param aqui. As agências de rating, ao que escrevem reputados jornais europeus, ameaçam tirar um A aos três com que até aqui têm classificado a França. O que faz tremer o Presidente Sarkozy, tão preocupado já com a sua comprometida reeleição do próximo ano. E, por arrastamento, a Senhora Merkel, tão polémica na Zona Euro, a quem faz falta, seguramente, o seu obediente assessor francês.
2. Para onde vai a Europa, com este panorama tão complexo e amargo, e nós com ela? Eis uma pergunta difícil de responder. Está à beira do abismo, disse Delors, com conhecimento de causa. É exacto! Mas ainda não caiu. Para evitar a queda, precisa, como de pão para a boca, de mudar de paradigma, isto é: de política e de ter a coragem de meter na ordem os mercados especulativos, as agências de rating, os offshores, a economia virtual, as grandes negociatas. Serão os líderes europeus capazes de tal feito? Haverá força para mudar? Mas a verdade é que se assim não acontecer, espera-nos o abismo, com todas as suas terríveis consequências.
Lembra-me o ano fatídico de 1939 (tinha eu 15 anos), quando se celebravam os "grandes pacifistas", Chamberlain e Deladier, arautos da paz, vindos de Munique, com o acordo de Hitler, em vez de se prepararem para a Guerra, como aconselhava Churchill e, depois, De Gaule...
3. Portugal pensa pouco na Europa - o que é mau - e o actual Governo, por razões ideológicas, parece acreditar piamente nas receitas da Senhora Merkel e, portanto, segue, obediente, o que a troika manda. Mais do que isso, vai além do que a troika recomenda, para ser considerado um "bom aluno" europeu.
A meu ver, é um péssimo caminho. A austeridade é importante, desde que seguida com peso, conta e medida. O Governo português devia cruzar opiniões com os outros Estados europeus, que estão a ser atacados pelos mercados especulativos, sobre a situação em que se encontram e como sair dela: Grécia, Irlanda, Itália, Espanha, talvez a França e os próximos Estados europeus que começam a sentir-se ameaçados. Se não se luta, desde já, contra a recessão e o desemprego, que aumentam todos os dias, os Estados visados vão ser destruídos não só em termos de economia real mas também de justiça e de paz social, e as próprias democracias. Tratar-se-á de um recuo civilizacional imenso da Europa, que levará anos a sanar... Não é possível aceitar, de ânimo leve, tal calamidade!
as dificuldades da União não param aqui. As agências de rating, ao que escrevem reputados jornais europeus, ameaçam tirar um A aos três com que até aqui têm classificado a França. O que faz tremer o Presidente Sarkozy, tão preocupado já com a sua comprometida reeleição do próximo ano. E, por arrastamento, a Senhora Merkel, tão polémica na Zona Euro, a quem faz falta, seguramente, o seu obediente assessor francês.
2. Para onde vai a Europa, com este panorama tão complexo e amargo, e nós com ela? Eis uma pergunta difícil de responder. Está à beira do abismo, disse Delors, com conhecimento de causa. É exacto! Mas ainda não caiu. Para evitar a queda, precisa, como de pão para a boca, de mudar de paradigma, isto é: de política e de ter a coragem de meter na ordem os mercados especulativos, as agências de rating, os offshores, a economia virtual, as grandes negociatas. Serão os líderes europeus capazes de tal feito? Haverá força para mudar? Mas a verdade é que se assim não acontecer, espera-nos o abismo, com todas as suas terríveis consequências.
Lembra-me o ano fatídico de 1939 (tinha eu 15 anos), quando se celebravam os "grandes pacifistas", Chamberlain e Deladier, arautos da paz, vindos de Munique, com o acordo de Hitler, em vez de se prepararem para a Guerra, como aconselhava Churchill e, depois, De Gaule...
3. Portugal pensa pouco na Europa - o que é mau - e o actual Governo, por razões ideológicas, parece acreditar piamente nas receitas da Senhora Merkel e, portanto, segue, obediente, o que a troika manda. Mais do que isso, vai além do que a troika recomenda, para ser considerado um "bom aluno" europeu.
A meu ver, é um péssimo caminho. A austeridade é importante, desde que seguida com peso, conta e medida. O Governo português devia cruzar opiniões com os outros Estados europeus, que estão a ser atacados pelos mercados especulativos, sobre a situação em que se encontram e como sair dela: Grécia, Irlanda, Itália, Espanha, talvez a França e os próximos Estados europeus que começam a sentir-se ameaçados. Se não se luta, desde já, contra a recessão e o desemprego, que aumentam todos os dias, os Estados visados vão ser destruídos não só em termos de economia real mas também de justiça e de paz social, e as próprias democracias. Tratar-se-á de um recuo civilizacional imenso da Europa, que levará anos a sanar... Não é possível aceitar, de ânimo leve, tal calamidade!
A população portuguesa está muito deprimida, nesta quadra natalícia. Muita juventude, entre os mais bem preparados quanto aos seus conhecimentos, quer emigrar e está a ser aconselhada para isso. É uma tragédia! E algumas importantes conquistas, do 25 de Abril, como a democracia, os direitos humanos, a justiça social, o Serviço Nacional de Saúde, a educação para todos, a dignidade no trabalho, e algumas jóias decisivas, podem vir a perder-se...
O Governo tem dito a verdade aos portugueses, é certo. Mas não explicou ainda como sair da crise nem qual a estratégia para o conseguir, em termos europeus e nacionais. Ora isso é o mais importante de tudo. A não ser que se pense que daqui a vinte anos ainda vamos estar piores... É inaceitável, por mais que os economistas no-lo digam, com as contas rigorosas que fazem, mas sem pensar nas pessoas e nas suas reacções. Nunca tal sucedeu, nem na pior das crises, a de 1929. Quem conhece a história, sabe que as coisas mudam, quando menos se espera. E muito rapidamente. Quem julgava possível o colapso da URSS, com a rapidez e o pacifismo com que ocorreu? Da Primavera Islâmica, ou agora do Outono Russo?
Tenhamos, pois, confiança no futuro e saibamos lutar para nos defendermos do pior que aí vem. Porque atrás de tempo, tempo vem.
4. O Prémio Fernando Pessoa é, seguramente, dos mais prestigiados que tem Portugal. Desta vez, quando comemora 24 anos, foi atribuído a Eduardo Lourenço, um dos intelectuais portugueses mais reputados da nossa terra. Não foi por acaso que isso aconteceu. Num dos momentos especialmente críticos para a população portuguesa, é reconfortante que se reflicta sobre uma figura tão admirada em Portugal e no estrangeiro, com uma vasta obra publicada e que tanto nos orgulha.
Eduardo Lourenço, ensaísta, na linha de António Sérgio e de Sílvio Lima, pensador, filósofo, crítico literário, comentador político, administrador não executivo da Fundação Gulbenkian, vive em França, onde a sua família mais próxima está radicada, mas não há mês nenhum que não venha a Portugal. É, além do mais, um homem bom, de uma simplicidade admirável, extremamente afável e de uma modéstia exemplar. É um notável pessoano, sobre cuja obra foi dos primeiros a debruçar-se, sem esquecer João Gaspar Simões e, até por isso, o prémio que agora lhe foi atribuído não podia ser mais merecido e actual. Parabéns, querido amigo e companheiro de geração! ( dn )





Governo - uns mentem, outros confirmam a mentira

       
      'Se não tivéssemos feito isso [aplicar uma sobretaxa sobre o subsídio de Natal] nem sequer nos tinham deixado utilizar os fundos de pensões para pagar o défice.'
      'Foi necessário recorrer à sobretaxa sobre o subsidio de Natal deste ano para que o país desse um sinal claro de que pretende emendar as suas contas públicas e só nessa circunstância é que o triunvirato - o FMI e a União Europeia - aceitaram a receita extraordinária dos fundos de pensões.'

Depois de a troika ter desmentido Passos Coelho e Paulo Portas, é o próprio ministro das Finanças que tira hoje o tapete a Passos e a Portas, garantindo que o corte de metade do subsídio de Natal de 2011 foi "uma opção do Governo" e não uma imposição da troika.

O primeiro-ministro e o ministro de Estado e dos Negócios Estrangeiros podem mentir ao país e nada acontece?

20 dezembro, 2011

Marinho Pinto


"O primeiro-ministro afirmou, na sexta-feira passada, durante o debate quinzenal no Parlamento, que «as dívidas são para se pagar» e «os acordos são para cumprir». Curiosa proclamação essa, vinda do chefe de um governo que acumula dívidas sobre dívidas (que já atingem milhares de milhões de euros) a quem lhe vende fiado ou lhe fornece serviços a crédito. É óbvio que Pedro Passos Coelho se dirigia aos agiotas internacionais (agora, eufemisticamente, denominados «mercados») e àqueles beneméritos (FMI, UE e BCE) que cobram ao povo português centenas de milhões de euros em juros e comissões pela «ajuda» que estão a prestar ao governo e aos banqueiros deste país. O aumento generalizado de taxas e de impostos, o confisco, em 2011, de metade do 13.º mês a quem trabalha por conta de outrem, a apropriação dos subsídios de férias e de Natal dos funcionários públicos, os cortes na saúde bem como o aumento desumano das chamadas taxas moderadoras, o aumento em flecha dos preços dos transportes e dos medicamentos, a cobrança de portagens em rodovias essenciais para o progresso de importantes regiões do país são apenas alguns exemplos de outras contrapartidas daquela desinteressada ajuda internacional.
Mas, ao mesmo tempo que se assume como um exactor implacável das populações, sem se preocupar com o agravamento das desigualdades sociais e económicas, o governo age em relação aos seus credores internos como um vulgar caloteiro, ou seja, pura e simplesmente não paga o que deve, deixando que as dívidas se acumulem indiferente aos problemas que esse incumprimento causa à economia das empresas, à confiança no comércio jurídico ou à vida das pessoas.
O que se passa com os advogados que prestam serviço no âmbito do sistema de acesso ao direito é um exemplo bem elucidativo dessa cultura de inadimplência agora elevada à dignidade de razão de estado. Com efeito, o governo recusa-se, sistematicamente, a pagar-lhes os seus honorários e a reembolsá-los das despesas que efectuaram em nome dos cidadãos que representaram em tribunal. Repare-se que um advogado nomeado para patrocinar ou defender um cidadão que não possua recursos para constituir um mandatário num processo judicial, só pode reclamar os seus honorários depois de o processo estar concluído. Durante um, dois, três ou mais anos esse profissional trabalha sem receber qualquer quantia a título de honorários ou sequer como reembolso das despesas que entretanto vai efectuando no interesse da justiça. Todas as despesas relacionadas com o processo terão também de ser pagas pelo próprio advogado, as quais, igualmente, só serão reembolsadas depois de o processo estar findo.
Desde que assumi a presidência da Ordem dos Advogados procurei dignificar o sistema de apoio judiciário no sentido de permitir aos cidadãos mais pobres um efectivo acesso a justiça, contribuindo, assim, para o reforço do estado de direito e para a paz social. Sublinhe-se que antes o patrocínio oficioso era prestado principalmente por advogados estagiários e até por funcionários judiciais, ou seja, por quem não estava habilitado a fazê-lo. Agora, só advogados podem prestar esse serviço, em respeito, aliás, pelo princípio constitucional da igualdade na protecção jurídica. É certo que nem tudo está bem, mas está seguramente muito melhor do que antes. Porém, a esse esforço de dignificação este governo respondeu deixando de pagar as suas dívidas a esses advogados e, mais do que isso, desencadeando uma campanha sem precedentes contra a credibilidade pública e a dignidade desses profissionais, com o único objectivo de justificar o calote.
É certo que mais cedo ou mais tarde o chefe do governo acabará por reconhecer a insensatez de ter nomeado para ministra da justiça uma advogada politicamente instável, proveniente de uma das grandes sociedades de advogados de Lisboa, aparentemente, mais interessada em beneficiar amigos e familiares e em ajustar contas com quem a derrotou democraticamente dentro da OA do que em resolver com seriedade os problemas da justiça. Só que, até lá, ela lá vai continuar com a sua actuação errática, inebriada pela bajulação do seu séquito de boys/cortesãos e deslumbrada com as sucessivas manchetes que origina nos tablóides lisboetas."

Notícias?

Que estiveram a fazer no passado Domingo?

Tal pai, tal filho


O Jardim da Madeira começa a murchar

Sem greves não há dinheiro, com greves, muito menos

QUAL A CONTRAPARTIDA DO "EMPREGADORES" ?